Medição
Métodos e Aplicações
1
Autor
Marco Antônio Ribeiro nasceu em Araxá, MG, no dia 27 de maio de 1943, às
7:00 horas A.M.. Formou-se pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em
Engenharia Eletrônica, em 1969.
Foi professor de Matemática, no Instituto de Matemática da Universidade Federal
da Bahia (UFBA) (1974-1975), professor de Eletrônica na Escola Politécnica da
UFBA (1976-1977), professor de Instrumentação e Controle de Processo no Centro
de Educação Tecnológica da Bahia (CENTEC) (1978-1985) e professor convidado
de Instrumentação e Controle de Processo nos cursos da Petrobrás (desde 1978).
Foi gerente regional Norte Nordeste da Foxboro (1973-1986). Já fez vários
cursos de especialização em instrumentação e controle na Foxboro Co., em
Foxboro, MA, Houston (TX) e na Foxboro Argentina, Buenos Aires.
Possui dezenas de artigos publicados em revistas nacionais e anais de
congressos e seminários; ganhador do 2o prêmio Bristol-Babcock, no Congresso do
IBP, Salvador, BA, 1979.
Desde agosto de 1987 é diretor da Tek Treinamento & Consultoria Ltda, firma
dedicada à instrumentação, controle de processo, medição de vazão, aplicação de
instrumentos elétricos em áreas classificadas, Implantação de normas ISO 9000 e
integração de sistemas digitais.
Suas características metrológicas são:
altura: (1,70 ± 01) m;
peso correspondente à massa de (76 ± 2) kg;
cor dos olhos: castanhos (cor subjetiva, não do arco íris)., cor dos cabelos
(sobreviventes): originalmente negros, se tornando brancos;
tamanho do pé: 40 (aplicável no Brasil, adimensional).
Gosta de xadrez, corrida, fotografia, música de Beethoven, leitura, trabalho, curtir
os filhos e a vida. Corre, todos os dias, cerca de (10 ± 2) km e joga xadrez
relâmpago (5 min para cada jogador) todos os fins de semana. É provavelmente o
melhor jogador de xadrez entre os corredores e o melhor corredor entre os
jogadores de xadrez, o que não é nenhuma vantagem e não tem nada a ver com
Metrologia.
2
1
Definições e Conceitos
As definições dos termos metrológicos gerais relevantes para
este trabalho são dadas a partir do International vocabulary of basic
and general terms in metrology (abreviado VIM), 2a ed. , publicado
pela ISO, elaborado por especialistas e em nome das sete
organizações que suportam seu desenvolvimento:
1. Bureau Internacional de Poids et Mesures (BIPM)
2. International Electrotechnical Comission (IEC)
3. International Federation of Clinical Chemistry (IFCC)
4. Organization International of Standardization (ISO)
5. International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC)
6. International Union of Pure and Appplied Physics (IUPAP)
7. International Organization of Legal Metrology (OIML)
O VIM deve ser a primeira fonte consultada para as definições
dos termos não incluídos aqui. Nas definições seguintes, o uso de
parênteses em torno de certas palavras de alguns termos significa
que as palavras podem ser omitidas se isto não causar confusão.
Os termos em negrito em algumas notas são termos metrológicos
adicionais definidos nestas notas, explicita ou implicitamente.
Os termos estão também consistentes com a Portaria 29, de 10
de março de 1995, do Instituo Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial INMETRO.
1.1
Definições e Conceitos
1.1
Definições e Conceitos
1.2
Definições e Conceitos
1.3
Definições e Conceitos
1.4
Definições e Conceitos
2.6. Mensurando
2. Medição Mensurando é o objeto da medição ou
a grandeza particular sujeita à medição.
2.1. Metrologia Por exemplo - pressão de vapor de uma
o
Metrologia é a ciência que trata das dada amostra de água a 20 C.
medição, tratando de seus aspectos A especificação de um mensurando pode requerer
teóricos e práticos, incluindo a incerteza, declaração de grandezas como tempo, temperatura
em todos os campos da ciência ou da e pressão.
tecnologia. 2.7. Grandeza de influência
2.2. Medição É a grandeza que não é o mensurando
Medição é um conjunto de operações mas que afeta o resultado da medição.
com o objetivo de determinar um valor de Exemplos
uma grandeza. 1. temperatura de um micrômetro
As operações podem ser feitas usado para medir comprimento
manualmente ou automaticamente. 2. freqüência na medição da
amplitude de uma diferença de
2.3. Princípio de medição potencial elétrica alternada.
Princípio é a base científica de uma 3. concentração de bilirubin na
medição. Exemplos medição de concentração de
1. efeito termelétrico aplicado à hemoglobina em uma amostra de
medição de temperatura; plasma sangüíneo do homem.
2. efeito Josephson aplicado à 4. A grandeza de influência inclui
medição de diferença de potencial valores associados com padrões de
elétrico; medição, materiais de referência e
3. efeito Doppler aplicado à medição dados de referência dos quais o
de velocidade ou de vazão; resultado de uma medição pode
4. efeito Raman aplicado à medição depender, bem como os fenômenos
do número de onda de vibrações tais como flutuações rápidas do
moleculares. instrumento de medição e
grandezas tais como temperatura
2.4. Método de medição ambiente, pressão barométrica e
umidade.
Método é a seqüência lógica de
operações, descrita genericamente, usada 2.8. Grandeza de modificação
para fazer medições
Métodos de medição podem ser É a grandeza que não é o mensurando
qualificados em vários modos, tais como: mas que afeta o resultado da medição,
1. direto
alterando o seu valor justo na medição,
2. substituição
diretamente no elemento sensor.
3. comparação ou balanço de nulo
Exemplos
1. temperatura e pressão na medição
2.5. Procedimento de medição da vazão volumétrica de gás. Como
o volume depende da pressão e da
Procedimento é um conjunto de
temperatura do gás, estas variáveis
operações, descrito especificamente e
modificam o valor medido da vazão
usado para fazer medições particulares de
volumétrica do gás.
acordo com um dado método
2. densidade na medição de nível de
Um procedimento de medição é
líquido através da pressão
usualmente registrado no documento que
diferencial. Como a pressão
é geralmente chamado de procedimento
diferencial exercida pela coluna
de medição (ou um método de medição) e
líquida depende da densidade do
é usualmente em detalhe suficiente para
líquido, aceleração da gravidade e
possibilitar um operador fazer uma
da altura do líquido, o nível é
medição sem informação adicional.
modificado pela densidade.
1.5
Definições e Conceitos
1.6
Definições e Conceitos
1.7
Definições e Conceitos
1.8
Definições e Conceitos
1.9
Definições e Conceitos
saída. As formas de energia na entrada e saída são A indicação pode ser analógica,
diferentes, porém há uma relação matemática (contínua ou discreta), através de escala e
definida entre ambas. Exemplos: ponteiro ou digital, através de dígitos.
1. termopar Um indicador pode apresentar os
2. transformador de corrente valores de várias grandezas
3. célula extensiométrica para medir independentes, de modo simultâneo ou um
pressão eletricamente valor de cada vez, de modo selecionável
4. eletrodo de pH manual ou automaticamente.
O indicador pode também estar
4.4. Transmissor associado às funções de
Instrumento que sente uma variável de processa e 1. transmissão
gera na saída um sinal padrão proporcional ao valor 2. registro
da variável medida. Pode ser de natureza eletrônica 3. controle
(sinal de 4 a 20 mA cc) ou pneumática (sinal de 20 a O leigo também chama o indicador de
100 kPa). relógio, mostrador ou medidor, que são
É utilizado para nomes ambíguos e devem ser evitados.
1. usar o sinal remotamente
2. isolar processo do display 4.8. Registrador
3. padronizar sinais Instrumento de medição que sente uma
variável e imprime o resultado histórico ou
4.5. Cadeia de medição de tendência em um gráfico através de
Seqüência de elementos de um instrumento ou penas com tinta.
sistema de medição formando o trajeto do sinal de Exemplos:
medição, desde o estimulo (entrada) até a resposta 1. registrador de temperatura
(saída). O instrumentista diz: malha de medição 2. registrador de vazão, pressão e
(measuring loop). temperatura
Uma cadeia de medição de temperatura pode ser O registro pode ser contínua, com uma a quatro
formada por: termopar, fios de extensão, junta de penas independentes ou pode ser discreto, quando
referência e indicador de temperatura. cada ponto de registro é feito um de cada vez, em
uma seqüência fixa definida (registrador multiponto).
4.6. Sistema de medição Um registrador pode apresentar os
Conjunto completo de instrumentos de valores de várias grandezas
medição e outros equipamentos independentes, de modo simultâneo ou um
associados para executar uma valor de cada vez, de modo selecionável
determinada medição. Em certos casos, manual ou automaticamente.
equivale à cadeia ou malha de medição. O registrador pode também estar
Um sistema de medição pode incluir associado às funções de
medidas materializadas e reagentes 1. indicação
químicos. 2. controle
Sistema de medição instalado de modo
4.9. Totalizador
permanente é chamado de instalação de
medição. Instrumento de medição que determina o valor de
uma grandeza por meio do acúmulo dos valores
4.7. Indicador parciais, durante determinado intervalo de tempo. É
Instrumento de medição que sente uma também chamado de integrador. Geralmente a
variável e apresenta o resultado integração é feita em relação ao tempo. O
instantâneo em uma escala com ponteiro totalizador multiplica a variável totalizada por um
ou através de dígitos. intervalo de tempo, de modo que a integração da
Exemplos: velocidade é distância, da potência é energia, da
1. voltímetro vazão volumétrica é volume.
2. frequencímetro Exemplos:
3. termômetro 1. totalizador de potência elétrica, que
4. manômetro apresenta o valor totalizado no
tempo em energia.
1.10
Definições e Conceitos
1.11
Definições e Conceitos
1.12
Definições e Conceitos
1.13
Definições e Conceitos
1.14
Definições e Conceitos
1.15
Definições e Conceitos
1.16
Conceitos Estatísticos
6. Conceitos estatísticos
[7]
As definições dos termos básicos estatísticos dados aqui foram tiradas da ISO 3534-1 .
Esta norma deve ser a primeira fonte consultada para as definições de termos não incluídos
aqui.
1.17
Conceitos Estatísticos
s( z ) = s( z i ) / n é o desvio padrão
1 n
∑
n i =1
( x i − x) q experimental da média z com n = ν - 1
graus de liberdade.
1.18
Conceitos Estatísticos
1.19
Conceitos Estatísticos
1.20
Conceitos Estatísticos
= ∫ ∫ yzp( y, z)dydz − µ y µ z r( y i , z i ) = r ( z i , y i ) =
s( y i , z i )
=
s( y i , z i )
s( y i , y i )s( z i , z i ) s( y i )s( z i )
onde p(y,z) é a função densidade de
probabilidade conjunta de duas variáveis O coeficiente de correlação é um
y e z. A covariância cov(y,z)] também número puro tal que -1 ≤ ρ ≤ +1 ou -1 ≤
denotada por ν(y,z)] pode ser estimada r(yi,zi) ≤ +1.
por x(yi,zi) obtido de n pares Notas
independentes de observações 1. Como r e r são números puros na
simultâneas yi e zi de y e z, faixa de -1 a +1 inclusive,
1 n enquanto as covariâncias são
s( y i , z i ) = ∑ ( yi − y)( zi − z)
n − 1 i=1 usualmente grandezas com
dimensões físicas e tamanhos
onde
inconvenientes, os coeficientes de
1 n
z = ∑ zi correlação são geralmente mais
n i =1 úteis que as covariâncias.
