Actualidad

Penal Derecho penal - Parte especial

DOCTRINA PRACTICA

El delito de fraude informático

César A. Franco Gonzales

Fiscal a d j u n t o provincial pena! titular de L i m a
Magíster c o n mención e n C i e n c i a s P e n a l e s p o r l a U N M S M

1. Introducción
2. Evolución d e l a legislación s o b r e e l u s o d e tecnologías d e información e n
e l Perú
3. Estadística d e l o s d e l i t o s informáticos
4. Antecedentes mundiales dela lucha contra la ciberdelincuencia
5. ¿Delito informático o c i b e r c r i m e n ?
g 6. B i e n jurídico p r o t e g i d o e n l o s d e l i t o s informáticos
7. O r i g e n d e l n u e v o d e l i t o d e f r a u d e informático
< 8. D i f e r e n c i a s d e l f r a u d e informático c o n e l d e l i t o d e h u r t o y e s t a f a
9. C o n v e n i o de Budapest
</3
1 0 . Tipificación d e l d e l i t o d e f r a u d e informático
1 1 . Características d e l d e l i t o d e f r a u d e informático
1 2 . Técnicas y m o d a l i d a d e s c o m p r e n d i d a s d e n t r o d e l d e l i t o d e f r a u d e i n f o r -
mático
1 3 . O b j e t o m a t e r i a l d e l d e l i t o d e l fraude informático
14. Aportes d el anueva ley
15. Conclusiones
16. Bibliografr'a

1. Introducción e n común: el u s o d e l a tecnología d e l a

E l presente artículo p r e t e n d e a b o r - información y comunicación p a r a s u
dar e l e s t u d i o d e l f r a u d e informático, comisión, sobre l o s cuales, e n e l Perú,
novísima figura p e n a l , regulada d e n t r o existe m e n u d a bibliografía p o r c u a n t o
de l a l e y especial d e n o m i n a d a : L e y d e se h a t r a t a d o m u y p o c o o casi nada. E n
d e l i t o s informáticos, l a c u a l , r e g i d a ese s e n t i d o , p o d e m o s a d v e r t i r q u e e l
otras tantas figuras penales q u e t i e n e n d e l i t o d e f r a u d e informático, t e m a es-

142 Instituto Pacífico Voiumcn 13 • Julio 2015


pecífico d e l presente artícido, h a v e n i d o
a r e e m p l a z a r l a d e r o g a d a figura p e n a l
d e l h u r t o agravado c o m e t i d o m e d i a n t e
t r a n s f e r e n c i a electrónica ( i n c i s o 4 d e l
s e g u n d o párrafo d e l artículo 1 8 6 d e l
Código P e n a l ) . A s i m p l e vista, este c a m -
b i o d e p o s t u r a d e l legislador (regular e n
u n a l e y especial e l d e l i t o informático),
pese a n o t e n e r u n a técnica legislativa
óptima, podría a opinión d e a l g u n o s ,
resultar innecesaria; p o r c u a n t o el h u r t o ,
m e d i a n t e transferencia electrónica, pese a
tratarse de u n a figura p e n a l discutida, era
de fácil m a n e j o y a s u m i d a t a n t o p o r l a
d o c t r i n a y los t r i b u n a l e s nacionales. S i n
e m b a r g o , c o n s i d e r a m o s q u e a l a l u z de l a
globalización, e n e l q u e los avances de l a
tecnología d e l a información y c o m u n i -
cación h a n a s u m i d o u n r o l f u n d a m e n t a l
e n el d e s e n v o l v i m i e n t o y d e s a r r o l l o de l a
v i d a c o t i d i a n a e n t o d o s los c a m p o s y es-
p e c i a l m e n t e e n e l de l a economía, d o n d e
el p a t r i m o n i o i n t a n g i b l e circula, a p a r t i r
de las transacciones comerciales, p o r e l
ciberespacio, resultaba necesario c o n t a r
c o n u n a l e y especial q u e i m p l e m e n t e los
m e c a n i s m o s procesales idóneos capaz de
c o m b a t i r eficazmente u n n u e v o tipo de
c r i m i n a l i d a d organizada: l a c i b e r d e l i n -
cuencia.
2. Evolución de la legislación sobre el
uso de tecnologías de información
en e l Perú
E n e l Perú, a p a r t i r d e n u e s t r a
legislación c o n s t i t u c i o n a l (artículo 2
incisos 6 , 7 , 9 , 1 0 y e l artículo 2 0 0 ) se ha
v e n i d o r e g u l a n d o u n a serie de n o r m a s
que, d e a l g u n a m a n e r a , h a n n o r m a d o
Voiumcn 13 • ' ^ 2015
INSTITUTO
PACÍFICO
Doctrina práctica
f f§ RESUMEN
E l a u t o r , d e m a n e r a ágil, n o s i n t r o d u -
c e e n e l análisis d e u n a figura p e n a l
m u y poco estudiada hasta l a fecha, e l
d e l i t o d e f r a u d e informático, p r e s e n -
tándola c o m o t m a d e las m o d a l i d a -
des d e l c i b e r c r i m e n - , r e g u l a d o e n e l
C o n v e n i o de Budapest y recogido e n
n u e s t r a l e g i s l a c i ó n a través d e l a l e y
d e d e l i t o s informáticos - L e y 3 0 0 9 6 - .
Realiza u n recorrido p u n t u a l respecto d e
l a evolución d e l a legislación s o b r e e l u s o
d e l a s tecnologías d e l a información e n e l
Perú y d e l o s a n t e c e d e n t e s m u n d i a l e s d e
la lucha contra l a ciberdelincuencia. N o s
p r o p o r c i o n a d a t o s estadísticos r e s p e c t o
d e l a i n c i d e n c i a y d e las pérdidas econó-
m i c a s q u e r e p r e s e n t a este d e l i t o . A n a l i z a
de m a n e r a p u n t u a l algunas diferencias
d o g m á t i c a s d e e s t a n u e v a figura p e n a l
c o n l o s d e l i t o s clásicos d e h u r t o y e s t a f a ,
advirtiendo la presencia de u n n u e v o
b i e n jurídico p r o t e g i d o . F i n a l m e n t e n o s
da u n alcance d e los aportes procesales
q u e n o s trae l a n u e v a l e ypara lograr d e
m a n e r a eficaz c o m b a t i r e l c i b e r c r i m e n .
CONTEXTO NORMATIVO
• Código Penalperuano: Art. 1 8 6 . "
• Constitución Política del Perú: A r t s . 2 .
(incisos 6, 7 , 9 y 1 0 ) y 2 0 0 .
• Convenio de Budapest
PALABRAS CLAVE
Cibercriminalidad /C o n v e n i o de Buda-
p e s t / D e l i t o s informáticos / F r a u d e
informático / Tecnología
el m a n e j o d e l u s o d e l a tecnología d e 1
información. E n ese s e n t i d o , p o r e j e m
AcCualidad Penal
 Penal Derecho penal - Parte especial
pío, t e n e m o s l a promulgación d e l a l e y
de l a acción c o n s t i t u c i o n a l d e hábeas
data ( L e y N.» 2 6 3 0 1 ) ; la l e y sobre el de-
r e c h o d e a u t o r o protección jurídica d e l
software ( L e y N.° 8 2 2 ) ; l a l e y de firmas y
certificados digitales ( L e y N . o 2 7 2 6 9 ) ; l a
l e y q u e p e r m i t e l a utilización d e los m e -
dios electrónicos para l a comunicación
de l a manifestación d e v o l u n t a d ( L e y
N.° 2 7 2 9 1 ) ; l a ley q u e r e g u l a e l uso d e
tecnologías a v a n z a d a s e n m a t e r i a d e
a r c h i v o d e d o c u m e n t o s e información
( D e c r e t o L e g i s l a t i v o N . " 6 8 1 ) ; l a ley q u e
f o m e n t a el uso d e f o r m a t o s electrónicos
e n las entidades d e l a Administración
Pública e s p e c i a l m e n t e e n l a a d u a n a s ;
l a l e y q u e regula l e implementación d e
las n o t i f i c a c i o n e s p o r c o r r e o electrónico
e n l a administración d e j u s t i c i a ( L e y
N.° 2 7 4 1 9 ) . E n m a t e r i a p e n a l , p o r
p r i m e r a vez, e n e l Perú, m e d i a n t e l a
L e y N . o 2 7 3 0 9 , e l 1 5 - 0 7 - 0 0 , se i n c o r -
poró e n e l Código P e n a l a través d e los
artículos 2 0 7 - A , 2 0 7 - B , 2 0 7 - C y 2 0 8 ,
los d e n o m i n a d o s d e l i t o s informáticos,
n o r m a q u e finalmente h a s i d o superada,
c u a n d o , c o n fecha 2 2 - 1 0 - 1 3 , se publicó
e n el d i a r i o El Peruano la L e y N.° 3 0 0 9 6 ,
d e n o m i n a d a ley de d e h t o s informáticos,
la m i s m a q u e f u e r a m o d i f i c a d a p o r l a
L e y N.° 3 0 1 7 1 , e l 1 0 - 0 3 - 1 4 (vigente a
l a fecha), e n adelante iaJLey.
3. Estadística de los delitos informáticos
Según l a e m p r e s a R e c o v e r y L a b s ,
e m p r e s a española q u e h a s i d o la p r i m e r a
en d i c h o país e n conseguir l a certifica-
ción d e s u s i s t e m a d e gestión d e calidad
I S O 9 0 0 1 : 2 0 0 8 p a r a sus servicios d e
Instituto Pacífico
144
recuperación d e datos, b o r r a d o seguro y
p e r i t a j e informático, señálalo siguiente:
de los delitos informáticos u n 4 7 % s o n
delitos informáticos c o m o l a falsificación
o f r a u d e informático m e d i a n t e l a i n t r o -
ducción, b o r r a d o o supresión d e datos
informáticos, o l a i n t e r f e r e n c i a e n siste-
m a s informáticos; u n 4 3 . 1 1 % s o n delitos
contra la confidencialidad, l a integridad
y la d i s p o n i b i h d a d de los datos y sistemas
informáticos ( d e n t r o de esta categoría las
c o n d u c t a s q u e más se r e p i t e n s o n c o n
u n 6 3 . 8 9 % d e l i t o s relacionados c o n e l
acceso ilícito a sistemas informáticos, y
c o n u n 3 6 . 1 1 % todas aquellas conductas
delictivas relativas a l a i n t e r f e r e n c i a e n
el f u n c i o n a m i e n t o d e u n sistema i n f o r -
mático. P o r o t r o l a d o , t e n e m o s q u e u n
1 0 . 1 8 % s o n d e l i t o s relacionados c o n e l
c o n t e n i d o , c o m o l a producción, o f e r t a ,
difiisión, adquisición d e c o n t e n i d o s d e
pornografía i n f a n t i l , p o r m e d i o d e u n
sistema informático o posesión de dichos
c o n t e n i d o s e n u n s i s t e m a informático
o m e d i o de a l m a c e n a m i e n t o de datos^.
E n e l Perú, l a c o n s u l t o r a K P M G
reveló q u e más d e l 6 0 % d e las empresas
h a sido víctima d e u n f r a u d e informáti-
co; a s i m i s m o informó q u e las empresas
p i e r d e n e n t r e 1 0 0 0 0 y 5 0 0 0 0 0 dólares
p o r cada i n c i d e n t e de f r a u d e c o m e t i d o
e n s u organización. A g r e g a q u e según
el s o n d e o realizado e n 7 3 ejecutivos d e
empresas d e más d e 1 3 sectores, e l 4 9 %
de las compañías n o recupera las pérdi-
das. E l 4 3 % d e los fraudes es c o n t r a los
activos de la empresa; el 3 0 % casos de co-
1 http://lnt.ly/lHaYX3c.
Volumen 13 • Julio 2015

