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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Centro de Ciências da Saúde


Componente: Farmacologia Básica

Farmacologia Básica
Introdução

Marianne Neves Manjavachi


marinmanjavachi@gmail.com
Sumário da aula de hoje

 Introdução à Farmacologia
 Definição
 Histórico
 Conceitos básicos
 Divisão da Farmacologia Básica
 Farmacodinâmica
 Receptores
 Ligação fármaco-receptor
 Agonista e antagonista
 Eficácia e Potência
 Alvo de ação de Fármaco
O que é Farmacologia?

Palavra de origem grega φαρμακολογία

PHARMAKON LOGOS

DROGA ESTUDO

Ciência que estuda as interações entre os compostos químicos


(fármacos) com o organismo vivo ou o sistema vivo, resultando
em um efeito benéfico (terapêutico) ou maléfico (tóxico)
Farmacologia: Ciência Multi e Interdisciplinar
Farmacologia

A Farmacologia é diferente da maioria das


outras ciências biológicas porque ela não
responde como a natureza funciona e sim como
podemos mudar a natureza
Histórico

- > 3000 a.C.: China e Egito

Os 1os acervos terapêuticos eram documentos que refletiam as tradições


místicas, religiosas e médicas.

Imhotep (3000 a.C.): relata o uso de plantas medicinais como a papoula

Shen-Nung (2838 - 2698 a.C.), pai da medicina chinesa: demonstrou o uso


curativo de muitas plantas - Pen Tsao (O Herbário) tratado de plantas e seu
uso medicinal e testou mais de 70 tipos de venenos
Histórico

- Antiguidade: Galeno (130 - 200 d.C.), estudou profundamente as plantas


medicinais, escrevendo vários livros sobre "farmácia" e "farmacologia".

-Idade Média: floresce a profissão dos Boticários

- Século XVII: a observação e experimentação substitui


a teorização na área farmacológica

-Início do século XX: química sintética começa a


revolução da indústria farmacoquímica, e com ela,
a indústria farmacêutica.
Histórico

O AVANÇO DESTA INTERVENÇÃO


SURGIU DA NECESSIDADE
CIÊNCIA TERAPÊUTICA DOS
DE MELHORAR A
MÉDICOS
QUALIDADE

OBSERVAÇÃO CLÍNICA E TERAPÊUTICA


DIAGNÓSTICO INADEQUADA
Histórico
Histórico

AAS Talidomida Ranitidina Taxol Celecoxib Orlistat


1889 1954 1981 1992 1999 1999

Cronologia

1934 1942 1963 1977 1987 1999 2016


Cloroquina Penicilina Captopril Zidovudina Sildenafil Canabidiol
Por que estudar FARMACOLOGIA?

- Compreender o mecanismo pelo qual uma substância química


administrada afeta o funcionamento do organismo;

- Garantir que o fármaco atinja a concentração adequada;

- Escolher o fármaco mais adequado para certas características


fisiopatológicas;

- Para alcançar o sucesso terapêutico no tratamento de doenças.


Conceitos Básicos


Droga: qualquer substância que interaja com o organismo e
produzindo algum efeito


Fármaco: é uma droga bem conhecida, com estrutura química
definida, podendo ter efeito benéfico ou não


Medicamento: é uma preparação farmacêutica, contendo um
ou mais fármacos com efeito benéfico, produzido
comercialmente para uso terapêutico


Remédio: é um termo amplo, aplicado a todos os recursos
terapêuticos para combater doenças ou sintomas
Fármaco ideal

- Efetividade
- Segurança
- Seletividade
- Reversibilidade
- Fácil administração
- Mínimas interações
- Isenção de Efeitos Adversos
Como um fármaco é desenvolvido???
Desenvolvimento de um novo Fármaco
Desenvolvimento de um novo Fármaco
Testes em animais
Tempo médio: 14 anos
U$ 1-12 milhões Custo médio: U$ 360 milhões

Testes Ensaios Ensaios


de Eficácia, Pré-clínicos Pré-clínicos Produção
Desenvolvimento do
Mecanismo Seguranca/ de e
Processo de Produção
de Ação Toxicidade Longa Duração Comercialização
1, 7-14, 28 d 3/6/9-12 m, repro, carc
Pesquisa
básica
Descobrimento
Novas Formulacões
moléculas Teste em humanos
Seleção/Otimização
da U$ 15-300 milhões
Melhor
Ensaios clínicos
Molécula
Fase IV
Fase I: segurança/toxicidade, indivíduos normais
Fase II: eficácia e otimização da dose
Farmacovigilância
Fase III: eficácia detalhada em + pacientes Apoio Técnico
(exposição prolongada, efeitos colaterais)

Desenvolvimento de Novo Fármaco

Anos 8 a 14 anos

Novo Fármaco Novo Fármaco


Petição de registro experimental Petição de registro definitivo

Traduzido/Adaptado de Ward R. Richter, DVM. MS, ACVP DRUQUEST International, Inc. http://www.druquest.com/
Divisão da Farmacologia Básica

