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certas características bási(as cn(OI1tradas em grandl' número lk Estados. Essa


classificaçüo é possível porque inúmcras vezes. tcndo cm vista o ('xito alcan-
çado por um Estado com a adoçüo de uma forma de govcrno. out ros Estados
passam a segui-lo, adotando as mesmas linhas fundamentais. Surgem, assim,
as formas de governo quc se tornam clássicas.
Como última observação preliminar é conveniente esclarecer que 11,1
classificação só se procuram as características das formas IIOl'l1ulis de gover-
no, aquelas que se estabelecem em decorrência da evolução natural dos fe-
nômenos políticos. As formas a n o r m a is , que são os totalitarismos ou as di-
taduras de homens ou de grupos, não comportam subclassificações, porque
Formas de Governo são regimes apoiados na força e que impedem a expansão natural das voca-
ções políticas. Dessa maneira, seria inútil estudá-los, porque eles não obe-
decem a outra lei que não a da força. Basta, portanto, mencioná-los como
121. A organização das instituições que atuam no poder soberano do
regimes de força, dando-lhes o nome de tirania, despotismo, totalitarismo
Estado e nas relações entre essas instituições fornecem a caracterização das
ou ditadura, de acordo com o uso de cada época e lugar.
formas de governo. Para a maior parte dos autores, fo r m a d e g o v e r n o e r e g i-
m e p o lític o são expressões sinônimas. DUVERGER
utiliza esta última expressão, 122. A classificação mais antiga das formas de governo que se conhece
estabelecendo uma distinção entre regime político em s e n tid o a m p lo , quan- é a de ARISTOTELES,
baseada no número de governantes. Distingue ele três
do indica a forma que, num dado grupo social, assume a distinção geral espécies de governo: a r e a le z a , quando é um só indivíduo quem governa; a
entre governantes e governados; e regime político em s e n tid o e s tr ito , aplicá- a r is to c r a c ia , que é o governo exercido por um grupo, relativamente reduzido
vel somente à estrutura governamental de um tipo particular de sociedade em relação ao todo; e a d e m o c r a c ia (ou r e p ú b lic a , segundo alguns tradutores),
humana, que é o Estado; X1FRA HERASfaz uma distinção diferente, observan- que é o governo exercido pela própria multidão no interesse geral. Cada uma
do que há uma relação íntima entre forma política e estrutura da vida hu- dessas formas de governo pode sofrer uma degeneração, quando quem go-
mana social. O conceito de forma afeta os diferentes graus da realidade verna deixa de se orientar pelo interesse geral e passa a decidir segundo as
política, permitindo a identificação de três espécies distintas: r e g im e p o lític o , conveniências particulares. Então aquelas formas, que são puras, são subs-
quando se refere à estrutura global da realidade política, com todo o seu tituídas por formas impuras. A realeza degenera em tirania, a aristocracia
l57
complexo institucional e id e o ló g ic o ;fo r m a d e E s ta d o , se afeta a estrutura da em oligarquia e a democracia em demagogia • Essa classificação, que é
organização política; s is te m a d e g o v e r n o , quando se limita a tipificar as rela- feita em termos bem gerais baseando-se apenas no número dos governantes
ções entre as instituições políticas
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e na preponderância do interesse geral ou particular, é válida até hoje, sendo
utilizada na teoria e na prática.
A rigor, porém, a expressão fo r m a d e g o v e r n o é mais precisa, quando
se trata de estudar os órgãos de governo, através de sua estrutura fundamen- Depois de ARISTOTELES
é com M AQulAVEL
que vai aparecer nova classi-
tal e da maneira como estão relacionados. Como se pode facilmente perceber, ficação, já então mais precisa e atenta para as características que se iam re.
mesmo pela observação superficial dos Estados, as formas de governo são velando na organização do Estado M oderno. Nos "Discursos sobre a Primei-
extremamente variáveis, não havendo um só Estado que não apresente em ra Década de Tito Lívio': publicados em 1531, M AQulAvEL
d esenvolve uma
seu governo uma peculiaridade exclusiva. Por esse motivo a classificação das teoria procurando sustentar a existência de c ic lo s d e g o v e r n o . O ponto de
formas de governo só pode ser feita em termos gerais, pela identificação de partida é um estado anárquico, que teria caracterizado o início da vida hu-
mana em sociedade. Para se defenderem melhor os homens escolheram o

156. Vejam-se M AURICE DUVERGER, O s R e g im e s P o lític o s , págs. 9 e 10; JORGE XIFRA


H I'.RAS. ln s titllc io n e s y S is te m a s P o lític o s . págs. 7 e segs. 157. ARlSTOTELES, A P o lític a , Livro m, Capo V.

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mais roiJusto I.' valoroso, nomeando-o chefe e obedecendo-o. Depois de al- terísticas de cada uma e o exame dos principais argumentos ravor~íveis l'
gumas escolhas percd)eu-se que aquelas características n<io indicavam um contr~írios a elas.
bom dldi." passando-se a dar preferência ao mais justo e sensato. Essa mo- 123. A I/lOllarq"il/ é uma forma de governo quej~í foi adotad:i, hú
narquia dctiv,1 converteu-se depois em hereditária, e algum tempo depois muitos séculos, por quase todos os Estados do mundo. Com o passar dos
os herdeiros começaram a degenerar, surgindo a tirania. Para coibir os seus séculos ela foi sendo gradativamente enfraquecida e abandonada. Quando
males, os que tinham mais riqueza, nobreza e ânimo valoroso organizaram nasce o Estado M oderno a necessidade de governos fortes favorece o ressur-
conspiraçôes e se apoderaram do governo, instaurando-se a aristocracia, gimento da monarquia, não sujeita a limitações jurídicas, donde o qualifi-
orientada para o bem comum. Entretanto, os descendentes dos governantes cativo de m o n a r q u i a a b s o l u t a . Aos poucos, entretanto, vai crescendo a resis-
aristocratas, que não haviam sofrido os males da tirania e não estavam pre- tência ao absolutismo e, já a partir do final do século XVIII, surgem as mo-
ocupados com o bem comum, passaram a utilizar o governo em seu provei- n a r q u i a s c o n s t i t u c i o n a i s . O rei continua governando, mas está sujeito a limi-
to próprio, convertendo a aristocracia em oligarquia. O povo, não suportan- tações jurídicas, estabelecidas na Constituição. Depois disso, ainda surge
do mais os descalabros da oligarquia, mas, ao mesmo tempo, lembrando-se outra limitação ao poder do monarca, com a adoção do parlamentarismo
dos males da tirania, destituiu os oligarcas e resolveu governar a si mesmo, pelos Estados monárquicos. Adotando o sistema parlamentar de govern,:"
surgindo o governo popular ou democrático. M as o próprio povo, quando com a manutenção da monarquia, o monarca não mais governa, manten-
passou a ser governante, sofreu um processo de degeneração, e cada um do-se apenas como Chefe de Estado, tendo quase só atribuições de repre-
passou a utilizar em proveito pessoal a condição de participante no governo. sentação, não de governo, pois este passa a ser exercido por um Gabinete de
E isto gerou a anarquia, voltando-se ao estágio inicial e recomeçando-se o M inistros.
ciclo, que já foi cumprido muitas vezes na vida de todos os povos. A única
As características fundamentais da monarquia, das quais decorrem os
maneira de evitar as degenerações, quebrando-se o ciclo, seria a conjugação
argumentos favoráveis e contrários a ela, são:
d a monarquia,. d'a anstocraCla. e d a d emocracla. em um s Ó governo 158 . N o ano
seguinte ao da publicação dessa obra, ou seja, em 1532, aparecia "O Príncipe': V ita lic ie d a d e . O monarca não governa por um tempo certo e limitado,
em cujas primeiras linhas diz M AQUIAVEL: "Os Estados e soberanias que tive- podendo governar enquanto viver ou enquanto tiver condições para conti-
ram e têm autoridade sobre os homens, foram e são ou repúblicas ou prin- nuar governando.
cipados". Os governos aristocráticos, conhecidos entre alguns povos da H e r e d ita r ie d a d e . A escolha do monarca se faz pela simples verificação
Antiguidade, já não eram admitidos no tempo de M AQUIAVEL, consagran- da linha de sucessão. Quando morre o monarca ou deixa o governo por
do-se a república e a monarquia como as formas de governo possíveis no qualquer outra razão, é imediatamente substituído pelo herdeiro da coroa.
Estado M oderno. Houve alguns casos de m o n a r q u i a s e l e t i v a s , em que o monarca era escolhido
M ais tarde M ONTESQUIEU,
em sua obra que tanta influência prática por meio de eleições, podendo votar apenas os príncipes eleitores. M as a
exerceu, apontaria três espécies de governo: o republicano, o monárquico e regra sempre foi a hereditariedade.
o despótico, esclarecendo: "O governo republicano é aquele em que o povo, Ir r e s p o n s a b ilid a d e . O monarca não tem responsabilidade política, isto
como um todo, ou somente uma parcela do povo, possui o poder soberano; é, não deve explicações ao povo ou a qualquer órgão sobre os motivos pelos
a monarquia é aquele em que um só governa, mas de acordo com leis fixas
quais adotou certa orientação política.
e estabelecidas, enquanto, no governo despótico, uma só pessoa, sem obe-
d .ecer a leiS e regras, rea I'Iza tu d o por sua vonta d e e seus capnc. h os ,,159 . A fa v o r d a m o n a r q u ia , os seus adeptos, cujo número é atualmente
bastante reduzido, usam os seguintes argumentos: 12) Sendo vitalício e he-
Na realidade, ainda hoje, a m o n a r q u i a e a r e p ú b l i c a são as formas fun-
reditário, o monarca está acima das disputas políticas, podendo assim inter-
damentais de governo, sendo necessário, portanto, fazer a fixação das carac-
vir com grande autoridade nos momentos de crise política. 2 2 ) O monarca
é um fator de unidade do Estado, pois todas as correntes políticas têm nele
um elemento superior, comum. 3 2) Sendo o ponto de encontro das corren-
158. M AQUIAva, D is C llr s o s s o b r c a P r im c ir a D é c a d a d e T ito L ív io , 1,2. tes políticas, e estando à margem das disputas, o monarca assegura a estabi-
159. M ONTESQUIF.U, D e L 'E s p r it d c s L a is , Livro 11, Capo I. lidade das instituições. 4 2) Além disso tudo, o monarca é alguém que, desde