rrupción; e l 1 4 % a r o b o de información
c o n f i d e n c i a l ; y e l 1 3 % a falsificación de
d o c u m e n t o s . S i e n d o los más afectados el
sistema bancario, el de seguros y el retaiP.
¿SABIA USTED QUE?
En el convenio de Budapest se ti-
pifican como delitos los actos que
pongan en peligro la confidenciali-
dad, la integridad y la disponibili-
dad de los sistemas, redes y datos
informáticos, así como el abuso de
dichos sistemas, redes y datos por
un nuevo fenómeno denominado
"la ciberdelincuencia".
4 . A n t e c e d e n t e s m u n d i a l e s de l a l u c h a d e m o s a d v e r t i r q u e n o se p u e d e h a b l a r
contra l a ciberdelincuencia
E l 2 8 - 0 5 - 1 4 , e n l a sede d e l a c o n -
ferencia d e m i n i s t r o s de j u s t i c i a d e l o s
países i b e r o a m e r i c a n o s e n M a d r i d ,
l o s representantes d e l o s g o b i e r n o s d e
G u a t e m a l a , N i c a r a g u a , P o r t u g a l y Perú
firmaron el C o n v e n i o I b e r o a m e r i c a n o
de Cooperación s o b r e Investigación,
A s e g u r a m i e n t o y Obtención d e P r u e -
ba e n M a t e r i a de Ciberdelincuencia.
Además s u s c r i b i e r o n l a recomendación
de C O M J I B relativa a l a tipificación y
sanción de la c i b e r d e l i n c u e n c i a . P o r o t r o
l a d o , p o d e m o s señalar q u e e l C o n v e n i o
sobre l a C i b e r d e l i n c u e n c i a o c o n o c i d o
c o m o e l C o n v e n i o d e B u d a p e s t , ela-
borado p o r el Cconsejo de E u r o p a e n
Estrasburgo, aprobado el 0 8 - 1 1 - 0 1 ,
y e n v i g o r a p a r t i r d e l 0 1 - 0 7 - 0 4 , es e l
2 httpMtt.lyllCozCWZ.
Volumen 13 • Julio 2015
INSTITUTO
PACÍFICO I
Doctrina práctica
p r i m e r t r a t a d o i n t e r n a c i o n a l q u e busca
hacer f r e n t e a l o s d e l i t o s informáticos
y los d e l i t o s c o m e t i d o s e n I n t e r n e t ; e l
m i s m o busca l a armonización d e leyes
nacionales, l a m e j o r a d e las técnicas d e
investigación y el a u m e n t o d e l a c o o p e -
ración e n t r e las n a c i o n e s ; s i n e m b a r g o ,
a l a fecha, el Perú aún n o se h a a d h e r i d o
al m i s m o , m i e n t r a s q u e l o s países d e
A r g e n t i n a , C h i l e , C o s t a R i c a , República
D o m i n i c a n a y México, e n t r e o t r o s , y a
lo hicieron.
5. ¿Delito informático o c i b e r c r i m e n ?
A p a r t i r d e u n a l e c t u r a d e l a ley,
siguiendo al D r . R o m e o Casabona, p o -
de delito informático e n singular, t o d a
vez que, tantas s o n las m o d a l i d a d e s d e
los m i s m o s , c o m o l o s bienes jurídicos
afectados q u e l o a p r o p i a d o sería decir
delitos informáticos, nomen juris a s u m i -
d o finalmente p o r l a l e y q u e l l e v a e l
m i s m o n o m b r e . S i n embargo, ambas
d e n o m i n a c i o n e s , c o n f o r m e l o advierte el
m a e s t r o , apenas a p o r t a n e n la a c t u a l i d a d
u n a mínima precisión u n i f i c a d o r a desde
los p u n t o s d e v i s t a criminológico, d o g -
mático, político-criminal y d e política
legislativa^'; es p o r e l l o q u e , c o n e l fin
de d i s t i n g u i r u n a u l t e r i o r generación
de d e l i n c u e n c i a v i n c i d a d a a l uso d e las
nuevas tecnologías de la información y de
R O M E O C A S A B O N A , Carlos-María, " D e l o s
d e l i t o s informáticos a l c i b e r c r i m e n . u n a a p r o -
ximación c o n c e p t u a l y político-criminal", e n El
cibercrimen. Nuevos retosjurídicos-penales, nuevas
respuestas político-crimínales, Gomares, Granada,
2006, p. 08.
Actualidad Penal
Actualidad

