RELATÓRIO
O Representante do Ministério Público ajuizou ação civil pública em
face do Município de Balneário Camboriú, objetivando compelir a Administração a
encetar medidas de prevenção, conservação e recuperação da orla marítima
atingida pela poluição. Sustentando legitimidade ativa, comprometimento da
balneabilidade, degradação ambiental e omissão do poder público, postulou a
concessão de liminar e, a final, a procedência do pedido (fls. 02-08).
Citado, o Município apresentou manifestação acerca dos pedidos
liminares, argüindo, preliminarmente,a falta de citação e, no mérito inexistência
de dados aptos à comprovação dos fatos narrados na inicial (fls. 28-37).
Indeferida a liminar (fls. 43-45), o Representante do Parquet pugnou
pela reconsideração (fls. 48-52), juntando cópia do agravo de instrumento
interposto (fls. 54-60), provido por esta Corte (fls. 476-484)..
Na contestação, o réu aduziu a necessidade de formação de
litisconsórcio passivo necessário, com inclusão da CASAN e do Município de
Camboriú e ausência de prova da poluição no local (fls. 62-72).
Após a réplica (fls. 162-164), os litisconsortes foram citados, tendo a
CASAN apresentado resposta, suscitando falta de atribuição para fiscalização do
lançamento de esgoto diretamente na rede pluvial (fls. 198-203). Já o Município
de Camboriú sustentou que a degradação dos rios que desembocam no mar
ocorrem fora do limite municipal, inexistindo concorrência para o fato danoso (fls.
239-244).
Saneado o feito e designada audiência (fls. 256-257), na solenidade
foi deferido prazo ao Ministério Público para elaboração de Termo de Ajuste de
Conduta (fl. 276).
Aprazada audiência de instrução e julgamento (fl. 502), diante da
notícia de ação idêntica que tramitou na Justiça Federal, inclusive já sentenciada,
foi suspensa a solenidade (fl. 518).
VOTO
DECISÃO