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,lo'

o nascim ento, n:cebe um a educaçâo especial, preparando-se para govcrnar. fibras de republicanism o existente cntrl' elas. Posso acrcscent.lr, com segu-
1':a Illonarquia nâo hú, portanto, o risco de govcrnantes despreparados. rança, que não há, na Europa, cabeça coroada cujo talento ou cujos m éritos
lhe dessem direito a ser eleito pelo povo conselheiro de qualquer paróquia
COl1tra ti 1Il001tlrIJllia são os seguintes os argum entos m ais frequentes:
da A m érica"lh".A o m esm o tem po que se apontavam os m ales da m onarquia,
J!i) Se o m onarca não governa é um a inutilidade, geralm ente m uito dispen-
aum entava a exigência de participação do povo no governo, surgindo a rc-
diosa, que sacrifica o povo sem qualquer proveito. 2 2 ) A unidade do Estado
pública, m ais do que com o form a de governo, com o o sím bolo de todas as
e a estabilidadc das instituições não podem depender de um fator pessoal, reivindicações populares. A república era expressão dem ocrática de governo,
m as devem repousar na ordem jurídica, que é um elem ento objetivo e m ui- era a lim itação do poder dos governantes e era a atribuição de responsabili-
to m ais eficaz. 32) Se o m onarca efetivam ente governa, será extrem am ente dade política, podendo, assim , assegurar a liberdade individual. E a im plan-
perigoso ligar o destino do povo e do Estado à sorte de um indivíduo e de tação do governo republicano na A m érica com a com provação de suas
sua fam ília. M esm o com a educação especial que se m inistra ao herdeiro da vantagens, sobretudo com a dem onstração de que a possibilidade de subs-
coroa, não têm sido raros os exem plos de m onarcas desprovidos das quali- tituir os governantes periodicam ente aproxim ava o povo do governo, esti-
dades de liderança e de eficiência que se exigem de um governante. 4 2) A m ulou os anseios republicanos de outros povos.
m onarquia é essencialm ente antidem ocrática, um a vez que não a~:'egura ao M as a m onarquia, aceitando as lim itações constitucionais e fazendo
povo o direito de escolher seu governante. E com o o m onarca é hereditário, outras concessões, ainda resistiria durante o século XIX em grande núm ero
vitalício e irresponsável dispõe de todos os elem entos para sobrepor sua de Estados. M as, desde o início do século X X , prim eiro sob influência
vontade a todas as dem ais, desaparecendo, pois, a suprem acia da vontade das transform ações econôm icas e, depois, da I G uerra M undial, com eçou
popular, que deve ser m antida perm anentem ente nos governos dem ocráticos. a liquidação das m onarquias, que a 11 G uerra M undial iria acelerar. A tual-
O que a realidade nos m ostra é que a m onarquia vai perdendo adeptos m ente, qualquer pretensão m onarquista é vista com o um anacronism o e

e vai desaparecendo com o form a de governo, havendo atualm ente, no m un- um a originalidade, não havendo um só m ovim ento significativo no sentido
de um a restauração m onárquica.
do todo, apenas cerca de vinte Estados com governo m onárquico.
A s características fundam entais da república, m antidas desde o século XVI I
124. A república, que é a form a de governo que se opõe à m onarquia,
e que foram a razão de seu prestígio e de sua receptividade, são as seguintes:
tem um sentido m uito próxim o do significado de dem ocracia, um a vez que
indica a possibilidade de participaçãO do povo no governo. N a A ntiguidade Temporariedade. O Chefe do G overno recebe um m andato, com o
há referências à república, m as o sentido que se dá ao term o não corresponde prazo de duração predeterm inado. E, para evitar que as eleições reiteradas
ao m oderno, com o se verifica, por exem plo, com a expressão «república rom a- do m esm o indivíduo criasse um paralelo com a m onarquia, estabeleceu-se
na", que identifica o próprio Estado e não sua form a de governo. M odernam en- a proibição de reeleiçõe! sucessivas.
te, é com M AQUIAVEL que aparece o term o república, em oposição a m onarquia. Eletividade. N a república o Chefe do G overno é eleito pelo povo, não
O desenvolvim ento da ideia republicana se deu através das lutas contra se adm itindo a sucessão hereditária ou por qualquer form a que im peça o
a m onarquia absoluta e pela afirm ação da soberania popular. D esde o sécu- povo de participar da escolha.
lo XVIII m uitos teóricos e lideres pregavam a abolição da m onarquia, con- Responsabilidade. O Chefe do G overno é politicam ente responsável, o
siderada um m al em si m esm a, não lhes parecendo que bastasse lim itá-la por que quer dizer que ele deve prestar contas de sua orientação política, ou ao
qualquer m eio. Exem plo bem expressivo dessa opinião são os escritos de povo diretam ente ou a um órgão de representação popular.
JEFFERSON,que chegou a dizer que as sociedades sem governo ainda são m e- Essas características básicas, entretanto, sofreram adaptações, segundo
lhores que as m onarquias. Tendo visitado vários Estados europeus, todos as exigências de cada época e de cada lugar, surgindo peculiaridades que não
m onárquicos, JEFFERSON ficou de tal form a im pressionado que escreveu em chegaram a desfigurar o regim e.
carta a GEORGE W ASHINGTON: "Eu era inim igo ferrenho de m onarquias antes
de m inha vinda à Europa. Sou dez m il vezes m ais desde que vi o que elas são.
N ão há, dificilm ente, um m al que se conheça nestes países, cuja origem não
possa ser atribuída a seus reis, nem um bem que não derive das pequenas 160. THOM AS JEFFERSON, Escritos Políticos, pág. 67.

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125. Além da dist inç,io cnt rc monarquia e república, outras c1assifica-
ç{)CSpodcm scr fcitas, dc acordo com certas características que se tornaram
clássicas. Assim, as rclaçôcs entrc o legislativo e o executivo determinaram a
configuraç;io de dois sistcmas, o parlalllClltarislllo e o presidencialislIlo, que
por longo tempo disputaram a primazia, tanto na monarquia quanto na
república. O exame das características desses dois sistemas e de sua evolução
é indispensável para que se possa fazer a identificação das tendências do
Estado contemporâneo.

Bibliografia o Parlamentarismo
M. JIMfSI.Z DI' PARt;A, Los Regí"..~nes Políticos Contemporáneos, Ed. Technos,
126. O parlamentarismo foí produto de uma longa evolução histórica,
Madri, 1968; MAURICE DUVERGER, Os Regimes Políticos, Difusão Europeia do Livro,
São Paulo, 1962; JORGE XIFRA H ERAS,Instituciones y Sistemas Políticos, Ed. Bosch, 1961; não tendo sido previsto por qualquer teórico, nem se tendo constituído em
DARCY AZAMllt.:IA, Teoria Geral do Estado, Ed. Globo, Porto Alegre, 1962; J05E PEDRO objeto de um movimento político determinado. Suas características foram se
GAl.VAO DE SOt.:ZA, Iniciação à Teoria do Estado, Ed. Bushatsky, São Paulo, 1967; Al.E- definindo paulatinamente, durante muitos séculos, até que se chegasse, no
XANDREGROI'I'AI.I, Doutrina do Estado, Ed. Saraiva, São Paulo, 1962; THOMAS JEFFERSON, final do século XIX, à forma precisa e bem sistematizada que a doutrina ba-
Escritos Políticos, Ed. Ibrasa, São Paulo, 1964; ARISTOTELES, A Política, Ed. de Ouro, tizou de parlamentarismo e que DUVERGER denomina de regime de tipo inglês,
com introduções de Ivan Lins, Rio de Janeiro, 1965; NICCOLO MACHIAVEl.l.I, Obras indicando-o como um dos grandes modelos de governo do século XX.
Políticas, Ed. Poseidon, Buenos Aires, 1943; MONTESQUIEU, de L'Esprit des Lois, Libr.
A Inglaterra pode ser considerada o berço do governo representativo.
Garnier Freres, Paris, s/d; ATTll.IO BRUNIALTI, Le Forme di Governo, Unione Tipogra-
Já no século XIII, o mesmo que assistiu à elaboração da Magna Carta, numa
fica Editrice, Turim, 1886; EMIl.E DE LAVEl.EYE, Essay sur les Formes de Gouvernement
rebelião dos barões e do clero contra o monarca, iria ganhar forma o Parla-
dans les Sociétés Modernes, Bailliere, Paris, 1872; NELSON NOGUEIRA SAI.DA~HA, As
mento. No ano de 1265 um nobre francês, Simon de Montfort, neto de in-
Formas de Governo e o Ponto de Vista Histórico, RBEP, Belo Horizonte, 1960.
glesa e grande amigo de barões e eclesiásticos ingleses, chefiou uma revolta
contra o rei da Inglaterra, Henrique III, promovendo uma reunião que
muitos apontam como a verdadeira criação do Parlamento. Antes disso, em
1213, o próprio João Sem Terra convocara "quatro cavaleiros discretos" de
cada condado, para com eles "conversar sobre assuntos do reino". Mas Simon
de Montfort deu à reunião o caráter de uma assembleia política, reunindo
pessoas de igual condição política, econômica e social. Morrendo Simon em
combate, no mesmo ano de 1265, continuou a praxe de se reunirem cava-
leiros (nobres que não eram pares do reino), cidadãos e burgueses. E no ano
de 1295 o Rei Eduardo I oficializou essas reuniões, consolidando a criação
l61
do Parlamento •