^^^1
Penal Derecho penal - Parte especial

la comunicación, se h a a d o p t a d o c o m o o u t i l i z a n d o información d e c o n t e n i d o
n u e v o término el cibercrimen, término ilícito, p u d i e n d o afectar bienes jurídi-
q u e h a sido i n c o r p o r a d o a l a legislación cos diversos d e n a t u r a l e z a i n d i v i d u a l o
i n t e r n a c i o n a l y fiie finalmente a s u m i d a s u p r a i n d i v i d u a l " ^ . E n consecuencia, e l
por el C o n v e n i o de Budapest. c i t a d o a u t o r sostiene que los ciberdelitos,
aunque coexistan e n el t i e m p o c o n los
l l a m a d o s d e l i t o s informáticos, c o n f i -
g u r a n u n a generación p o s t e r i o r c u y o s
E l d e l i t o d e f r a u d e informático n o p r o b l e m a s jurídicos están relacionados
es n i h u r t o n i estafa, s i n o q u e n o s c o n las insuficiencias de l a aplicación d e
encontramos frente al nacimiento la l e y p e n a l e n e l ámbito espacial d e s u
de u n n u e v o d e l i t o c u a l i t a t i v a m e n - v i g e n c i a y superar los límites de l a e x t r a -
te d i s t i n t o , m o d e r n o , c o n caracte- t e r r i t o r i a l i d a d q u e los m i s m o s p l a n t e a n ,
rísticas p r o p i a s , d e t r a s c e n d e n c i a a d v i r t i e n d o q u e las nuevas m a n i f e s t a c i o -
i n t e r n a c i o n a l y c u y o b i e n jurídico
p r o t e g i d o v a más allá d e l p a t r i m o - nes d e c r i m i n a l i d a d e n e l ciberespacio
nio. e x i g e n s u t r a t a m i e n t o jurídico p e n a l
desde u n a perspectiva i n t e r n a c i o n a l , pues
Estas observaciones terminológicas l a sola acción de los estados, l a aplicación
r e s u l t a n i m p o r t a n t e s p o r c u a n t o l a l e y de las leyes penales nacionales, se agota
de d e l i t o s informáticos, a l extraer cada en s u p r o p i o espacio t e r r i t o r i a l ; m i e n t r a s
u n o d e l o s v e r b o s rectores p r o p u e s t o s q u e l a r e d es g l o b a l y t r a n s n a c i o n a l ^
p o r d i c h o c o n v e n i o para la configuración
d e l d e l i t o d e f r a u d e informático, u b i c a 6. Bien jurídico protegido en los delitos
a este, d e n t r o d e u n c o n t e x t o m a y o r , e l informáticos
c i b e r c r i m e n ; p o r ello, e n t e n d e m o s q u e D e s d e s u o r i g e n , t a n t o e n el m u n d o
el d e l i t o d e firaude informático, c u a l i - c o m o e n e l Perú, se h a cüscutido s i e l
t a t i v a m e n t e supera e n exceso el c a m p o d e h t o informático debe ser c o n s i d e r a d o
n o r m a t i v o r e g u l a d o d e n t r o del d e r o g a d o c o m o u n a infracción p e n a l i n d e p e n d i e n -
d e h t o de h u r t o agravado. E n ese s e n t i d o , te y, e n consecuencia, c o n u n b i e n jurídi-
h a b i e n d o u b i c a d o el d e l i t o de f r a u d e i n - co p a r t i c u l a r , o , si se t r a t a b a únicamente
formático c o m o u n a de las m o d a l i d a d e s de u n a n u e v a f o r m a o m e d i o de comisión
del c i b e r c r i m e n , d e b e m o s e n t e n d e r p o r de d e l i t o s q u e y a se e n c o n t r a b a n regula-
este, s i g u i e n d o al D r . R o m e r o Casabona, dos e n l a ley p e n a l .
" c o m o el c o n j u n t o de conductas relativas
ai acceso, apropiación, i n t e r c a m b i o y 4 R O M E O C A S A B O N A , " D e los d e l i t o s informádcos
puesta a disposición d e información e n al c i b e r c r i m e n . U n a aproximación c o n c e p t u a l y
político-criminal", cit. p . 0 9 .
redes telemáticas, las cuales c o n s t i t u y e n
5 R O M E O C A S A B O N A , " D e los d e l i t o s informáticos
su e n t o r n o c o m i s i v o , perpetradas s i n e l al c i b e r c r i m e n . U n a aproximación c o n c e p t u a l
c o n s e n t i m i e n t o o autorización exigibles y político-criminal", c i t . p . 3 9 .

Instituto Pacífico Volumen 13 • Julio 2015

6
 Doctrina práctica

L a d o c t o r a García C a n t i z a n o e n E d u a r d o A b o s o , el b i e n jurídico p r o t e g i -
s u m o m e n t o , afiliándose a l a s e g u n d a d o sería "la información y su transmisión
p o s t u r a señaló que, si b i e n es c i e r t o , e n a través de los sistemas telemáticos". P o r
el d e r e c h o p e n a l n o existe u n c o n c e p t o o t r o l a d o , la L e y N.» 1 9 . 2 2 3 sobre delitos
unánime q u e d e f i n a l a d e l i n c u e n c i a i n - informáticos c h i l e n o , e n s u m o m e n t o ,
fiarmática, este es a q u e l d e l i t o e n e l q u e , señaló c o m o o b j e t o d e l a m i s m a " e l
para s u comisión, se e m p l e a u n sistema p r o t e g e r u n n u e v o b i e n jurídico s u r g i d o
automático de p r o c e s a m i e n t o de datos o c o n e l u s o d e las m o d e r n a s tecnologías
de transmisión de datos. E l D r . B r a m o n t - c o m p u t a c i o n a l e s : l a c a l i d a d , p u r e z a e
A r i a s T o r r e s h i z o l o p r o p i o c u a n d o refirió i d o n e i d a d d e l a información e n c u a n t o
q u e " e n r e a h d a d n o existe u n b i e n jurí- a t a l , c o n t e n i d a e n u n s i s t e m a a u t o m a -
d i c o p r o t e g i d o e n e l d e h t o informático, t i z a d o d e t r a t a m i e n t o d e las m i s m a y
p o r q u e e n v e r d a d n o h a y c o m o t a l u n de los p r o d u c t o s q u e d e s u operación se
d e l i t o informático. Agregó q u e esté, o b t e n g a n " .
n o es más q u e u n a forma o método d e \
Por nuestra parte, siguiendo al
ejecución d e c o n d u c t a s delictivas q u e
D r . R e y n a A l f a r o , p o d e m o s señalar q u e
afectan a bienes jurídicos q u e y a g o z a n de
respecto d e l r e c o n o c i m i e n t o d e l b i e n
u n a específica protección p o r el derecho
jurídico e n estos d e l i t o s , e x i s t e n tres
penal"''; p o s t e r i o r m e n t e , el m i s m o a u t o r
sectores b i e n diferenciados. E l p r i m e r o ,
reconoció q u e n o existe u n c o n c e p t o
rechaza l a existencia d e u n d e l i t o i n f o r -
unánimemente aceptado d e l o q u e sea
mático, e n l a m e d i d a q u e , tras estos,
el d e l i t o informático d e b i d o a q u e l a
n o existe u n b i e n jurídico autónomo,
d e l i n c u e n c i a informática c o m p r e n d e u n a
c o n s i d e r a n d o al " d e l i t o informático" solo
serie d e c o m p o r t a m i e n t o s difícilmente
c o m o u n a n u e v a f o r m a d e delitos q u e
reductibles o agrupables e n u n a sola
afectan a bienes jurídicos y a r e c o n o c i -
definición, "de m a n e r a general, se p u e d e
dos p o r e l o r d e n a m i e n t o p u n i t i v o . U n a
d e f i n i r el dehco informático c o m o a q u e l
s e g i m d a posición, s i n e m b a r g o , a d v i e r t e
e n e l q u e , p a r a s u comisión, se e m p l e a
q u e habría q u e d i f e r e n c i a r l o s d e l i t o s
u n sistema automático de p r o c e s a m i e n t o
c o m p u t a c i o n a l e s ( d o n d e se u t i l i z a c o m o
de datos o d e transmisión d e datos [..
m e d i a u n a c o m p u t a d o r a o afines), de los
l a aparición d e estas nuevas c o n d u c t a s
delitos informáticos p r o p i a m e n t e dichos,
m e r e c e , n o o b s t a n t e , d e t e r m i n a r si las
los q u e sí, t i e n e n u n n u e v o b i e n jurídico,
figuras delictivas tradicionales contenidas
q u e debe ser r e g u l a d o l e g i s l a t i v a m e n t e .
e n e l Código P e n a l s o n suficientes p a r a
E l m a e s t r o a r g e n t i n o , s i g u i e n d o a s u vez
dar acogida a l d e l i t o informático". P o r su
a Andrzej A d a m s k i , propone como bien
parte para el doctor argentino, Gustavo
7 G U S T A V O E D U A R D O , A b o s o y María, F L O R R N C T A
6 B R A M O N T - A R I A S T O R R E S , L u i s , El delito infor- Z A P A T A , Cibercriminalidad y derecho penal.
mático en el código penalpeniano, l.^'ed., P U C P , Editorial Montevideo, Buenos Aires, 2006,
L i m a , 1997, p. 5 8 . p. 1 6 .

