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CONCLUSÃO ENEM

1. A prova pede uma intervenção, não uma solução

As questões sociais apresentadas na prova são frequentemente complexas e muitas vezes históricas –
ou seja, já recebem atenção da sociedade e dos governos há muito tempo. Portanto, não se espera que
o candidato, no Enem, apresente uma proposta que vá resolver a situação, mas sim enfrentá-la. E essa
proposta não precisa necessariamente ser original e inédita. Ela pode envolver medidas já propostas no
passado ou ampliar ações já adotadas (como aumentar o valor de multas, por exemplo). O importante é
que essa proposta seja apresentada com bons argumentos.

Esse aspecto é destacado pelo professor Yeso Osawa, do Curso Positivo, de Curitiba: “Proposta de
intervenção não é apenas aquilo que está por ser feito. Pode ser que alguém, em algum lugar, já tenha
experimentado o que você está propondo. Está aí um bom chamariz para valorizar o seu texto. É
possível mencionar um procedimento já existente como aquilo que pode balizar a sua sugestão.”

2. Detalhe sua proposta

Propostas completas são fundamentais para garantir os 200 pontos, porque expressam sua capacidade
de compreender a abrangência e complexidade de questões sociais e de como podem ser
encaminhadas. Segundo Ana Paula Dibbern, professora e coordenadora do Cursinho Maximize, de São
Paulo, “é recomendável que a proposta de intervenção social contemple mais de uma ação. Ou seja,
sobre o tema da Lei Seca, por exemplo, a proposta poderia conter uma intervenção no sentido de
conscientizar as pessoas (educação para o trânsito) e outra relacionada à regulação e fiscalização. Mas é
preciso ser cuidadoso, já que as duas ações precisam estar detalhadas, interligadas e claras.”

Sua proposta deve conter:

Síntese – Explicite por que sua proposta interfere positivamente na questão colocada.
O agente ou agentes sociais – Quem implementará a proposta: a família, a comunidade, secretarias
municipais ou estaduais de saúde, de educação, o Ministério da Educação ou da Cultura, um dos
governos (federal, estadual ou municipal), as escolas da Educação Básica, as universidades, organizações
governamentais?
Implementação – Como ela será feita? Por exemplo, com a adoção de um programa de governo e por
meio de atendentes presenciais, como assistentes sociais ou enfermeiros; por campanhas públicas de
comunicação, por campanhas educativas, com a inclusão nos livros didáticos, com distribuição de
recursos como alimentos, remédios, vacinas…
Outros mecanismos – Sugerir formas de custeio demonstram compreensão dos diferentes mecanismos
existentes e possíveis, como um novo imposto, verba do orçamento público, taxas sociais, criação de
fundos de governo, participação da iniciativa privada, royalties de exploração do petróleo etc. Procure
informar-se a respeito.

3. Respeite os direitos humanos

Desrespeitar os direitos humanos em sua redação pode zerar a sua nota. Para garantir que sejam
levados em conta, no entanto, é preciso inteirar-se sobre o que são eles. Após a aprovação da
Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Organização das Nações Unidas, depois da II Guerra
Mundial, outras convenções posteriores incorporaram novos direitos, como os das pessoas com
deficiência, por exemplo. Procure saber mais sobre eles.

A professora Dibbern sugere que você se pergunte: “Será que a implantação de minha ideia prejudicaria
ou seria injusta com algum grupo na sociedade? A realização do projeto que defendo aqui traria algum
dano ambiental? Essa proposição traz argumentos contrários àqueles defendidos pelos movimentos
sociais? Se a resposta for sempre “não”, provavelmente você está no caminho certo.”

4. Situe a questão nos níveis individual e social

A proibição de desrespeitar os direitos humanos na sua redação já sugere a preocupação da prova com
essas duas dimensões, a do indivíduo e a coletiva, da sociedade. Isso porque inúmeras questões sociais
só podem evoluir e melhorar com mudanças de comportamento das pessoas. Pense, para sua
argumentação, aspectos envolvendo as duas dimensões e como sua proposta interfere em cada uma
delas.

Devo colocar a proposta sempre no final do texto?

Depende. A proposta de intervenção social tem mais força quando aparece no fim da redação, desde
que esteja amarrando com clareza sua argumentação. “É importante que os argumentos defendidos
pelo estudante sejam coerentes entre si e contribuam na defesa do seu ponto de vista. Ou seja, as ideias
apresentadas ao longo do texto devem culminar na proposta de intervenção. É mais seguro seguir o
modelo tradicional de ‘introdução – argumentação – conclusão’, e inserir a proposta de intervenção na
conclusão” recomenda Dibbern.

Mas não é proibido fazer uma afirmação de propostas no início da dissertação, desde que isso seja
retomado na conclusão. O professor Ieso Osawa ressalva: “Seu texto pode antecipar algumas ideias com
relação ao que seriam as formas de intervenção. Ao condensar tudo naquele último parágrafo, e quando
são muitas coisas, há a possibilidade de que fique tudo “embolado” naquele trecho, e você corre o risco
de perder unidade com a argumentação e o foco.”

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