Anda di halaman 1dari 15

Pensamento

tentacular: Antropoceno, Capitaloceno, Chthuluceno – Donna


Haraway*

O que acontecem quando o excepcionalismo humano e o individualismo limitado,


esses velhos ditados da filosofia ocidental e da política econômica, se tornam impensáveis nas
melhores ciências, sejam elas naturais ou sociais? Seriamente impensável: não disponível para
pensar com. As ciências biológicas têm sido especialmente potentes em fermentações sobre
todo mortal dentro da Terra desde o imperialismo do século XVIII. Homo sapiens – o
Humano como espécie, o Antropos como espécie humana, Homem Moderno – era produto
principal dessas práticas de conhecimento. O que ocorre quando as melhores biologias do
século XXI não puderem fazer seu trabalho com indivíduos limitados e seu contexto, quando
organismos e seus ambientes, ou genes mais qualquer coisa que eles precisem, não
sustentarem mais as riquezas transbordantes dos conhecimentos biológicos, se algum dia
conseguiram? O que acontece quando organismos, mais seus ambientes, podem arduamente
ser lembrados pelas mesmas razões que as pessoas ocidentais endividadas já não podem se
imaginar como indivíduos e sociedades de indivíduos em histórias apenas humanas? Com
certeza tal tempo transformativo na Terra não deve ser chamado Antropoceno.

Com toda a descendência de infiéis dos deuses do céu, com minha ninhada que
encontra uma rica chafurda numa confusão de multiespécies, eu quero fazer um barulho
crítico e alegre sobre tais problemas. Eu quero permanecer no problema, e o único meio que
conheço de fazer isso é numa alegria generativa, num terror e num pensamento coletivo.

Meu primeiro demônio familiar nessa tarefa será a aranha Pimoa cthulhu, que vive
sob escombros (stumbs) nas florestas Redwood, nos condados de Sonoma e de Mendocino,
perto da onde eu vivo na Califórnia Norte-central. Ninguém vive em todo lugar; todo mundo
vive em algum lugar. Nada é conectado a tudo; tudo está conectado a algo. Essa aranha está
num lugar, tem um lugar e ainda é nomeada por intrigantes viajantes de qualquer lugar. Essa
aranha vai me auxiliar com retorno, raízes e rotas. O aracnídeo com oito pernas tentaculares
que eu apelo para obter seu nome genérico da língua das pessoas de Goshute, em Utah, e seu
nome específico obtenho pelos habitantes das profundidades, das entidades abissais
e elementais, é chamada de chtônicos. Os poderes chtônicos da Terra infundem seus tecidos
em todo local, apesar de seus esforços civilizadores dos agentes dos deuses do céu para
astralizar e configurar o chefe Singletons e seus comitês mansos de múltiplos ou semi-deuses,
o Único e o Muitos. Fazendo uma pequena mudança no discurso taxonômico dos biólogos,
de cthulhu para cthulhu, com a renomeada Pimoa chthulu eu proponho um nome para
um local qualquer (elsewhere) e um momento qualquer (elsewhen) que era, continua sendo e
pode ainda ser: Chthuluceno. Eu lembro que tentacle vem do latim tentaculum, que significa
“apalpador” e tentare, que significa “sentir” e “tentar”; e eu sei que minha aranha pernuda tem
muitos aliados armados. Uma miríade de tentáculos será preciso para dizer a história
do Chthuluceno.

Os tentaculares não são figuras desincorporadas; eles são cnidários, aranhas, seres com
dedos como os humanos e os guaxinins, lulas, águas-vivas, extravagâncias neurais, entidades
fibrosas, seres flagelados, tranças de miofibrilas, emaranhados de micróbios e fungos
feltrados e emaranhados, tentadores, raízes inchadas, chegando e escalando os coletados. O
tentacular também é redes, suas criaturas, dentro e fora das nuvens. Tentacularidade é sobre
vida vivida ao longo das linhas – e tal riqueza de linhas – não em pontos, nem em esferas. “Os
habitantes do mundo, criaturas de todo tipo, humanas e não humanas, são viajantes”; gerações
são como “uma série de trilhos entrelaçados”.

Todos os viscosos tentáculos me fizeram infeliz com o pós-humanismo, mesmo que


seja nutrida por muitos trabalhos gerativos feitos sob esse sinal. Meu
parceiro Rusten Hogness sugeriu compostagem ao invés de pós-humano(-ismo), assim
como humuscidade ao invés de humanidades, e eu pulei para aquelas pilhas de minhocas.
Humano como húmus tem potencial, se nós pudéssemos cortar e dividir humanos como
Homo, o projeto “detumescing” de se auto-fazer e o projeto de destruição do planeta. Imagine
uma conferência não no futuro dos humanistas na Universidade de Reconstrução Capitalista,
mas na Poder da Humuscidade por uma Confusão de Múltiespécies habitáveis! As
artistas ecossexuais Beth Stephens e Annie Sprinkle fizeram adesivos para mim, para nós:
“Compostar é tão excitante”

