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NÃO, NÃO PREVALECERÃO!!

(Parte I)

“Sim, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei minha Igreja, e as portas do inferno
não prevalecerão contra ela”.

Eis aqui a palavra formal, solene, decisiva com que inaugurou Cristo mil e oitocentos anos
atrás a sua Igreja. Examinemo-la com alguma atenção. Tão conhecidas de todos os católicos,
tenho para mim, todavia, que são poucos os que se fixaram na verdadeira importância de sua
significação.

Atende-se de ordinário unicamente a promessa da perpetuidade e das vitórias da Igreja e do


Pontificado, sem tomar em conta que antes que das vitórias, tenham se prognosticado
batalhas antes do triunfo, a perseguição. Só assim se compreende que muitas almas débeis
andem a toda hora escandalizadas e vacilantes ante o espetáculo da guerra que de todas as
partes o inferno levanta contra a verdade. Parece-me que se peca aqui por pouca fé ou por
volubilidade indesculpável. Não se prometeu ao Catolicismo a tranquilidade que muitos
imaginam, nem o esplendor de uma preponderância por ninguém combatida. Não.
Precisamente, nas mesmas palavras que citei, ao assegurar-se a imobilidade eterna da
verdade, se consigna muito claramente que o inferno já luta contra ela com desesperados
esforços. Assim, pois, a Igreja não fora a verdade e o bem, se não tivesse contra si a conjuração
permanente de todas as paixões e de todos os erros, ou melhor, da mentira e do mal.

A história das lutas da verdade oferece sempre uma observação que os feitos contemporâneos
acabaram de pôr em relevo. Notai-o. A Revolução é inimiga de todo culto religioso. É ateia em
seu sentido mais exato da palavra. Ante sua filosia são igualmente absurdos o culto verdadeiro
de Jesus Cristo e o falso de Maomé, o Evangelho retamente interpretado segundo a Igreja, ou
o Evangelho segundo os caprichos do livre exame. A todos faz questão de esculpir com igual
desprezo. No entanto, todo mundo pode observar que sua conduta é bem diferente. Faz
questão de desprezar todos os cultos, mas só perseguem ao católico. Nenhuma palavra e ira
que desonre aos ministros protestantes nestas obras e discursos retóricos em que revolta-se
com ferocidade contra o sacerdote da Igreja Romana! De sorte que os que em teoria são
inimigos jurados de toda religião positiva, na prática são só inimigos do Catolicismo.

Quando dos horríveis sucessos da Communa, uma dama protestante se manifestava triste que
nenhum dos pastores de sua seita houvesse merecido ser vítima da desumanidade dos
demagogos. Ah! Sabes o que é isto? É o sinal da verdade manifestado pelo privilégio da
perseguição. Quando se diz em voz alta: Guerra à toda religião positiva! Se repete em vez
disso: Guerra ao Catolicismo, porque esta é a única religião positiva! Quando se declama
contra a influência religiosa, não se alarmem os protestantes, os maometanos e os budistas.
Os declamadores sabem de sobra que não há outra influência religiosa maior que a influência
católica. Até o lema feroz de “Guerra à Deus!” que com escândalo do mesmo inferno tem
ressoado algumas vezes em nossa pátria, entendei-o bem, incautos, não custará nem um
minuto se soçobra aos que não adorem à Deus no seio da comunhão católica, apostólica,
romana. Só nós somos os compreendidos neste satânico ultraje, porque a impiedade sabe
muito bem que só guerreando contra Cristo e sua Igreja se guerreia contra Deus. Por isso,
caem nossos templos e por isso são imolados nossos sacerdotes e não os discípulos de Lutero,
por isso é objeto da sanha universal o Papado e não o é o chefe da comunhão Russa ou
Anglicana, apesar de que pretendem análoga autoridade espiritual. Em nós reconhecem,
Satanás e a Revolução, a seus eternos inimigos. Nos demais, chamem-se como se chamem,
não vêem mais que objetos de desprezo ou aos mais aliados dignos de alguma consideração
pelos serviços que podem prestar-lhes conta o verdadeiro inimigo comum e formal, que somos
nós. Remitamo-lo outra vez: o ódio dos perversos e dos corrompidos nem ninguém se
conserva, mas sim em nós. O diabo, que é malvado, mas não é néscio, sabe bem quais são seus
inimigos de mentira e quais são seus inimigos de verdade. Por isso, seus sequazes nos tratam
como se trata aos inimigos formais, com perseguição verdadeiramente formal.

Ah! Como se dilata e o levantam estas considerações! A sociedade pagã tudo tolera em seu
seio: deuses absurdos, imperadores monstruosos, poderosos velhacos, ricos opressores,
massas abjetas e desgraçadas... em meio àquele vasto lamaçal somente uma coisa ofendia a
seus olhos, só um poder não tinha o direito de ser tolerado: era o poder da verdade. Por isso,
Nero era adorado como semi-deus no Capitólio, e Pedro era julgado como criminoso na prisão
Mamertina. Hoje, como se está tão distante daqueles tempos, os nossos começam a nos
apresentar, não obstante, com aqueles, espantosas analogias. O mundo atual é indulgente,
tolerante com todo erro; professa o princípio de que todos os direitos devem ser respeitados,
até com o direito ao mal. E o direito ao mal obtém, com efeito, esse horrível respeito. Só uma
coisa é objeto das desconfianças e prevenções dos Governos, as amarras da legislação, das
indiferenças aos clubes, das artimanhas da diplomacia. Somente com uma coisa não se pode
ser tolerante nem condescendente. Esta coisa atroz, pavorosa, é a influência reacionária, o
monstro do poder clerical, Roma, a Teocrática, o Jesuitismo, diversos pontos obscuros de uma
coisa que tem seu nome tão claro quanto o sol: a Igreja Católica! Ânimo! Não nos espanteis:
isto nos honra: é o sinal da verdade, seu privilégio inalienável que não permitirá jamais
confundir-se com as falsificações. O sinal da perseguição: Signum cui contradicetur.

Quem se sentir desalentado ante o imenso combate com que todas as partes se nos golpeiam,
alce os olhos ao céu e lembre-se destas eternas palavras que jamais serão desmentidas. Deus
parece havê-las deixado como em testamento e a História se encarregou de pô-las em
evidência: Non praevalebunt! Nada poderão, contra essa pedra colocada por Cristo Deus,
martelaram constantemente o inferno. Sempre saltou pedaços o martelo sem conseguir
arrancar de seu imortal acento a pedra incomovível, antes proporcionando-lhe com seu eterno
ódio ao sinal mais perfeito de sua divindade.

A Igreja é, pois, obra de Deus, é Ela quem o diz, e o inferno é quem o prova. Martelai, martelai
aqui com afã incansável, desventurados pigmeus de nosso século! Olhai como rimos de vossos
insensatos esforços!

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