2. Para distribuições de probabilidade
A covariância estimada de duas multivariáveis, a matriz de
médias y e z é dada por s( y , z ) = coeficientes de correlação é
usualmente dada no lugar da
s(yi,zi)/n matriz de covariância. Desde que
Matriz de covariância ρ(y,y) = 1 e r(yi,yi) = 1, os
Para uma distribuição de elementos da diagonal desta
probabilidade multivariável, a matriz V matriz são 1.
com elementos iguais às variâncias e 3. Se as estimativas de entrada xi
covariâncias das variáveis é chamada de são correlatas e se uma variação δi
1.21
Conceitos Estatísticos
1.22
Conceitos Estatísticos
A média aritmética
corrigida é o valor
estimado do mensurando
Incerteza padrão da
média não corrigida Incerteza padrão
Correção de todos combinada da média
devida à dispersão das
efeitos sistemáticos
Inclui a incerteza da média
não corrigida devida à
dispersão das observações e
à incerteza da correção
Distribuição desconhecida da
população inteira de observações
Distribuição desconhecida (aqui corrigidas possíveis
assumida ser normal) da população
inteira de observações não
corrigidas possíveis
Valor do mensurando
não conhecido
1.23
Conceitos Estatísticos
c) Correção de todos os
efeitos sistemáticos
conhecidos
e) Erro residual
(desconhecível)
f) Valor do mensurando
(desconhecível)
g) Valores da
mensurando devidos à
definição incompleta
(desconhecível)
h) Resultado final da
medição
1.24
2
Expressão da Incerteza
A definição incompleta do mensurando
1. Conceitos Básicos pode fazer aparecer um componente da
incerteza suficientemente grande que deve
ser incluído na avaliação da incerteza do
1.1. Medição
resultado da medição.
O objetivo de uma medição é o de Em muitos casos, o resultado de uma
determinar o valor de uma quantidade medição é determinado em base de séries
particular a ser medida (mensurando). de observações obtidas sob condições de
Uma medição envolve repetitividade.
1. uma especificação aproximada do Deve aparecer variações em
mensurando, observações repetidas por causa das
2. o método de medição e quantidades de influência que não são
3. o procedimento de medição. mantidas completamente constantes e
Em geral, o resultado de uma medição podem afetar o resultado da medição.
é somente uma aproximação ou estimativa O modelo matemático da medição que transforma o
do valor do mensurando e assim é conjunto de observações repetidas no resultado da
completo somente quando acompanhado medição é muito importante porque, além das
por uma expressão da incerteza desta observações, ele geralmente inclui várias
estimativa. quantidades de influência que não são conhecidas
Na prática, a especificação requerida exatamente. Esta falta de conhecimento contribui
ou a definição de um mensurando é
para a incerteza do resultado de medição, tal como
definida pela precisão requerida da
as variações de observações repetidas e qualquer
medição. O mensurando deve ser definido incerteza associada com o modelo matemático em
completamente com relação à precisão si.
requerida de modo que para todos os
objetivos práticos associados com a 1.2. Erros, efeitos e correções
medição seu valor é único.
Em geral, uma medição tem
Por exemplo, se o comprimento de
imperfeições que provocam um erro no
uma barra de aço nominalmente com um
resultado da medição. Tradicionalmente,
metro é para ser determinado com a
-6 um erro é visto como tendo dois
precisão de um micrômetro (10 m), sua
componentes, chamados de componente
especificação deve incluir a temperatura e
aleatório e componente sistemático.
a pressão em que o comprimento é
definido. Assim, o mensurando deve ser O erro é um conceito idealizado e os
especificado como o comprimento da barra erros não podem ser conhecidos
o
em 25,00 C e 101,325 kPa mais qualquer exatamente.
outro parâmetro definido associado O erro aleatório presumidamente
necessário, tal como o modo como a barra aparece de variações imprevisíveis ou
é suportada. Porém, se o comprimento é estocásticas de tempo e espaço de
para ser determinado com precisão de quantidades de influência. Os efeitos de
-3
milímetro (10 m), sua especificação não tais variações, a partir de agora chamados
requer temperatura ou pressão definidas. de efeitos aleatórios, provocam variações
em observações repetidas do mensurando.
Embora não seja possível compensar o
2.1
Expressão da Incerteza
2.2
Expressão da Incerteza
2.3
Expressão da Incerteza
2.4
Expressão da Incerteza
padrão combinada, ele também pode ser cálculos de incerteza não pretendem
ignorado. considerar tais enganos.
Na prática, especialmente no domínio Embora as normas forneçam referência
da metrologia legal, um equipamento é para estabelecer a incerteza, elas não
calibrado com um padrão de medição e as podes ser substitutas de pensamento
incertezas associadas com o padrão e o crítico, honestidade intelectual e habilidade
procedimento de calibração são profissional. A avaliação da incerteza não é
desprezíveis em relação à precisão nem uma tarefa de rotina nem é
requerida do teste. Um exemplo é o uso de puramente matemática; ela depende do
um conjunto de padrões de massa bem conhecimento detalhado da natureza do
calibrados para testar a precisão de uma mensurando e da medição. A qualidade e
balança comercial. Em tais casos, como os utilidade da incerteza expressa para o
componentes da incerteza são tão resultado de uma medição depende
pequenos que podem ser ignorados, a principalmente do entendimento, análise
medição pode ser vista como a crítica e integridade de quem contribui para
determinação do erro do equipamento o estabelecimento de seu valor.
calibrado.
A estimativa do valor de um 2. Avaliação da Incerteza
mensurando fornecido pelo resultado de
uma medição é geralmente expressa em
Padrão
termos do valor adotado de um padrão de
medição em vez de ser em termos da 2.1. Modelando a medição
unidade relevante do Sistema Internacional Na maioria dos casos, um mensurando
de Unidades (SI). Em tais casos, o Y não é medido diretamente, mas é
tamanho da incerteza atribuída ao determinado de N outras quantidades X1,
resultado da medição pode ser X2, ..., XN, através de uma relação
significativamente menor do que o funcional f:
resultado que é expresso em unidade SI.
(Com efeito, o mensurando tem sido Y = f(X1, X2, ..., XN) (1)
redefinido como a relação do valor da
quantidade a ser medida para o valor Por economia de notação, neste
adotado do padrão.) Por exemplo, um trabalho, o mesmo símbolo é usado para a
padrão de voltagem Zener de alta quantidade física (mensurando) e para a
qualidade é calibrado por comparação com variável aleatória que representa a saída
uma base de referência de voltagem a possível de uma observação desta
efeito Josephson. A incerteza padrão quantidade. Quando se diz que Xi tem uma
combinada uc(Vs)/Vs da diferença de particular distribuição de probabilidade, o
potencial calibrada V do padrão Zener é 2 símbolo é usado no último sentido; é
-8
x 10 quando Vs é reportada em termos do assumido que a quantidade física em si
-7
valor convencional, mas uc(Vs)/Vs é 4 x 10 pode ser caracterizada por um valor
quando Vs é reportada em termos da essencialmente único.
o
unidade SI de diferença de potencial, V, Em uma série de observações, o k
por causa da incerteza adicional associada valor observado de Xi é denotado por Xi,k;
com os valores SI da constante de assim se R denota a resistência de um
o
Josephson. resistor, o k valor observado da
Enganos em registrar ou analisar resistência é denotado por Rk.
dados podem introduzir um erro A estimativa de Xi (estritamente
desconhecido significativo no resultado de falando, de sua expectativa) é denotada
uma medição. Grandes enganos podem por xi.
usualmente ser identificados pela revisão Por exemplo, se uma diferença de
adequada dos dados; enganos pequenos potencial V é aplicada aos terminais de um
podem ser mascarados por ou mesmo resistor dependente da temperatura que
aparecer como variações aleatórias. Os tem uma resistência definida Ro em uma
temperatura to e um coeficiente termal
2.5
Expressão da Incerteza
2.6
Expressão da Incerteza
é a média aritmética das observações repetidas devem ser obtidas por outros
individuais Xi,k, pode ser preferível quando métodos, que não os estatísticos.
f é uma função não linear das quantidades As observações individuais qk diferem
de entrada X1, X2, ,..., XN, mas os dois em valor por causa das variações
enfoques são idênticos se f for uma função aleatórias nas quantidades de influência ou
linear de Xi. efeitos aleatórios. A variância experimental
O desvio padrão estimado associado das observações, que estima a variância
σ da distribuição da probabilidade de q, é
2
com a estimativa de saída ou o resultado
da medição y, chamado de incerteza dada por:
padrão combinada e denotada por uc(y), é
determinado do desvio padrão estimado 1 n
associado com cada estimativa de entrada ∑ ( q k − q) 2
s 2 ( qk ) =
n − 1 k =1
(4)
xi, chamada incerteza padrão e denotada
por u(xi). Esta estimativa da variância e sua raiz
Cada estimativa de entrada xi e sua quadrada positiva s(qk), chamada de
incerteza padrão associada u(xi) é obtida desvio padrão experimental, caracteriza
de uma distribuição de valores possíveis a variabilidade dos valores observados qk
da quantidade de entrada Xi. Esta ou mais especificamente, sua dispersão
distribuição de probabilidade pode ser em torno da média q .
baseada na freqüência, isto é, baseada em
A melhor estimativa de σ ( q ) = σ /n, a
2 2
uma série de observações Xi,k de Xi, ou
pode ser uma distribuição a priori. variância da média é dada por:
Avaliações do Tipo A de componentes de
incerteza padrão são baseadas em s 2 ( qk )
s 2 ( q) = (5)
distribuições de freqüência enquanto as n
avaliações do Tipo B são baseadas em
distribuições a priori. Deve ser reconhecido A variância experimental da média
que em ambos os casos, as distribuições 2
s ( q ) e o desvio padrão experimental da
são modelos que devem ser usados para
representar o estado do conhecimento da média s( q ), igual à raiz quadrada positiva
quantidade medida. 2
de s ( q ), quantifica como q estima a
2.2. Avaliação da incerteza padrão do Tipo A expectativa µq de q e pode ser usada como
Em muitos casos, a melhor estimativa uma medida da incerteza de q .
disponível da expectativa ou valor Para procedimentos de medição bem
esperado µq de uma quantidade q que caracterizados sob controle estatístico,
varia aleatoriamente (uma variável uma variância combinada (pool) da
aleatória) e para que n observações amostra s 2p ou desvio padrão da amostra
independentes qk tem sido obtidas sob as
combinada sp para o procedimento pode
mesmas condições de medição, é a
ser disponível. Em tais casos, a variância
média aritmética q de n observações: da média de n observações independentes
1 n repetidas é s 2p /n e a incerteza padrão é
q= ∑ qk
n k =1
(3)
sp
u= .
n
Assim, para uma quantidade de
entrada Xi estimada de n observações Muitas vezes o valor estimado xi de
independentes repetidas Xi,k, a média uma quantidade de entrada Xi é obtida de
uma curva que foi construída de dados
aritmética X i obtida da eq. (3) é usada experimentais pelo método dos mínimos
como a estimativa de entrada xi na eq. (2) quadrados. A variância e a incerteza
para determinar o resultado da medição y, padrão resultante dos parâmetros que
isto é, xi = X i . Estas estimativas de caracterizam a curva e de qualquer ponto
entrada não calculadas de observações previsível pode facilmente ser calculada
2.7
Expressão da Incerteza
2.8
Expressão da Incerteza
tomando s[s( q )] como a incerteza de s( q ) Pode não haver necessidade para tal
hipótese, se a incerteza tiver sido expressa
para n = 10 observações, a incerteza
através de um fator de cobertura.
relativa em s( q ) é 24%, enquanto para n = Por exemplo, um certificado de
50 observações é de 10%. calibração mostra que a resistência de um
Se a estimativa xi é tomada de uma resistor padrão Rs de valor nominal de 10
ohms é 10,000 742 Ω ± 129 µΩ @ 23 C e
o
especificação do fabricante, certificado de
calibração, handbook e sua incerteza que a incerteza cotada de 129 µΩ define
cotada é estabelecida como um múltiplo um intervalo tendo um nível de confiança
particular de um desvio padrão, a incerteza de 99%. A incerteza padrão do resistor
padrão u(xi) é simplesmente o valor cotado pode ser tomada como u(Rs) = (129
dividido pelo multiplicador e a variância
2
µΩ)/2,58 = 50 µΩ, que corresponde a
estimada u (xi) é a raiz deste quociente. incerteza padrão relativa u(Rs)/Rs de 5,0 x
Por exemplo, um certificado de -6 2
10 . A variância estimada é u (Rs) = (50
calibração estabelece que a massa de µΩ) = 2,5 x 10 Ω .
