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Desenvolvimento Humano
Desenvolvimento cognitivo está relacionado à teoria de Jean Piaget, mas, o que significa
cognição? Trata-se do conjunto de habilidades cerebrais/mentais necessárias para a obtenção de
conhecimento sobre o mundo. Essas habilidades envolvem pensamento, raciocínio, abstração,
linguagem, memória, atenção, criatividade, capacidade de resolução de problemas, entre outras
funções.
Desenvolvimento social consiste na maneira como as crianças se relacionam entre elas e com os
adultos. São as interações relativas ao comportamento de agir diante de uma pessoa ou de uma
determinada situação. Quanto ao desenvolvimento afetivo/emocional, este se refere às emoções,
aos sentimentos e às paixões, bem como à forma como se manifestam.
É claro que todos esses aspectos compõem a criança em sua totalidade, mas cabe colocar aqui as
perguntas feitas por uma professora de educação infantil que trabalha com crianças de 5 anos de
idade: “Esses aspectos são desenvolvidos separadamente em uma criança? Preciso preparar o
meu planejamento de atividades para cada um deles? Como faço? Como eu os considero em cada
atividade?”
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A criança, através da maturação do Sistema Nervoso Central e do Sistema motor, vai progredindo e
começa a coordenar os reflexos que traz ao nascer (sugar, pegar e olhar para) em ações mais
complexas: coordena a sucção com a visão (olha para o que suga), depois o olhar e o pegar (olha e
pega), desenvolve em seguida o movimento de pegar, começa a descobrir objetos, senta sem
suporte, fica de pé e finalmente anda sem ajuda.
Desenvolvimento da linguagem
Ao nascer o bebê possui vocalizações diferentes do choro para "fome", "dor". É chorando que o
bebê se comunica, especialmente com a mãe. E é incrível como ela consegue entender cada tipo
de choro...
Aos 3 meses faz ruídos com a garganta e estala o céu da boca.
Balbucia (repete uma série de sons: "ma-ma", "da-da") aos 6 meses e reserva cada som para um
objeto específico. Brinca com as suas próprias vocalizações. E os adultos, imitando-os, também
brincam!
Reconhece o "não" e seu próprio nome aos 7 e 8 meses.
A média de idade para a 1ª palavra é 11 meses.
Desenvolvimento cognitivo
Piaget denomina esta fase como período sensório-motor. Por que? Porque o bebê conhece o mudo
e desenvolve a inteligência através dos sentidos e das ações.
Ele caminha das atividades reflexas inatas (respostas que traz prontas ao nascer para reagir ao
ambiente: sugar, agarrar, acompanhar visualmente) para atividades desenvolvidas para um fim e
relacionadas ao ambiente. Por exemplo: olha, agarra e depois põe na boca o que quer.
O domínio do ambiente pelo bebê ocorre através do chamado processo de Assimilação
(incorporando novos estímulos ambientais: p.ex., agarrar novos objetos) e pelo processo da
Acomodação (modificação do comportamento para a adaptação a novos estímulos: p. ex., esticar o
braço para agarrar um objeto distante).
A tarefa do ambiente nesse período é a de prover condições para que o bebê desenvolva um
sentido de segurança e confiança em relação ao mundo através do afeto da mãe ou substituto e da
adequada satisfação de suas necessidades.
Mas, mais importante que a quantidade é a qualidade e a contingência da estimulação que o
ambiente provê ao bebê: a criança se apega a quem em com ela uma interação melhor (em
qualidade e no momento da necessidade) e não quem fica com ela a maior parte do tempo!
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O brincar
A criança geralmente se diverte jogando objetos e pegando-os, e gosta muito de brincar com a mãe
de "achou!" (nas mais diferentes culturas, diga-se de passagem).
Brinca de sacudir chocalhos (4 meses), empilhar cubos (13 meses) e com 1 ano e meio folheia
livros.
Este é o momento da aquisição dos "dentes de leite". Ocorre também o refinamento das manobras
de pegar e soltar (apreensão fina dos dedos).
Nesse sentido, e acompanhando essas conquistas, a maioria das crianças começa a alimentar-se
sozinhas, colocar e tirar algumas peças de roupas.
Desenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento cognitivo
Piaget
Este momento é denominado agora de Período pré-operatório e o grande avanço é o surgimento
da função simbólica com o uso da linguagem (2 anos).
A criança aprende a diferenciar entre ela e o mundo externo: começa a ver os objetos como
separados de si mesma (conceito de objeto).