Moldando seu pensamento acerca dos tempos chamados de Antropoceno e “Gaia


multifacetada” (termo de Stenger) em ficção companheira de Latour, Isabelle Stenger não
pede para nós nos recompormos para nos tornarmos hábeis para, talvez, “encarar Gaia”. Mas
como Latour, e ainda mais como LeGuinm, em um de seus escritos mais
generativos, Stenger é inflexível sobre mudar a história. Concentrando-se na intrusão ao invés
de composição, ela chama de Gaia um poder devastador e terrível que entra nas nossas
categorias de pensamento, que entra no próprio pensamento. Terra/Gaia é criadora e
destruidora, e não um recurso a ser explorado ou algo que precise ser protegido ou uma mãe
enfermeira que promete cuidados. Gaia não é uma pessoa, porém um complexo fenômeno
sistêmico que compõe uma planeta vivo. A intrusão de Gaia em nossas coisas é um evento
radicalmente material que coleta multidões. Essa intrusão não ameaça a vida na Terra –
micróbios vão se adaptar, para se dizer o mínimo – mas ameaça a habilidade de viver na Terra
para vários tipos, espécies, assemblagens e indivíduos num “evento”, já em andamento,
chamado Sexta Grande Extinção.

Stengers, como Bruno Latour, evoca o nome de Gaia na forma que James Lovelock e
Lynn Margulis fizeram, nomeando acoplamentos complexos não lineares entre processos que
compõem e sustentam subsistemas entrelaçados, mas não aditivos como parcialmente coesos
com o sistema todo. Nessa hipótese, Gaia é autopoiética – auto-formada, mantendo
limites, contigentes, dinâmicos e estáveis sob algumas condições, mas não em outras. Gaia
não é reduzida a uma soma de suas partes, mas atinge finitas coerências sistêmicas na face das
perturbações com parâmetros que são eles mesmos responsáveis por processos sistêmicos
dinâmicos. Gaia não pode e não se importa com intenções humanas ou de outros seres
biológicos, ou com seus desejos e necessidades, mas põe em questão nossa vasta existência,
nós que temos provocado sua mutação brutal que ameaça ambas, vidas humanas e não
humanas presentes e futuras. Gaia não é uma lista de questões esperando por políticas
racionais. Gaia é um evento intrusivo que desfaz o pensamento usual. “Ela é o que
especificamente questiona os contos e os refrãos da história moderna. Há apenas um mistério
real em jogo: é a pergunta que nós, ou seja, aqueles que pertencem a essa história, podemos
criar assim que lidarmos com as consequências do que provocamos”.

Antropoceno

Então, o que provocamos? Escrevendo no meio da histórica seca de vários anos da


Califórnia e na explosiva estação do fogo de 2015, eu preciso da fotografia de um fogo
ascendido deliberadamente em junho de 2009, da Sustainble Resource Alberta, perto do rio
Saskatchewan, cruzando os campos de gelo Parkway para conter a propagação de besouros de
pinheiros, para criar uma barreira de fogo para futuros incêndios e para melhorar a
biodiversidade. A esperança é que esse fogo aja como um aliado para o ressurgimento. A
devastação espalhada do besouro de pinheiro através do oeste da América do Norte é o maior
capítulo da mudança climática no Antropoceno. Então, também são previstas mega secas e
extremas e estendidas estações de fogo. Fogo no oeste da América do Norte tem um
história complexa de multiespécies; fogo é um elemento essencial para o percurso, assim
como um agente de morte dupla, a saber, o assassino do percurso. As semióticas materiais do
fogo em nosso tempo estão em jogo.

Deste modo, tempo foi passado para voltar diretamente para a coisa tempo-espaço-
global chamada Antropoceno. O termo parece ter sido inventado no começo dos anos 80 pelo
ecologista Eugene Stoermer, da Universidade de Michigan, um expert em diatomáceas
de agua doce. Ele introduziu o termo para referir a crescentes evidências para os efeitos
transformativos das atividades humanas na Terra. O nome Antropoceno faz uma aparição
dramática nos discursos sobre globalização dos anos 2000 quando no prêmio Nobel Holandês
– o vencedor, o químico atmosférico Paul Crutzen, juntou a Stormer para propor mostrar que
as atividades humanas vem sendo de tal tipo e obtendo tal magnitude que recebe o mérito do
uso de novos termos geológicos para uma nova época, substituindo a Holoceno, que data
desde o fim da última era de gelo, ou do fim da Pleistoceno, por volta de doze mil anos atrás.
Mudanças antropogênicas sinalizadas, nos meados do século XVIII, pelo motor a vapor e pela
mudança planetária do uso explosivo de carvão eram evidentes no ar, nas águas e nas pedras.
As evidências eram tantas que a acidificação e o aquecimento dos oceanos estão rapidamente
decompondo ecossistemas de recifes de corais, resultando em grandes esqueletos,
fantasmagóricos, branqueados e mortos (ou morrendo) de corais. Que um sistema simbiótico
– coral, com suas associações de fabricação mundial aquática de cnidários e zooxantelas e
com várias outras criaturas também – indica que tal transformação global irá voltar na nossa
história.