2 -9 2
2.9
Expressão da Incerteza
intervalo é 0,67 ou 67%. Pode-se então improvável que α20(Cu) caia fora deste
razoavelmente tomar u(xi) = a, porque para intervalo. A variância desta distribuição
uma distribuição normal com expectativa µ retangular simétrica de valores possíveis
e desvio padrão σ, o intervalo µ ± σ inclui de α20(Cu) da metade do intervalo
-6 o -1
cerca de 68,3% da distribuição. a = 0,40 x 10 C é então, da eq. (7),
2 -6 o -1 2 -15
Deve-se considerar o valor de u(xi) u (α20) = (0,40 x 10 C ) /3 = 53,3 x 10
o -2
mais significativo que o obviamente C e a incerteza padrão é
garantido se fosse usar o desvio normal -6 o -1 -6 o -1
u(α20) = (0,40 x 10 C )/ 3 = 0,23 x 10 C .
0,967 42 que corresponde à probabilidade Em outro exemplo, as especificações
2/3, isto é, se fosse escrever do fabricante para um voltímetro digital
u(xi) = a/0,967 42 = 1,033a. estabelecem que entre um e dois anos
Em outros casos, pode ser possível após a calibração do instrumento, sua
estimar somente limites (superior e inferior) precisão na faixa de 1 V é de
para Xi, em particular, para estabelecer -6
14 x 10 vezes o valor medido mais 2 x 10
-
que a probabilidade que o valor de Xi caia 6
vezes a largura de faixa. Considera-se
dentro do intervalo a- a a+, para todos os que o instrumento é usado 20 meses após
objetivos práticos, é igual a um e a a calibração para medir em sua faixa de 1
probabilidade que Xi caia fora deste V uma diferença de potencial V e a média
intervalo é praticamente zero. Se não há aritmética de um número de observações
conhecimento específico acerca dos independentes repetidas de V dá um valor
valores possíveis de Xi, dentro do intervalo,
pode-se somente assumir que é de V = 0,928 571 V com uma incerteza
igualmente provável para Xi cair em padrão do Tipo A, u( V ) = 12 µV. Pode-se
qualquer lugar dentro dele (uma obter a incerteza padrão associada com as
distribuição uniforme ou retangular de especificações do fabricante de uma
valores possíveis). Assim xi, a expectativa avaliação do Tipo B assumindo que a
ou valor esperado de Xi, é o ponto médio precisão estabelecida fornece limites
do intervalo, xi = (a- + a+)/2, com variância simétricos para uma correção aditiva para
associada V , ∆ V , da expectativa igual a zero e com
(a − a − )2 igual probabilidade de cair em qualquer
u2 (x i ) = + (6)
12 lugar dentro dos limites. A metade a da
distribuição retangular simétrica dos
Se a diferença entre os limites a+ e a- é valores possíveis de ∆ V é então
denotada por 2a, então a eq. (6) se torna
-6 -6
a = (14x10 ) x (0,928 571 V) + (2x10 ) x (1
2
a V) = 15 mV
u2 (x i ) = (7)
3
e da eq. (7),
Quando um componente da incerteza
2 2
determinado deste modo contribuir muito u (∆ V ) = 75 mV
para a incerteza do resultado da medição,
é prudente obter mais dados adicionais e
para sua avaliação.
Por exemplo, um handbook dá o valor u(∆ V ) = 8,7 mV.
do coeficiente da expansão termal linear
do cobre puro @ 20 C, α20(Cu), como
o
-6 o -1
A estimativa do valor do mensurando V,
16,52 x 10 C e simplesmente por simplicidade, denotado pelo mesmo
estabelece que o erro neste valor não deve
-6 o -1 símbolo V, é dado por V = V + ∆ V = 0,928
exceder 0,40 x 10 C . Baseado nesta
571 V. Pode-se obter a incerteza padrão
informação limitada, é razoável assumir
combinada desta estimativa combinando a
que o valor de α20(Cu) caia com igual incerteza padrão do Tipo A, 12 mV com a
-6 o -1
probabilidade no intervalo 16,12 x 10 C incerteza padrão do Tipo B, 8,7 mV.
-6 o -1
a 16,92 x 10 C e que seja muito
2.10
Expressão da Incerteza
2.11
Expressão da Incerteza
2.12
Expressão da Incerteza
2.13
Expressão da Incerteza
o
da distribuição, é aproximadamente 8 C e combinada da estimativa y é chamada de
o
com u( t ) = 0,33 C obtido de 20 uc(y).
observações assumidas tendo sido A incerteza padrão combinada uc(y) é a
tomadas aleatoriamente da mesma raiz quadrada positiva da variância
distribuição normal. combinada u 2c ( y) , que é dada por
2
N
∂f
u 2c ( y) = ∑ u2 ( x i ) (10)
i = 1 ∂x i
2.14
Expressão da Incerteza
correspondente em y é ( ∂f / ∂x i )u( x i ) . A c 4 = ∂P / ∂t = − V 2 α / R o [1 + α( t − t o )] 2
variância combinada u 2c ( y) pode, portanto, = −Pα / [1 + α(t − t o )]
ser vista como uma soma de termos, cada e
um representando a variância estimada 2 2
∂P ∂P 2
associada com a estimativa de saída y u (P) = u 2 ( V) +
2
u (R o ) +
gerada pela variância estimada associada ∂V ∂R o
com cada estimativa de entrada xi. Isto 2 2
∂P ∂P
sugere escrever a eq. (10) como + u 2 (α ) + u 2 ( t )
∂α ∂t
N N
u c2 ( y) = ∑ [ c iu( x i )] 2 ≡ ∑ ui2 ( y) (11a) ou
i=1 i =1
onde
u 2 (P) = [ c 1u( V )] 2 + [ c 2u(R o )] 2 + [ c 3u(α )] 2 + [ c 4 u( t )] 2
∂f
ci ≡ e ui ( y) ≡ c i u( x i ) (11b)
∂x i
ou ainda
Rigorosamente, as derivadas parciais
são ∂f / ∂x i = ∂f / ∂X i calculadas nas u 2 (P) = u12 (P) + u 22 (P) + u 23 (P) + u 24 (P)
expectativas de Xi. Porém, na prática, as
derivadas parciais são estimadas por:
Em vez de serem calculados da função
f, os coeficientes ∂f / ∂x i são determinados
∂f ∂f
= experimentalmente: medindo-se a variação
∂x i ∂X i X 1 , X 2 ,..., X N em Y produzida por uma variação em um
particular Xi, enquanto mantendo as outras
A incerteza padrão combinada uc(y) quantidades de entrada constantes. Neste
pode ser calculada numericamente caso, o conhecimento da função f (ou
substituindo c, u(xi) na eq. (11a) com porção dela quando somente alguns
coeficientes de sensitividade são
1 determinados) é reduzido a uma expansão
Z i = [ f ( x 1 ,..., x i + u( x i ),..., x N ) de primeira ordem da série de Taylor
2
empírica baseada nos coeficientes de
− f ( x 1 ,...,x i −u( x i ,..., x N )] sensitividade medidos.
Se a eq. (1) para o mensurando Y é
Isto é, ui(y) é avaliada numericamente expandida em torno de valores nominais
calculando a variação em y devida à Xi,0 das quantidades de entrada Xi, então
variação em xi de +u(xi) e de -u(xi). O valor para a primeira ordem (que é usualmente
de ui(y) pode então ser tomado como Z i e uma aproximação adequada),
o valor do coeficiente de sensitividade
correspondente ci como Zi/u(xi). Y = Yo + c 1δ 1 + c 2 δ 2 +...+ c Nδ N
Por exemplo, a potência dissipada, P,
no resistor com coeficiente de temperatura onde
α, com tensão aplicada de V, à
temperatura t, tem-se Yo = f ( X 1, 0 , X 2,0 ,..., X N,0 )
c 1 = ∂P / ∂V = 2V / R o [1 + α( t − t o )] = 2P / V ∂f
ci =
c 2 = ∂P / ∂R o = − V 2
/ R 2o [1 + α( t − t o )] = −P / R o ∂X i X i = X i ,0
e
c 3 = ∂P / ∂α = − V 2 ( t − t o ) / R o [1 + α( t − t o )] 2 δ i = X i − X i,0
= −P(t − t o ) / [1 + α( t − t o )]
Assim, para os objetivos de uma
análise de incerteza, um mensurando é
2.15
Expressão da Incerteza
2.16
Expressão da Incerteza
2.17
Expressão da Incerteza
2.18
Expressão da Incerteza
neste Guide, a palavra confiança não é devem ser aplicados ao resultado de uma
usada para modificar a palavra intervalo medição. Avaliando a incerteza de um
quando referindo ao intervalo definido por resultado de medição não deve ser
U; e o termo nível de confiança não é confundido com atribuindo um limite de
usado em ligado com este intervalo mas segurança para alguma quantidade.
como termo nível de confiança. Mais Idealmente, deve-se ser capaz de
especificamente, U é interpretado como escolher um valor específico do fator de
definindo um intervalo em torno do cobertura k que forneça um intervalo Y = y
resultado da medição que inclui uma ± U = y ± kuc(y) correspondendo a um nível
grande fração p da distribuição de particular de confiança p, tais como 95 ou
probabilidade caracterizado por este 99%. De modo equivalente, para um dado
resultado e sua incerteza padrão valor de k, deve-se ser capaz de
combinada e p é a probabilidade de estabelecer sem ambigüidade o nível de
cobertura ou nível de confiança do confiança associado com este intervalo.
intervalo. Porém, isto não é fácil de fazer, na prática,
Sempre que praticável, o nível de por que se requer um conhecimento
confiança p associado com o intervalo extensivo da distribuição de probabilidade
definido por U deve ser estimado e caracterizada pelo resultado da medição y
estabelecido. Deve-se reconhecer que e sua incerteza padrão combinada uc(y).
multiplicando uc(y) por uma constante não Embora estes parâmetros sejam de
fornece informação nova mas apresenta a grande importância, eles são insuficientes
informação previamente disponível em para o objetivo de estabelecer intervalos
uma forma diferente. Porém, também deve tendo exatamente níveis conhecidos de
ser reconhecido que, em muitos casos, o confiança.
nível de confiança p (especialmente para A Recomendação INC-1 (1980) não
valores de p próximos de 1) é bastante especifica como a relação entre k e p deve
incerto, não somente por causa do ser estabelecida. Em situações de
conhecimento limitado da distribuição de medição onde a distribuição de
probabilidade caracterizada por y e uc(y) probabilidade caracterizada por y e uc(y) é
(particularmente nas porções extremas), aproximadamente normal e os graus
mas também por causa da incerteza de efetivos de liberdade de uc(y) são de
uc(y) em si tamanho significativo, o que
freqüentemente ocorre na prática, pode-se
4.3. Escolhendo um fator de assumir que tomando k = 2 produz um
cobertura intervalo tendo um nível de confiança de
O valor do fator de cobertura k é aproximadamente 95% e que tomando k =
escolhido com base no nível de confiança 3 produz um intervalo tendo um nível de
requerido do intervalo y - U para y + U. Em confiança de aproximadamente 99%.
geral, k está na faixa de 2 a 3. Porém, para
aplicações especiais, k pode estar fora
desta faixa. A experiência com e o
conhecimento completo dos usos do
resultado da medição podem facilitar a
seleção do valor apropriado de k.