Volumen 13 • Julio 2015 Actualidad Penal 147

 Actualidad

^Penal
^ffl Derecho penal - Parte especial

jurídico e n esta ciase especifica de d e l i t o s 7. O r i g e n d e l n u e v o d e l i t o d e f r a u d e

la información como valor económico de informático
empresa, clasificando e n tres las c o n d u c - E l p r o f e s o r G o n z a l e s R u s advierte
tas c r i m i n a l e s q u e afectan este n o v e d o s o que "la informatización de las transaccio-
b i e n jurídico e n sus tres propiedades con- nes financieras, comerciales y bancarias,
fidencialidad, integridady disponibilidad:la generalización d e l p a g o a través d e
a. C o n d u c t a s lesivas a l a c o n f i d e n c i a - p r o c e d i m i e n t o s electrónicos, el desarrollo
l i d a d d e l a información (espionaje e de l a gestión y d e los procesos contables
i n t r u s i s m o informático), m e d i a n t e sistemas d e esta naturaleza, h a
b. C o n d u c t a s lesivas a l a i n t e g r i d a d d e a b i e r t o f o r m a s inéditas d e comisión a
l a información ( b o m b a s lógicas y los d e l i t o s p a t r i m o n i a l e s y económicos
v i r u s informáticos), q u e hasta hace p o c o n o h a n m e r e c i d o
n i d o c t r i n a l n i l e g a l m e n t e el interés q u e
c. C o n d u c t a s lesivas a l a información
por s u i m p o r t a n c i a merecían. L a s redes
(electronic m a i l , b o m b i n g y spam). de transmisión d e d a t o s , i g u a l m e n t e ,
U n a t e r c e r a p o s t u r a , q u e señala facilitan aún más la p o s i b i l i d a d de d e l i t o ,
q u e e l d e l i t o informático t i e n e tres d i - al p e r m i t i r que el a u t o r p u e d a efectuar las
mensiones: la primera, la computadora modificaciones desde su p r o p i o d o m i c i l i o ,
es e l m e d i o para c o m e t e r e l d e l i t o ; e n si d i s p o n e de u n t e r m i n a l y u n i n s t r u m e n -
l a s e g u n d a , e l o b j e t o d e l d e l i t o es l a to d e transferencia de datos adecuado^".
información c o n t e n i d a e n l o s sistemas
informáticos; finalmente l a tercera d i - E n e l Perú, e l C o n g r e s o d e l a R e -
mensión, l o s o r d e n a d o r e s tendrán u n a pública m e d i a n t e l a única disposición
transcendencia probatoria. c o m p l e m e n t a r i a d e r o g a t o r i a de la L e y de
D e l i t o s Informáticos o L e y N.° 30096'^
E n e l Perú, m e d i a n t e l a l e y , a l
establecerse q u e e l o b j e t o d e l a m i s m a
8 G O N Z A L E S R u s , Juan-José, "Protección p e n a l
es p r e v e n i r y s a n c i o n a r las c o n d u c t a s d e sistemas, e l e m e n t o s , d a t o s , d o c u m e n t o s y
ilícitas q u e afecten los sistemas y datos p r o g r a m a s informáticos e n el d e r e c h o español",
informáticos y o t r o s bienes jurídicos d e en R E Y N A A L F A R O , L u i s M i g u e l , De los delitos
informáticos. Aspectos criminológicos, dogmáticos
relevancia p e n a l , c o m e t i d a s m e d i a n t e el
y de política criminal, ed. mes de enero. J u r i s t a ,
uso d e tecnologías d e l a información o Lima, 2 0 0 2 , p. 6 7 .
de l a comunicación, c o n l a finalidad d e 9 E n dicha n o r m a se regula los delitos c o n t r a los
garantizar la l u c h a eficaz c o n t r a la ciber- sistemas informáticos d e n t r o d e los cuales, se
e n c u e n t r a el acceso Üicito, e l a t e n t a d o c o n t r a l a
d e l i n c u e n c i a , q u e d a claro q u e e l b i e n
i n t e g r i d a d d e datos informádcos y el a t e n t a d o
jurídico establecido p o r el legislador s o n c o n t r a l a i n t e g r i d a d d e sistemas informáticos.
los sistemas y datos informáticos, además L u e g o e n el capítulo tercero se regula los delitos
de o t r o s bienes jurídicos d e relevancia informáticos c o n t r a l a i n d e m n i d a d y l i b e r t a d
sexuales. E n el capítulo c u a r t o se regula los delitos
p e n a l , tales c o m o e l p a t r i m o n i o , l a f e informáticos c o n t r a la i n t i m i d a d y el secreto de l;is
pública, etc. c o m u n i c a c i o n e s : tráfico ilegal de datos e intercep-