Todavia, por agora, perceba a compra do Antropoceno, obtida nos discursos científicos
e populares e no contexto de urgentes esforços ubíquos de encontrar formas de falar sobre, de
teorizar, de modelar e de administrar a Grande Coisa chamada globalização. O modelo de
mudança climática é um poderoso loop de pareceres que causa mudança de estado nos
sistemas de política e nos discursos ecológicos. Este Paul Crutzen ganhou o prêmio Nobel e é
um químico atmosférico importante. Até 2008, muitos cientistas pelo mundo tinham adotado
o ainda não oficial, mas o crescente e indispensável termo; e uma miríade de projetos de
pesquisa, performances, instalações e conferências em Letras, Ciências Sociais e
Humanidades encontraram o termo obrigatório em suas nomeações e pensamentos, não
menos importante para enfrentar ambas: aceleração da extinção das taxas biológicas através
de mundo e imiseração de múltiplas espécies, incluindo a humana, ao longo da extensão do
planeta. Os seres humanos da queima de combustível fóssil parecem ter a intenção de
produzir em maior quantidade e em menor tempo novos combustíveis fósseis. Eles serão
interpretados nos estratos das pedras na terra e sob às águas por geólogos num futuro
próximo, se já não está sendo. Talvez ao invés de florestas de fogo, o ícone
do Antropoceno deveria ser o Homem em Chamas!

A escala de ambições ardentes do homem-combustível fóssil – desse Antropos, cujos


ardentes projetos para aceleração da extinção têm o mérito de nomear uma época geológica –
é difícil de compreender. Deixando de lado todas as outras aceleradas extrações de minerais,
plantas e carnes animais, lares humanos, e assim por diante, de maneira certa, queremos dizer,
o ritmo do desenvolvimento das tecnologias de energia renovável e das medidas políticas e
técnicas de redução da poluição do carbono, em frente de custosos e palpáveis colapsos de
ecossistemas e políticas de desordem disseminadas irão mitigar, se não eliminar, a carga de
excesso de carbono no planeta, com as queimas de combustíveis fósseis. Ou talvez, o
problema substancial das indústrias globais de carvão e de óleo até 2015 vão parar com essa
loucura. Não será assim [não foi]. Até conhecimentos casuais do noticiário corroem tais
esperanças, todavia o problema é pior do que até mesmo um leitor assíduo dos documentos e
da imprensa IPCC vai encontrar. Em “The Third Carbon Age”, Michael Klare, um professor
de Estudos sobre Paz e Segurança Mundial, em Hampshire College, estabelece uma forte
evidência contra a ideia que a antiga idade do carvão, substituída pela recente idade do óleo,
será substituída pela idade dos renováveis. Ele detalha os vastos e crescentes investimentos
globais-nacionais e corporativos em renováveis; claramente, há vantagens de poder e de lucro
a serem obtidos nesse setor. E, ao mesmo tempo, todas imagináveis, e muitas inimagináveis,
medidas tecnológicas e estratégicas estão sendo buscadas por todos os grandes jogadores, para
extraírem até a última caloria de carbono, independente da profundidade ou das formações de
areia, lama ou pedras, e por quaisquer meios horrorosos de viagem para pontos e uso de
distribuição, para queimar antes que alguém consiga tal caloria e queime primeiro na grande
história alfinetada das primeiras e das últimas palavras e armas. No que ele chama de Era do
Não-Convencional Gás e Óleo, hydrofracking é um tipo de (derretimento de) iceberg.
Derretimento os oceanos polares, terrível para os ursos polares e para a população costeira, é
muito benéfico para a grande competitividade militar, a exploração, a perfuração e a
passagem de navios-tanques pelas passagens do norte. Quem precisa de um quebrador de gelo
quando pode contar com o derretimento do gelo?

Um complexo engenheiro de sistemas chamado Brad Werner encaminhou uma


sessão nas reuniões da The American Geophysical Union, em São Francisco no ano de 2012.
Suas questões eram simples: cientificamente falando, capitalismo global “tem feito o
esgotamento dos recursos de maneira tão rápida, conveniente e sem limitações que ‘os
sistemas humanos-Terra’ estão se tornando perigosamente instáveis em resposta.”. Logo, ele
afirma que a única coisa científica a ser feita é a revolta! Movimentos, não individuais, são
críticos. O que é pedido são ações e pensamentos que não se enquadrem com a cultura
dominante capitalista; e, dito por Werner, isso não é uma questão de opinião, mas de dinâmica
geofísica. O repórter que cobriu a sessão resumiu o encaminhamento de Werner: “Ele está
dizendo que sua pesquisa mostra que todo nosso paradigma econômico está ameaçando a
estabilidade ecológica”. Werner não é o primeiro nem o último pesquisador e gerador de
problemas preocupado em discutir tal assunto, todavia sua claridade no encontro científico
está dando legitimidade ao seu discurso. Revolta! Pensar, nós devemos; nós devemos pensar.
Pensar de fato, não como Eichmann, o imprudente. Claro, o diabo está nos detalhes – como se
revoltar? Como problematizar e não somente desejar problematizar?