Ocasionalmente, pode se achar que
uma correção conhecida b para um efeito
sistemático não tem sido aplicada para o
resultado reportado de uma medição, mas
em vez disso se tenta levar em
consideração o efeito, aumentando a
incerteza atribuída ao resultado. Isto deve
ser evitado, somente em circunstâncias
muito especiais as correções para efeitos
sistemáticos significativos conhecidos não
2.19
Expressão da Incerteza
2.20
Expressão da Incerteza
está sendo reportado é assumido ser um d) dar o valor de k usado para obter U
padrão de massa mS de 100 g; as palavras [ou, para a conveniência do usuário
em parênteses podem ser omitidas por do resultado, dar ambos k e uc(y)];
brevidade se uc é definido em algum outro e) dar o nível aproximado de confiança
lugar do documento reportando o associado com o intervalo y ± U e
resultado) apresentar como ele foi
1) mS = 100,021 47 g com (uma determinado;
incerteza padrão combinada) uc = f) dar a informação detalhada de como
0,35 mg. o resultado e a sua incerteza foram
2) mS = 100,021 47 (35) g, onde o obtidos ou se referir a documento
número em parênteses é o valor publicado que a contenha.
numérico da (incerteza padrão Quando a medida da incerteza é U, é
combinada) uc referido aos últimos preferível, para máxima claridade,
dígitos correspondentes do resultado apresentar o resultado numérico da
cotado. medição como no exemplo seguinte. (As
3) mS = 100,021 47 (0,000 35) g, onde palavras em parênteses podem ser
o número em parênteses é o valor omitidas por brevidade se U, uc(y) e k são
numérico da (incerteza padrão definidos em algum outro lugar no
combinada ) uc expressa na unidade documento reportando o resultado.)
do resultado cotado. mS = (100,021 47 ± 0,000 79) g,
4) mS = 100,021 47 ± 0,000 35 g, onde onde o número seguindo o símbolo
o número seguindo o símbolo ± é o ± é o valor numérico de (uma
valor numérico da (incerteza padrão incerteza expandida) U = k uc, com
combinada ) uc e não um intervalo de U determinada de (uma incerteza
confiança. padrão combinada) uc = 0,35 mg e
O formato ± deve ser evitado sempre (um fator de cobertura) k = 2,26
que possível porque ele tem sido baseado na distribuição t para ν = 9
tradicionalmente usado para indicar um graus de liberdade e define um
intervalo correspondendo a um alto nível intervalo estimado para ter um nível
de confiança e assim pode ser confundido de confiança de 95%.
com a incerteza expandida Além disso, Se uma medição determina
embora o propósito do formato em (4) seja simultaneamente mais do que um
evitar tal confusão, escrevendo Y = y ± mensurando, isto é, se ela fornece duas ou
uc(y) poderia ainda ser mal entendida para mais estimativas de saída yi então, além
implicar, especialmente se o formato é de dar yi e uc(y), dar os elementos da
acidentalmente omitido, que uma incerteza matriz de covariância u(yi,yj) ou os
expandida com elementos r(yi,yj) da matriz de coeficientes
k = 1 é pretendida e que o intervalo y - de correlação (e preferivelmente ambos).
uc(y) ≤ Y ≤ y + uc(y) tem um nível de Os valores numéricos da estimativa y e
confiança especificado p, associado com a sua incerteza padrão uc(y) ou incerteza
distribuição normal. expandida U não devem ser dados com
Quando reportando o resultado de uma um número excessivo de dígitos. É
medição e quando a medida da incerteza é usualmente suficiente cotar uc(y) e U [bem
a incerteza expandida U = kuc(y), deve-se como as incertezas padrão u(xi) das
a) dar uma descrição completa de estimativas de entrada xi] com, no máximo,
como o mensurando Y é definido; dois algarismos significativos, embora em
b) apresentar o resultado da medição alguns casos possa ser necessário reter
como Y = y ± U e dar as unidades dígitos adicionais para evitar erros de
de y e U; arredondamento em cálculos
c) incluir a incerteza expandida relativa subsequentes.
U/ y , com y ≠ 0, quando Reportando os resultados finais, pode
apropriado; ser apropriado, muitas vezes, arredondar
as incertezas para cima, em vez de
arredondar para o valor mais próximo. Por
2.21
Expressão da Incerteza
2.22
Expressão da Incerteza
2.23
Expressão da Incerteza
2.24
3
Incerteza na Medição
4. nível: pressão diferencial, bóia,
1. Malha de Medição deslocador, radioativo, termal.
Toda malha de medição de qualquer 1.2. Condicionador de Sinal
variável de processo possui, de modo Como o sinal de saída do elemento
explícito ou implícito, os seguintes sensor ainda não é adequado para atuar
componentes, separados ou diretamente no apresentador de sinal,
combinados: por ser muito pequeno, não linear,
1. sensor ruidoso ou ter outras influências, ele
2. condicionador de sinal deve ser alterado antes de entrar no
3. apresentador do sinal instrumento de display. O instrumento
A malha de controle, além destes que adequa o sinal de saída do sensor
componentes da malha de medição, para entrar no instrumento display é o
possui ainda os seguintes componentes: condicionador de sinal. São exemplos de
1. tomador de decisão condicionadores de sinal:
2. elemento final de controle 1. amplificador, que aumenta o nível do
sinal
1.1. Sensor
2. filtro, que elimina os sinais
O sensor detecta a variável de indesejáveis
processo medida e gera um sinal de 3. extrator de raiz quadrada, que
saída proporcional. Este sinal de saída lineariza o sinal quadrático
pode ser mecânico (movimento, força, 4. computador para fazer compensação,
deslocamento) ou elétrico (resistência, que executa operações matemáticas
capacitância, tensão ou corrente). A de multiplicação, divisão, soma,
relação matemática entre a saída do subtração e outras funções mais
sensor e a variável medida pode ser complicadas
linear ou não linear (p. ex., quadrática 5. transmissor, que gera um sinal
como na placa de orifício na medição de padrão eletrônico (4 a 20 mA) ou
vazão). O sensor geralmente está em pneumático (20 a 100 kPa)
contato direto com o processo, mas pode proporcional ao sinal de entrada
ser remoto ou pode ter outros 6. conversor, que transforma a natureza
dispositivos auxiliares, como selo de do sinal para outra diferente, como
pressão ou poço termal. analógico para digital, digital para
O tipo do sensor depende analógico, freqüência para corrente,
exclusivamente da variável medida. corrente para freqüência.
Exemplos de sensores: 7. fios de extensão e de compensação
1. pressão: bourdon C, espiral, do termopar, que liga o termopar ao
helicoidal, strain gauge instrumento receptor.
2. temperatura: bimetal, enchimento
termal, termopar e resistência
detectora (RTD)
3. vazão: placa de orifício, tubo Venturi,
bocal, magnético, turbina, vortex,
deslocamento positivo
3.1
2
Calibração
Processo
Estágio de
controle
3.2
Incerteza na Medição
3.3
Incerteza na Medição
3.4
Incerteza na Medição
F-541-102
Tag Tipo Fabricante Modelo Serial Faixa de Entrada Precisão
3
FE Placa de orifício Omel 0 a 33500 Nm /h ± 1% F.E. ∆P
FT Transmissor d/p cell Foxboro E13DM 80892203 0 a 1000 mmH2O ± 0,5% span
FT-A Conversor I/V Foxboro 2AI-I3V 4 a 20 mA cc ± 0,25% span
FY-A Multiplicador/divisor Foxboro 2AP+MUL 0 a 10 V cc ± 0,5% span
FY-B Extrator raiz Foxboro 2AP+SQE 0 a 10 V cc ± 0,5% span saída
FY-D Conversor V/I Foxboro 2AO-V3I 0 a 10 V cc ± 0,5% span
FI Indicador Presys DMY-1550 121-12-94 4 a 20 mA cc ± 0,1% span ± 2 d
o o
TE-101 RTD Ecil Pt-100 0 a 200 C ± (0,3 + 0,005 V.M.) C
TY-101 Conversor Ω/V Foxboro 2AI-P2V 100 a 175.84 Ω ± 0,5% span
2
PT-102 Transmissor Foxboro E11GM 0 a 2 kgf/cm ± 0,5% span
PT-102A Conversor I/V Foxboro 2AI-I3V 4 a 20 mA cc ± 0,25% span
3.5
Incerteza na Medição
3.6
Incerteza na Medição
3.7
Incerteza na Medição
3.8
Incerteza na Medição
3.9
Incerteza na Medição
2 2
PR ± 0,5% span 15 kgf/cm ± 0,08 kgf/cm Yokogawa, GS 1B1B1-E 26
onde i1, i2, i3, são as incertezas do transmissor, conversor e registrador, respectivamente,
obtidos da coluna Precisão Calculada
3.10
Incerteza na Medição
3.11
Incerteza na Medição
3.12
Incerteza na Medição
3.13
Incerteza na Medição
3.14
Incerteza na Medição
3.15
Incerteza na Medição
3.16
Incerteza na Medição
3.17
Incerteza na Medição
Vantagens Limitações
Custo: Embora os custos da RTD Precisão: Geralmente esperada, depois da
instalação, ±4 C, mas há exceções. Os termopares
o
estejam caindo, o termopar geralmente
continua sendo mais barato. requerem fios de extensão especiais e junta de
compensação. O sistema total de termopar inclui as
incertezas associadas com as duas medições
separadas de temperatura - a junta de medição e a
junta de referência.
Robustez: Em termos das condições Estabilidade: Menor do que a da RTD. Estimada em
±0,6 C por ano.
o
ambientais do processo, incluindo alta
temperatura e vibração, o termopar é
mais robusto que a RTD.
Faixa de medição: A faixa se estende Saída: A saída do termopar é uma militensão muito
o
até 1700 C, porém para temperatura pequena, que pode ser afetada por ruído elétrico.
criogênicas, a RTD tem maior faixa de
medição.
Calibração: O termopar é não linear nas faixas
normais e requer linearização. A calibração pode ser
alterada por contaminação. Por ter menor
estabilidade o período de calibração do termopar é
menor do que o da RTD
Vantagens Limitações
Precisão: Geralmente esperada, depois Custo: Geralmente maior do que o do termopar.
da instalação, ±0,5 C. O RTD de platina
o
Porém, RTD não requer junta de compensação,
é usado como padrão para definição de fios de extensão especiais e nem condicionamento
pontos da IPTS. especial de sinal para longas linhas de
Repetitividade: Cerca de ±0,01 C.
o
transmissão. Porém, a instalação requer 3
Estabilidade: menor que ±0,1% de desvio (aplicação industrial) ou 4 (aplicação de
em 5 anos. laboratório) fios de extensão.
Sinal de saída grande: A resistência de Robustez: Em termos das condições ambientais do
medição é convertida em um sinal de processo, incluindo alta temperatura e vibração, o
voltagem da ordem de 1 a 10 V, a RTD é menos robusta que o termopar.
facilitando as funções de indicação,
registro, monitoração e controle de
temperatura. Isto também diminui os
erros de redução dos dados e
computação matemática.
o
Largura de faixa estreita: Superior a do Faixa de medição: A faixa se estende até 870 C,
termopar, podendo medir faixa com porém para temperatura criogênicas, a RTD tem
o
largura de até 5 C. maior faixa de medição
Compensação: não requerida. Erro de auto-aquecimento: O RTD apresenta erro
de auto-aquecimento. Atualmente, o transmissor
inteligente faz esta correção, automaticamente.