FARMACOCINÉTICA
FARMACOLOGIA

FARMACODINÂMICA
Divisão da Farmacologia Básica

FARMACOCINÉTICA: estuda os processos (absorção,


distribuição, metabolização e excreção) que a droga sofre no
organismo

FARMACODINÂMICA: estuda os efeitos (terapêuticos,


colaterais e/ou tóxicos) das drogas e seu mecanismo de ação
- Embasa o uso racional do fármaco, explica porque um é
utilizado em doses menores do que outro;
- Fornece informações para o desenvolvimento de drogas
melhores
Divisão da Farmacologia Básica

FARMACOCINÉTICA: estuda os processos (absorção,


distribuição, metabolização e excreção) que a droga sofre no
organismo
Estudo das ações do corpo sobre o fármaco.

FARMACODINÂMICA: estuda os efeitos (terapêuticos,


colaterais e/ou tóxicos) das drogas e seu mecanismo de ação
- Embasa o uso racional do fármaco, explica porque um é
utilizado em doses menores do que outro;
- Fornece informações para o desenvolvimento de drogas
melhores
Estudo das ações do fármaco sobre o corpo.
Dose do fármaco
administrado
FARMACOCINÉTICA
ABSORÇÃO
Concentração da droga na DISTRIBUIÇÃO Distribuição da droga
circulação sistêmica
nos tecidos

ELIMINAÇÃO
Concentração da droga
Droga metabolizada
no local de ação
e/ ou excretada

Efeito farmacológico

FARMACODINÂMICA
Resposta clínica

Toxicidade Eficácia
FARMACODINÂMICA
Farmacodinâmica

Estudo dos efeitos e dos mecanismos de ação dos

FÁRMACOS

Agentes capazes de modificar processos


bioquímicos e fisiológicos no organismo
Farmacodinâmica - importância

Estabelecer as faixas de

Efeitos bioquímicos e DOSE apropriadas para os

fisiológicos: descritos pacientes, bem como para

QUANTITATIVAMENTE comparar a POTÊNCIA, a


EFICÁCIA e a SEGURANÇA
de um fármaco com outro
Farmacodinâmica

FÁRMACO

LOCAL DE AÇÃO MECANISMO DE AÇÃO

EFEITO
Farmacodinâmica

?
Farmacodinâmica

Embora os fármacos possam, teoricamente ligar-se a


qualquer tipo de alvo tridimensional, a maioria deles
produz seus efeitos desejados através de uma
interação seletiva com molélucas-alvo
Alvos para a ação de fármacos


Macromoléculas: maioria proteínas

DNA

Receptores de “superfície”

Enzimas Canais iônicos

Alvos

Receptores “nucleares”
DNA
Receptores
Teoria da ligação específica

John Newport Langley, 1905 – Idéia sobre Receptores


para mediadores químicos
Receptores
Teoria da ligação específica

Paul Ehrlich (1854-1915),


Século XIX
“ Corpora non agunt nisi fixata”
“Uma substância não funcionará se não estiver ligada”
Receptores

 Macromoléculas: maioria proteínas


 Atuam como receptores de ligantes reguladores
endógenos
 Ligação entre o ligante e o receptor forma um COMPLEXO
responsável pela pela possível alteração do funcionamento
celular
Ligação Fármaco-receptor

Sítio de ligação

X interações químicas entre as duas moléculas:



van der Waals

Ponte de H

Iônica

Covalente
Ligação Fármaco-receptor

AFINIDADE: - Favorabilidade de uma interação fmc-receptor


- Tendência de um fmc combinar-se a um tipo
de receptor

ESPECIFICIDADE: - Soma total destas interações


- Determinada pela estrutura química
do fármaco
Ligação Fármaco-receptor
Agonista e Antagonista

AGONISTA ANTAGONISTA

Ligantes exógenos ou Fármaco que interage com o


endógenos que interagem receptor, não mimetiza os
com um receptor resultando efeitos de agonistas, e
em respostas biológicas interfere com a ligação
destes compostos em seus
receptores

EFICÁCIA
NÃO TEM EFICÁCIA
Eficácia

É a capacidade de uma droga de produzir um


efeito

Relacionada com a capacidade


da droga de ativar um receptor
causando um efeito
Eficácia

AGONISTA TOTAL e = 1

AGONISTA PARCIAL 0 < e < 1

ANTAGONISTA e = 0
Agonista parcial

Interage com o receptor, induz efeito, mas não


atinge a resposta máxima tecidual ou de mesma
magnitude que a resposta de um agonista total.
Agonista parcial

