Romanos
Alexandre Magno vence a batalha de Isso (na Síria atual) contra Dario III, rei
dos persas, expandindo seu domínio sobre o oriente médio. Seu império
estende-se por 5.000Kg, indo até a China.
Pelas terras conquistadas divulga sua cultura e língua, o koinê.
Após sua morte, seu império é dividido entre dois de seus principais generais:
Ptolomeu Lágida,fica com o Egito; e Selêuco, passa a governar a Síria e a
Mesopotâmia, dando início as dinastias dos lágidas e a dos selêucidas.
A Palestina está entre os dois
Durante o primeiro século que se segue fica sob domínio dos Lágidas e mais
tarde, passa o domínio dos selêucidas, com o rei Antíoco III.
Sobre os domínio dos Lágidas os judeus tinham garantidas sua autonomia e
paz.
Literatura vasta neste período: algumas obras são encontradas tanto na
Palestina quanto em Alexandria.
Na Palestina, um grupo de teólogos pertencentes a escola sacerdotal, conclui
sua “história sagrada” dividida em quatro livros: 1 e 2 crônicas, Esdras e
Neeminas. Os dois primeiros são uma retomada da história já contada nos
livros de Samuel e dos Reis.
Escondido sob o pseudônimo de Qohelet (assembleia, em hebraico) e em
grego εκκλησιαστές , o autor desconhecido apresenta-se como filho de Davi, rei
de Jerusalém (ou seja, Salomão), discute o sentido da vida e a melhor forma
de se viver.
Mostra-se profundamente pessimista, pois proclama que todas as ações de um
homem são vãs, pois tanto os sábios quanto os tolos terminam na morte.
A sabedoria é encarada como meio para uma vida terrena bem vivida.
Desse período, temos também o livro de Tobias.
É um livro sapiencial, uma espécie de romance de sabedoria.
Entre os seus ensinamentos destacam-se a descoberta da providência divina
na vida cotidiana, a fidelidade à vontade de Deus e a integridade ao
matrimônio.
Outro livro deuterocanônico é atribuído à Jesus bem Siraque (em grego,
Siracida).
É um longo manual de moral, procurando mostrar que só a fé em Deus é que
pode dar-lhes a verdadeira sabedoria.
A SEPTUAGINTA : Em Alexandria, judeus helenizados que não compreendiam
mais o hebraico desejavam possuir, para uso litúrgico na sinagoga, a lei em
sua língua.
Conta a lenda sobre a origem da Septuaginta que Ptolomeu Filadelfo, rei do
Egito (281 a 246 a.C.) é persuadido pelo bibliotecário de Alexandria a obter
uma tradução das escrituras hebraicas. Sendo assim, é reunido um grupo de
72 anciãos com o objetivo de traduzir a bíblia dos judeus para o idioma grego.
Segundo a tradição, a tradução foi feita em 72 dias, com cada versão sendo
idênticas as demais.
O nome Septuaginta (bíblia dos setenta) vem desta tradição.
Aproximadamente em 198 a.C., Israel passa ao domínio dos Selêucidas, que
ao contrário dos Lágidas, desejavam impor-lhes pela força a cultura e religião
helenística.
Em 168 a.C. Antíoco IV desencadeia contra os judeus uma perseguição
terrível.
Instala no templo a “abominação da consolação” (sem dúvida, um altar a
Zeus).
Como resposta a essa perseguição, Matatias e seu filho, Judas, “o martelo”
(Macabeu), assumem o comando da comunidade e organizam uma revolta
armada.
Em 165 a.C. libertam Jerusalém e conseguem restabelecer por um momento o
reino de Israel.
Nem todos os judeus aderem a espada dos macabeus, pois só Deus pode dar
a libertação.
Macabeus I narra a epopeia dos combatentes e Macabeus II, escrito antes do
primeiro, revela-nos, através de histórias piedosas, a espiritualidade dos
fariseus que começam a se “separar” (sentido do termo fariseu), por um ideal
de pureza, do conjunto dos demais judeus e dos descendentes dos macabeus.
Nos livros de Ester e Judite é remetida a ideia de que é Deus unicamente que
salva seu povo.
Aproximadamente pelo ano 50 a.C., um judeu de Alexandria, tentando exprimir
a fé judaica inserida na cultura grega, tenta ensinar que a sabedoria que
conduz a uma vida feliz não está relacionada a cultura adquirida pelo
pensamento, mas naquilo que vem de Deus, nascendo assim o livro da
Sabedoria.
3. INTERTESTAMENTO