3.18
Incerteza na Medição
3.19
Incerteza na Medição
TX
TE TI TR
TE TT TI
3.20
Incerteza na Medição
3.21
Incerteza na Medição
±2 C
o
Método
onde i1, i2, i3, i4 são as incertezas do termopar, fio de extensão, indicador e método, respectivamente, obtidos da coluna Precisão
Calculada
i t = 3 2 + 5 2 + 12 + 2 2 = ±6 C
o
3.22
Incerteza na Medição
3.23
Incerteza na Medição
3.24
Incerteza na Medição
3.25
Incerteza na Medição
3.26
Incerteza na Medição
As desvantagens são:
6.3. Malha de medição com turbina 1. Fragilidade e sensibilidade,
requerendo cuidados especiais de
Sistema de medição
manipulação e instalação (golpe de
O sistema de medição com turbina é
aríete, velocidade excessiva e
muito usado, por causa de sua altíssima
impurezas podem danificar
precisão. Ele é constituído de:
irreversivelmente a turbina)
1. Turbina medidora (rotor, mancais,
2. manipula apenas fluidos limpos,
palhetas, detector da velocidade quase sempre exigindo filtro a
angular), que gera um trem de montante,
pulsos com freqüência proporcional
3. apresenta grande perda de carga,
linearmente à vazão volumétrica, por ser intrusivo
2. Pré-amplificador, que reforça
4. dificuldade de calibração,
eletricamente o sinal de pulsos, envolvendo padrão de vazão ou
preservando a freqüência. Deve ser prover.
usado quando há ruídos elétricos na
área ou quando as distâncias Incertezas atribuídas
envolvidas são maiores que 30 Atribuiu-se uma incerteza para a
metros. Opcionalmente, ele pode turbina de ±0,25% da vazão medida,
converter o sinal de pulsos para o baseando-se no catálogo da Daniel e
padrão de 4 a 20 mA, para fins de considerando as turbinas instaladas em
registro ou controle. tubos de medição (meter run) e incluindo a
3. Instrumento de display, que pode incerteza do pré-amplificador montado
ser um computador de vazão ou um integralmente à turbina.
contador de pulsos com
escalonamento.
Vantagens e limitações
As vantagens do sistema de medição
com turbina, que justificam a sua aplicação
são:
1. Alta precisão (típica de ±0,25% do
valor medido, para turbina de líquido
da Daniel)
2. Medidor linear, rangeabilidade (10:1)
3. Medição suportada por normas para
transferência de custódia: AGA # 7
(1981), ISO 9951 (1992), ANSI/API
2540 (1987), ANSI/ASME 4M
(1978).
3.27
Incerteza na Medição
Vantagens e limitações
As vantagens do sistema de medição
com tubo Coriolis, que justificam a sua
aplicação são:
1. Medição direta de massa, sem Fig. 3.16. Diversos formatos do tubo Coriolis
necessidade de compensação de P
e T.
2. Alta precisão (típica de ±0,25 % do
valor medido, para tubo da Micro
Motion).
3. Medidor linear, rangeabilidade de
10:1.
As desvantagens são:
1. A literatura técnica ainda não
menciona normas para transferência
3.28
Incerteza na Medição
mA cc ou opcionalmente, em pulsos ou em
6.5. Malha de medição magnética de sinal digital.
vazão As principais vantagens do sistema de
O sistema de medição magnética de medição magnética de vazão são:
vazão é constituído dos seguintes 1. alta precisão
elementos: 2. alta rangeabilidade, por ser linear
1. tubo medidor magnético 3. não provoca praticamente nenhuma
2. transmissor de vazão perda de carga
3. instrumento receptor 4. manipula fluidos problemáticos
4. cabo blindado entre tubo e medidor 5. não possui peças móveis e portanto
(opcionalmente, o transmissor pode requer pouquíssima manutenção
ser montado integralmente ao tubo). 6. requer pequenos trechos retos a
montante e a jusante
Como desvantagens e limitações:
1. mede apenas fluidos eletricamente
condutores e por isso é pouco usado
em indústria petroquímica e de
refino de petróleo
2. deve haver cuidados para manter o
tubo sempre cheio do fluido para
não haver erros espúrios de
medição
3. deve haver cuidados de aterramento
para tubos não eletricamente
condutores.
4. requer calibrações periódicas, onde
Fig.3.17. Medidor magnético de vazão é verificado o seu fator K
3.29
Incerteza na Medição
3.30
Incerteza na Medição
3.31
Incerteza na Medição
3.32
Incerteza na Medição
T
V =K (1)
P FCV
FE
onde K é uma constante que inclui a
constante universal dos gases e serve Fig. 3.24. Malha de compensação, linearização,
também para compatibilizar as unidades totalização e controle de vazão de gás
das diferentes grandezas físicas.
Para fazer a compensação, devem ser
feitas as operações matemáticas inversas, Quando se tem a medição volumétrica
ou seja, o computador de compensação da vazão e se quer expressá-la em massa,
faz a seguinte conta: o meio direto de conversão é medindo
também a densidade e multiplicando o
P volume pela densidade. Porém, na prática,
V =K (2)
é difícil medir diretamente a densidade. Os
T
sistemas de medição de densidade são
Quando se tem a placa de orifício, que pouco disponíveis comercialmente, são
gera uma pressão diferencial proporcional difíceis de operar e principalmente são
ao quadrado da vazão, deve-se ainda difíceis de calibrar. O que a
extrair a raiz quadrada do valor instrumentação já usa e domina
compensado. profundamente são os sistemas de
Com esta compensação de pressão e medição de pressão e temperatura, com
temperatura ainda não se tem a vazão padrões de calibração facilmente
mássica, pois a densidade depende da disponíveis. Por isso, a prática universal é
pressão, temperatura e composição do gás medir a pressão e a temperatura para
(ou peso molecular). inferir a densidade e supor que a
A maioria absoluta dos medidores de composição do gás seja constante, o que
vazão mede a vazão volumétrica, através na maioria dos casos, é o que realmente
da detecção indireta da velocidade do acontece. Conhecendo-se o valor da
fluido. Exemplos de medidores densidade na condição de referência da
volumétricos são: placa de orifício, turbina, medição do volume, pode-se determinar a
vortex e magnético. densidade do gás nesta condição e entrar
3.33
Incerteza na Medição
3.34
Incerteza na Medição
Legenda 1: Legenda 2:
FE - elemento vazão (placa de orifício) componentes da ∆P
FT - transmissor d/p cell
PT - transmissor pressão componentes da pressão
TE - elemento termal
TT - transmissor temperatura componentes da temperatura
FY-1, PY e TY – distribuidor-conversor
FY-2 - multiplicador-divisor-extrator de
raiz quadrada
FI – Indicador de vazão
FI
FY-2
FY-1 PY TT
FT PT
FE TE
3.35
Incerteza na Medição
3.36
Incerteza na Medição
iF = i c2 + iFY
2
2 + i FI + i FE
2 2
(11)
3.37
Incerteza na Medição
Malha FQ-2408-302
Função: Totalização vazão de vapor
Faixa Calibrada 0 a 1,299 t/h
Ponto de Trabalho 0,400 t/h
3.38
Incerteza na Medição
Roteiro de Cálculo
2. Cálculo da incerteza
dP = ( in c e r t e z a P T ) 2 + ( in c e r t e z a P Y . 1 ) 2
dP = 0,22% span
dT = ( in c e r te z a T E ) 2 + ( in c e r te z a T X ) 2
dT = 0,72% span
3.39
Incerteza na Medição
∆P normalizada = 0,09
2.4.2. Pressão
P normalizada = 0,80
2.4.3. Temperatura
T normalizada = 0,81
∆ PP d ∆ P 2 dP 2 dT 2
IC = + +
4T ∆ P P T
IC = 0,54% span
IC = 0,007 t/h
3.40
Incerteza na Medição
Legenda:
FE - elemento vazão
FT - transmissor d/p cell
PT - transmissor pressão
TW - poço termal FI FQ
TE - elemento termal
TT - transmissor temperatura
FY-1, PY e TY - distribuidor
FY-2 - multiplicador-divisor
FY-3 - extrator, integrador
FQ - totalizador vazão FY-3
FY-2
FY-1 PY TT
FT PT
FE TW+TE
3.41
Incerteza na Medição
Legenda:
FE - elemento vazão
FT - transmissor d/p cell
DT - transmissor densidade
PT - transmissor pressão
TE - elemento termal
FQ
TW - poço termal
TT - transmissor temperatura
FY-1, PY e TY - distribuidor
FY-2 - multiplicador-divisor
FY-3 - extrator, integrador
FI - indicador vazão FY-3
FQ - totalizador vazão
FY-2
FQI
FY-1 PY TY
baixa vazão
vazão normal
FT-2 FT-1
DT TT
FT-3 PT
FE TW+TE
3.42
Incerteza na Medição
Legenda:
FE - elemento vazão
TW - poço termal
TE - elemento termal
TT - transmissor temperatura
FY-1, PY - distribuidor
FY-2 - extrator, integrador
FQ - totalizador vazão
FQI - indicador-totalizador vazão
FQ
FY-2
FY-1 FQI
FX TT
FT
8
FE
TW+TE
filtro turbina
3.43
Incerteza na Medição
WQI
Legenda: WT
WE - carretel e tubo Coriolis
WT - transmissor de vazão
WQI - indicador, totalizador vazão mássica
WE - Carretel
3.44
Incerteza na Medição
Turbina
Incerteza Turbina X Placa de Orifício X Coriolis
Precisão
Tag (±)
11,0% Catálogo
FT 0,25% V.M.
10,0%
FX Incluída no FT
o
TE (0,005T + 0,3) C
TT 0,2% span
9,0%
FY 0,1% F.E.
FQ 1 dígito
8,0%
6,0%
FE 0,7% V.M.
Turbina FT-2 0,25% span
Placa de Orifício
Coriolis PT 0,25% span
5,0% o
TE (0,005T + 0,3) C
TT 0,2% span
4,0% FY 0,1% F.E.
FQ 1 dígito
3,0%
Coriolis
Precisão
2,0%
Tag (±)
Catálogo
FE 0,2%V.M.+(zero stability/V.M.x100)%
1,0% FT Incluída no FE
FY * 0,1% F.E.
FQ * 1 dígito
0,0%
1,0% 5,0% 10,0% 15,0% 25,0% 35,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%
% da Faixa Calibrada
3.45
Incerteza na Medição
In c e rte z a P la c a d e O rifíc io c o m C o m p e n s a ç ã o d e P re s s ã o e C o m p u ta d o re s Y o k o g a w a
T e m p e ra tu ra P re c is ã o
T ag (± )
C a tá lo g o
3 2 ,0 %
FE 0 ,7 % V .M .
3 1 ,0 %
3 0 ,0 %
FT 0 ,2 5 % s p a n
2 9 ,0 % F Y .1 0 ,2 % s p a n
2 8 ,0 %
PT 0 ,2 5 % s p a n
2 7 ,0 %
2 6 ,0 % P Y .1 0 ,2 % s p a n
o
2 5 ,0 %
TE (0 ,0 0 5 T + 0 ,3 ) C
2 4 ,0 %
2 3 ,0 %
TX 0 ,5 % s p a n
2 2 ,0 % F Y .2 0 ,5 % s p a n
2 1 ,0 %
F Y .3 0 ,5 % s p a n
2 0 ,0 %
FQ 1 d íg ito
Incerteza (% F.E.)