Depois de uma fase inicial de grande prestígio, o Parlamento, que


também sofreu as consequências da instalação do absolutismo, foi perdendo

161. Veja-se E. L. WOODWARD, Uma História da Inglaterra, págs. 52 e segs.

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a autoridadc, Icvando v,írios séculos para pod!?r impor ao monarca suas ficasse claram!?ntc delincado um dos pontos básicos do parlaml'ntarismo: a
decisúcs, o que sú iria conseguir no século XVIII. ]\;esse mcio tcmpo, entrc- distinçiio entre o Chcfe do GOI'cmo, que passou a ser o Primeiro-M inist ro,!?
tanto, a partir do ano de 1332, começa a se definir a criação de duas Casas o Chl!.f~do Estado, que continuou sendo o monarca,
do Parlamento. Os barôes, que eram pares do reino, continuavam a realizar Outras ocorrências iriam determinar as demais características do
suas assembleias, às quais o clero não mais comparecia. E os cavaleiros, ci- parlamentarismo. Tentando reagir contra a submissão da coroa ao P<lrla-
dadãos c burgueses, identificados no seu conjunto pela designação de COIII- mento, o Rei Jorge III escolheu para Primeiro-Ministro, em J 770, lord
1Il0llCrS, compuseram sua própria assembleia, que seria a Câmara dos Co- North, chamando para si a responsabilidade pela fixação da política do Es-
muns lC'2. Mas somente no final do século XVIII, como consequência de in- tado. Alguns anos antes, em 1757, havia sido eleito para a Câmara dos Comuns
tensas lutas políticas, familiares e religiosas, iria desencadear-se o processo John Wilkes, agitador político de grande prestígio junto ils classes mais pobres.
que determinou a criação do parlamentarismo. Esse fato acabou adquirindo grande importância; porque Wilkes tomou,
desde logo, atitude de franca hostilidade em relação ao monarca. Acusado
A Revolução Inglesa, que teve seu ápice nos anos de 1688 e 1689, culmi-
de sedição, na Câmara dos Lordes, esta acabou aprovando contra ele um
nou com a expulsão do rei católico Jaime li, que foi substituído por Guilher-
libelo acusatório, forçando Sl'.:t expulsão da Câmara dos Comuns. Refugian-
me de Orange e Maria, ambos protestantes, embora ela fosse filha do próprio
do-se na França, Wilkes retomou depois à Inglaterra, onde foi processado e
Jaime 11.A partir de 1688 o Parlamento se impõe como a maior força política,
recebeu uma pena bastante leve. Pouco depois, em 1774, foi reeleito para a
e altera, inclusive, a linha de sucessão, com a exclusão do ramo católico dos
Câmara dos Comuns, desencadeando-se grande controvérsia sobre a vali-
Stuarts, o que iria ter sérias consequências poucos anos depois. Durante o
dade dessa eleição. Para afirmar sua independência e sua autoridade, a Câ-
reinado de Guilherme e Maria, bem como no de sua sucessora, a Rainha Ana, mara não só o acolheu mas, no mesmo ano, designou-o Lord Mayor de
estabeleceu-se o hábito de convocação pelo soberano de um "Conselho de Londres, cargo que equivale a Prefeito da capital. Dois anos depois viria a
Gabinete", que era um corpo restrito de conselheiros privados, consultados independência das colônias norte-americanas, abertamente apoiada por
regularmente sobre assuntos de relações exteriores. Wilkes, e que iria fornecer pretexto para violentos ataques ao rei e aos seus
Com o falecimento da Rainha Ana, em agosto de 1714, o príncipe conselheiros políticos, acusados de incapacidade para fixar a política do
alemão Jorge, eleitor de Brunswick-Luneburg e que governava de Hanover Estado. :inalmente, depois de alguma resistência, em 1782 o monarca se vê
os seus territórios, foi considerado o herdeiro legítimo da coroa britânica, obrigado a demitir Lord North, estabelecendo-se desde então que a Câmara
subindo ao trono da Inglaterra com o título de Jorge I. Nem ele, nem seu dos Comuns deveria dar sua aquiescência à escolha do Primeiro-Ministro.
sucessor, Jorge lI, tinham conhecimento dos problemas políticos ingleses, e Estabelecia-se a supremacia da representação popular, exatamente como
não revelaram o menor interesse por eles. Como registram os historiadores, também a França o desejava na mesma época.
nenhum dos dois falava inglês e quando se dirigiam ao Parlamento faziam-no Ainda mais um passo seria dado, quando o Parlamento, sentindo-se
em latim. Uma das principais consequências de todas essas circunstâncias forte, começou a pressionar os ministros a se demitirem, quando discordavam
foi que o Gabinete continuou a se reunir e a tomar decisões, sem a presença de sua política. De início foi utilizado o impeac1l11lcllt (instituto de direito
do rei. E logo um dos ministros, membro do Gabinete, foi se destacando dos penal) para afastar os ministros indesejáveis. Fazia-se a acusação perante a
demais, liderando o Gabinete e passando a expor e defender suas decisões Câmara dos Comuns, ale'gando-se a prática de um delito. Reconhecida a
perante o Parlamento. Esse ministro, Roberto Walpole, foi chamado, de culpa, declarava-se o impeachment, com a consequência de perda do minis-
início por ironia, Primeiro-Ministro, por sua ascendência sobre os demais e tério e imposição de uma pena. Aos poucos os ministros perceberam ser mais
no controlar o rei. Mas sua atuação teve importância decisiva para que, com conveniente deixar o cargo logo que se manifestasse o descontentamento do
a redução da participação e da autoridade do monarca nas decisões políticas, Parlamento em relação à política que estivessem adotando. Nasceu, assim, a
responsabilidade política, com a obrigatoriedade da demissão do Gabinete
sempre que receber um voto de desconfiança.
127. Como ficou demonstrado, através de uma longa sequência de
162. Veja-se ORLANDO M. CARVALHO, O !I'1,,(llllisIIW do Governo Britânico, págs.
acontecimentos foram sendo, gradualmente, estabelecidas as características
103 e segs.

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d o p a r la m c n l< lr is m o . D u r a n tc o s l'c u lo X I X o s is te m a ir ia s e r a p e r f e iç o a d o , o C h e fe d e C o v e rn o , p o r s u a v e z , é a f ig u r a p o lític a c c n tr a l d o p a r l,! -

quando e n ta o j< i e x is tia p le n a c o n s c ié n c ia d e s u a e x is t.:n c ia e , a tr a v é s de m e n ta r is m o , p o is é e le q u e e x e r c e o p o d e r e x c c u tiv o . C o m o já f o i a s s in a la d o ,

tr a b a lh o s te ú r ic o s , f o i c la r a m e n te f ix a d o o s e u m e c a n is m o . I s s o c o n tr ib u iu e le é a p o n ta d o p t'! o C h e f e d e E s ta d o p a r a c o m p o r o g o v e r n o e s ó s c to r n a
P r im e ir o - M in is tr o d e p o is d e o b te r a a p ro v a ç ã o d o P a r la m e n to . P or esse
p a ra q U l' s e f ir m a s s e a p r a x e d e e s c o lh e r p a r a P r im e ir o - 1 \1 in is tr o se m p re u m
m o tiv o é q u e m u ito s c o n s id e r a m o C h e f e d o G o v e r n o , n o p a r la m e n ta r is m o ,
r e p r e s e n ta n te d a m a io r ia p a r la m e n ta r , c o n d ic io n a n d o - s e s u a p e r m a n ê n c ia
u m d e le g a d o d o P a r la m e n to , p o is e le s ó p o d e a s s u m ir a c h e f ia d o g o v e r n o e
n o c a r g o à m a n u te n ç ã o d e s s a m a io r ia . E s s a p r á tic a f o i f a c ilita d a p e lo c a r á te r
p e rm a n e c e r n e la , c o m o s e v e r á e m s e g u id a , c o m a a p ro v a ç ã o d a m a io r ia
b ip a r tid á r io d o s is te m a b r itâ n ic o , p o is e s ta c ir c u n s tâ n c ia d á c o n d iç õ e s a que
p a r la m e n ta r . C om o a s s in a lo u LOE\\'ENSTEIN, n ã o h á c o m o s u s te n ta r que no
um ú n ic o p a r tid o p o s s a d e te r a m a io r ia d a s c a d e ir a s . A s s im s e n d o , b a s ta
p a r la m e n ta r is m o se p re se rv a a se p a ra ç ã o d o s p o d e re s.
v e r if ic a r q u a l o p a r tid o q u e te m o m a io r n ú m e ro d e r e p r e s e n ta n te s p a ra
s a b e r q u e e le d e v e in d ic a r o P r im e ir o - M in is tr o . I s s o n ã o o c o r r e n o s s is te m a s Chefia do governo com responsabilidade política. O C h e fe d o G o v e rn o ,

p ! ,u r ip a r tid á r io s , p o is n e s te s , q u a s e s e m e x c e ç ã o , n e n h u m p a r t.id o c o n s e g u e a p ro v a d o p e lo P a r la m e n to , n ã o te m m a n d a to c o m p r a z o d e te r m in a d o , po-


dendo p e rm a n e c e r n o c a r g o p o r a lg u n s d ia s o u p o r m u ito s a n o s , a m b a s a s
s o z in h o o b te r a m a io r ia d o s lu g a r e s , s e n d o in d is p e n s á v e l a r e a liz a ç ã o de
h ip ó te s e s já te n d o o c o r r id o n a p r á tic a . H á d o is f a to r e s q u e p o d e m d e te r m i-
c o lig a ç ã o p a r a c o m p o r a m a io r ia p a r la m e n ta r . E m c o n s e q u ê n c ia , n e m s e .a -
p r e o P r im e ir o - M in is tr o é m e m b ro d o p a r tid o q u e te m o m a io r n ú m e r o de
n a r a d e m is s ã o d o P r im e ir o - M in is tr o queda do go-
e d e s e u G a b in e te (o u a

r e p r e s e n ta n te s , podendo r e c a ir a e s c o lh a e m a lg u é m q u e s e ja d e u m p a r tid o
verno, s e g u n d o a g ír ia p o lític a ) : a perda da maioria parlamentar o u o voto de
desconfiança. N u m s is te m a b ip a r tid á r io , quando s e r e a liz a m e le iç õ e s p a r a o
m e n o r , m a s q u e r e v e le m e lh o r e s c o n d iç õ e s p a r a c o n s e g u ir a c o m p o s iç ã o de
P a r la m e n to , a c h e f ia d o g o v e r n o e s tá s e m p r e e m jo g o . S e o p a r tid o a que
u m g ru p o m a jo r itá r io .
p e r te n c e o P r im e ir o - M in is tr o c o n s e g u ir m a n te r a m a io r ia p a r la m e n ta r , e le
128. C om base em to d o s e s s e s e le m e n to s , p o d e m -se in d ic a r a g o ra , p e rm a n e c e n o c a r g o . S e , p e lo c o n tr á r io , o m a io r n ú m e ro d e c a d e ir a s fo r
n u m a s ín te s e , a s p r in c ip a is c a r a c te r ís tic a s d o p a r la m e n ta r is m o . A n te s d is s o , c o n q u is ta d o p o r o u tr o p a r tid o , e s te , a u to m a tic a m e n te , a d q u ir e a c h e f ia d o
p o r é m , é p r e c is o le m b r a r q u e , n ã o o b s ta n te h a v e r n a s c id o n a I n g la te r r a , o n d e g o v e rn o , devendo s e r e s c o lh id o e n tr e o s s e u s m e m b r o s o n o v o P r im e ir o -
c o e x is te m a m o n a r q u ia e o s is te m a b ip a r tid á r io , o p a r la m e n ta r is m o fo i - M in is tr o .
im p la n ta d o ta m b é m e m E s ta d o s q u e tê m g o v e rn o r e p u b lic a n o e s is te m a
N um s is te m a p lu r ip a r tid á r io é p r e c is o v e r if ic a r s e a in d a s u b s is te a
p lu r ip a r tid á r io , o q u e o b r ig o u a c e r ta s a d a p ta ç õ e s , in d is p e n s á v e is p a ra p o s-
c o lig a ç ã o m a jo r itá r ia , p a r a q u e s e m a n te n h a o P r im e ir o - M in is tr o . A c o lig a -
s ib ilita r o f u n c io n a m e n to d o s is te m a . ç ã o p o d e s e r d e s f e ita p o r d e s e n te n d im e n to s e n tr e o s s e u s c o m p o n e n te s , ou
E m lin h a s g e r a is , s ã o a s s e g u in te s a s c a r a c te r ís tic a s d o p a r la m e n ta r is m o : •• p o d e to r n a r - s e m in o r itá r ia e m c o n s e q u ê n c ia d o r e s u lta d o d e n o v a s e le iç õ e s .