Capitaloceno

Mas, pelo menos uma coisa está clara. Não importa o quanto ele pretende ser pego
pelo genérico universal masculino e o quanto ele apenas olha pra cima, o Antropos não fez a
extração de gás (fracking thing) e ele não deveria nomeá-la época amorosa de dupla-morte.
Afinal, o Antropos não é o Homem em chamas. Todavia, porque a palavra já está bem
impregnada e parece menos controverso para muitos jogadores comparada a Capitaloceno, eu
sei que continuaremos precisando do termo “Antropoceno”. Eu também vou usar, mas com
moderação; o que e quem o Antropoceno coleta em sua reformulada sacola de rede pode
provar ser potente por viver nas ruínas e na modesta recuperação da terra.

Ainda assim, se tivéssemos apenas uma palavra para esses momentos SF, com certeza
seria Capitaloceno.
A Espécie Homem não moldou as condições para a Terceira Era do Carbono ou para a
Era Nuclear. A história da Espécie Homem como o agente do Antropoceno é uma quase
risível reprise da grande humanização fálica e da Aventura modernizante, onde homens, feito
sob a imagem de um deus perdido, assume superpoderes na sua sagrada e secular subida
apenas para dar fim à sua trágica detumescência, de novo. Autopoiético, o homem auto
construído desce de novo, dessa vez num trágico sistema falho, transformando
ecossistemas biodiversos em desertos de tapetes viscosos e águas-vivas que ferroam. O
determinismo tecnológico também não produziu a Terceira Era do Carbono. O Carvão e a
máquina a vapor não determinaram a história e, além disso, os dados estão todos errados, não
porque tem que se voltar à última era do gelo, mas porque tem que pelo menos incluir o
grande mercado e a mundialização dos commodities dos longos séculos XVI e XVII, dessa
atual era, mesmo se nós pensarmos (erroneamente) que podemos permanecer Euro-centrados
em pensar sobre transformações da “globalização” moldando o Capitaloceno. Alguém precisa
dizer das redes de açúcar, de metais preciosos, de plantantions, de genocídio e escravidão
indígena, das suas inovações de trabalho e realocações e recomposições de criaturas e
coisas, limpando ambos, trabalhadores humanos e não humanos, de todos os tipos. A
infecciosa revolução industrial da Inglaterra foi de grande importância, todavia foi apenas
uma jogadora na transformação planetária, historicamente situada e nova a suficiente,
chamada de relações mundiais. A realocação das pessoas, das plantas e dos animais; os
nivelamentos das vastas florestas; e a violenta mineração precede a máquina a vapor,
entretanto isso não é uma torção de mãos [ato de quem possui posição de poder inferior
mudar a situação] sobre a traição do Antropos, ou da Espécie Homem ou do Homem
Caçador.

As narrativas sistêmicas de metabolismos conectados, articulações ou coproduções


(escolha sua metáfora) de economias e ecologias, de histórias e de criaturas humanas e não-
humanas devem ser implacavelmente relacional, simpoiética e consequencial. Eles são
terrenos, ou seja, não são cósmicos, nem abençoados ou amaldiçoados dentro de outro espaço.
O Capitaloceno é terreno; este não precisa ser a última época geológica biodiversa que inclui
nossa espécie também. Há várias boas narrativas para serem contadas, muitos sacos de redes
para vibrarem (não apenas por seres humanos).