1 9 ,0 %
1 8 ,0 %
1 7 ,0 %
1 6 ,0 %
C o m p u ta d o re s Y o k o g a w a
1 5 ,0 % C o m p u ta d o r D a n ie l
1 4 ,0 %
1 3 ,0 %
1 2 ,0 %
C o m p u ta d o r D a n ie l
1 1 ,0 % P re c is ã o
T ag (± )
1 0 ,0 %
C a tá lo g o
9 ,0 %
8 ,0 %
FE 0 ,7 % V .M .
7 ,0 % F T -2 0 ,2 5 % s p a n
6 ,0 % PT 0 ,2 5 % s p a n
5 ,0 % o
4 ,0 %
TE (0 ,0 0 5 T + 0 ,3 ) C
3 ,0 % TT 0 ,2 % s p a n
2 ,0 %
FY 0 ,1 % F .E .
1 ,0 %
0 ,0 %
FQ 1 d íg ito
0%
0%
0%
,0
,0
,0
,0
,0
,0
,0
,0
,0
0,
1,
5,
10
15
25
35
50
60
70
80
90
10
% d a F a ix a C a lib ra d a
Fig. 3.30. Incerteza da medição de vazão com placa de orifício e compensação de pressão e temperatura
3.46
Incerteza na Medição
8,0%
Incerteza (% F.E.)
0,0%
0%
%
%
0%
0%
,0
,0
,0
,0
,0
,0
,0
,0
,0
0,
1,
5,
10
15
25
35
50
60
70
80
90
10
% da Faixa Calibrada
3.47
Incerteza na Medição
0,0%
1,0% 5,0% 15,0% 25,0% 35,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%
% da Faixa Calibrada
Fig. 3.33. Comparação das incertezas com compensação e sem compensação de pressão e temperatura
Nota: No gráfico da vazão não compensada, foram consideradas como incertezas da pressão (indicada na tabela como PT) e da
temperatura (indicada na tabela como TT), variações da pressão e da temperatura no processo que não são compensadas(foi
tomado como exemplo uma malha real de uma planta de hidrogênio).
3.48
∆P
6.12. Indicação de Vazão de Efluentes com Calha Parshall
Indicador
FT FI
FE
Distribuidor, conversor Painel
UY
Registrador
FR
Totalizador
FYA FYB FQ
FY IFC FI
3.49
Indicação de Vazão de Sólidos K-Tron
KTron SDCD
SE
WE
Fig. 15. Esquema do sistema K-Tron de medição de vazão mássica de pó para a extrusora
3.50
Indicação de Vazão de Sólidos K-Tron
3.51
Indicação de Vazão de Sólidos K-Tron
Observações
Há usuário que considera apenas três 6.14. Análise das incertezas das
componentes da malha e combinam malhas
linearmente as suas incertezas Para o cálculo das incertezas das
associadas: malhas de medição de vazão são feitas as
1. alimentador como um único seguintes hipóteses simplificadoras:
equipamento com incerteza de ±1% do 1. Usar a precisão nominal dos
span instrumentos, fornecida pelo
2. condicionador com ±0,3% do span fabricante através do catálogo, que
3. módulo do SDCD com ±0,3 % span é válida para instrumento novo nas
O presente trabalho desenvolve a condições de referência de 24 ± 2
o
função matemática realizada internamente C, o que é otimista. Geralmente,
na CPU do sistema e por isso o algoritmo não se faz nenhuma distinção para a
inclui derivadas parciais como coeficientes idade dos instrumentos.
e sensitividade. 2. Não atribuir nenhuma incerteza aos
Por causa do algoritmo usado, são considerados padrões usados nas calibrações,
todos os equipamentos do sistema, tomando as supondo que são usados padrões
incertezas individuais de catálogo. Estes com incertezas mínimas iguais a 1/3
componentes são: da incerteza dos instrumentos
sensor de peso calibrados.
sensor de velocidade Combinando todas as incertezas
conversor A/D da velocidade geradas pelas hipóteses acima, é provável
conversor A/D do peso que haja uma incerteza sistemática
CPU associada a várias malhas, que não
conversor D/A de saída invalidam as comparações e
isolador de segurança intrínseca considerações que são feitas a seguir.
módulo de entrada do SDCD
Placa de orifício versus turbina
monitor do SDCD
Sob o ponto de vista metrológico, a
Pelos valores tomados, algumas
turbina é melhor que a placa de orifício e
incertezas são desprezíveis e outras são
esta afirmação foi comprovada
dominantes. A incerteza final calculada por
experimentalmente, comparando-se as
este algoritmo é da ordem de 0,5% da
curvas da Fig. 7.
largura de faixa. A incerteza considerando
Na Fig. 7 tem-se a curva das incertezas
o sistema simplificado e combinando
da malha com turbina, compensação de
linearmente incertezas individuais é da
temperatura e totalização. Como a malha é
ordem de 1% da largura de faixa.
% do valor medido, a pior condição é no
fim de escala, onde se tem a incerteza
máxima de 0,8%. Embora a curva mostre
incerteza para vazões abaixo de 5%, na
prática este é o limite inferior de medição
da turbina e a incerteza vale 0,1%. Alguém
pode questionar a situação de se ter uma
incerteza final (0,1%) menor que uma
incerteza componente (0,25% da turbina).
A explicação está no modo de expressão
da incerteza, onde a incerteza final é 0,1%
do fundo de escala e a da turbina é 0,25%
do valor medido.
As curvas da Fig. 7 também mostram
que a incerteza do medidor Coriolis é um
pouco menor do que a da turbina, porque
foi tomada a incerteza nominal da turbina
como 0,25% e a do Coriolis igual a 0,2%,
ambas em relação ao valor medido e por
3.52
Indicação de Vazão de Sólidos K-Tron
3.53
Indicação de Vazão de Sólidos K-Tron
onde
im é a incerteza final da malha
iFE é a incerteza da placa de orifício
iFY é a incerteza do computador e
totalizador
Neste algoritmo, a incerteza da malha
(im) é sempre maior ou igual à incerteza da
placa (iFE). A incerteza da malha é igual à
da placa quando as outras incertezas de
compensação e do computador forem
desprezíveis em relação à da placa, o que
pode acontecer freqüentemente.
No presente trabalho, optou se pelo
algoritmo que usa incerteza da placa como
% VM de vazão, de modo que, para
vazões acima de 50% (as mais prováveis),
a incerteza final combinada da malha é
sempre maior ou igual à incerteza isolada
da placa de orifício.
As curvas das Fig. 11 mostra as
incertezas da placa referidas em % da
vazão e em % da pressão diferencial, para
vários computadores Yokogawa.
As curvas da Fig. 12 mostram
graficamente os comportamentos das
incertezas de ±1% do valor medido, ±1%
do fundo de escala de vazão e ±1% do
fundo de escala em pressão diferencial.
3.54
55
28,0%
27,0%
26,0%
25,0% Incerteza %Vazão
24,0%
Incerteza %Pressão Diferencial
23,0%
22,0%
21,0%
20,0%
19,0%
18,0%
17,0%
16,0%
15,0%
14,0%
13,0%
12,0%
11,0%
10,0%
9,0%
8,0%
7,0%
6,0%
5,0%
4,0%
3,0%
2,0%
1,0%
0,0%
0%
%
%
0%
0%
,0
,0
,0
,0
,0
,0
,0
,0
,0
0,
1,
5,
10
15
25
35
50
60
70
80
90
10
% da Faixa Calibrada
3.55
Indicação de Vazão de Sólidos K-Tron
3.56
57
She
VWS
ABB SDCD
H Vista
N AE + Work Monitor
AJT Station
Hexeno
Monito AR
C VIOC
C6nertes
Etileno
Etano AYT
Buteno CAC
AJ
THC
O2
Fig. 3.36. Esquema do sistema de Análise de O2, H2, N2, buteno, etano, etileno, hexeno e umidade
3.57
Incerteza na Medição
A.58
59
3.59
também para um Controlador Lógico 1. 20,8% do LIE, é um ponto de aviso
Programável (CLP), que executa as ações ou de advertência, quando os LED’s
de desligamento e atuação na inundação. do instrumento indicador da sala de
A platina é considerada um material controle se acendem,
catalítico, pois acelera a oxidação do Em função desta filosofia de alarme e
material da bolha sem se alterar. Outros atuação, as incertezas do sistema podem
materiais catalíticos incluem o níquel e o ser muito amplas. Por exemplo, o ponto de
paládio. Por isso, o pelistor é chamada 20% pode ter uma incerteza de 100% (0 a
também de sensor catalítico. O material 40%), que o ponto ainda estará distante do
catalítico provoca a combinação do gás LIE. O ponto de 40% pode também ter
combustível com o oxigênio da atmosfera uma incerteza de 100% (0 a 80%), que
(oxidação) em temperatura muito menor ainda não atinge o ponto de LIE. Nos
o
(500 C) que a requerida pela combustão procedimentos, foram estabelecidas
o
(800 C). O fio do material catalítico tolerâncias de processo de 25%, que são
também provoca a oxidação de misturas muito exigentes, portanto, poderiam ser
que normalmente não são inflamáveis em estendidas para evitar não conformidades
condição normal. Um disco de material com o processo.
sinterizado é colocado na frente do sensor
para evitar a propagação da chama para 8.3. Incerteza final da malha
fora da câmara do sensor e atinja a As incertezas da malha de detecção,
atmosfera externa. Os fios de conexão do alarme e desligamento do sistema de
pelistor com a ponte de Wheatstone pode gases combustíveis são devidas aos
ser a três (mais econômica) ou quatro fios seguintes componentes:
(melhor precisão) 2. Sensor e transmissor, com incerteza
O desbalanço da ponte modula um de ±10% do valor medido ou ±3%
sinal padrão de transmissão de 4 a 20 mA. do fundo de escala, o que for maior
Tem-se assim um sinal padrão 3. Indicador digital, com incerteza de
proporcional à quantidade de gás ±1% do fundo de escala ± 1 dígito
combustível no pelistor. 4. sistema apresenta desvio de ±10%
Gases podem provocar: do valor medido em 60 dias e é
1. envenenamento (perda irreversível sugerido um intervalo de calibração
da detecção): silicone, chumbo e de 90 dias .
fosfatos, Embora não seja componente físico da malha de
2. inibição (perda reversível da detecção, deve-se considerar ainda
detecção): enxofre, cloro, flúor e 5. A incerteza devida à mistura padrão
H2S usada na calibração do sistema. É
3. cozimento (quando há oxigênio razoável atribuir uma incerteza de
insuficiente para provocar ±10% do valor medido para a
combustão completa e há deposição análise da mistura usada na
de carbono no pelistor). calibração.
Entre o LIE e o LSI o gás se inflama ou 6. Se for usado o gás propano em vez
explode em contato com uma fonte de do metano, deve-se acrescentar
ignição com nível acima do mínimo. uma incerteza de 40% V.M.
O sistema de detecção de gás
combustível é calibrado em dois pontos
típicos:
1. 20% do LIE, é um ponto de aviso ou
de advertência, quando os LED’s do
instrumento indicador da sala de
controle se acendem,
2. 40% do LIE, é um ponto de
desligamento do equipamento,
geralmente comando por um CLP.