Distinção entre Chefe de Estado e Chefe de Governo. O C h e f e d e E s ta d o , E m a m b o s o s c a s o s o P r im e ir o - M in is tr o p e r d e s u a b a s e d e s u s te n ta ç ã o po-

m o n a rc a o u P r e s id e n te d a R e p ú b lic a , n ã o p a r tic ip a d a s d e c is õ e s p o lític a s , lític a e d e v e d e m itir - s e . O u tr o f a to r q u e d e te r m in a a d e m is s ã o d o P r im e ir o -


- M in is tr o é a a p ro v a ç ã o d e u m v o to d e d e s c o n f ia n ç a p e lo P a r la m e n to . Se um
e x e rc e n d o p r e p o n d e r a n te m e n te um a fu n ç ã o d e r e p r e s e n ta ç ã o d o E s ta d o .
p a r la m e n ta r d e sa p ro v a , n o to d o o u n U m im p o r ta n te a s p e c to p a r tic u la r , a
S e n d o s e c u n d á r ia s u a p o s iç ã o , e m te r m o s p o lític o s , é n o r m a l n a s r e p ú b lic a s
p o lític a d e s e n v o lv id a p e lo P r im e ir o - M in is tr o , p ro p õ e u m v o to d e d e s c o n -
p a r la m e n ta r e s q u e s u a e s c o lh a s e ja f e ita p o r e le iç ã o n o P a r la m e n to e que seu
',. f ia n ç a . S e e s te f o r a p r o v a d o p e la m a io r ia p a r la m e n ta r , is s o r e v e la q u e o
m a n d a to s e ja r e la tiv a m e n te lo n g o . É in e g á v e l, to d a v ia , q u e o C h e f e d e E s ta - i
C h e fe d o G o v e rn o e s tá c o n tr a r ia n d o a v o n ta d e d a m a io r ia d o p o v o , d e q u e m

I
d o é u m a f ig u r a im p o r ta n te , p o is , a lé m d a s f u n ç õ e s d e r e p r e s e n ta ç ã o e a lé m ~
o s p a r la m e n ta r e s s ã o r e p r e s e n ta n te s . A s s im s e n d o , d e v e d e m itir - s e . À s v e z e s ,
d e a tu a r c o m o v ín c u lo m o r a l d o E s ta d o , c o lo c a d o a c im a d a s d is p u ta s p o lí-
e m b o ra m u ito r a r a ,m e n te , o P r im e ir o - M in is tr o c o n s id e r a v a o v o to d e d e s -
tic a s , e le d e s e m p e n h a um p a p e l d e e s p e c ia l r e le v â n c ia n o s m o m e n to s de
c o n f ia n ç a p r o d u to d e u m d e s e n te n d im e n to o c a s io n a l o u s e c u n d á r io e não
c r is e , q u a n d o é n e c e s s á r io in d ic a r u m n o v o P r im e ir o - M in is tr o à a p ro v a ç ã o o'

s e c o n s id e r a o b r ig a d o a d e m itir - s e . N e s s e c a s o , o c o m p o r ta m e n to d a m a io -
d o P a r la m e n to . E s s a in d ic a ç ã o é e x tr e m a m e n te d if íc il, m u ita s vezes, nos 'f
r ia e m n o v a s v o ta ç õ e s é q u e d e c id e s e e le d e v e o u n ã o c o n tin u a r n o c a rg o .
s is te m a s p lu r ip a r tid á r io s , p o is d e v e s e r e s c o lh id o a lg u é m q u e r e v e le e s ta r e m
Possibilidade de dissolução do Parlamento. U m a c a r a c te r ís tic a im p o r -
c o n d iç õ e s de com por um G a b in e te q u e o b te n h a a a p ro v a ç ã o d a m a io r ia t, ta n te d o s is te m a in g lê s é a p o s s ib ilid a d e d e s e r d is s o lv id o o P a r la m e n to ,
p a r la m e n ta r . "

232
j: 233

-;:,
~:}
"',' :.:.,.
,' .... '.

considerando-se extinto o mandato dos membros da Cómara dos Comuns da guerra e dos grandes erros das monarquias estava contrihuindo p,lra
antes do prazo normal. Isso pode ocorrer quando o Primeiro-Ministro acentuar esse desejo de organizar governos racionais, tomando o parlamen-
percebe que só conta com uma maioria e acredita que a realizaç,io de elei- tarismo por modelo"".
ções gerais ir<Íresultar numa ampliação dessa maioria. Ou então, e isto se
Os defensores do parlamentarismo consideram.no, de fato, mais ra-
aplica mais aos sistemas pluripartidários, quando o Primeiro-Ministro cional e menos personalista, porque atribui responsabilidade política ao
recebe um voto de desconfiança mas entende que o Parlamento é que se chefe d.o executivo e transfere ao Parlamento. onde estão representadas todas
acha em desacordo com a vontade popular. Nesses casos ele pode pedir ao as grandes tendências do povo, a competência para fixar a política do Estado,
Chefe do Estado que declare extintos os mandatos e, pelo mesmo ato, ou, pelo menos, para decidir sobre a validade da política fixada. Os que são
convoque novas eleições gerais. Realizadas as eleições, seu resultado deter- contrários a esse tipo de governo argumentam com sua fragilidade e insta-
minará a permanência do Primeiro-Ministro, se continuar com a maioria, bilidade, sobretudo na época atual em que o Estado não pode ficar numa
ou sua demissão, se contar apenas com a minoria dos novos representan- atitude passiva, de mero vigilante das relações sociais. Já tendo passado
tes eleitos. dessa fase para a de participação ativa na organização da sociedade e, mais
129. Em torno dessas linhas fundamentais surgiram inúmeros sistemas, recentemente, para um período em que sua iniciat; \a é esperada e até exigi-
mantida, entretanto, a diretriz básica representada pela atribuição de com- da, o Estado precisa de mais dinamismo e mais energia, que não se encontram
petência ao Parlamento para fixação da política do Estado. Em alguns casos no parlamentarismo. E o reconhecimento dessa nova situação, aliado ao
admitiu-se que o Chefe do Estado também exercesse algumas funções polí- desejo de preservar o regime, tem levado à construção de sistemas híbridos,
ticas, razão pela qual alguns autores passaram a chamar de dualista esta úl- que só com muito esforço poderiam ser considerados uma simples variação
tima forma, denominando monista a primeira. Ainda em função das variações do sistema parlamentar. Assim, pois, em face das novas condições de vida
introduzidas no parlamentarismo, fala-se em regime de gabinete, quando o social e da nova situação do Estado, parece evidente que este não tende para
sistema é nitidamente monista e o executivo é como um representante da o parlamentarismo, não se podendo afirmar que ele seja uma das opções
necessárias do mundo contemporâneo.
maioria do Parlamento. Essa hipótese corresponde, na realidade, ao Estado
parlamentarista com um sistema bipartidário. Dá-se o nome de regime de O que se verifica na prática é que novas formas de governo vão surgindo,
assembleia àquele em que o executivo é uma espécie de delegado do Parla- aproveitando elementos do parlamentarismo e do presidencialismo mas in-
mento e atua de comum acordo com ele, o que seria típico do parlamenta- troduzindo alterações substanciais. O exemplo mais expressivo dessas inova-
rismo num sistema pluripartidário. ções é o sistema francês criado pela constituição de 1958, que não é parlamen-
tarismo nem presidencialismo.
Na verdade, porém, essas peculiaridades não chegam a criar um novo
tipo de governo, razão pela qual todas elas são consideradas variações do
tipo inglês de governo. Quanto às razões que determinam seu aparecimen- Bibliografia
to, não é difícil explicá-Ias. Houve, antes de tudo, o temor dos excessos do
poder pessoal e, em consequência, o desejo de transferir a maior soma de HAROLD J. LASKI,Le Gouvernement Parlementaire en Angleterre, Presses Univer-
poder político para os Parlamentos. Isso ficou muito evidente depois da I sitaires de France, Paris, 1950; ORLANDO M . CARVALHO, O Mecanismo do Governo
Guerra Mundial quando em toda a Europa os Estados adotaram novas Britdnico, Os Amigos do Livro, Belo Horizonte, 1943; J05£LoUREIRO JR.,Parlamen-
constituições introduzindo o parlamentarismo. Observando o fenômeno, tarismo e Presidencialismo, São Paulo, 1962; GEORGE5 BURDEAU, Le Régime Parlemen-
MIRKINE-GUETZI:VITCH
assinalou que a tendência essencial do constitucio-
taire dans les Constitutions Europénnes rApres Guerre, Les ~itions Internationales,
Paris, 1932; MIGUEL R EALE,Parlamentarismo Brasileiro. Ed. Saraiva, São Paulo, 1962;
nalismo europeu daquele período era a procura de racionalização do poder.
E, compreendendo que o problema básico dessa racionalização estava nas
relações entre o legislativo e o executivo, deram preferência à absoluta pre-
dominância do legislativo, acreditando-o o mais equilibrado e menos su- 163. B. MIRKINE-GUETZ£VITCH,
Les Nouvelles Tendances dll Droit Constitutionnel,
jeito aos riscos do personalismo. E ele próprio acentuou que a lembrança Introdução, págs. Vll e IX.

234 235
11. MII:KI'.;I'( ;1'11/.1 1'11<.11, I.c, N O III'C I/C ' '/(o lld a llcc, d ll J)ro it C V I1 S tillltio llllc/, Mareei
(;iard,l'ari,.I'J.'I; iv1. JI~lISIJ 1'1 I'AI~c.l, /.0 , U cg ím cm :s IJo lítico sC illltcm p o rtÍllco s, EJ.
'li:dlllos. i\ladri, I <)flX;MAI'Hlc.1. I Jl'\TIH" H, 0, I~ cg im cs IJo lítíco s, Difus,io Europeia do
I.ivro. S;'H> I'aulo, 1<)62; J"IU;I. XIIILI fluL'ls, In stitllcio m ',)' S iste m a s IJo lítico s, Ed.
lIoseh, lIarel'ioll.l, 1<)61; R, "cc li 1', lI''.;I), /)cs,'III'vl"im e n to d a s G a ra lltia s C O llstitllcio -
n tlÍs d a I.i/Jcrd a d c, Ed. Ihrasa, São Paulo, 1965; E. L. WOOIl\l'AHIl, U m a H istó ria da
fllg la te rm , Ed. Zahar, Rio de Janeiro, 1964; MANOEl. GONÇALVES FERIlEIIlA FII.1I0, C lIr-
so li,' /Jircito C '"stitllcitllla l, Ed. Saraiva, São Paulo, 1971; PAULO UONAVIIJI'S, C iê n cia
P o lítica , EJ. Porcnse, Rio de Janeiro, 19R3 (5a ed.); PIIIl.IPPE LAVAUX, P a rla m e n ta rism o ,
Ed. Zahar, Rio de Janeiro, 1987.

o Presidencialismo
130. o presidencialismo, exatamente como ocorreu com o parlamen-
tarismo, não foi produto de uma criação teórica, não havendo qualquer obra
ou autor que tivesse traçado previamente suas características e preconizado
sua implantação. Mas, diferentemente do que ocorreu em relação ao regime
parlamentar, o presidencialismo não resultou de um longo e gradual pro-
cesso de elaboração. Pode-se afirmar com toda a segurança que o presiden-
cialismo foi uma criação americana do século XVIII, tendo resultado da
aplicação das ideias democráticas, concentradas na liberdade e na igualdade
dos indivíduos e na soberania popular, conjugadas com o espírito pragmá-
tico dos criadores do Estado norte-americano. A péssima lembrança que
tinham da atuação do monarca, enquanto estiveram submetidos à coroa
inglesa, mais a influência dos autores que se opunham ao absolutismo, es-
pecialmente de MONTESQUIEU, determinaram a criação de um sistema que,
consagrando a soberania da vontade popular, adotava ao mesmo tempo um
mecanismo de governo que impedia a concentração do poder. O sistema
presidencial norte-americano aplicou, com o máximo rigor possível, o prin-
cípio dos freios e contrapesos, contido na doutrina da separação dos poderes.
Para se perceber a repulsa dos norte-americanos pela monarquia,
basta a leitura rápida de alguns documentos contemporâneos da criação dos
Estados Unidos. Já na Declaração de Independência, de 4 de julho de 1776,
há uma série de acusações ao rei da Inglaterra, além de se declarar que os
signatários tinham por evidente, entre outras coisas, que os governos "rece-
bem a legitimidade do poder do consentimento dos governados". Nas cartas
escritas por JEFFERSON,
nessa mesma época, a condenação da monarquia é
feita nos termos mais drásticos que alguém possa imaginar. Em carta a Ben-
jamin Watkins, em 4 de agosto de 1787, dizia JEFFERSON: "Se todos os males
que surgirem entre nós, oriundos da forma republicara de governo, de hoje

236 237

", '.
a té o d ia d o J u íz o F in a l, p u d e s s e m s e r p o s to s num a b a la n ç a , c o n tr a o que a q u e o E s ta d o te v e d e a te n d e r fo ra m d e te r m in a n d o a lg u n s a ju s te s , ou

e s te p a ís s o f r c u ( o m s u a f o r m a d e g o v e r n o m o n < ir q u ic o n u m a s e m a n a , o u a e n tã o o e s c la r e c im e n to d e p o n to s im p o r ta n te s q u e h a v ia m s id o o m itid o s

