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ANÁLISE BIOMECÂNICA DO SALTO TRIPLO INTRODUÇÃO AOS

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE


DO MOVIMENTO ESPORTIVO*

A lb e rto C a rlo s A m a d io **

Através do presente trabalho procura-se d e ­ técnica do salto envolveu os seguintes p r o ­


senvolver uma análise biomecânica do salto cedimentos de mensuração:
triplo, discutindo-se aspectos relacionados à Cinematográfico: análise fotogam étrica
com plexa investigação do m o vim e n to es­ com câmeras de alta frequência por m e n ­
portivo. Baseando-se em estudos e xp eri­ suração bidimensional. Em tal procedim ento
mentais, fo ra m desenvolvidos e aplicados os partimos do princípio que o m o vim e n to es­
principais m étodos de investigação da b io ­ tudado, na presente análise, tem uma c o n ­
mecânica nas suas áreas básicas de estudo: cepção planar. Já para análises de sobrecar­
Cinemática, Dinâmica, A n tro p o m e tria e Ele- ga articular foram em pregados p ro ced i­
tro m io g ra fia . mentos cinem atográficos bidim ensionais
A validação dos resultados das mensurações e tridimensionais.
em situações de Laboratório e Treinam ento, Dinam om étrico: análise da força reação do
con fro nta do s com os resultados de C o m p e ­ solo através do uso de plataformas de força, p e r­
tição, foi feita através do controle das situa­ m itind o a representação do vetor força nos três
ções, no que diz respeito à população estu­ eixos ortogonais medidos. Foram realizadas an áli­
dada, para as três diferentes mensurações: ses conseqüentes da sobrecarga de reação a rtic u ­
nível do rendim ento apresentado, controle lar, por meio de m odelos físico-m atem áticos que
do êrro dos procedim entos de medida e perm itiram o cálculo do m o m e n to da força m u s ­
análise estatística dos parâmetros medidos. cular nas articulações do segmento perna, m o ­
Através da investigação biomecânica p r o ­ m ento de inércia, força articular bem com o força
curou-se de te rm in a r os parâmetros que in ­ atuante nos tendões e ligam entos do pé.
fluenciam o ren dim e nto no salto triplo. O -A n tro p om é trico : análise e cálculos por
diagnóstico do re ndim ento foi feito em si­ meio de m odelos matemáticos experim entais que
tuação de treinam ento, situação de c o m p e ti­ perm itiram a utilização da geometria da massa
ção e através de mensuração em laboratório corporal para a determinação do centro de g ra v i­
onde realizou-se a simulação do m o v i­ dade, m o m e n to de inércia e centro de gravidade
m e n to estudado. das partes do corpo.
A ilustração que segue mostra o o rg a n o ­ Eletrom iográfico: análise do potencial de
gram a da situação experimental da m e n su ­ ação muscular através de interpretação dos sinais
ração realizada em trein am e n to (veja-se Fi­ de Eletrom iogram a (EMG), identificando-se de
gura 0 1 ). fo rm a qualitativa e quantitativa os grupos m u s ­
A análise do m o v im e n to para o estudo dos culares ativos nas diferentes fases de apoio do
parâm etros biomecânicos do com plexo da salto e seu mecanismo de coordenação muscular.

* Condensado da Tese de Doutoramento, DSHS-Koeln, 1985.