O sistema de detecção de oxigênio é calibrado em
um único ponto típico: Apostila\Incerteza CalculoIncerteza5.doc 09 DEZ 97 (substitui 01 DEZ 97)
A.60
4
Calibração das Variáveis
2. Calibração de pressão
Objetivos de Ensino
1. Apresentar padrões e métodos para 2.1. Introdução
calibração dos sensores e instrumentos A pressão é uma variável de processo
das malhas de medição de pressão, relativamente fácil de ser medida,
como manômetro padrão, coluna controlada e calibrada. Qualquer planta
líquida e testador de peso morto. industrial possui numerosos instrumentos
2. Apresentar procedimentos, padrões e indicadores de pressão (manômetros),
métodos para calibração dos sensores com diferentes classes de precisão, que
e instrumentos das malhas de devem ser calibrados periodicamente.
medição, temperatura como
termômetros de haste de vidro, 2.2. Classe de precisão de
enchimento termal, bimetal, manômetros
termopares e resistências detectoras A precisão dos manômetros é
de temperatura (RTD). tipicamente expressa em % da largura de
3. Apresentar procedimentos e padrões faixa. Largura de faixa é a diferença
para calibração dos sensores e algébrica entre os limites superior e inferior
instrumentos das malhas de medição da faixa de medição, tomada em valor
de vazão, como placas de orifício, absoluto. Por exemplo, um manômetro
turbinas, medidores magnéticos e para indicar 0 a 200 MPa possui uma
métodos gravimétrico, com bocal largura de faixa de 200 MPa; manômetro
sônico e comparação com medidores com faixa de 100 a 200 MPa possui
padrão. largura de faixa de 100 MPa e um
manômetro com –20 a + 20 kPa tem
1. Introdução largura de faixa de 40 kPa.
Se a precisão é dada em percentagem
A variável de processo determina
da largura de faixa, então o máximo erro
1. o sensor do instrumento de medição
permitido é determinado pela multiplicação
2. o tag da malha
da precisão nominal pela largura de faixa e
3. o padrão de calibração da malha
dividindo-se por 100, se a precisão for
As principais variáveis de processo
expressa em percentagem. Por exemplo,
incluem pressão, temperatura, vazão, nível
e análise. se o manômetro tem precisão de ±1% e a
Genericamente, para calibrar os largura de faixa é de 300 MPa, então a
sensores das variáveis de processo, deve- máxima incerteza permitida é de
se simular estas variáveis, medir as saídas
dos sensores com instrumentos padrão e 300 MPa x 1 x 1/100 = 3 MPa
comparar estes valores com os teóricos
esperados. Porém, cada variável possui Do mesmo modo, um desvio entre a
suas características próprias e diferentes pressão verdadeira e a pressão indicada
exigências de calibração. de 1,5 MPa em qualquer ponto dentro da
4.1
Calibração das Variáveis
A.2
Calibração das Variáveis
A.3
Calibração das Variáveis
A.4
Calibração das Variáveis
Peso
PI
pistão
A.5
Calibração das Variáveis
A.6
Calibração das Variáveis
A.7
Calibração das Variáveis
A.8
Calibração das Variáveis
Saída sensor
gelo e ponto de vapor e outros pontos de
Saída sensor
mudança de estado de substancias puras)
ou por comparação com outros
termômetros que sejam aceitáveis e
tenham sido também calibrados.
É desejável que a relação entre a saída
do sensor e a temperatura seja linear, pois
esta linearidade simplifica a interpolação e Temperatura Temperatura
extrapolação na calibração e facilita o
projeto do instrumento de display. Fig.4.7. Curvas de calibração possíveis para um
A inclinação da curva da saída do sensor hipotético de temperatura
sensor versus temperatura é chamada de
sensitividade. Uma grande sensitividade é
desejável, porque simplifica as exigências
O fabricante do sensor então constrói o
do instrumento de display. Uma grande
termômetro. Em alguns tipos de
sensitividade não garante alta precisão,
termômetros é necessário ajustar a
mas uma grande sensitividade reduz as
quantidade de material (como em
necessidades do sistema de display (p.
termômetro com resistência ou termistor)
ex., amplificação) e portanto aumenta a
ou a posição da escala (como em
possibilidade de se ter uma maior precisão
termômetro de líquido em vidro) para obter
final do instrumento, pois há menos
o valor padrão da saída do sensor, em
componentes na malha de medição. Por
uma ou mais temperaturas. A diferença
exemplo, um sensor, com uma tensão de
entre o mensurando indicado e o valor
saída, fornece uma maior precisão final do
padrão é a tolerância do ponto de
instrumento se a sensitividade for igual a 1
referência. A tolerância total é devida à
mV/ C em vez de 1 µV/ C.
o o
tolerância do ponto de referência e a
Para produzir sensores industriais, o
tolerância dos materiais.
fabricante seleciona material para o sensor
A Fig. 1.3-2 ilustra o efeito das
que idealmente deve ter as mesmas
tolerâncias para sensores com
propriedades que o material usado para o
mensurando linear versus curvas de
sensor de referência. Porém, por causa
temperatura. As curvas não podem ser
das impurezas e efeitos de montagem, o
generalizadas para sensores com
material terá alguma diferença na curva de
característica não linear.
saída do sensor versus temperatura. Esta
Os pontos importantes relacionados
diferença é a tolerância do material. A com as tolerâncias são:
tolerância do material é também chamada As tolerâncias estão relacionados com
de conformidade com norma, quando se a pureza do material e os procedimentos
usa valores desta norma para relacionar a de fabricação.
saída do sensor com a temperatura. A As tolerâncias podem ser melhoradas
tolerância de material pode ser expressa usando vários pontos de calibração.
em três modos: A tolerância em uma temperatura é
1. desvio na saída do sensor do valor uma especificação inadequada, porque a
do termômetro padrão a uma dada tolerância geralmente aumenta quando se
temperatura aumenta a distância de um ponto de
2. desvio na temperatura indicada do calibração.
termômetro padrão em um dado As tolerâncias são os afastamentos
valor da saída do sensor máximos do desempenho nominal
3. desvio na sensitividade (útil permitidos. A maioria dos sensores de um
principalmente com relações mesmo lote tem pequenas tolerâncias.
lineares entre sinal de saída do
sensor e temperatura).
A.9
Calibração das Variáveis
A.10
Calibração das Variáveis
A.11
Calibração das Variáveis
A precisão de instrumentos de
Geral
interpolação e das calibrações de
A calibração de um termômetro envolve
termômetros resultantes diminui na
a determinação de sua indicação de
proporção que se afasta dos pontos fixos
temperatura em um número de
definidos ou pontos de calibração e a
temperaturas conhecidas. Estas
situação piora mais ainda quando se
temperaturas podem ser conhecidas
extrapola para pontos fora da faixa de
1. pelo estabelecimento de uma
temperatura (abaixo do mínimo e acima do
condição altamente reprodutível,
máximo). A calibração de termômetros
como os pontos de mudança de
deve sempre incluir, no mínimo, um ponto
estados de substancias puras (ponto
abaixo e um acima dos limites da faixa de
de fusão ou solidificação, ponto de
temperatura.
ebulição ou liquefação, ponto triplo)
Aplicando temperaturas de calibração
2. pelo fornecimento de um ambiente
muito acima de sua faixa máxima pode
isolado termicamente, cuja
diminuir a exatidão resultante do
temperatura é medida precisamente
termômetro e até mesmo danificar o
por um termômetro padrão.
sensor.
Para se ter calibrações exatas, a
condição de referência de temperatura Pontos fixos de calibração
deve ser mantida constante, dentro dos As calibrações dos termômetros podem
limites de precisão, durante períodos ser feitas em vários pontos fixos de
longos de tempo comparados com as temperatura que são realizáveis
constantes de tempo dos termômetros. praticamente em um laboratório. Os
A interpolação entra na calibração de principais pontos são:
o
dois modos: 1. Ponto de gelo = 273,15 K ou 0 C,
1. a escala de temperatura (IPTS-90) é que pode ser realizada com
o
definida em 11 pontos de referência exatidão reprodutível de 0,05 C .
primários e 27 secundários. Apenas 2. Ponto de triplo d'água = 273,16 K ou
o
15 destes pontos caem entre 0 e 0,01 C, que pode ser realizada com
o o
1000 C. Não é prático reproduzir exatidão reprodutível de 0,01 C,
mais do que umas poucas destas usando equipamento disponível
condições definidas na calibração comercialmente .
prática de um termômetro, de modo 3. Ponto de ebulição d'água = 373,15
o
que deve-se usar a interpolação K ou 100,0 C, que pode ser
para determinar a temperatura de realizada com exatidão reprodutível
o
outros condições. de 0,1 C, @ pressão atmosférica
2. usando condições de ponto fixo ou de 760 mm Hg. A variação de 1 mm
um termômetro de referência Hg causa uma variação de
o
padrão, a calibração pode ser temperatura de 0,0037 C.
praticamente feita somente em um 4. Ponto de fusão do chumbo =
o
número limitado de temperaturas 505,1181 K ou 321,9681 C, que
dentro da faixa de aplicação do pode ser realizada com exatidão
o
termômetro a ser calibrado. Uma reprodutível de 0,05 C , usando
interpolação da calibração do banhos comerciais com tempos de
termômetro entre os pontos de repouso de, no mínimo, 10 minutos.
calibração deve ser feita para 5. Ponto de fusão do zinco = 692,73 K
o
fornecer uma tabela de calibração ou 419,58 C, que pode ser
de trabalho. realizada com exatidão reprodutível
o
Termômetro com resistência de platina de 0,05 C ,
padrão é empregado para fornecer
A.12
Calibração das Variáveis
A.13
Calibração das Variáveis
A.14
Calibração das Variáveis
A.15
Calibração das Variáveis
A.16
Calibração das Variáveis
A.17
Calibração das Variáveis
o
Tipo Faixa, C Pontos de calibração Incerteza
Pontos Valores interpolados
observados
C
E 0 a 870 cada 100 0,5 1
C
0 a 870 300, 600 e 870 0,5 2
D
0 a 350 cada 100 0,1 0,5
D
-160 a 0 cada 50 0,1 0,5
C
J 0 a 760 100, 300, 500 e 750 0,5 1
D
0 a 350 cada 100 0,1 0,5
C
K 0 a 1250 cada 100 0,5 1
C
0 a 1250 300, 600, 900 e 1200 0,5 2
D
0 a 350 cada 100 0,1 0,5
D
-160 a 0 cada 50 0,1 0,5
C
ReS 0 a 1450 cada 100 0,3 0,5 a 1100 e 2 a 1450
C
0 a 1450 600 e 1200 0,3 1 a 1100 e 3 a 1450
C
B 0 a 1700 cada 100 0,3 0,5 a 1100 e 3 a 1700
C
0 a 1700 600 e 1200 0,3 1 a 1100 e 5 a 1700
D
T 0 a 370 cada 100 0,1 0,2
D
0 a 100 50 e 100 0,05 0,1
D
-160 a 0 cada 60 0,1 0,2
A
Valores foram extraídos da Circular 590 do National Bureau of Standards (hoje NIST)
C
Em fornos tubulares, por comparação com um termopar tipo S calibrado
D
Em banhos líquidos agitados, por comparação com um RTD de platina calibrado
A.18
Calibração das Variáveis
4.19
Calibração das Variáveis
4.20
Calibração das Variáveis
4.21
Calibração das Variáveis
4.22
Calibração das Variáveis
4.23
NIS 3003
Edição 8 * Maio 1995
Conteúdo
1. Introdução ...................................... 3
2. Conceitos ....................................... 4
3. Avaliação Tipo A da Incerteza Padrão 6
4. Avaliação Tipo B da Incerteza ........ 8
5. Incerteza Padrão Combinada ......... 9
6. Quantidades de Entrada Correlatas10
7. Incerteza Expandida e Nível de Confiança 10
8. Reportando os Resultados ........... 12
9. Procedimento Passo a Passo para a Determinação da Incerteza: Caso Geral 9
Calibração de um peso de valor nominal de 10 kg de OIML 14
10. Símbolos ............................................. 11
11. Referências Bibliográficas................... 12
Apêndice A: Derivando um fator de cobertura para quantidades de entrada não
confiáveis............................................... 13
Apêndice B: Componente de incerteza sistemática dominante 15
Apêndice C: Algumas fontes de erro e incerteza nas calibrações elétricas 16
Apêndice D: Algumas fontes de erro e incerteza nas calibrações de massa 18
Apêndice E: Algumas fontes de erro e incerteza nas calibrações de temperatura 19
Apêndice F: Algumas fontes de erro e incerteza nas calibrações de dimensão 20
Apêndice G: Exemplos de aplicação 21
A.1
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
4.2
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
4.3
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4.4
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4.11
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4.12
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
aleatório de incerteza for significativo, para kp e usar este valor para calcular a
usando a eq. (2): incerteza expandida.