In g Ia te r r a n U I ll m e.s , e s te s u'I'tlm o s p r e p o n d'e r a n a m ... "IM


. Ou tr o s p r o n u n C ia. - o u q u e tin h a m s id o p r e v is to s d e m a n e ir a in c o m p le ta n a C o n s titu iç ,io . t\
m e n to s c o n le m p o r < Í n e o s são no m esm o s e n tid o , sendo u m a c o n s ta n te o r e s p e ito dessas in o v a ç õ e s é o p o r tu n o r e s s a lta r que o s c o n s titu in te s

te m o r d e c o n c e d c r e x c c s s iv o s p o d e r e s a u m s ó in d iv íd u o c d e fa v o re c e r a n o r te - a m e r ic a n o s a sse g u ra ra m , com ra ra f e lic id a d e , a f le x ib ilid a d e do

v o lta a o a b s o lu tis m o . E q u e a r e p u ls a n ã o e ra a p e n a s a o r e i d a I n g la te r r a s is te m a , o que to r n o u p o s s ív e l sua a d a p ta ç ã o a novas c ir c u n s tâ n c ia s ,

v ê - s e c la r a m c n te p e la p r ó p r ia D e c la r a ç ã o d e I n d e p e n d ê n c ia , o n d e s e d iz q u e m a n te n d o - s e a m esm a C o n s titu iç ã o e in tr o d u z in d o n e la u m n ú m e ro

a s c o lô n ia s s e v ia m o b r ig a d a s , p o r n e c e s s id a d e , " a m u d a r o s e u a n tig o s is te - r e la tiv a m e n te pequeno de em endas. N a m a io r ia d a s v e z e s b a s to u a r e in -


te r p r e ta ç ã o d a C o n s titu iç ã o , à lu z d a s n o v a s r e a lid a d e s , p a ra q u e se o b -
m a d e g o v e rn o ".
tiv e s s e s u a a tu a liz a ç ã o .
Q u a n to à in f lu ê n c ia d e M O N T E S Q U I Ejá
U , d is s e W I L S O N ": O s e s ta d is ta s
a m e r ic a n o s d a s p r im e ir a s g e r a ç õ e s c ita v a m M O N T E S Q U I EmUa is d o q u e q u a l- C om o c a r a c te r ís tic a s b á s ic a s d o g o v e r n o p r e s id e n c ia l, podem s e r in -

q u e r o u tr o a u to r , e o c ita v a m se m p re c o m o p a d rã o c ie n tíf ic o no cam po da d ic a d a s a s s e g u in te s :


p o lític a " 'h 5 . N a v e r d a d e , a le itu r a d o L v r o X I , C a p ítu lo V I , d a o b r a c é le b r e O Presidente da República é Cllefe do Estado e Chefe do Governo. O m es-
d e M O N T E S Q U I E" U
D ,e L 'E s p r it d e s L o is " , e s e u c o n f r o n to c o m a C o n s titu iç ã o m o ó rg ã o u n ip e s s o a l a c u m u la a s d u a s a tr ib u iç õ e s , e x e rc e n d o o papel de
n o r te - a m e r ic a n a , r e v e la te r h a v id o m u ito m a is d o q u e s im p le s c o in c id ê n c ia s . v ín c u lo m o r a l d o E s ta d o e d e s e m p e n h a n d o a s f u n ç õ e s d e r e p r e s e n ta ç ã o , ao
O p o n to d e p a r tid a d o n o tá v e l te ó r ic o fra n c ê s é a re c o m e n d a ç ã o r e la tiv a à m esm o te m p o e m q u e e x e r c e a c h e f ia d o p o d e r e x e c u tiv o . E s ta ú ltim a a tr i-
s e p a r a ç ã o d o s p o d e r e s , o q u e f o i r e lig io s a m e n te s e g u id o p e lo s n o r te - a m e r i- b u iç ã o fo i a q u e p a sso u p e lo p r o c e s s o d e d e f in iç ã o m a is a c e n tu a d o . C om
c a n o s . D e p o is d is s o h á u m a s é r ie d e r e c o m e n d a ç õ e s , q u a n to à s c a r a c te r ís ti- e f e ito , n o f in a l d o s é c u lo X V I I I o E s ta d o e r a s im p le s v ig ila n te d a v id a s o c ia l,
c a s e à s a tr ib u iç õ e s d o s p o d e re s, q u e fo ra m q u a s e to d a s a c o lh id a s . O ú n ic o r a z ã o p e la q u a l s e p e n s o u n o P r e s id e n te d a R e p ú b lic a n a c o n d iç ã o d e m e ro
p o n to f u n d a m e n ta l d e d iv e r g ê n c ia é q u e M O N T E S Q U I EfU
a la
, n d o so b re o p o d e r e x e c u to r d a s le is q u e f o s s e m a p ro v a d a s p e lo le g is la tiv o . E n tr e ta n to , já n o
e x e c u tiv o , d iz q u e e le d e v e p e r m a n e c e r n a s m ã o s d e u m m o n a rc a . N a tu r a l- s é c u lo X I X c o m e ç a r a m a s u r g ir n o v a s e x ig ê n c ia s , o b r ig a n d o o p r e s id e n te a
m e n te , a id e ia b á s ic a e r a q u e o e x e c u tiv o d e v e r ia s e r a tr ib u íd o a u m ó rg ã o to m a r d e c is õ e s f r e q u e n te s e r á p id a s s o b r e o s m a is v a r ia d o s a s s u n to s . E e s s a s
u n ip e s s o a l, e n ã o h a v ia n a é p o c a o u tr o e x e m p lo d e ó r g ã o s u n ip e s s o a is que n e c e s s id a d e s a u m e n ta r a m e n o r m e m e n te n o s é c u lo X X . T u d o is s o d e u a o

n ã o f o s s e m o s r e is . p r e s id e n te a s c a r a c te r ís tic a s d e v e r d a d e ir o C h e f e d e G o v e r n o , p o is a lé m d a s
fu n ç õ e s e s tr ita m e n te e x e c u tiv a s e le d e s e m p e n h a a tr ib u iç õ e s p o lític a s de
E m s ín te s e , o s f u n d a d o r e s d o E s ta d o n o r te - a m e r ic a n o tin h a m p le n a
g r a n d e r e le v â n c ia , n u m a a u tê n tic a f u n ç ã o g o v e r n a tiv a .
c o n s c iê n c ia d e e s ta r e m c r ia n d o u m a n o v a f o r m a d e g o v e r n o . N a m e d id a d a s
p o s s ib ilid a d e s a p lic a r a m a s id e ia s c o n tid a s n a o b r a d e M O N T E S Q U I ErU
e la
, tiv a s A chefia do executivo é unipessoal. A r e s p o n s a b ilid a d e p e la f ix a ç ã o d a s

à lib e r d a d e , à ig u a ld a d e e à s o b e r a n ia p o p u la r . A lé m d is s o , a te n ta r a m p a ra d ir e tr iz e s d o p o d e r e x e c u tiv o c a b e e x c lu s iv a m e n te a o P r e s id e n te da R epú-

a s n e c e s s id a d e s p r á tic a s , p r o c u r a n d o c o n c ilia r o s c o n f lito s d e in te r e s s e s e d e b lic a . N a tu r a lm e n te , p o r m o tiv o s d e o r d e m p r á tic a , e le s e a p o ia n u m c o rp o

te n d ê n c ia s r e g is tr a d o s e n tr e o s c o n s titu in te s , c r ia n d o u m s is te m a d e g o v e r - d e a u x ilia r e s d ir e to s , d e s u a in te ir a c o n f ia n ç a , p a r a o b te r c o n s e lh o s e in f o r -

n o s u f ic ie n te m e n te f o r te e e f ic ie n te p a r a c u m p r ir s u a s ta r e f a s e c o n v e n ie n - m a ç õ e s . D e s d e m u ito c e d o , já n a p r e s id ê n c ia d e G e o r g e W a s h in g to n , esse

te m e n te c o n tid o p a ra n ã o d e g e n e ra r num a b s o lu tis m o . c o r p o d e a u x ilia r e s e s p e c ia is p a s s o u a s e r d e s ig n a d o c o m o G a b in e te d a P r e -


s id ê n c ia , te n d o c r e s c id o m u ito s u a in f lu ê n c ia n o s ú ltim o s te m p o s , a p a r tir
1 3 1 . A s c a r a c te r ís tic a s d o p r e s id e n c ia lis m o ta m b é m p a s s a ra m por
d a I l G u e r r a M u n d ia l. M a s e s s e c o r p o d e a u x ilia r e s n ã o é p r e v is to n a C o n s -
u m p ro c e sso d e d e f in iç ã o , n ã o o b s ta n te o s s e u s c r ia d o r e s te r e m p ro c u -
titu iç ã o e n ã o c o m p a r tilh a d a r e s p o n s a b ilid a d e d o p r e s id e n te p e la s d e c is õ e s .
ra d o c o m p o r u m s is te m a c o m p le to . A e x p e r iê n c ia e a s n o v a s s o lic ita ç õ e s
A lé m d is s o , e le é d e m is s ív e l a q u a lq u e r m o m e n to , p o is a s s im c o m o o p r e s i-
d e n te n ã o n e c e s s ita d a c o n c o r d â n c ia d o C o n g re sso p a r a e s c o lh ê - lo s , não
depende ta m b é m d o le g is la tiv o p a ra s u a m a n u te n ç ã o o u s u b s titu iç ã o .

164. THOM AS JE F F E R S O N , Escritos Políticos, p á g . 6 6 . A c e n tu a n d o - s e o c a r á te r u n ip e s s o a l d a p r e s id ê n c ia , v e r if ic a - s e q u e o v ic e -

1 6 5 . W O O D R O W WII-S,)N, G O I 'a n o Cotlstitucional tiOSEstados Unidos, pág. 45. - p r e s id e n te , e s c o lh id o ju n ta m e n te com o p r e s id e n te , n ã o te m q u a lq u e r