Interage com o receptor (portanto tem afinidade


pelo receptor), induz efeito, mas não atinge a
resposta máxima tecidual ou de mesma
magnitude que a resposta de um agonista total
(portanto tem baixa eficácia intrínseca)
Curvas de contração x resposta de um agonista pleno e
um parcial (A) e ocupação versus resposta (B)

O agonista pleno tem resposta máxima com apenas 20 % de ocupação;

O agonista parcial tem resposta sub-máxima, mesmo com 100 % de ocupação


Aspectos quantitativos das interações dos
fármacos com seus receptores

Curva dose-resposta

CE50 Concentração efetiva: [ ] do fármaco que produz 50% da resposta máxima


POTÊNCIA
Aspectos quantitativos das interações dos
fármacos com seus receptores

POTÊNCIA: é a quantidade de droga necessária


para induzir um efeito

EFICÁCIA: é a capacidade de uma droga de


produzir um efeito
Exercício

Ordene os agonistas abaixo de acordo com sua eficácia


e potência:

100
Resposta(%)

50

0%
Exercício

Ordene os agonistas abaixo de acordo com sua eficácia


e potência:

100
Resposta(%)

50

0%

Tem maior eficácia aquele com efeito máximo;


Exercício

Ordene os agonistas abaixo de acordo com sua eficácia


e potência:

100
Eficácia: L = N > M
Resposta(%)

50

0%

Tem maior eficácia aquele com efeito máximo;


Exercício

Ordene os agonistas abaixo de acordo com sua eficácia


e potência:

100
Eficácia: L = N > M
Resposta(%)

50

0%

Tem maior eficácia aquele com efeito máximo;


Tem maior potência aquele com a menor [ ] para obter 50 % da resposta
Exercício

Ordene os agonistas abaixo de acordo com sua eficácia


e potência:

100
Eficácia: L = N > M
Potência: L > M > N
Resposta(%)

50

0%

Tem maior eficácia aquele com efeito máximo;


Tem maior potência aquele com a menor [ ] para obter 50 % da resposta
Alvos para a ação de fármacos


Macromoléculas: maioria proteínas

DNA

Receptores de “superfície”

Enzimas Canais iônicos

Alvos

Receptores “nucleares”
DNA
Alvos para a ação de fármacos
Alvos para a ação de fármacos
Receptores
Tipos de receptores

CANAIS IÔNICOS REGULADOS POR LIGANTE

Receptor Colinérgico
Nicotínico
(Excitatório)
Tipos de receptores

CANAIS IÔNICOS REGULADOS POR LIGANTE

Aplicação clínica

Benzodiazepínicos
Diazepam
Alprazolam

Receptor GABA A
(Inibitório)
Tipos de receptores

RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G - GPCR


Tipos de receptores
Receptores acoplados à proteína G (GPCR)

RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G


Tipos de receptores

RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G


Cascata de sinalização intracelular - GPCR
Tipos de receptores

RECEPTORES ASSOCIADOS À ENZIMA


Tipos de receptores

RECEPTORES ASSOCIADOS À ENZIMA


Tipos de receptores
Receptor de insulina

RECEPTORES ASSOCIADOS À ENZIMA

Aplicação clínica
Tipos de receptores
Receptores nucleares

RECEPTORES NUCLEARES
Tipos de receptores
Receptores nucleares

RECEPTORES NUCLEARES

Aplicação clínica
Receptores de glicocorticóides
Receptores

Canal iônico Proteína G Tirosina quinase Nuclear

Ação: milisegundos segundos horas horas/dias


Alvos para a ação de fármacos
Canais Iônicos

- Caso mais simples


- Bloqueadores ou
Moduladores
- Ex: Anestésicos locais
- Obstrução física do
canal, bloqueando a
passagem de íons

AL - anestésicos locais
Alvos para a ação de fármacos
Enzimas

- Fármaco é o substrato análogo que age como inibidor competitivo da


enzima (ex: captopril) ou ligação irreversível (ex: AAS)
Alvos para a ação de fármacos
Transportadores

- Inibição da proteína carregadora


- Ex: Antidepressivos tricíclicos (TCA) e omeprazol
Ácidos Nucléicos

Base
P Nitrogenada

Quimioterápicos
Alquilação do DNA - Cisplatina
Destruição do DNA - Bleomicina
Ácidos Nucléicos

Aplicação clínica
Ação de Fármacos

β-BLOQUEADOR
Ação de Fármacos

INSULINA
Referências bibliográficas

GOLAN, D.E. et al. Princípios de Farmacologia. A Base


Fisiopatológica da Farmacoterapia. Guanabara Koogan, 3ª edição,
2009.

GOODMAN, L.S.; GILMAN, A. As bases farmacológicas da


terapêutica. 12a. ed. Rio Janeiro, Guanabara Koogan, 2012.

RANG, H.P.; DALE, M.M. Farmacologia. 7a ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2012.
Obrigada pela atenção!

Marianne Neves Manjavachi


E-mail: marinmanjavachi@gmail.com

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