Como provocação, deixe-me sumarizar minha objeções ao Antropoceno como


ferramenta, narrativa ou época para se pensar com:
(1) O sistema mítico associado com o Antropos é uma configuração e o enredo
termina mal. Focando na questão, eles terminam em dupla morte; eles não são sobre
continuidade. É difícil contar uma boa história com um péssimo ator. Péssimos atores
precisam de uma história, porém não uma inteira.
(2) A Espécie Homem não faz história.
(3) Homem mais Ferramenta não faz história. Isso é uma versão que a História
humana excepcionalista conta.
(4) Essa História deve ceder espaço para geo-histórias, para perspectivas de Gaia e
para história sinchtônica; terrenos realmente vivem e morrem trançados, emaranhados
e tentacularizados em uma cama de gato de multiespécies simpoiéticas. Eles não fazem
História.
(5) O aparato social humano do Antropoceno tende a ser desiquilibrado e
burocraticamente inclinado. Revolta precisa de outras formas de ação e outras narrativas para
consolo, inspiração e efetividade.
(6) Apesar da dependência do ágil modelamento de computar e das teorias de
sistemas autopoiéticos, o Antropoceno depende muito do que deveria ser uma “impensável”
teoria das relações, nomeadamente a antiga de limitados individualismos utilitários –
preexistindo unicamente em relações de competição que toma todo o ar da atmosfera (exceto,
aparentemente, dióxido de carbono).
(7) As ciências do Antropoceno estão muito contidas em teorias de sistemas restritos e
teorias evolucionárias chamadas de Sínteses Moderna, que devido à toda sua importância tem
se provado incapazes de pensar bem sobre simpoiésis, desenvolvimentos, teias ecológicas e
micróbios. É muito problema para adequar a teoria evolucionária.
(8) Antropoceno é um termo mais facilmente significativo e utilizável por intelectuais
em classes e regiões de riqueza; não é um termo idiomático para clima, tempo, regiões,
cuidados com o país, ou em outras grandes locais do mundo, especialmente, mas não único,
entre a população indígena.

Estou alinhada com a feminista ambientalista Eileen Crist quando ela escreve contra
os gerenciais, tecnocráticos, mercado-lucro obcecados, modernos e humano-
excepcionalistas compromissos comerciais como de costume do tal discurso do Antropoceno.
Esse discurso não é apenas errado de mente e coração por si mesmo; ele também solapa nossa
capacidade de imaginar e de se importar com outros mundos, esses que existem hoje
precariamente (incluindo aqueles chamados de selvagens, por toda a história contaminada de
racismo colonialista) e com aqueles que precisamos trazer para se tornarem aliados às outras
criaturas para uma ainda possível recuperação de passados, presentes e futuros. “A profunda
persistência da escassez e o sofrimento são presságio para toda vida, é um artefato
do excepcionalismo humano em todo nível.” Ao invés de uma humanidade com maior
integridade com a terra “convidar a prioridade do nosso passo pra trás e da diminuição de
limitações bem-vindas dos nossos números, economias e habitats pelo bem de uma maior e
mais inclusiva liberdade e qualidade de vida”.

Se Humanos vivem na História e o Terrestre assumi suas tarefas com o Antropoceno,


também muitos Pós-humanos (e pós-humanistas, outra reunião por completo) parecem ter
emigrado para o Antropoceno. Talvez meu humano e meu não-humano são compreendidos
como terríveis Chtônicos que serpenteiam dentro dos problemas da Terrapolis.

Note que na medida em que o Capitaloceno é dito no idioma do Marxismo


fundamentalista, com todas as armadilhas da Modernidade, do Progresso e da História, esse
termo é sujeito de mesmas, ou mais poderosas, críticas. As narrativas de
ambos, Antropoceno e Capitaloceno, balançam constantemente à beira de se tornar Muito
Grande. Marx fez mais que isso, assim como fez Darwin. Podemos herdar suas bravuras e
capacidades de contar narrativas grandes o suficiente, sem o uso de determinismos,
teleologias e planos.

Mundo relacional e historicamente situado zomba da divisão binária de natureza e


sociedade e da nossa própria escravização do Progresso e, da sua gêmea maligna, a
Modernização. O Capitaloceno foi relacionalmente feito, não por um antropos secular feito a
imagem de deus ou pelas leis da história ou pela máquina por si própria ou pelo demônio
chamado Modernidade. O Capitaloceno deve ser relacionalmente desfeito para compor em
matéria semiótica de padrões SF e em narrativas mais capazes de serem vividas, algo
que Ursula K. Le Guin pudesse se orgulhar. Chocado de novo por nosso – bilhões de
habitantes da Terra; incluindo o seu e o meu – consentimento diário e contínuo na prática
dessa coisa chamada capitalismo, Philippe Pignarre and Isabelle Stengers perceberam que
denúncia tem sido singularmente ineficaz ou o capitalismo teria sido varrido da Terra a muito
tempo. Um obscuro e enfeitiçado comprometimento com a atração do Progresso (e seu
contrário polar) nos ataca para alternativas infernais sem fim, se não tivermos outros meios de
reorganizar, reimaginar, reviver e reconectar uns com os outros, num bem
estar de multiespécies. Essa explicação não nos exclui de fazer muitas coisas importantes,
quase o oposto. Pignarre e Stengers falam de coletividades pé no chão [on the ground]
capazes de inventar novas práticas de imaginação, resistência, revolta, reparo e amanhecer de
um viver e um morrer bem. Eles nos lembram que a desordem estabelecida não é necessária;
outro mundo não é urgentemente necessitado; é possível, mas não se estivermos fascinados
pelo desespero, pelo cinismo ou pelo otimismo e se crermos/descrermos no discurso do
Progresso. Muitos Marxistas teóricos críticos e culturais, na melhor das hipóteses, iriam
concordar, portanto os tentaculares também iriam crer.