** Professor Assistente Doutor da disciplina de Cinesiologia da EEF-USP.

Re v. Paul. Educ. Fís., São Paulo, 2 (2): 17 20, maio 1988. 17


Fundam entando-se nos resultados desta senta os valores da força reação do solo (vertical e
complexa análise biomecânica definimos parâ­ horizontal) para cada uma das fases de apoio do
metros de rendimento das diferentes técnicas de salto trip lo de fo rm a exem plar neste estudo da d i ­
salto, que são trabalhadas visando sua aplicação nâmica do salto.
na prática esportiva. A análise ocupou-se de de­
Os resültados obtidos, referentes a s o b re ­
talhada descrição dos parâmetros cinemáticos do
carga articular, baseiam-se em cálculos efetuados
rendimento para três grupos definidos bem como
no plano sagital com dados m edidos na c in e m á ti­
de três diferentes situações de mensuração: C om ­
ca e dinâmica da fase de apoio do salto. Desta
petição, Treinam ento e Simulação do salto.
form a interpre to u -se o m o m e n to da força m u s ­
Através da Figura 02 representa-se grafica­ cular, a força de reação articular bem com o a força
mente os valores de parâmetros cinemáticos cal­ que age no tendão de Aquiles para a articulação
culados para velocidade: horizontal (vx), vertical superior do tornozelo (talo-crural) e para a a rti­
(v y ) e resultante (vr), bem como para o desloca­ culação fe m u ro -tib ia l.
mento altura (h) do centro de gravidade; obser­ Os valores para o m o m e n to da força m u s ­
vados ao lado do cinegrama do salto para o estu­ cular m ostraram -se, para a articulação f e m u r o - t i­
do exemplar de um caso. bial, maiores que para a articulação superior do
A lé m das inform ações da cinemática d u ­ tornozelo (talo-crural) nas três fases de apoio. Em
rante as fases de apoio e aérea do salto necessita- relação à força de reação articular, obtivem os, da
se, para a descrição do m o vim e n to , de conheci­ mesma form a, valores extrem am ente elevados
m entos sobre a força que age em cada uma das e registrados com pouca frequência em m o vi-
fases de apoio. mepir*s esportivos especialmente para Step (2-
A a m p litu d e do p rim e iro pico da força v e r ti­ apc.u/ na articulação superior do tornozelo (talo-
cal m ostra valores extrem am ente altos para as crural) 18.0 kN, assim com o para Hop (1? apoio)
três fases de apoio do salto, especialmente para o na articulação fe m u ro -tib ia l 18.0 kN. A curva da
Step (2- apoio) 10.1 kN 15.9 kN, em comparação do tendão de Aquiles m ostrou valores m é-
com 8.7 kN 11.2 kN para o Hop e o J u m p (1 - e 3 ? di 3 em to rn o de 11.5 kN para Step. Os resultados
apoios respectivamente) valores estes que até o d< mensurações no laboratório simulação do
m o m e n to ainda não tin h a m sido registrados na salto e treinam ento fo ra m comparados com os re ­
literatura da prática esportiva. A Figura 03 repre­ sultados de competição para efeito de interpreta-

Figura 03: Curvas da Força reação do solo durante as três fases de apoio do salto triplo para B.Lua
(13.97 m). (A): Força vertical Fz , (B): Força horizontal - sentido do salto Fy .

Rev. Paul. Educ. F/s., São Paulo, 2 (2): 17 20, maio 1988. 19
ção. Entre os parâmetros que caracterizaram a
sobrecarga articular calculou-se a força de reação
articular (para as articulações fem uro-tibial e arti­
culação superior do tornozelo talo-crural), assim
como a força que age no tendão de Aquiles, pa­
râmetros estes quantificados e representados na
Figura 04.
Tratou o presente trabalho também da dis­
cussão dos fenômenos básicos em biomecânica,
estudados no complexo da ciência do esporte, re­
ferente aos seus aspectos interdisciplinares, como
por exemplo, estudo dos conceitos da biomecâni­
ca do esporte e sua evolução, métodos e procedi­
mentos na investigação biomecânica, limites da
biomecânica e análise diagnostica dos parâmetros
do rendimento esportivo e tópicos da análise da
sobrecarga articular.
Desenvolveu-se, portanto, amplas discus­
sões metodológicas no sentido de caracterizar as
áreas básicas que constituem a biomecânica do
esporte bem como da relevância prática destes
estudos na prática esportiva, através da análise da
técnica do salto triplo que envolveu: descrição do
movimento, estudos de modelos e análise de re­
sultados, ou seja, discussão de parâmetros in-
fluenciadores no rendimento para as diferentes
situações experimentais de medida utilizadas no
presente trabalho.
Procurou-se ainda discutir os fatores que
definem a capacitação do rendimento esportivo,
ou seja, aspectos de relevância no treinamento do
salto, através de análises comparativas entre os
parâmetros biomecânicos que caracterizam o ren­
dimento em cada situação de medida experimen­
tal. Desta forma utilizou-se a análise do salto tri­
Figura 04: Valores médios da força de reação articu­ plo para exemplificar um procedimento de com­
lar e força no tendão de Aquiles calculados no Plano plexa investigação e assim atendermos aos pro­
sagital para o salto triplo. FS: Força no tendão de pósitos básicos desta dissertação, que procurou
Aquiles, GFF: Força na articulação superior do torno­ enfocar a biomecânica do esporte como uma ciên­
zelo talo-crural, GFK: Força na articulação do joelho cia interdisciplinar no espectro da ciência do es­
- femuro-tibial. porte.

Recebido para publicação em: fevereiro/88

20 Rev. Paul. Educ. Fís., São Paulo, 2 (2): 17 20, maio 1988.

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