A) Prática da diplomacia.
B) Exercício da alteridade.
C) Expansão da democracia.
D) Universalização do progresso.
E) Conquista da autodeterminação.
O índio era o único elemento então disponível para ajudar o colonizador como
agricultor, pescador, guia conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser
tratado como gente, ter reconhecidas sua inocência e alma na medida do possível. A
discussão religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade dos índios se confundiu
com uma disputa entre jesuítas e colonos. Os padres se apresentavam como defensores
da liberdade, enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos.
CALDEIRA, J. A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 (adaptado).
Projeto no Iraque reduz a idade mínima de casamento para xiitas mulheres para
9 anos. Xiitas iraquianas, caso o texto seja aprovado, só poderão sair de casa com
autorização do marido e deverão estar sempre disponíveis para relações sexuais. Esse
tipo de notícia coloca em xeque os ungidos multiculturalistas ocidentais. Como,
segundo estes, não há culturas atrasadas, mas apenas “diferentes”, e porque a
democracia, entendida apenas como escolha da maioria, é um valor absoluto, por que
condenar quando a maioria de um povo escolhe por voto a sharia*? Chegamos ao
impasse dos multiculturalistas: aceitam que cada cultura seja “apenas diferente” e que,
portanto, não há bárbaros, ou constatam o óbvio, ou seja, que certas sociedades ainda
vivem presas a valores abjetos, que ignoram completamente as liberdades básicas dos
indivíduos. Qual vai ser a opção?
Rodrigo Constantino. Pedofilia? No Iraque islâmico é permitido por lei!. www.veja.com.br,
02.05.2014. Adaptado).
*Sharia: lei islâmica.
A) Iluminismo e racionalismo.
B) Democracia e estados de exceção.
C) Cristianismo e islamismo.
D) Relativismo e universalidade.
E) Multiculturalismo e antropologia.
A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a
origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e lavá-la a
sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo
sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem fabulação; e enfim, em
terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o
pensamento: Tudo é um.
NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
A partir do século VII a.C., muitas comunidades nas ilhas, na Grécia continental,
nas costas da Turquia e na Itália construíram grandes templos destinados a deuses
específicos: os deuses de cada cidade. As construções de templos foram
verdadeiramente monumentais. [...] Tornaram-se as novas moradias dos deuses. Não
eram mais deuses de uma família aristocrática ou de uma etnia, mas de uma pólis. Eram
os deuses da comunidade como um todo. A religião surgiu, assim, como um fator
aglutinador das forças cooperativas da pólis. [...] A construção monumental foi
influenciada por modelos egípcios e orientais. Sem as proezas de cálculo matemático,
desenvolvidas na Mesopotâmia e no Egito, os grandes monumentos gregos teriam sido
impossíveis.
Norberto Luiz Guarinello. História antiga, 2013.