239
238
n ,io o p rc sid c n te ,~ ' C 0 l1 1 0se to rn o u im p e ra tiv a a c o n c o rd :lI1 c ia in e q u ív o c a
a i rib u i,-,i( I, sú p o d c n d o to m a r c o n h c c im e n to d o s a ssu n to s d o g o v e rn o q u a n -
d o p o v o p a ra q u e o g o v e rn o se ja c o n sid e ra d o d e m o c rá tic o , já se p e n sa se -
do S :1 O I'ú h lic o s, o u q u a n d o o P rc sid e n te d a R e p ú b lic a o p e rm ite .
ria m e n te n a e lim in a ç ã o d o c o lé g io e le ito ra l. N a q u a se to ta lid a d e d o s siste m a s
O l'residCII/c da l~eplÍblica é escolhido pc/o povo. E ste a sp e c to e x ig e e sp e - d e riv a d o s d o m o d e lo n o rte -a m e ric a n o c o n sa g ro u -se a e le iç ã o d ire ta p t'\l)
c ia l c o n sid e ra ç .io p a ra se r b e m e n te n d id o . Q u a n d o se d isc u tiu a C o n stitu iç ã o p o v o , o q u e se to rn a m a is n e c e ssá rio q u a n d o se p ô e e m d ú v id a a a u te n tic i-
d o E sta d o n o rte -a m e ric a n o , M A IJIS O Nn, u m d o s a rtig o s d e " O F e d e ra lista ': d a d e d a re p re se n ta ç à o p o lític a .
d e stin a d o a (.'sc la re c e r a s b a se s d o n o v o siste m a , tra to u e sp e c ia lm e n te do O Presidente da República é escolhido por lI/n prazo determinado. P a ra
g o v e rn o d o n o v o E sta d o . S e u p rim e iro c u id a d o fo i in sistir n o c a rá te r re p u - a sse g u ra r o c a rá te r d e m o c rá tic o d o g o v e rn o fo i e sta b e le c id a a e sc o lh a p o r
b lic a n o d o g o v e rn o , p a re c e n d o -lh e , c o n fo rm e su a s e x p re ssõ e s, " e v id e n te q u e e le iç õ e s. E n tre ta n to , p o u c o a d ia n ta ria a a d o ç ã o d e sse p ro c e sso se o p re sid e n -
nenhum a o u tra fo rm a se ria c o n c iliá v e l c o m o g ê n io d o p o v o a m e ric a n o " . te , u m a v e z e le ito , p u d e sse p e rm a n e c e r in d e fin id a m e n te n o c a rg o . Isso n á o
P a re c e u -lh e , n o e n ta n to , q u e se ria in d isp e n sá v e l fix a r b e m c la ra m e n te as p a ssa ria d e u m a fo rm a d e m o n a rq u ia e le tiv a . P a ra q u e isso n ã o a c o n te ç a , o
c a ra c tc rístic a s d a re p ú b lic a , o q u e e le fa z e m se g u id a , a c e n tu a n d o d o is p o n - c h e fe d o e x e c u tiv o , n o re g im e p re sid e n c ia l, é e le ito p o r u m p ra z o fix o p re -
to s b á sic o s: "a) é essencial q u e se m e lh a n te g o v e rn o d e riv e d o g ra n d e con- d e te rm in a d o , fin d o o q u a l o p o v o é n o v a m e n te c h a m a d o a ~ sc o lh e r u m n o v o

ju n to d a so c ie d a d e , n ã o d e u m a p a rte in a p re c iá v e l, n e m d e u m a c la sse p ri- g o v e rn a n te . N o siste m a n o rte -a m e ric a n o n ã o se e sta b e le c e u , d e in íc io , a


p ro ib iç ã o d e re e le iç õ e s p a ra p e río d o s im e d ia to s. C o n tra e ssa o m issã o h o u v e
v ile g ia d a d e la ; b) é suficiente p a ra e sse g o v e rn o q u e a s p e sso a s q u e o a d m i-
e x p re ssa m a n ife sta ç ã o d e JE F F E R S OqNu ,e o b se rv o u q u e a p o ssib ilid a d e ilim i-
n istre m se ja m d e sig n a d a s d ire ta o u in d ire ta m e n te p e lo p O V O " IM .
ta d a d e re e le iç õ e s d a ria c a rá te r v ita líc io à in v e stid u ra , e d a í se ria fa ta l q u e se
A C o n stitu iç ã o n o rte -a m e ric a n a , a te n d e n d o à s p e c u lia rid a d e s da épo- p a ssa sse à h e re d ita rie d a d e . M a n tid o o silê n c io c o n stitu c io n a l, c rio u -se a
c a d e su a e la b o ra ç ã o , a trib u iu a u m c o lé g io e le ito ra l a c o m p e tê n c ia p a ra p ra x e d e u m m á x im o d e d o is p e río d o s c o n se c u tiv o s p a ra c a d a p re sid e n te , o
e le g e r o P re sid e n te d a R e p ú b lic a e m n o m e d o p o v o . C a d a E sta d o a d q u iriu q u e fo i re sp e ita d o a té o p e río d o d e F ra n k lin R o o se v e lt, q u e , v a le n d o -se das
o d ire ito a ta n to s v o to s e le ito ra is q u a n to s fo re m o s se u s re p re se n ta n te s na c irc u n stâ n c ia s d a g u e rra , fo i e le ito p a ra u m te rc e iro p e río d o c o n se c u tiv o .
C â m a ra e n o S e n a d o . D e sig n a d o s, d e in íc io , p e lo s le g isla tiv o s d o s E sta d o s, E sse fa to d e sp e rto u re a ç ã o e fe z c o m q u e se a p ro v a sse u m a e m e n d a c o n sti-
e sse s e le ito re s v o ta ria m n o s se u s re sp e c tiv o s E sta d o s, re m e te n d o -se o s v o to s tu c io n a l, in c o rp o ra d a à C o n stitu iç ã o e m 2 7 d e fe v e re iro d e 1 9 5 1 , e sta b e le -
p a ra a c a p ita l fe d e ra l. E sse p ro c e sso re v e la b e m a re d u z id a im p o rtâ n c ia que c e n d o o lim ite m á x im o d e d o is p e río d o s c o n se c u tiv o s. N a m a io ria d o s E s-
se d e u à c h e fia d o e x e c u tiv o , p o is o s c o lé g io s e le ito ra is d o s E sta d o s, se m ta d o s q u e a d o ta ra m a fo rm a p re sid e n c ia l d e g o v e rn o a so lu ç ã o fo i d rá stic a ,

m a n te re m q u a lq u e r c o n ta to e n tre si e se m u m c o n h e c im e n to d ire to d o s lí- p ro ib in d o -se q u a lq u e r re e le iç ã o p a ra u m p e río d o im e d ia to .

d e re s fe d e ra is, d ific ilm e n te p o d e ria m fa z e r u m a e sc o lh a q u e c o rre sp o n d e sse , O Presidente da República tem poder de veto. O rie n ta n d o -se p e lo p rin c í-

e fe tiv a m e n te , à v o n ta d e do povo. p io d a se p a ra ç ã o d o s p o d e re s, o s c o n stitu in te s n o rte -a m e ric a n o s a trib u íra m


a o C o n g re sso , c o m p o sto d e C â m a ra e S e n a d o , a to ta lid a d e d o p o d e r le g isla ti-
A o s p o u c o s, p o ré m , fo i se n d o a m p lia d a a im p o rtâ n c ia d o P re sid e n te
v o . E n tre ta n to , p a ra q u e n ã o h o u v e sse o risc o d e u m a v e rd a d e ira d ita d u ra do
d a R e p ú b lic a , p a ssa n d o -se a c o n su lta r o p o v o so b re o s c a n d id a to s à p re si-
le g isla tiv o , re d u z in d o -se o c h e fe d o e x e c u tiv o à c o n d iç ã o d e m e ro e x e c u to r
d ê n c ia . A e v o lu ç ã o a tin g iu u m p o n to e m q u e , p o r d isp o siç ã o c o n stitu c io n a l,
a u to m á tic o d a s le is, lh e fo i c o n c e d id a a p o ssib ilid a d e d e in te rfe rir n o p ro c e sso
q u e m e le g e o c h e fe d o e x e c u tiv o a in d a é o c o lé g io e le ito ra l, m a s, n a p rá tic a ,
le g isla tiv o a tra v é s d e v e to . O s p ro je to s a p ro v a d o s p e lo le g isla tiv o , a n ã o se r q u e
I a v o ta ç ã o p o p u la r te m im p o rtâ n c ia fu n d a m e n ta l.
e le ito ra is, to d o s o s v o to s d e u m E sta d o c a b e m a o p a rtid o
P e lo siste m a d e v o to s
q u e o b tiv e r n e le a
se tra te d e u m a d a s ra ra s h ip ó te se s d e c o m p e tê n c ia e x c lu siv a d o p o d e r le g is-
la tiv o , d e v e m se r re m e tid o s a o P re sid e n te d a R e p ú b lic a p a ra re c e b e re m su a
m a io ria d o s v o to s p o p u la re s. Isso , n a v e rd a d e , n ã o e lim in a a im p o rtâ n c ia sa n ç ã o , q u e é a m a n ife sta ç ã o d e c o n c o rd â n c ia . S e c o n sid e ra r o p ro je to in c o n s-
r ju ríd ic a d a p a rtic ip a ç ã o d o p o v o . E n tre ta n to , c o m o g ra n d e n ú m e ro d e e le i- titu c io n a l o u in c o n v e n ie n te , o p re sid e n te v e ta -o , n e g a n d o -lh e sa n ç ã o e c o m u -
I
! to re s n o rte -a m e ric a n o s ig n o ra q u e e sc o lh e d ire ta m e n te o c o lé g io e le ito ra l e n ic a n d o o v e to a o le g isla tiv o . E ste d e v e , e n tã o , a p re c ia r o v e to d o p re sid e n te
m e d ia n te v o ta ç ã o e sp e c ia l. S e o a c o lh e r, o p ro je to e stá re je ita d o , m a s se , p e lo
c o n trá rio , h o u v e r re je iç ã o d o v e to , o p ro je to se c o n sid e ra a p ro v a d o , m e sm o
c o n tra o d e se jo e x p re sso d o c h e fe d o e x e c u tiv o . E m m u ito s E sta d o s c o n sid e -
166_ JA \lE S M A D IS O N , O Fedcrlliis/a, XXXIX.