Desenvolve a capacidade de representar objetos e pessoas mentalmente em sua ausência
(permanência do objeto) em torno dos 2 anos.
Aparecem de forma intensa alguns impulsos como os de: aquisição (a criança passa a pegar tudo,
a querer tudo, dizendo que é dela); agressão (reage muitas vezes batendo, chutando, fazendo birra
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às frustrações que o ambiente impõe à ela); sexual (na situação de banho é frequente encontrar
crianças explorando as sensações produzidas pelo toque a seus órgãos sexuais).
O brincar
A tarefa do ambiente nesse período é o de dar limites aos comportamentos da criança, isto é,
começar a estabelecer para a criança o que pode e o que não pode, o certo e o errado.
- as normas sejam claras, bem determinadas e exigidas na maioria das vezes: isto faz com que a
criança aprenda mais rápido e se sinta segura frente às consequências de seu comportamento.
Importante esclarecer que, nesse momento inicial do aprendizado das normas, que as normas
sociais são obedecidas geralmente apenas quando o agente socializador está presente.
Há necessidade de um controle externo, ou seja, a mãe precisa estar presente na situação dizendo
à criança para "não fazer sujeira", "não subir na mesa"!
E é, por sua vez, pelo receio de perder o "amor" da mãe que a criança obedece à ela.
Nesta fase corre, salta, pula, anda de triciclo (3 anos). Também anda de bicicleta, anda na ponta
dos pés, joga bola, aprende a nadar (4 anos).
Usa tesouras, botões, massa de modelar e utensílios como colher e garfo.
Ocorre uma alteração nas proporções do corpo, a criança passa a reconhecer as diferentes partes
do corpo e se interessa por roupas de adulto.
Demonstra curiosidade pelos órgãos sexuais, pelo nascimento dos bebês e pelas diferenças
sexuais.
Desenvolvimento cognitivo
Piaget - Período pré-operatório (continuação)
Usando palavras, a criança pode imaginar e falar sobre objetos não presentes, acontecimentos e
sentimentos.
O pensamento é, entretanto, egocêntrico: a criança é incapaz de adotar o ponto de vista do outro e
esforça-se pouco para adaptar a comunicação às necessidades de quem ouve.
O pensamento é também limitado pela inabilidade em levar em conta dois aspectos da observação
ou dos objetos simultaneamente (não conservação).
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Continua a dependência dos pais, mas inicia-se o esforço pela autonomia: A criança inicia tarefas,
propõe atividades, se antecipa ao ambiente.
O brincar
A criança nesta fase brinca ativamente com a fantasia e faz uso intenso da imaginação.
Entretanto, o brincar tem características diferentes: já não precisa tanto da manipulação do
concreto e recorre muito ao "faz-de-conta".
Também começa a brincar com jogos competitivos.
Nesta fase, a criança se identifica com os adultos frente aos quais se ligou emocionalmente e com
os quais convive. Ela imita esses modelos, ensaia "papéis" em termos do comportamento, dos
valores, das atitudes e da forma de reagir.
As tarefas do ambiente nesse período são no sentido de permitir, dentro dos limites por ele
considerados como adequados, que a criança teste a sua iniciativa, sejam dadas condições para
que ela verifique o efeito de suas ações e possa aprender que se lançar em frente pode ser algo
agradável e ter bons resultados, dentro do equilíbrio liberdade x limites.
É fundamental a adequação dos pais como modelos a serem imitados e seguidos: se estes são
indiferentes ou hostis, criam modelos pobres para que a criança se identifique, o afeto é a base
tanto para a aquisição de normas quanto da identificação.
Nesse sentido é importante que os pais como modelos tenham um bom conhecimento de si
mesmos, se aceitem e se respeitem como pessoas, estejam satisfeitos consigo mesmo e possam
transmitir um ao outro com tranquilidade a visão que cada um tem da criança.
A influência dos pais sobre os filhos é profunda justamente porque ela se dá através dessa
aprendizagem por imitação mais do que por um ensino direto.
A tarefa do ambiente nesse período é também, portanto a reflexão individual e a auto-análise dos
adultos como pessoas frente às quais a criança se identifica e toma como modelos.
Ocorre a erupção dos dentes permanentes e se tem a elaboração da coordenação motora fina.
As crianças têm maior consciência das mãos como instrumentos de trabalho.
Começam a identificar-se com o pai do mesmo sexo (5 anos).
Ocorre o início da puberdade ao final do período (para as meninas).
Desenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento cognitivo
(por exemplo: frente à pergunta: há mais bolas vermelhas ou brinquedos nesta caixa)