148 Instituto Pacífico Volumen 13 • Julio 2015


( e n adelante la ley) el 2 2 - 1 0 - 1 3 , procedió efectos de los dehtos d e a p o d e r a m i e n t o ,
a derogar el i n c i s o 4 del s e g u n d o párrafo a fin de i n c l u i r también los intangibles'°.
d e l artículo 1 8 6 del Código P e n a l , el c u a l
regulaba e n t r e las m o d a l i d a d e s de h u r t o
agravado, c u a n d o e l agente efectuaba e l
h u r t o del d i n e r o mediante la utilización
de sistemas de transferencia electrónica
de fondos de la telemática en general o
la violación del empleo de claves secretas.
E n s u r e e m p l a z o , e n u n a m e j o r técnica
legislativa, d e n t r o de u n a n o r m a especial,
puso e n vigencia el delito de fraude i n -
formático, m a t e r i a del presente artículo,
r e g u l a d o e n s u artículo 8.
8. D i f e r e n c i a s d e l fraude informático
c o n e l d e l i t o d e h u r t o y estafa
P a r a e n t e n d e r este fenómeno ( c a m -
b i o d e nomen juris) l a d o c t o r a M a r i l u z
Gutiérrez Francés, p r o f e s o r a de D e r e c h o
P e n a l d e l a U n i v e r s i d a d d e Salamanca,
e n s u m o m e n t o advirtió q u e se obser-
vaba q u e e n todos los ordenamientos
1 0 R e s u l t a o b v i o q u e f u e e l l o , l o q u e venía o c u -
jurídicos tradicionales, cuyas figuras d e
a p o d e r a m i e n t o están c o n c e b i d a s p a r a
la protección d e l a p r o p i e d a d de cosas
corporales, aprehensibles, susceptibles d e
d e s p l a z a m i e n t o -características q u e n o
puede predicarse de los e l e m e n t o s lógicos
de l o s sistemas i n f o r m a t i v o s - se había
p r o d u c i d o u n a adaptación legislativa a la
n u e v a realidad a c u d i e n d o a la r e i n t e r p r e -
tación d e l c o n c e p t o d e p r o p i e d a d a los
tación de daros informáticos. Recién en el capítulo
q u i n t o se regulan los delitos informáticos c o n t r a el
p a t r i m o n i o . D e n t r o de la m i s m a se regula el fraude
informático. P o r último en el capítulo seis se regula
los delitos informáticos c o n t r a la fe pública, d o n d e
se regula l a suplantación de i d e n t i d a d .
Volumen 13 • Ju!;:, 2015
INSTITUTO
PACÍFICO |
Doctrina práctica
ROMEO CASABONA dice:
Entendemos al
cibercrimen como
el c o n j u n t o de
conductas r e l a t i -
vas a l acceso, a p r o -
piación, i n t e r c a m -
b i o y puesta a
disposición de información e n redes
telemáticas, las cuales c o n s t i t u y e n s u
e n t o r n o c o m i s i v o , perpetrados sin el
c o n s e n t i m i e n t o o autorización exigi-
bles o u t i h z a n d o información de c o n -
t e n i d o ilícito, p u d i e n d o afectar bienes
jurídicos diversos de naturaleza i n d i -
vidual o supraindividual".
[ D e los delitos informáticos al ciber-
c r i m e n . U n a aproximación concep-
t u a l y política c r i m i n a l , p . 09..
r r i e n d o e n e l Perú, t o d a v e z q u e el artícido 1 8 5
d e l Código P e n a l r e g u l a el d e l i t o de h u r t o , d e f i -
n i e n d o p o r este: e l que, p a r a o b t e n e r p r o v e c h o ,
se a p o d e r a ilegítimamente d e u n b i e n m u e b l e ,
t o t a l o p a r c i a l m e n t e a j e n o , sustrayéndolo d e l
l u g a r d o n d e se e n c u e n t r a será r e p r i m i d o . L u e g o
e n e l i n c i s o 4 d e l s e g u n d o párrafo d e l artículo
1 8 6 , r e i n t e r p r e c a n d o el c o n c e p t o d e a p o d e r a -
m i e n t o y equiparando u n objeto inmaterial a
u n b i e n m u e b l e , se reguló c o m o h u r t o agravado,
c u a n d o era c o m e t i d o ' m e d i a n t e l a utilización de
s i s t e m a d e t r a n s f e r e n c i a electrónica de f o n d o s ,
de l a telemática e n general o la violación d e l
e m p l e o de claves secretas". G U T I É R R E Z FRANCÉS,
M a r i l u z , " N o t a s sobre la delincuencia i n f o r -
mática: A t e n t a d o s c o n t r a l a información c o m o
v a l o r económico d e l a e m p r e s a ' , e n M A Z U E L O S
C U E L L O , J u l i o , Derecho penal económico y de
la empresa, 1." e d . , S a n M a r c o s , L i m a , 1 9 9 6 ,
p. 3 9 0 .
Actualidad Penal 149
 Actualidad
Penal Derecho penal - Parte especial
E n e f e c t o , p a r a h u r t a r , decía e l
m a e s t r o R o y F r e y r e , h a y q u e apoderarse;
para apoderarse h a y q u e substraer; y p a r a
substraer es necesario sacar l a cosa m u e -
ble d e l ámbito de v i g i l a n c i a a j e n o d o n d e
se e n c o n t r a b a , p a r a l u e g o colocarla d e
f o r m a ilegítima, c o n ánimo d e o b t e n e r
p r o v e c h o p a r a sí o p a r a o t r o , d e n t r o de l a
p r o p i a esfera de disposición del agente^'.
H e aquí, l a esencia d e l h u r t o , s u n a t u -
raleza. E n el f r a u d e informático m u c h a s
veces n o se exige q u e e l a p o d e r a m i e n t o
sea p r o d u c t o de u n a sustracción, i n c l u s o
m u c h a s veces n o h a y a p o d e r a m i e n t o . E l
profesor Blossiers H u m e advierte que, e n
el f r a u d e informático p o r transferencia
electrónica d e f o n d o s , n o se d a l a sus-
tracción d e l b i e n m u e b l e c o r p o r a l d e l
lugar d o n d e se e n c u e n t r a , t o d a vez q u e
n o hace falta, e l d e s p l a z a m i e n t o físico o
m a t e r i a l para la configuración del fraude,
por c u a n t o el a p o d e r a m i e n t o se l o g r a c o n
la alteración d e datos, d e l a información
del sojiware^^.
E l p r o f e s o r G o n z a l e s R u s vas más
allá al sostener q u e e n el f r a u d e informá-
t i c o n o se requiere p a r a s u configuración
del a p o d e r a m i e n t o ; e n e l h u r t o sí. E l
c i t a d o a u t o r español a d v i e r t e q u e se
p u e d e pensar que, el hurto informático se
c o n s u m a c u a n d o el agente se llega a "apo-
derar" del d i n e r o al m o m e n t o q u e realiza
la extracción física d e l d i n e r o , l u i a vez
concluidas las transferencias electrónicas;
sin e m b a r g o , e n e l d e l i t o informático,
11 S A L I N A S S I C C H A , R a m i r o , Delito contra el
patrimonio, 4.'' e d . , G r i j l e y L i m a , 2 0 1 0 , p . 4 6 .
12 B L O S S I E R S H U M E , Juan-José, Criminalidad
ififormática, P o r t o c a r r e r o , L i m a , 2 0 0 3 , p . l 6 2 .
1 50 Instituto Pacífico
esto, m u c h a s veces n o o c u r r e p o r c u a n t o ,
el a s i e n t o b a n c a r i o a f a v o r d e l agente, o b -
t e n i d o ilícitamente, p u e d e ser realizado
compensándolo, p o r este, m e d i a n t e o t r o s
débitos, o p u e d e ser t r a n s f e r i d o a otras
cuentas d e terceros t o t a l m e n t e ajenos a
t o d a l a operación d o l o s a d e l firaude^^. Y a
el profesor A n t o n i o - E n r i q u e Pérez Luño,
a n o t a n d o todas estas nuevas caracterís-
ticas p r o p i a s d e ios d e l i t o s informáticos,
había señalado q u e estos c o m p o r t a b a n
una auténtica revolución de las categorías
dogmáticas heredadas d e l pasado'^.
E n consecuencia, r e s u l t a o b v i o q u e
lo se venía r e g u l a n d o e n realidad e n el
i n c i s o 4 d e l s e g u n d o párrafo del artículo
1 8 6 d e l Código P e n a l p e r u a n o —como
delito de h u r t o agravado- era e n reali-
dad, u n a d e las tantas m o d a l i d a d e s d e l
d e l i t o d e f r a u d e informático; p o r ello,
se p u e d e e n t e n d e r q u e e n d i c h a n o r m a
se e q u i p a r a b a a u n a cosa m u e b l e c o n
u n a s i e n t o c o n t a b l e , r e c u r r i e n d o d e esta
m a n e r a a l a analogía p r o h i b i d a p o r ley'^.
E n ese s e n t i d o , e l d e l i t o d e f r a u d e
informático - e n t e n d i d a esta c o m o la u t i -
lización i n d e b i d a de u n sistema informá-
tico— n o requiere para s u configuración,
la c o n c u r r e n c i a de los e l e m e n t o s p r o p i o s
13 G O N Z A L E S R U S , J u a n José, "Protección p e n a l
de sistemas, e l e m e n t o s , d a t o s , d o c u m e n t o s y
p r o g r a m a s informáticos e n el d e r e c h o español",
cit., p . 6 9 .
14 P É R E Z LuÑO, A n t o n i o - E n r i q u e , Manual de
informática y derecho, e d . , A r i e l , España,
1996, p . 7 5 .
15 G O N Z A L E S R U S , J u a n José, "Protección p e n a l
d e sistemas, e l e m e n t o s , d a t o s , d o c u m e n t o s y
p r o g r a m a s informáticos e n el d e r e c h o español",
cit., p . 6 9 .
Volumeii 13 •Julio 2015
 Doctrina práctica

de l a estafa, tales c o m o e l engaño, e l ar- v e r g e n c i a y l a globalización c o n t i n u a s