1 n 14. Reportar a incerteza expandida no valor
x = ∑ xk (2) da medição de acordo com os
n k =1
parágrafos 8.1, 8.2, 8.3 e 8.4.
8. Calcular o desvio padrão do valor médio
pelas eq. (4) e (5):
1 n
s( x k ) = ∑ (x k − x)2
(n − 1) k=1
(4)
s(x k )
s(x ) = (5)
n
ou se referir aos resultados de
repetibilidade prévia de medições para
uma boa estimativa de s(xk) baseada
em um número grande leituras.
9. Verificar sempre a indicação do
instrumento, no mínimo uma vez, para
minimizar os erros de registro do
operador, mesmo quando um
componente aleatório da incerteza não
seja significativo.
10. Derivar a incerteza padrão para a
avaliação do Tipo A acima da eq. (6):
u( x i ) = s(x ) (6)
11. Calcular a incerteza padrão combinada
para quantidades de entrada não
correlatas usando a eq. (9) se são
usados os valores absolutos:
N N
uc ( y) = ∑ ci2u2 ( xi ) ≡ ∑ ui2 ( y) (9)
i =1 i=1
4.13
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
4.14
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
10. Símbolos
Os símbolos usados foram tomados principalmente do Guide. O significado tem sido
dado no texto, incluindo os apêndices, onde eles ocorrem, mas são repetidos aqui por
conveniência de referência.
4.15
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
2. BIPM, IEC, IFCC, ISO, IUPAC, IUPAP, OIML, Guide to the Expression of
uncertainty in Measurement. International Organisation for Standardization,
Geneva, Switzerland. ISBN 92-67-10188-9, 1a. ed., 1993.
4. NIS 80, Guide to the Expression of Uncertainty in Testing, Ed. 1, Sep. 1994,
NAMAS.
5. NIS 81, The Treatment of Uncertainty in EMC Measurements, Ed. 1, May 1994,
NAMAS.
4.16
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
Apêndice A
da confiabilidade da estimativa da
Derivando um fator de cobertura incerteza padrão. O Guide recomenda que
para quantidades de entrada não o grau de liberdade para as contribuições
confiáveis do Tipo B seja obtida da incerteza relativa
Na maioria das situações de medição é ∆ui(y)/ui(y) de ui(y). Um valor para a
possível avaliar as incertezas do Tipo B incerteza relativa é obtido, subjetivamente,
com alta confiabilidade, principalmente em do julgamento científico baseado em várias
laboratórios credenciados pelo NAMAS. informações disponíveis. Assim, para
Além disso, se o procedimento seguido contribuições do Tipo B:
−2
para fazer as medições é bem 1 ∆u ( y)
estabelecido e as avaliações do Tipo B são νi ≅ i A(2)
2 u i ( y)
obtidas de um número suficiente de
observações, então o uso do fator de Geralmente é possível tomar o número
cobertura de k = 2 significa que a incerteza de grau de liberdade νi de uma
expandida, U, fornece um intervalo com contribuição do Tipo B como infinito.
um nível de confiança próximo de 95%. Nestes casos o grau de liberdade efetivo
Porém, em alguns casos pode não ser de uc(y) depende dos graus de liberdade
prático basear a avaliação do Tipo A em das contribuições do Tipo A e seu tamanho
um grande número de leituras, que em relação às contribuições do Tipo B.
resultaria no nível de confiança sendo Tendo obtido o valor para νef, usa-se a
muito menor que 95%, se fosse usado um tabela de distribuição t para encontrar o
fator de cobertura de k = 2. Nestas valor de tp(ν). A tabela seguinte dá alguns
situações, o valor de k, ou mais valores para t95(ν), ou seja, aqueles
estritamente kp, onde p é a probabilidade apropriados para um nível de confiança de
de confiança em termos de percentagem, 95%(*). Valores para outros níveis de
p. ex., 95, seria baseado em uma confiança podem ser encontrados no
distribuição t em vez de uma distribuição Guide.
normal. Este valor de kp dá uma incerteza Normalmente, νef é um número inteiro e
expandida, Up, que mantém o nível de é necessário interpolar entre os valores
confiança próximo do nível requerido p. dados na tabela. A interpolação linear é
Para se obter o valor de kp é suficiente para
necessário estimar o grau de liberdade νef > 3; interpolação de ordem maior deve
efetivo, νef, da incerteza padrão combinada
uc(y). O Guide recomenda que a equação * Um fator de cobertura de k = 2
de Welch-Satterwaite seja usada para realmente corresponde a um nível de
calcular um valor para νef baseado nos confiança de 95,45% para uma
graus de liberdade, νi, das contribuições distribuição normal. Por conveniência,
individuais da incerteza ui(y); portanto: isto é aproximado para 95%, que
u 4 ( y) corresponde a um fator de cobertura
ν ef = N c 4 A(1)
u i ( y) de
∑ ν k = 1,96. Porém, a diferença não é
i=1 i
significativa desde que, na prática, o
Os graus de liberdade, νi, para as nível de confiança é baseado em
contribuições obtidas de avaliações do hipóteses conservativas e em
Tipo B são n - 1, ou seja, o número de aproximações para distribuições de
leituras usadas para avaliar x i menos 1. probabilidade verdadeiras. Os valores
Para as contribuições do Tipo B, o grau de dados na tabela são para um nível de
liberdade precisa se estimado da confiança de 95,45%.
informação ou conhecimento disponíveis
4.17
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
4.18
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
νef 1 2 3 4 5 6 7 8 10 12 14 16
t95(n 13,9 4,53 3,31 2,87 2,65 2,52 2,43 2,37 2,28 2,23 2,20 2,17
) 7
νef 18 20 25 30 35 40 45 50 60 80 100 ∞
t95(n 2,15 2,13 2,11 2,09 2,07 2,06 2,06 2,05 2,04 2,03 2,02 2,00
)
Exemplo
Seja a avaliação do Tipo A de um
sistema de medição baseada em 4
observações, que dá um valor de ui(y) de
3,5 unidades e havendo 5 outras
contribuições todas baseadas em
avaliação do Tipo B para as quais se
assumem uma incerteza estimada muito
pequena e uma incerteza padrão
combinada, uc(y) igual a 5,7 unidades.
Então, da eq. A(1):
5,7 4
ν ef = = 211
,
3,5 4
+0+0+0+0+0
4 −1
4.19
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
Apêndice B
4.20
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
Apêndice C
4.21
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
4.22
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
4.23
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
Apêndice D
4.24
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
4.25
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
Apêndice E
4.26
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
Apêndice F
4.27
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
Apêndice G
4.28
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
4.29
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
4.30
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
4.31
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
Balanço da Incerteza
Símbolo Fonte de incerteza valor Distribuição Divisor ci ui(W X) νi ou
(ppm probabilidade ±mg νef
WS Calibração do peso 30,0 normal 2,0 1,0 15,0 ∞
padrão
DS Desvio não corrigido 15,0 retangular 3 1,0 8,66 ∞
desde a última calibração
δC Linearidade do 10,0 retangular 3 1,0 5,77 ∞
comparador
Ab Deslocamento do ar (valor 10,0 retangular 3 1,0 5,77 ∞
nominal de 1 ppm)
WR Repetibilidade 14,4 normal 1,0 1,0 14,4 9
4.32
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
A.33
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
Balanço da Incerteza
Símbolo Fonte de incerteza valor Distribuição Divisor ci ui(LX) νi ou
± probabilidade ±µm νef
LS Calibração do bloco de 0,035 normal 2,0 1,0 0,0175 ∞
grau K µm
DC Discriminação e 0,057 retangular 3 1,0 0,033 ∞
linearidade do µm
comparador
o
δΕ Diferença no coeficiente 0,05 C retangular 3 0,0 0,006 ∞
de expansão 2
o
δC Diferença no coeficiente 0,05 C retangular 3 0,0 0,006 ∞
de compressão 2
LX Repetibilidade 0,005 normal 1,0 1,0 0,005 10
µm
A.34
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
Balanço da Incerteza
A.35
G8. Calibração de um termopar tipo N
Um termopar do tipo N é calibrado contra dois termopares padrão de referência do tipo
o
R em um forno horizontal, à temperatura de 1000 C. As medições são feitas usando se um
voltímetro digital e os termopares são ligados ao voltímetro através de uma chave
o
seletora/inversora. Todos os termopares são ligados a um ponto de referência de 0 C. O
termopar sob teste (Tipo N) é ligado ao ponto de referência através de cabos de
compensação.
Os termopares tipo R são fornecidos com certificados de calibração que relacionam a
fem de saída com a temperatura e cada um tem a incerteza estabelecida como ±0,3 oC com
um nível de confiança de 95%. Nenhuma correção é feita para desvio desde a última
calibração mas foi estimada uma incerteza de ±0,3 oC das calibrações anteriores.
O resultado reportado será a fem de saída do termopar sob teste para uma temperatura
determinada. Porém, como os termopares sob teste e de referência têm sensitividades
o
diferentes, a incerteza é calculada em termos de temperatura ( C) e então a incerteza
expandida será convertida para a incerteza da fem de saída.
A seqüência de medições é a seguinte:
1. primeiro padrão
2. termopar sob teste
3. segundo padrão
4. segundo padrão
5. termopar sob teste
6. primeiro padrão
A polaridade é então invertida e a seqüência é repetida. São obtidas 4 leituras para
todos os termopares.
Os resultados são os seguintes.
A.36
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
o
Nota 1: A sensitividade dos termopares de teste e padrão em 1000 C é obtida de tabelas
de referência padrão. O recíproco da sensitividade do termopar é o valor de ci é
usado para converter a incerteza da fem dos termopares em µV para a incerteza da
o
temperatura em C.
Nota 2: A temperatura quando medida por cada um dos termopares padrão é calcular de
seus certificados de calibração individuais. Neste exemplo, é assumido que os
procedimentos requeiram que a diferença entre estes dois valores não exceda 0,3
o o
C. Quando a diferença exceder 0,3 C, então a medição deve ser repetida e a razão
da diferença é investigada.
O maior dos dois desvios padrão, em termos de temperatura, é tomado como a
o
incerteza devida à repetibilidade dos termopares padrão, ou seja, 0,13 C. O desvio padrão
o
para o termopar sob teste, 0,064 C, também deve ser incluído.
Enquanto 4 leituras foram feitas no total, somente duas leituras foram feitas com cada
polaridade e este valor de n = 2 é considerado ser o mais apropriado para se usar no
cálculo dos desvios padrão da média.
Das eq. (4) e (5), tem-se:
s( T ) 0,13
u( TS ) = u( T S ) = S =
o
= 0,09 C
n 2
e
s(TT ) 0,064
u( TT ) = u( T S ) = =
o
= 0,045 C
n 2
A incerteza em termos de temperatura é ±1,3 oC
A incerteza em termos de fem de saída é
±1,3 C x 38,6 µV/ C = ±50 µV
o o
Resultado reportado:
A.37
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
A.38
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A.39
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
A.40
NIS 3003 * Incerteza e Confiança na Medição
Normas
ABNT NBR ISO 8402, Gestão da qualidade e garantia da qualidade - Terminologia, DEZ
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Western European Calibration Cooperation, WECC Doc. 19, 1989, Guidelines for
the Expression of the Uncertainty of Measurement in Calibrations.
A.41