Chthuluceno

Voltando às abordagens de sistemas complexos generativos,


por Loveluck e Margulius, Gaia figura o Antropoceno para muitos pensadores ocidentais
contemporâneos. Todavia um desdobramento de Gaia é melhor situado no Chthuluceno, uma
temporalidade contínua que resiste à figuração e à datação e demanda uma miríade de nomes.
Surgindo do Caos, Gaia era e é uma força poderosa intrusiva, no bolso de ninguém, na
esperança de ninguém para a salvação, capaz de provocar os atrasados sistemas de
pensamentos complexos e autopoiéticos do século XX que leva à devastação causada
pelo antropogênico processo dos últimos séculos, um necessário contador para as figuras de
Euclides e para as narrativas do Homem. Antropologistas e filósofos brasileiros Eduardo
Viveiros de Castro e Déborah Danowski exorcizam noções persistentes que Gaia é confinada
aos antigos Gregos e suas subsequentes Euroculturas em suas reconfigurações das urgências
dos nossos tempos na conferência pós-eurocentrismo “The Thousand Names of Gaia”.
Nomes, não faces, nem formas do mesmo, algo além, mil outras coisas continuam dizendo de
uma contínua, conectada, generativa e destrutiva mundialização e remundialização dessa Era
da Terra. Precisamos de outra figura, mil nomes de outra coisa que surja do Antropoceno, uma
grande narrativa. Picada nas florestas vermelhas da Califórnia, pela aranha Pimoa chthulhu,
eu desejo propor a sinuosa Medusa e seus não encontrados e mundiais antecedentes, afiliados
e descendentes. Talvez a Medusa, a única górgona mortal, nos leve para
os holobiomas da Terrapolis e eleve nossas chances para uma colisão dos navios de Heróis do
século XXI num recife de coral vivo, ao invés de permitir que eles suguem a última gota de
combustível fóssil das rochas mortas.
A figura terracota da Potnia Theron, a Senhora dos animais, retrata uma deusa alada
vestindo uma saia separada e tocando pássaros em ambas as mãos. Ela é uma lembrança
vívida da largura, vastidão, e alcance temporal nos passados e nos futuros dos
poderes chtônicos do Mediterrâneo, nos mundos Perto do Leste e além. Potnia Theron provem
de Minoar e depois da cultura Micênica e dos inspirados contos gregos das Górgonas
(especialmente a única górgona viva, Medusa) e de Ártemis. Um tipo de viagem longa Ur-
Medusa, A Senhora das Bestas é uma potente conexão entre Creta e Índia. A figura alada é
também chamada de Potnia Melissa, Senhora das Abelhas, drapejada com todos
seus ferroantes-zumbidos-adocicados dons. Perceba a acústica, o tato e o paladar sendo
superados pela Senhora e sua simpoiética, mais-que-humana, carne. As serpentes e as abelhas
são mais como tentáculos ferroantes do que olhos binoculares, embora essas criaturas
também veem com olhos compostos de inseto e vários braços [many-armed] ópticos.

Em muitas encarnações pelo mundo, a da deusa abelha com asas é muito antiga, e ela
é muito necessária agora. A face górgona e as fechaduras de serpente
de Potnia Theron/Melissa a tangem com um tipo diverso de forças terrestres chtônicas que
viajam ricamente no espaço-tempo. A palavra grega Górgon é traduzida como terrível,
todavia isso seria uma astralização, uma audição patriarcal de história muito mais horríveis e
decretos de generação, destruição, tenacidade e contínua finitude
terrena. Potnia Theron/Melissa/Medusa dá uma profunda renovação e isso golpeia as
figurações humanistas modernas (incluindo tecnohumanistas), que olham para o futuro e para
o céu. Recorde que o chthonions grego significa "da, na, sob a Terra e as águas" - uma rica
confusão para SF, fato científico, ficção científica, feminismo especulativo e fabulação
especulativa. Os chthônicos são precisamente não-deuses dos céus, uma não-fundação para o
Olimpo, não são amigos do Antropoceno e do Capitaloceno e, definitivamente, não estão
terminados. Os terrestres podem se comover, assim como podem agir.

As górgonas são poderosas entidades chthônicas e aladas sem uma genealogia


apropriada; seu alcance é lateral e tentacular, elas não têm linhagem determinada e nem um
tipo definido (gênero), embora sejam figuradas e retratadas como algo feminino. Em versões
antigas, as górgonas se entrelaçam com Erínias (Fúrias), poder chthônico e submundano que
se vinga de crimes contra a ordem natural. Em domínios alados, são as Harpias, corpos de
pássaros, que executam o trabalho vital de vingança. Agora, olhe de novo para os pássaros
de Potnia Theron e se pergunte o que eles fazem. As Harpias são suas primas? Por volta de
700 BCE, Hesíodo imaginou as górgonas como demônios marinhos e lhes dá de parentesco
entidades marinhas. Eu li a Teogonia de Hesíodo como trabalho de establizar uma
família queer muito pretenciosa. As górgonas mais entram em erupção do que emergem; elas
são intrusivas num sentido semelhante ao que Stengers vê Gaia.