d i d y e l e r r o r ; t o d a vez q u e l a actuación de las redes informáticas, surge e l C o n -
d e l a g e n t e es sobre u n o r d e n a d o r , u n venio de Budapest q u e tipifica c o m o
sistema, u n a máquina y n o se requiere d e l i t o s los actos q u e p o n g a n e n p e l i g r o
l a participación, e n e l o t r o e x t r e m o , la confidencialidad, l a integridad y l a
de u n a p e r s o n a h u m a n a , p o r c u a n t o l a d i s p o n i b i l i d a d d e los sistemas, redes y
transferencia de datos y el d e s p l a z a m i e n - d a t o s informáticos, así c o m o e l a b u s o
to p a t r i m o n i a l e n perjuicio del sujeto de d i c h o s sistemas, redes y d a t o s p o r
pasivo, se p r o d u c e de f o r m a automática, u n n u e v o fenómeno d e n o m i n a d o " l a
s i n s u participación o c o n s e n t i m i e n t o ' c i b e r d e l i n c u e n c i a " . E n ese s e n t i d o , e l
E l p r o f e s o r G o n z a l e s R u s señala q u e C o n v e n i o es u n c u e r p o n o r m a t i v o q u e
"el m e d i o e m p l e a d o y l a actuación c o n busca aplicar u n a política p e n a l común,
y sobre máquinas y n o sobre personas, e n l o s estados m i e m b r o s y s i g n a t a r i o s ,
j u n t o c o n el hecho de que l a conducta c o n e l o b j e t o d e p r o t e g e r a l a sociedad
utilice e incida en elementos incorpora- f r e n t e a este fenómeno m e d i a n t e l a
les, s o n los caracteres d e f i n i d o r e s de estos adopción d e u n a legislación común,
s u p u e s t o s y los q u e les d a n i d e n t i d a d a d e c u a d a q u e p e r m i t a l a cooperación
p r o p i a desde e l p u n t o d e v i s t a penal"'''. internacional c o n el objeto de lograr
l o s m e c a n i s m o s necesarios p a r a l a d e -
E n ese s e n t i d o , p o d e m o s señalar tección, investigación y sanción t a n t o
q u e e l d e l i t o d e f r a u d e informático n o a nivel nacional c o m o internacional'^.
es n i h u r t o n i estafa, s i n o q u e n o s e n -
c o n t r a m o s f r e n t e a l n a c i m i e n t o d e u n \n ese s e n t i d o , d e b e m o s i n d i c a r ,
n u e v o d e l i t o c u a l i t a t i v a m e n t e d i s t i n t o , centrándonos e n e l t e m a específico d e l
m o d e r n o , c o n características p r o p i a s , presente artículo, q u e el d e l i t o de f r a u d e
de t r a s c e n d e n c i a i n t e r n a c i o n a l y c u y o informático se e n c u e n t r a r e g u l a d o e n el
b i e n jurídico p r o t e g i d o v a más allá d e l artículo 0 8 d e l p r e s e n t e c o n v e n i o ; e n
patrimonio. el m i s m o se i n v o c a a los E s t a d o s partes
p a r a l o s e f e c t o s d e q u e a d o p t e n las
m e d i d a s legislativas o d e o t r o t i p o q u e
9. C o n v e n i o d e B u d a p e s t
r e s u l t e n necesarias p a r a t i p i f i c a r c o m o
A n t e l o s p r o f u n d o s c a m b i o s p r o - d e l i t o e n s u d e r e c h o i n t e r n o l o s actos
v o c a d o s p o r l a digit^ización, l a c o n - d e l i b e r a d o s e ilegítimos q u e c a u s e n
I perjuicio p a t r i m o n i a l a otra persona
1 6 C H O C L A N M O N T A L V O , José-Antonio, " I n f r a c - mediante:
c i o n e s p a t r i m o n i a l e s e n los procesos d e t r a n s -
f e r e n c i a d e d a t o s " , e n El cibercrimen. Nuevos a. L a introducción, alteración, b o r r a d o
retos jurtdicos-penaUs, nuevas respuestas político- o supresión d e datos informáticos y
criminales. G o m a r e s , G r a n a d a , 2 0 0 6 , p . 0 8 .
17 GoNZUES R u s , Juan José, "Protección penal de sis-
temas, elementos, datos, d o c u m e n t o s y programas 18 Véase: E l c o n v e n i o sobre l a c i b e r d e l i n c u e n c i a
informáticos e n el derecho espatíol", cit., p. 6 7 . (Budapest, 2 3 . X I . 2 0 0 1 ) .

Voiumcn 13 • Julio 2015 Actualidad Penal 5

 Actualidad

Penal Derecho penal - Parte especial

b. C u a l q u i e r i n t e r f e r e n c i a e n el f u n c i o - - P r o y e c t o d e L e y d e l n u e v o Código
n a m i e n t o de u n sistema informático, Penal]

c o m e t i d o s c o n l a intención d o l o s a o P o s t e r i o r m e n t e c o n fecha 1 0 - 0 3 - 1 4 ,
d e h c t i v a de o b t e n e r de f o r m a ilegíti- m e d i a n t e l a L e y N.« 3 0 1 7 1 se modificó
m a u n beneficio económico para u n o e n t r e otras n o r m a s el artículo 8 d e l a l e y
m i s m o o para o t r a p e r s o n a . | d e d e l i t o s informáticos, e s t a b l e c i e n d o
c o m o n u e v o tipo penal el siguiente:
DATOS
En el Perú, la consiütora KPMG
reveló que más del 60 % de las em-
presas han sido víctima de un frau-
de informático; asimismo informó
que las empresas pierden entre 10
mil y 500 mil dólares por cada in-
cidente de fraude cometido en su
organización. Agrega que según el
sondeo realizado en 73 ejecutivos
de empresas de más de 13 sectores,
el 49 % de las compañías no recu-
pera las pérdidas.
10. Tipificación del delito de fraude
informático
• Ley 30096 [ t e x t o o r i g i n a l ]
Artículo 8.- F r a u d e Informático, r e g u l a
a e l q u e , a través d e l a s tecnologías d e
l a información o d e l a comunicación,
p r o c u r a p a r a sí o p a r a o t r o u n p r o v e c h o
ilícito e n p e r j u i c i o d e t e r c e r o m e d i a n t e
e l diseño, introducción, alteración,
b o r r a d o , supresión, clonación d e d a t o s
informáticos o c u a l q u i e r i n t e r f e r e n c i a o
manipulación e n e l f u n c i o n a m i e n t o d e
u n s i s t e m a informático. ( 3 - 8 ) e s t a b l e -
c i e n d o l a a g r a v a n t e c u a n d o se a f e c t e e l
p a t r i m o n i o del Estado, siempre y cuan-
d o e s t e d e s t i n a d o p a r a fines a s i s t e n c i a l e s
o programas d e apoyo sociai.
• Ley 30171 [ t e x t o idéntico a l c o n t e n i d o
en el proyecto de Ley 3 4 9 1 / 2 0 1 3 - C R
Artículo 08-Fraude Informático.- E l q u e
d e l i b e r a d a e ilegítimamente, p r o c u r a p a r a sí
o p a r a o t r o u n p r o v e c h o ilícito e n p e r j u i c i o
d e t e r c e r o m e d i a n t e e l diseño, inuoducción,
alteración, b o r r a d o , supresión, clonación d e
d a t o s informáticos o c u a l q u i e r i n t e r f e r e n c i a
o manipidación e n e l f u n c i o n a m i e n t o d e u n
s i s t e m a informático, será r e p r i m i d o . ( 3 - 8 )
e s t a b l e c i e n d o l a a g r a v a n t e c u a n d o se a f e c t e
el p a t r i m o n i o d e l E s t a d o , s i e m p r e y c u a n d o
esté d e s t i n a d o p a r a fines a s i s t e n c i a l e s o
p r o g r a m a s d e a p o y o social.
11. Características d e l d e l i t o d e fi-aude
informático
U n a de las características p r i m o r d i a -
les d e este d e l i t o , c o m o m o d a l i d a d d e
"la d e l i n c u e n c i a informática, es q u e se
c o m e t e e n ese 'lugar' i n d e t e r m i n a d o q u e
se c o n o c e c o m o ciberespacio, p e r o cuyas
m a g n i t u d e s se d e s c o n o c e n . E n p r i n c i p i o
p u e d e perpetrarse desde c u a l q u i e r lugar,
y c o n t r a c u a l q u i e r a , n o deteniéndose
a n t e n i n g i m a f r o n t e r a . E l ámbito geográ-
fico, es e l m u n d o v i r t u a l q u e n a d a t i e n e
q u e v e r c o n e l m u n d o físico o espacio
físico i.r'.
1 9 RooRÍGUEZ G Ó M E Z , C a r m e n , " C r i m i n a l i d a d y
sistemas informáticos. C o n t e n i d o e n e l s i s t e m a
p e n a l f r e n t e a los retos d e las n u e v a sociedad", e n
XV congreso de alumnos de derecho penal, C o l e x ,
S a l a m a n c a , 2 0 0 3 , p. 1 3 4 .