241
240
133. Os argumentos contr,írios e f~lvor<Íwis ao presidencialismo tl'm
rou-se imuliciente eSS,1participação do Presidente da República no processo
Iegislat i\'0, tendo-se-lhe conct'dido a possibilidade de t'nviar projetos de lei ao sido levados em conta na organização e na readaptação dos sistemas presi-
denciais. O que se vê claramente, no entanto, é que têm sido int roJuzidas
poder legislativo, ficando este obrigado a discutir e votar o projeto.
tais e tantas modificações que h,í inúmeros sistemas que preservam muito
132. O regi me presidencial tem sido prderido nos lugares e nas épocas
pouco das características fundamentais do presidencialismo, sem terem
em que se deseja () fortalecimento do poder executivo, sem quebra da formal
adotado também uma organização parlamentarista. O exame das tendências
separação dos poderes. A seu favor argumenta-se com a rapidez com que
do Estado revelará que, não obstante haver maior aproximaçiio entre o pre-
as decisües podem ser tomadas e postas em prática. Além disso, cabendo ao
sidencialismo e as novas formas de governo, do que entre estas e o parla-
Presidente da República decidir sozinho, sem responsabilidade política
mentarismo, não se pode sustentar que os Estados estejam orientados no
perante o parlamento, existe unidade de comando, o que permite um apro- sentido da predominância do regime presidencial de governo.
veitamento mais adequado das possibilidades do Estado, sem a necessidade
de transigências e adaptações que deformam qualquer diretriz política. Por
último, alega-se que o presidencialismo assegura maior energia nas decisões, Bibliografia
pois, sendo o responsável pela política e tendo os meios para aplicá-la, o
Presidente da República, naturalmente interessado no êxito de sua política, J. DJORDJEVIC et a lii, o P a p el d o E xcC lItivo 1 1 0E sta d o M o d cm o . Ed. RBEP, Belo
tudo fará para que o Estado atue com o máximo de suas possibilidades. E Horizonte, 1959; EDWARD S. CORWIN,E I P o d er E jew tivo , Ed. Bibliográfica Argentina.
essas três características, a rapidez no decidir e no concretizar as decisões, Buenos Aires, 1959; A C o n stitlliçã o N o rte-A m crica n a c SC I/ S ig llifrm d o A tlIa l, Ed. Zahar.
a unidade de comando e a energia na utilização dos recursos do Estado, Rio de Janeiro, S/di ALEXANDER HAMIl.TON,JOHNJAYe JAMESMADISO:-':, O F l'd crcllisttl,
tudo isso é considerado altamente vantajoso numa época em que se procu- Ed. Nacional de Direito, Rio de Janeiro, 1959; MONTESQUIW, D e L 'E sp rit d es L o is, Libr.
Garnier Freres, Paris, S/di THOMASJEFFERSON, E scrito s P o lítico s, Ed. 1brasa, São Paulo.
ra aumentar a eficiência do Estado, não enfraquecê-lo.
1964; WOODROWWILSON,G o vern o C O l1 stitu cio n a ll1 o s E sta d o s U n id o s, Ed.lbrasa. São
O principal argumento que se usa contra o presidencialismo é que ele Paulo, 1963; Jos~ LOUREIRO JR., P a rla m ellta rism o c P resid en cia lism o , São Paulo, 1962;
constitui, na realidade, uma ditadura a prazo fixo. Eleito por um tempo MAURICED UVERGER, O s R eg im es P o lítico s, Difusão Europcia do Livro, São Paulo, 1962;
certo e sem responsabilidade política efetiva, o Presidente da República pode JORGEXIFRAHERAS,1 I1 stitu cio l1 esy S istem a s P o lítico s, Ed. Bosch, Barcelona, 1961; MA-
agir francamente contra a vontade do povo ou do Congresso sem que haja NOELGONÇALVES FERREIRA FILHO,C u rso d e D ireito C o n stitu cio l1 a l, Ed. Saraiva, São
meios normais para afastá-lo da presidência. O im p e a c h m e n t, geralmente Paulo, 1971; PAULOBONAV1DES, C iêl1 cia P o lítica , Ed. FGV, Rio de Janeiro, 1967; E\I\1ET-
previsto nos sistemas presidenciais, é uma figura penal, que só permite o TES. REDFORD e t a lii, P o litics a n d G o vern m el1 t il1 th e U n ited S ta tes, Harcourt, Brace &
afastamento do presidente se ele cometer um crime. E é perfeitamente pos- Worid, Inc., Nova York, 1965; JAMESMACGREGORBURNSe JACKWALTERPElTASON,
G o vern m en t b y th e P eo p le, Prentice-HaIl, Inc., Englewood Cliffs, Nova Jérsei, 1964.
sível que o presidente, adotando uma política inadequada, mas sem praticar
qualquer ato delituoso, cause graves prejuízos ao Estado, não havendo, nes-
"
,~ "

sa hipótese, como retirá-lo da presidência e impedir a manutenção da polí-


tica errônea. Além disso, como o presidente necessita de base legal para os norte-americanos seguiram a orientação de MAQUIAVEL, no tocante ao governo ide-
seus atos mais importantes, sobretudo para efetuar despesas, é indispensável al, mais bem estruturado para um equilíbrio permanente. De fato, nos D isC llrso s
que ele mantenha relações com o legislativo. E a prática tem demonstrado, so b re a P rim eira D éca d a d e T ito L £ vio (Livro I, Cap. 2) diz O genial florentino que as
três formas de governo, a realeza, a aristocracia e a democracia, têm defeitos insupe-
segundo se argumenta, que o executivo, mais forte do que o legislativo, obtém
ráveís. E acrescenta: "Um legislador prudente que conheça esses defeitos fugirá delas,
deste o que quiser, agindo como verdadeiro ditador. E, se o legislativo, na estabelecendo um regime misto que de todas participe, o qual será mais firme e es-
prática, tiver meios para se sobrepor ao executivo, este ficará totalmente cer- tável; porque .numa Constituição em que coexistam a monarquia, a aristocracia e a
ceado, não podendo agir com eficácia, do que resulta a ineficiência do Estado 167. democracia, cada um desses poderes vigia e contém os abusos dos demais': Ora, sem
esforç:, verifica-se que foi exatamente esse tipo de governo misto que. os norte-
-americanos organizaram: o executivo, como expressão de governo unipessoal, o
judiciário, tendo na cúpula um corpo aristocrático, e o legislativo, representando o
componente democrático do governo.
167. É curioso verificar que, consciente ou inconscientemente, os constituintes

243
242

135. O exam e das tipologias form uladas pelos principais autores que
têm escrito sobre a m atéria revela que existe ainda um forte apego il ideia de
um a opção fundam ental entre parlam entarism o e presidencialism o. Em
consequência, há um grande esforço para enquadrar dentro de um desses
cam pos todas as form as existentes, havendo, às vezes, o reconhecim ento de
que determ inada form a se afastou tanto de qualquer daqueles padrões tra-
dicionais que deve ser apontada com o um tipo novo. A ssim , por exem plo,
D U V E R G Eaponta
R a existência de três tipos fundam entais: os regimes de tipo
inglês, que incluem o protótipo britânico e as form as derivadas, podendo-se
reconhecer nesse grupo, na realidade, o parlam entarism o e suas derivações;
os regimes de tipo americano, tendo com o padrão o regim e político dos E s-
Tendências do Governo tados U nidos e com preendendo as form as que derivaram dele. N esse grupo

no Estado Contemporâneo estão com preendidos,


regimes de tipo russo, entre
com o se vê, o presidencialism o e suas variações; os
os quais estão o regim e da ex-U nião Soviética e
as variedades derivadas do antigo regim e soviético. M as o próprio D U V E R G E R
134. O aparecim ento, dentro de um curto período de tem po, de inú-
observa que as C onstituições desse últim o grupo revelam que se trata de
m eros fatores de influência, alterando fundam entalm ente a posição do E s- sistem as baseados num a separação flexível dos poderes (com a colaboração
tado na sociedade, teria que influir, com o de fato vem influindo, sobre as recíproca), m uito próxim a do regim e parlam entar clássico.
form as de governo. M as, com o é evidente, as transform ações não se operam
Já para JIM I'.N ED
ZEPA R G A
existem o sistem a britânico, o norte-america-
num sentido uniform e em todos os E stados, um a vez que o governo, nas
no e o francês. O s prim eiros correspondem , respectivam ente, ao parlam en-
sociedades livres, é expressão da herança histórica do povo, aliada a fatores
tarism o e ao presidencialism o. Q uanto ao sistem a francês, fica evidente que
sociais, econôm icos e políticos. E xistem , é verdade, certas tendências, em
JIM I'.N ED
ZEPA R G Apreso
, em dem asia aos padrões tradicionais, não conseguiu
pequeno núm ero, que caracterizam a época, um a vez que deriv~m ~as gran-
libertar-se deles, m esm o reconhecendo a existência de um tipo diverso. A ssim
des opções oferecidas pela vida social num dado m om ento histónco. ~as
é que lhe dá a classificação de "parlam entarism o orleanista", para dizer em
essas tendências não se revelam clara e im ediatam ente, pois estão envolV idas
seguida que se trata de um tipo m isto, m escla de parlam entarism o e presi-
pelas peculiaridades de cada E stado, determ inadas pelas solicitações m ai.s
dencialism o, concluindo por apontar com o um a de suas características
urgentes ou por conflitos de m aior im pacto em ocional. A ssim , não é fácil fundam entais a predom inância do poder executivo.
para o teórico distinguir entre o que é tendência fundam ental e as configu-
O utro autor que tratou do assunto, procurando ser m inucioso na
rações m om entâneas, em bora se possa fazer a tentativa de distinção, pela
classificação dos tipos, foi X IFR AH E R A S.Indica ele cinco tipos de governo: I)
identificação das instituições que aparecem m ais frequentem ente e que dão
o sistema parlamentar, 2) o sistema presidencial; 3) os sistemas de desequilíbrio.
m ostras de serem perm anentes.
Sob esta designação, estão indicados os regim es em que se adota o parlam en-
E ssa dificuldade faz com que o tratam ento teórico do assunto leve à tarism o ou o presidencialism o, m as sem preservar o equilíbrio entre os
form ação de tipologias que, prudentem ente, sem abandonar os padrões poderes, dando-se sistemas
prevalência ao legislativo ou ao executivo; 4) os
tradicionais, com eçam a fazer o reconhecim ento de novos tipos. M as esse comunistas. N esta classe, em que se incluem a ex-U nião Soviética e as demo-
m esm o reconhecim ento se faz através da vinculação dos sistem as novos aos cracias populares, X IFR AH E R A Sressalta com o peculiaridade o centralismo
antigos a que m ais se assem elham . Por tal m otivo é que surgem com fre- democrático, que pressupõe a subm issão absoluta dos órgãos inferiores aos
quência expressões formas atípicas, sistemas não clássicos, sistemas
com o superiores. A lém disso, o poder executivo é exercido por um órgão coletivo,
impuros, formas ecléticas ali mistas, não faltando tam bém o prefixo neo, o Presidium, auxiliado por outro órgão coletivo, o C onselho de M inistros. O
quando se quer afirm ar ou sugerir que se trata apenas de um a form a nova m esm o autor, analisando em seguida as dem ocracias populares, dem onstra
de exteriorização de um a ideia antiga. que há um pequeno núm ero que segue m ais fielm ente o antigo m odelo