As górgonas transformam em pedra homens que olham sua vívida,


venenosa e encrustada de serpentes face. Eu imagino o que poderia ter acontecido com tais
homens se tivessem aprendido como educadamente cumprimentar a terrível chthônica.
Também imagino se tais maneiras ainda podem ser aprendidas, se há tempo para se aprender
hoje, ou se a estratigrafia das rochas irá registrar os fins e o fim do Antropos petrificado.

Por causa das deidades do Olimpo terem identificado elas como uma inimiga
particularmente perigosa para a sucessão e autoridade dos deuses do céu, a Medusa mortal é
especialmente interessante para meus esforços para propor o Chthuluceno como uma narrativa
grande o suficiente no saco de redes [netbag], para permanecer com o problema da nossa
época. Eu ressignifico e torço as narrativas, porém não mais do que os Gregos faziam. O herói
Perseu foi despachado para matar Medusa; e com a ajuda de Athena, filha favorita e nascida
da cabeça de Zeus, corta a cabeça da górgona e da para sua cúmplice, essa virgem deusa da
sabedoria e da guerra. Pondo a cabeça cortada da Medusa frente a frente a seu escudo,
o Aegis, Athena, como de costume, trai o terrestre; não esperaríamos algo melhor de uma
mente infantil e sem-mãe. Mas uma boa nova vem desse assassinato de aluguel: do corpo
morto de Medusa surge o cavalo alado, Pégaso. Feministas têm uma amizade especial com
cavalos. Quem diz que essas narrativas não continuam nos afetando materialmente? E do
sangue derramado da cabeça cortada de Medusa surgiram corais pétreos das águas ocidentais,
Medusa é atualmente lembrada nos nomes taxonômicos dos Gorgonians, corais como leques
do mar e chicotes do mar [sea fan and sea whip], compostos simbiontes de cnidários e de
algas fotossintéticas, chamadas zooxantelas.

Com os corais, nós definitavamente mudamos o curso de representações faciais


precipitadas, não importa o quão sinuoso pareça. Até mesmo Potnia Theron, Potnia Melissa e
Medusa não podem sozinhas girar as tentacularidades necessárias. Na tarefa de pensar,
imaginar e narrar, a aranha das minhas primeiras páginas, Pimoa chthulhu, se alia com
as criaturas decidamente não vertebradas dos mares. Corais alinhados com polvos e lulas.
Polvos são as aranhas dos mares, não apenas pela tentacularidade, mas também por seus
hábitos predatórios. Os chthônicos tentaculares tem que comer; eles são na mesa, cum panis,
espécies companheiras da terra. Eles são ótimas figuras para a sedução, o aceno, a maravilha,
a finitude e o perigo das precaridades do Chthuluceno. Esse não é sagrado nem secular; ele é
completamente terreno, confuso e mortal – e [está] em jogo, agora.

Móvel, com vários braços predadores e pulsante através e acima dos recifes de corais,
polvos são chamados de aranhas do mar. Então, Pimoa chthulhu e Octopus cyanea se
encontram nas histórias cheias de teia do Chthuluceno.

Todas essas narrativas são um atrativo para propor o Chthuluceno como uma
necessária terceira história, um terceiro saco de redes [netbag] para a coleta do que é crucial
para o processo, para permanecer no problema. Os chthônicos não estão confinados num
passado apagado. Eles estão zumbindo, ferroando, sugando enxames e os seres humanos não
estão numa pilha composta separada. Somos humus, não Homo, nem Antropos; somos adubo,
não pós-humanos. Como sufixo, a palavra kainos, "-ceno", sinaliza novo, recentemente feito,
nova época desse presente espesso. Para renovar o poder biodiverso da terra, há o
trabalho simpoiético e o jogo do Chthuluceno. Especificamente, ao contrário
do Antropoceno e do Capitaloceno, o Chthuluceno é feito de processos narrativos
de multiespécies e de práticas de se-tornar-com que permanecem em jogo, em tempos
precários, onde o mundo não tenha terminado e o céu não tenha caído - ainda. Nós estamos
em cena uns para os outros. Diferente dos dramas dos discursos do Antropoceno e
do Capitaloceno, seres humanos não são os únicos importantes no Chthuluceno, com todos os
outros seres hábeis de simplesmente reagir. A ordem é re-tricotar: seres humanos são com e da
Terra e os poderes bióticos e abióticos da Terra são a história principal.