52 Instituto Pacífico Volumen 13 • Ju¡io2015


E s u n d e l i t o d o l o s o , es decir, e l
a g e n t e d e b e estar c o n s c i e n t e d e estar
r e a l i z a n d o e l diseño, l a introducción,
l a alteración, e l b o r r a d o , l a supresión,
clonación d e datos informáticos o c u a l -
q u i e r i n t e r f e r e n c i a o manipulación e n el
f u n c i o n a m i e n t o de u n sistema de dicha
n a t u r a l e z a , requiriéndose además c o m o
e l e m e n t o s u b j e t i v o a d i c i o n a l - e n el agen-
t e - l a i n t e n c i o n a l i d a d o e l propósito d e
p r o c u r a r s e - c o n dichas c o n d u c t a s - p a r a
sí o p a r a o t r o s , d e u n p r o v e c h o ilícito.
Este último e l e m e n t o diferencia al fraude
informático del " h a c k i n g ético", t o d a vez
que, este último, e l agente i n c u r r e e n
las c o n d u c t a s descritas e n l o s artículos
2 , 3 , 4 y 1 0 d e l a ley, p e r o c o n e l p r o -
pósito d e llevar a cabo pruebas y o t r o s
p r o c e d i m i e n t o s a u t o r i z a d o s destinados
a p r o t e g e r sistemas informáticos ilícitos.
E l b i e n jurídico específico, además
d e l b i e n jurídico general p r o p i o de l o s
delitos informáticos, e n este caso, es e l
p a t r i m o n i o . E l s u j e t o pasivo p u e d e ser
tanto una persona individual c o m o u n a
colectiva d e derecho p r i v a d o o público.
E n efecto, e l t i p o p e n a l e n c o m e n t o n o
se l i m i t a a t u t e l a r intereses i n d i v i d u a -
les d e carácter p a t r i m o n i a l , s i n o q u e ,
c o m p r e n d e los ataques d e bienes supra-
individuales. Finalmente, consideramos
c o n e l D r . L o r e n z o P i c o t t i , q u e para s u
consumación, se r e q u i e r e l a existencia
- o b j e t i v a - de u n daño patrimonial^'^.
2 0 P I C O T T I , L o r e n z o , " I n t e r n e t y derecho p e n a l : u n
empujón únicamente tecnológico a l a a r m o n i -
zación i n t e r n a c i o n a l " , e n El cibercrimen. Nuevos
retos jurtdicos-penales, nuevas respuestas poUtico-
mminales. G o m a r e s S . L , G r a n a d a , 2 0 0 6 , p . 3 5 6 . 2 1 http://bit.ly/lHijtidO.
Volumen 13 • Julio 2015
Doctrina práctica
12. Técnicas y m o d a l i d a d e s c o m p r e n -
didas d e n t r o d e l d e l i t o de fraude
informático
D e n t r o d e las técnicas u t i l i z a d a s
p a r a l a comisión d e l d e l i t o d e f r a u d e
informático - e n t e n d i e n d o p o r estas, a l
diseño, introducción, alteración, b o -
r r a d o , supresión, clonación d e datos o
c u a l q u i e r i n t e r f e r e n c i a o manipulación
en e l f u n c i o n a m i e n t o de u n sistema
informático-, destacan^' las siguientes:
a) B o m b a s lógicas ( l o g i c b o m b ) : R u -
tina n o autorizada de u n programa
q u e p r o d u c e consecuencias destruc-
tivas e n u n sistema e n u n m o m e n t o
determinado;
b) C a b a l l o de T r o y a : ( T r o j a n h o r s e ) : I n -
troduce en u n programa i m conjunto
de i n s t r u c c i o n e s o r u t i n a o c a s i o n a n -
d o q u e actúe de u n a f o r m a d i s t i n t a a
l a prevista e n d e t e r m i n a d o s casos;
c) P u e r t a s falsas: I n t r o d u c e p u n t o s
de c o n t r o l para c o m p r o b a r q u e l o s
resultados i n t e r m e d i o s s o n correctos,
q u e l u e g o , a l n o ser cerrados s o n
utilizadas para fines ilícitos;
d) F u g a d e información (data leakage):
Divulgación n o a u t o r i z a d a d e datos
reservados;
e) Acceso n o a u t o r i z a d o ( p i ^ y b a c k i n g ) :
Acceso a áreas restringidas;
f) P i n c h a z o e n línea ( W i r e t a p p i n g ) :
P i n c h a z o s de líneas de comunicación
c o n el objeto de obtener i n f o r m a -
ción;
Actualidad Penal 53
 Actualidad
Penal Derecho penal - Parte especial
g) Simulación y Modelación: Utilizar u n
o r d e n a d o r para planificar y s i m u l a r un
d e l i t o q u e luego es llevado a cabo;
h) E l S a l a m i : Manipulación de u n g r a n
número d e pequeños i m p o r t e s d e
dinero;
i) S k i m m i n g : R o b o d e información
c o n t e n i d a e n u n a t a r j e t a de crédito;
j) R e c o j o d e información d e s e c h a d a
( S c a v e n g i n g ) : obtención d e i n f o r -
mación desechada e n l a papelera d e
reciclaje;
k) Superzapping: Permite modificar
a r c h i v o s y bases d e datos s i n acceder
a ellos;
1) E l p h a r m i n g : U n a m o d a l i d a d d e
f r a u d e electrónico q u e consiste e n
i n f i l t r a r u n p r o g r a m a e n la c o m p u t a -
d o r a del u s u a r i o - p o r e - m a i l o c u a n -
do v i s i t a u n s i t i o - p a r a registrar e l
m o v i m i e n t o de las teclas y t r a n s m i t i r
la información recopilada: número de
tarjeta d e crédito, contraseñas, etc.;
m ) E l p h i s h i n g : U n a técnica d e cap-
tación ilícita d e d a t o s p e r s o n a l e s ,
relacionados c o n claves para el acceso
a servicios bancarios y financieros,
a través d e c o r r e o s electrónicos o
páginas w e b que i m i t a n o c o p i a n l a
i m a g e n o apariencia d e u n a e n t i d a d
bancaria-financiera, o cualquier
o t r o t i p o de empresa d e r e c o n o c i d o
prestigio, l u e g o t m a vez obtenidas las
claves secretas se procede a d i s p o n e r
del d i n e r o m e d i a n t e transferencias
electrónicas^".
2 2 E n t e n d i e n d o p o r estas, a a q u e l l a operación q u e
se e j e c u t a a l t e r a n d o las n o r m a s y p r o t o c o l o
5 instituto Pacífico
L a t r a n s f e r e n c i a electrónica es e l
p r o c e d i m i e n t o q u e se realiza a través d e
u n t e r m i n a l electrónico, i n s t r u m e n t o
telefónico u o r d e n a d o r , p o r e l c u a l se
a u t o r i z a u n crédito o u n débito c o n t r a
u n a c u e n t a o institución financiera.
Este sistema de transferencia de fondos
está r e f e r i d o a l a colocación d e s u m a s
de d i n e r o d e u n a c u e n t a a o t r a , y a sea
d e n t r o de la m i s m a e n t i d a d financiera, y a
a u n a cuenta de otra entidad financiera,
o e n t i d a d de o t r o t i p o , y a sea pública o
p r i v a d a , manifestándose t a l h e c h o e n e l
reflejo d e u n a s i e n t o contable'^^.
b a n c a r i o s m e d i a n t e l a manipulación d e l a r e d
de T E F , u t i l i z a n d o e l código d e t r a n s f e r e n c i a
bancaria s i n soporte d e papel y acreditarse
m o n t o s d e d i n e r o e n c u e n t a s exprofesas p a r a
ser r e t i r a d o s p o r cómplices. O t r a f o r m a es l a
transferencia de dinero de u n a cuenta a otra
q u e se ejecuta desde u n o r d e n a d o r electrónico
(celular, c o m p u t a d o r a , l a p t o p , tablet) e n e l
q u e e l d e l i n c u e n t e l o g r a ingresar a l a c u e n t a d e
a h o r r o s , c o r r i e n t e s , y c o n e l acceso d e l a clave
secreta l o g r a n t r a n s f e r i r d i n e r o d e u n a c u e n t a a
o t r a , a p a r e n t a n d o a n t e l a institución financiera,
ser c l i e n t e d e l a m i s m a .
2 3 S A L I N A S S I C C H A , R a m i r o , Derecho penal. Parte
especial, G r i j l e y , L i m a , 2 0 1 3 , p p . 9 5 6 - 9 5 7 , c i -
t a n d o a B R A M O N T - A I U A S dice: " [ . . . ] p o r s u p a r t e
BLOSSIERS H U M E , citando a A L F R E D O SNEYERS
( O b . c i t . p . 2 1 5 ) , señala q u e e x i s t e n a l g u n a s
c o n d u c t a s ilícitas e n el s i s t e m a b a n c a r i o , e n t r e
los q u e destacan: a. R e a l i z a r r e t i r o s n o a u t o r i z a -
dos d e cajeros automáticos, b . C r e a r préstamos
f i c d c i o s , c. Falsificar d o c u m e n t o s d e i n p u t d e
c l i e n t e s (cheques y r e t i r o s ) , d . R e a l i z a r ajustes
a depósitos d e clientes, e. R e t r a s a r e l r e g i s t r o
de los cheques y gastos d e l p r o p i o p e r p e t r a d o r ,
f D e s v i a r intereses a la p r o p i a c u e n t a d e l p e r p e -
t r a d o r , g. Rcíilizar e x t e n s i o n e s n o a u t o r i z a d a s d e
los límites d e crédito, d e fecha d e v e n c i m i e n t o
d e préstamos, h . D e s v i a f o n d o s de los b a n c o s a
la p r o p i a c u e n t a d e l p e r p e t r a d o r [ . . . ] " .
Volumen 13 • Julio 2015