244 245

, '
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soviético, t:l1lhora st:m prt: com algum as dikrenciaçúes, enquanto a m aioria ca am ericano e o rei britônico, a m esm a scm clh,ln,'a dC\'l'ria scr r~'(onhc(ida
aprescnta m uitas peculiaridades próprias. M as a existência de um Parlam en- entre aquele e o Grande Senhor, o Kan de Tart<Íri;t,o Hom em das Sete M on-
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to, de um /Jrcsidilllll e de um Conselho de M inistros é um dado constante, tanhas e o Governador de Nova York "",
que pcrm ite a identificação de um tipo novo; 5) os sistellll7S l71/toriliÍrios, É preciso aceitar, portanto, que ° parlam cnt;lrism o c o presidencialis-
entre os quais sc incluem todas as form as não dem ocráticas"". m o já não são as opções necessárias para a form aç,io de um governo, É com um
136. A observação da realidade dem onstra que as form as tradicionais que o excessivo apego às fórm ulas consagradas,;\ necessidade de identificar
de governo estão sendo abandonadas, com m aior ou m enor aceleração, o as coisas segundo um rótulo já conhecido, ou m esm o o tem or de parecer
que se justifica pela presença de novos fatores de influência, representados leviano ou sensacionalista levem à aceitação passiva do que é verdade con-
sobretudo por novas possibilidades e novas aspirações que não encontram sagrada. E isso m uitas vezes é bastante prejudicial, quando se trata de um a
um veículo adequado nos padrões tradicionais. Aliás, com o já foi acentua- form a de governo, porque condiciona as novas organizações, estabelecendo
do, o parlam entarism o e o presidencialism o surgiram em decorrência de lim itações para a institucionalização de novas form as. Com efeito, já houve
novas circunstâncias históricas, incom patíveis com os regim es precedentes. inúm eras oportunidades, em diferentes Estados, em que todos os debates
Isto não quer dizer que as form as de governo sejam apenas consequência de sobre a reorganização do Estado giraram em torno da conveniência de se
outros fatores, não influindo para que se criem novas circunstâncias. Na adotarem form as puras ou m odificadas do parlam entarism o ou do presi-
verdade, a form a de governo determ ina certa ordem e certos com portam en- dencialism o, não se adm itindo a hipótese da criação de um regim e com ple-
tos. M as estes se encadeiam num processo dialético e participam , por sua tam ente novo, que não fosse derivação de qualquer daqueles dois.
vez, da criação de novas realidades. Chega-se, por esse m eio, a um m om en- 137. Quais seriam as atuais tendências do Estado, passíveis já de iden-
to em que as novas realidades criadas estão m uito distantes da form a de tificação? Com o ficou esclarecido anteriorm ente, nenhum fenôm eno isola-
governo que foi sua determ inante inicial, passando então à condição de do, que seja produto de circunstâncias locais e m om entâneas, deve ser
causa determ inante de nova form a de governo, e assim por diante. aceito com o tendência fundam ental. Nesta categoria, portanto, só entram as
O parlam entarism o foi um a form a histórica, resultante de um a longa diretrizes já definidas e consolidadas, que possam ser consideradas gerais e
sucessão de fatos e de situações, e que acabou correspondendo a determ ina- perm anentes. Dessa form a, é natural que a definição das tendências se pro-
das necessidades. M as o reconhecim ento de que se havia criado algo novo, cesse lentam ente, fazendo com que só depois de um longo período de tem -
retirando a totalidade do poder político dos m onarcas, não se deu im edia- po elas estejam claram ente reveladas, perm itindo um tratam ento teórico
tam ente e sem resistências. O m esm o ocorreu em relação ao presidencialis- sistem átÍco, enquadrando-se em um conjunto. Quando isto se der já estará
m o, que, tendo surgido por im posição de fatores absolutam ente novos, totalm ente definido o novo regim e, que pode então receber um a denom i-
rom pendo totalm ente com o regim e m onárquico, não foi desde logo com - nação adequada.
preendido e aceito, havendo quem pretendesse tratar-se apenas de um a nova Duas são as tendências que já podem ser consideradas e que, salvo
aparência do sistem a antigo. Isso foi objeto de um com entário de HAM ILTON, algum im previsto de grande significação, deverão incorporar-se aos novos
que condenou o erro dos que, não com preendendo o novo sistem a, verda- regim es atualm ente em elaboração: a r a c io n a liz a ç ã o do governo e o fo r r a /e -
deiram ente novo, perdiam -se pela particularidade da chefia unipessoal do
. c im e n to d e m o c r á tic o do governo. Vejam os em que consiste cada um a dessas
executivo e viam aí, apenas com outro nom e, a repetição do estatuto do rei
tendências.
da Grã-Bretanha, com poderes ainda m ais absolutos. Diz HAM ILTON, com
R a c io n a liz a ç ã o do governo. Inúm eras vezes se têm m anifestado, desde
bastante ironia, que, se esse sim ples ponto servisse de base a com parações,
o inicio do século XX, preocupações "racionalizadoras': visando à superação
supondo que pudesse haver algo de parecido entre o Presidente da Repúbli-
do em pirism o nas atividades de governo. A própria adoção do parlam enta-
rism o em larga escala, depois da I Guerra M undial, foi justificada pela in-

168. Vejam-se M ACRICE DUHRGER, Os R e g im e s P o lític o s ; M. JI~lt:-<ES DE PARGA, L o s


R e g ím e n e s P o lític o s C o n te m p o r á n e o s ; JORGE XIFRA HERAS, 1 1 l s t i t u c i o l l c S y S is te m a s Po-
169. ALEXANDER HAM ILTON, O F e d e r a lis ta , LXIX.
lític o s .

247
246
povo';". Esta permanente atenção à vontatk do povo é indispcns.ívcl para
len~-;II)de racionalizar () poder. A diferença fundamental entre esses movi-
que o E s ta d o fo r te não seja apenas uma ditadura. É muito importanlt. que se
mcntos anteriores e a tendência que agora se manifesta é que já não se pre-
ressalte este aspecto, porque muitas vezes, por despreparo ou má-fé, os go-
tcnde fan'r d o gOI'CfIIO uma atividade racionalizada, livre de imprevistos e de
vernos fortes alegam a incapacidade do povo para entender os problemas de
opçúes inesperadas. Essa espécie de racionalização, incompatível com a governo e, sob esse pretexto, impedem a participação, nas decisi)es políticas,
própria natureza humana, só é preconizada atualmente pelos chamados do povo e de quem não aceite integralmente as razões e os métodos do go-
tecnocratas, que acreditam na possibilidade de transformar cada homem verno. Quando isto ocorre, não se tem o fortalecimento do Estado, mas sua
num robô. A racionalização, que aos poucos vai-se tornando mais clara como degeneração.
tendência, pretende, isto sim, utilizar os elementos técnicos e altamente es-
pecializados de que o homem dispõe atualmente, como a u x ilia r e s d o g o v e r - .,
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7
Esse processo inevitável de decadência, que acompanha todas as dita-
duras, foi muito bem descrito por LIpPMANN nas seguintes palavras: "Quando
110. Nesse sentido, há um esforço objetivando aproveitar os recursos moder- I'
um Galileu é coagido por um inquisidor mais poderoso, embora mais igno-
nos de comunicação e organização, para que os governantes, conhecendo i rante, o seu gênio científico é arbitrariamente nivelado ao obscurantismo de
mdhor a realidade e dispondo de instrumental eficiente, possam decidir com \~
seus senhores. Só libertando-o das peias da autoridade é que sua superiori-
i-
mais acerto e agir com maior eficácia. dade de observador e pensador pode ser exercida. Em nosso tempo há go-
F o r ta le c im e n to d e m o c r á tic o d o g o v e r n o . O exame das inovações cons-
titucionais mais recentes demonstra que vêm sendo adotadas várias medidas
tendentes ao fortalecimento do Estado. Para corresponder às novas exigên-
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vernos que garantem a cultura oficial pelo exílio, as proscrições, o machado,
os pelotões de fuzilamento, o óleo de rícino e o aprisionamento em campos
de concentração: estão usando de força arbitrária para reduzir estudiosos e
artistas', e enfim a população inteira, no nível cultural dos políticos domi-
cias da vida social o Estado vem aumentando suas atribuições, em extensão
nantes. A opinião de homens sem qualificações passa a ser, artificialmente,
e profundidade, agindo com mais intensidade e mais energia e passando a
pela mera intervenção arbitrária da polícia, predominante sobre a opinião
tomar iniciativas, inclusive no campo econômico. Essa nova atitude do Es-
de homens que são especialmente dotados e trabalharam para se qualificar" 171 •
tado é que tem sido chamada, talvez sem muita propriedade, de fo r ta le c i- Na verdade, além dos especialistas, cujas observações críticas devem ser
m e n to , sobretudo porque essas novas atitudes exigem maior concentração respeitadas porque são úteis ao Estado, o próprio povo, na sua inteireza, deve
do poder. Mas, evidentemente, isso não pode ser confundido com o aumen- ter assegurada a possibilidade de expressão livre e deve ser ouvido, pois só
to de força material, com a adoção de métodos violentos, pois isto é essen- ele é senhor de seus interesses no Estado Democrático.
cialmente antidemocrático e transforma o Estado num inimigo do povo, o 138. Em síntese, há duas tendências fundamentais, já reveladas com
que é absolutamente contraditório e, por isso mesmo, jamais poderia ser muita clareza, que correspondem aos requisitos da generalidade e da per-
uma tendência do Estado. manência: a r a c io n a liz a ç ã o d o g o v e r n o e o fo r ta le c im e n to d e m o c r á tic o d o
Na verdade, há uma exigência de maior presença do Estado na vida g o v e r n o . Elas revelam uma parte do que deverão ser as futuras formas de
social, e isso, associado ao esforço de racionalização, leva à elaboração de governo, quando se tornar patente e for sistematizado o conjunto das ten-
planejamentos globais para melhor equacionamento dos problemas e apro- dências decorrentes das novas condições de vida social.

,, veitamento mais adequado dos recursos. Mas há também a exigência de que


esse fortalecimento seja democrático. Reconhecendo isso, CoRWIN,a poiado
I: Bibliografia
nas tendências e aspirações do povo norte-americano e tendo em conta que
é realmente necessário que o Estado se organize para desempenhar um papel
J. DJORDJEVIC e t a lii, o P a p e l d o E x e c u tiv o n o E s ta d o M o d e r n o , Ed. RBEP, Belo
ativo na vida social, sugere a criação de um Conselho Legislativo, que institu- Horizonte, 1959; EDWARD S. CORWIN, E I P o d e r E je c u tiv o , Ed. Bibliográfica Argentina,
r ciona~izaria o corpo de assessores de que se têm valido os Presidentes da
República. Essa versão moderna e constitucional do antigo Gabinete da
Presidência seria capaz, segundo o próprio CORWIN,de c o n tr o la r o presiden-
170. EDWARD S. CORWIN, E I P o d e r E je C IIlil'o , pág. 327.
te, ao mesmo tempo em que lhe daria um assessoramento eficiente, que
171. WALTER LIPPMANN, A R e c o n s tr u ç ã o d a S o c ie d a d e , pág. 307.
compreenderia a conjugação das possibilidades do Estado com a vontade do

249
248

Illll'110~ t\ i "l'~, IlJ5lJ; :'-1AI'IH \ SlIlA\IACCI,
1.1'C O SIilllzicllli degli SI"I iA friclII,i, Ed. (; ili ff,.i: ,
:Vfil;io, 1'J6.\; \\'11.11.\\1 N. CIIA\llll'.IlS c Rnlll'.ln H. S,\l.ISIlL'I(Y, l'rohlel/las I' l'erspl'clil'as
AII/lli, tia / !clllocrnci", Ed. ZahiH, Rio de Janeiro, 1966; f)AI'II1 EA~TnN, Tlle P o/ilicn/
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A tuais do D ireito P úblico, Ed. Forense, Rio de Janeiro, 1976; DALMO DE ABRE[; DALLA-
tários quando têm um poder central que é a cúpula e o núcleo do poder
RI, O F uturo do E stado, Ed. Saraiva, São Paulo, 2001 (3a ed.).
politico. E são federais quando conjugam vários centros de poder políticc
autônomo. Modernamente alguns autores sustentam a existência de um,
terceira espécie, o E stado R egional, menos centralizado do que o unitário
mas sem chegar aos extremos de descentralização do federalismo. Essa é a
posição sustentada por JUANFERRANDO
B ADIA,q ue aponta como Estado.
Regionais a Espanha e a Itália.
Para a maioria dos autores que tratam do assunto o Estado Regional /
apenas uma forma unitária um pouco descentralizada, pois não elimina a
completa superioridade política e jurídica do poder central. Por esse motivL
consideram que o Estado Federal continua sendo a opção para se fugir a'
excesso de centralização.
140. O E stado F ederal indica, antes de tudo, uma forma de Estado, nãr
de governo. Entretanto, há um relacionamento muito estreito entre a adoção
da organização federativa e os problemas de governo, pois quando se compô
uma federação isto quer dizer que tal forma de convivência foi considerad
mais conveniente para que, sob um governo comum, dois ou mais povo r

persigam objetivos comuns. Ultimamente têm surgido muitos Estados corrI


. •
~.
organização federativa, o que deve significar que esse tipo de Estado é vist
como capaz de corresponder às necessidades e aspirações fundamentais ('
nossa época. Quais seriam os motivos para o aumento de prestígio do Est?
do Federal? Para que se possa responder a essa indagação será necessáriv
verificar como e quando surgiu o Estado Federal, quais os seus objetivo
suas características e sua evolução. Depois disso será possível compreend
os motivos de sua importância no mundo contemporâneo.

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