No entanto as ações situadas dos seres humanos importam. Isso importa na forma
como vivemos e morremos, lançando nossa própria sorte, ao invés da do outro. Isso não
importa apenas para os seres humanos, mas, também, para todas as muitas criaturas do "taxa"
[across taxa] que sujeitamos à exterminações, à extinções, a genocídios e às perspectivas de
não-futuros. Gostando ou não, nós somos personagem de um jogo de cama de gato
[string game] de se preocupar com e por mundo precários, onde produzimos
mais precaridade com a queima de combustível fóssil, por homens que geram, o mais rápido
possível, mais fósseis numa orgia do Antropoceno e do Capitaloceno. Diversos jogadores
humanos e não-humanos são necessários em cada fibra dos tecidos do urgentemente
necessário Chthuluceno. Os atores principais não estão restritos aos jogadores muito grandes
nas histórias muito grandes do Capitalismo e do Antropos, que são aqueles que solicitam
estranhos pânicos apocalípticos e até mesmo desengatam denúncias estranhíssimas ao invés
de se preocuparem com práticas de pensamento, amor, raiva e cuidado.

Ambos, Antropoceno e Capitaloceno, se prestam prontamente ao cinismo, ao


derrotismo e às predicações de auto-certeza e auto-realização, como "acabou o jogo, tarde
demais", discurso que ouvi a minha volta nesses dias, no discurso popular e no acadêmico
(expert), em que os reparos da geo-engenharia tecnocrática, em desespero, parecem
moedificar qualquer possível imaginação comum. Encontrando um puro não-nós, mundo
mais-do-que-humano dos recifes de corais, com seus requisitos para processos de morrer e
viver das suas miríades de criaturas, deve-se também encontrar o conhecimento,
que, no mínimo, 250 milhões de seres humanos, dependem diretamente da integridade
contínua desses holobiomas para seu próprio processo de viver e morrer bem. Diversos corais
e diversas pessoas estão em cena uns pelos outros. Florescimento será cultivado como
responsa-habilidade de multiespécies sem a arrogância dos deuses do céu e de seus agentes ou
a biodiversidade da terra irá deslizar para algo muito viscoso, como um sistema
superestimado, complexo e adaptativo no fim de suas habilidades de absorver insulto por
insulto.

Corais ajudam trazendo os terrestres para a consciência do Antropoceno em primeiro


lugar. Desde o início, usos do termo Antropoceno tem enfatizado um aquecimento induzido
por seres humanos e uma acidificação dos oceanos devido à emissão de queima de
combustível fóssil. Acidificação e aquecimento são conhecidos estresses que fazem adoecer e
branqueiam os recifes de corais, matando a zooxantela fotossintetizante e, ultimamente, seus
cnidários simbiontes e todas as outras criaturas pertencentes à miríade "taxa", cujo mundo
depende dos sistemas de corais intactos. Corais, dos oceanos, e líquens, da terra, também nos
levam à consciência do Capitaloceno, onde a mineração e a perfuração das profundezas
oceânicas e as construções de oleodutos através das terras cobertas de líquens são
fundamentais para acelerar o nacionalismo, o transnacionalismo e a não-mundialização
corporativa.

Todavia os corais e os líquens simbiontes também nos levam ricamente para os tecidos
guardados e grossos presentes no Chthuluceno, onde permanece possível - malmente – jogar
muito melhor o jogo SF, numa não arrogante colaboração com todos no meio. Todos somos
líquens; então podemos ser raspadas das pedras pelas Fúrias, quem continua a entrar em
erupção para se vingar de quem comete crimes contra a Terra. Alternativamente, podemos nos
juntar com as transformações metabólicas entre rochas e criaturas para viver e morrer bem.
"Você percebe" Irá falar o fitolinguista para o crítico de estética, "que [um dia] eles não
puderam ler berinjelas?" E eles irão sorrir diante nossa ignorância, como se fossem pegar suas
mochilas e caminhar para ler as novas letras decifradas dos líques da face norte
do Pike's Peak. Permeando esse processo, importa-me retornar a questão que começou esse
texto. O que ocorre quando o excepcionalismo humano e o individualismo utilitarista
da economia política clássica se tornam impensáveis: não hábil para se pensar com. Por que é
isso que a época nomeada de Antropos impôs a si mesma no momento em que saberes e
compreensões práticos sobre e com simbiogênesis e simpoiéticos estão selvagem e
maravilhosamente disponíveis e generativas em todas humuscidade, incluindo artes,
literaturas, ciências e políticas não-coloniais? E se os feitos dolorosos do Antropoceno e as
não-mundializações do Capitaloceno são os últimos suspiros dos deuses do céu, aqueles que
não garantem um futuro acabado ou fim de jogo? Importa quais pensamentos pensam
pensamentos.

PRECISAMOS PENSAR!!!

O não-terminado Chthuluceno precisa coletar o lixo


do Antropoceno e o exterminismo do Capitaloceno, então triturar, estilhaçar e dispor em
camadas como um péssimo jardineiro, fazendo uma pilha de compostagem muito mais quente
para passados, presente e futuros ainda possíveis.

*Tradução feita por Filipe Barros (filipe.barros@usp.br)

Anda mungkin juga menyukai