P o r o t r o l a d o , t e n e m o s el c o n s u m o
o r e t i r o c o n t a r j e t a s c l o n a d a s q u e se
realiza u t i l i z a n d o tarjetas d e débito o d e
c o n s u m o p r e v i a m e n t e clonadas, usadas
en centros comerciales para adquirir
o c o n s u m i r diversos productos los
cuales s o n c a n c e l a d o s m e d i a n t e estos
m e c a n i s m o s electrónicos, a s u m i e n d o
para ello (el agente) l a i d e n t i d a d d e l
usuario clonado. E l retiro de dinero,
e n c a j e r o s o t i e n d a s c o m e r c i a l e s , se
realiza también c o n e l u s o d e las cla-
ves secretas o b t e n i d a s , además d e l o s
mecanismos ya mencionados, muchas
veces c o n l a i n f i d e n c i a d e l i n t e r i o r d e l
b a n c o afectado^'^.
13. O b j e t o m a t e r i a l del d e l i t o d e l fi-aude
informático
T o d a vez q u e l a finalidad del agente
será s i e m p r e o b t e n e r u n b e n e f i c i o o p r o - I
v e c h o ilícito a s u f a v o r o d e u n tercero;
en e l d e l i t o d e f r a u d e informático, e l
o b j e t o " m a t e r i a l " o " i n m a t e r i a l " será l a
sustracción de d i n e r o o d o c u m e n t o s ; l a
sustracción de mercancías; l a sustracción
de valores negociables o d o c u m e n t o s q u e
s i r v a n d e s o p o r t e para el i n t e r c a m b i o d e
mercancías o d e d i n e r o ; l a sustracción
de servicios y finalmente l a sustracción
de sojtivarr^. T o d o s ellos, c o n u n v a l o r
p a t r i m o n i a l o d e i n t e f c a m b i o para sus
t i t u l a r e s y p e r f e c t a m e n t e negociables e n
el m e r c a d o n e g r o .
2 4 S A L I N A S S I C C : H A , R a m i r o , Derecho penal parte
especial, c i t . , p . 2 0 1 3 .
2 5 http://bit.ly/lHiindO.
Volumen 13 • Julio 2015
INSTITUTO
PACÍFICO I
Doctrina práctica
CONCLUSION MAS IMPORTANTE
E l d e l i t o de fi-aude informático - e n -
t e n d i d a esta c o m o l a utilización i n -
d e b i d a d e u n s i s t e m a informático-
n o r e q u i e r e p a r a s u configuración,
la concurrencia de los elementos
p r o p i o s d e l a estafa, tales c o m o e l
engaño, e l a r d i d y el e r r o r ; t o d a vez
q u e l a actuación d e l a g e n t e es s o -
bre u n ordenador, u n sistema, u n a
máquina y n o se r e q u i e r e l a p a r t i -
cipación, e n e l o t r o e x t r e m o , d e
ima persona h u m a n a , p o r cuanto la
t r a n s f e r e n c i a de datos y el desplaza-
m i e n t o p a t r i m o n i a l e n p e r j u i c i o del
s u j e t o p a s i v o , se p r o d u c e de f o r m a
automática, s i n s u participación o
consentimiento.
14. A p o r t e s d e l a n u e v a l e y
M e d i a n t e l a p r i m e r a disposición
complementaria y modificatoria de la
Ley, se i n t r o d u j o al d e l i t o informático
c o m o u n o d e l o s d e l i t o s pasibles d e l
l e v a n t a m i e n t o d e l secreto d e las c o m u -
nicaciones^'', establecido e n el artículo 1
de l a L e y N.° 2 7 6 9 7 para u n a b a n i c o de
d e h t o s graves. P o r o t r o l a d o , m e d i a n t e la
m o d i f i c a t o r i a d e l n u m e r a l 0 9 del artícu-
l o 3 d e l a L e y N.« 3 0 0 7 7 , se estableció
además q u e , p a r a s u investigación, l e
2 6 A h o r a el d e l i t o informático t i e n e el status de
g r a v e d a d d e los d e h t o s c o m o el secuestro, t r a t a
d e personas, pornografía i n f a n t i l , r o b o agravado,
extorsión, tráfico ilícito de drogas, tráfico ilícito
de m i g r a n t e s , dehtos c o n t r a la h u m a n i d a d , a t e n -
tados c o n t r a l a s e g u r i d a d n a c i o n a l y traición a
la p a t r i a , p e c u l a d o , corrupción de f u n c i o n a r i o s ,
terrorismo, delitos tributarios y aduaneros,
l a v a d o de activos.
Actualidad Penal 55
 Actualidad
Penal Derecho penal - Parte especial
son aplicables las n o r m a s q u e r e g u l a n l a 16. Bibliografr'a
investigación e n los d e l i t o s d e c r i m i n a - B R A M O N T - A R I A S T O R R E S , L u i s , El delito infor-
l i d a d organizada. E n consecuencia, estos
delitos v i e n e n s i e n d o investigados a l a
fecha p o r las Fiscalías Especializadas e n B L O S S I E R S H U M E , J u a n José, Criminalidad infor-
C r i m i n a l i d a d O r g a n i z a d a c o n las exigen-
C H O C L A N M O N T A L V O , José A n t o n i o , " I n f r a c -
cias establecidas p o r l a n o r m a , b a j o las
reglas d e l n u e v o Código Procesal P e n a l .
C o n estas m o d i f i c a c i o n e s , s i n l u g a r a
dudas, se h a o t o r g a d o d e n u e v o s m e c a -
n i s m o s procesales idóneos y eficaces q u e E D U A R D O A B O S O , G u s t a v o y María F L O R E N C I A
buscan c o m b a t i r esta n u e v a d e l i n c u e n c i a
moderna.
15. C o n c l u s i o n e s
E l d e h t o de fraude informático, u n a
d e las m o d a l i d a d e s d e l c i b e r c r i m e n
es c u a l i t a t i v a m e n t e d i f e r e n t e a
l o s d e l i t o s d e h u r t o y estafa, d e
t r a s c e n d e n c i a i n t e r n a c i o n a l q u e se
c o m e t e e n el ciberespacio, el c u a l n o
r e c o n o c e fronteras geográficas.
C o m p a r t e c o n l o s demás d e l i t o s
informáticos u n b i e n jurídico e n
común ( e l c u i d a d o d e los sistemas
y d a t o s informáticos e n s u s tres
propiedades: confidencialidad, i n -
t e g r i d a d y d i s p o n i b i l i d a d ) además
p r o t e g e e n e l caso específico e l
patrimonio.
Es u n d e l i t o doloso^ c o n u n e l e m e n -
t o s u b j e t i v o a d i c i o n a l - e l propósito
de p r o c u r a r s e p a r a sí o p a r a o t r o s
u n p r o v e c h o ilícito-, q u e l o d i f e -
r e n c i a d e l " h a c k i n g ético". P a r a s u
consumación r e q u i e r e l a e x i s t e n c i a
- o b j e t i v a - de u n daño p a t r i m o n i a l .
Instituto Pacífico
56
mático en el Código Penal peruano, 1 . ' e d . ,
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programas informáticos en el derecho español.
G U T I É R R E Z FRANCÉS, M a r i l u z , " N o t a s sobre l a
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 INSTITUTO
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Doctrina práctica
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Volumen 13 • Juib2015 Actualidad Penal 5