RELATÓRIO
PRÁTICA 01
EQUIPE:
1. CAIO CEZAR GUEDES DE QUEIROZ
2. FRANCISCO HENRIQUE MIRANDA RODRIGUES
3. KELVIN CASTRO LACERDA
4. NÍZIA STEPHANIE DE LEMOS RODRIGUES
5. RICHELMA RODRIGUES BRITO
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Para que os microconstituintes possam ser observados na micrografia, foi necessário que
a amostra passasse por alguns processos que serão detalhados a seguir, bem como os materiais
necessários para a preparação da amostra.
2.1 MATERIAIS
2.2 MÉTODOS
2.2.1 CORTE
Neste trabalho o material utilizado foi uma barra circular de aço 1020, tendo em vista o
número de classe 10 indicando aço carbono e 20 o número do percentual de carbono 0,20%, cujas
dimensões não foram especificadas na análise.
Primeiramente a amostra foi cortada transversalmente, sempre tendo o cuidado para não
deixar o disco de corte F3 por muito tempo em atrito com a peça, evitando assim que a superfície
do material mudasse as propriedades devido ao calor, o que também seria auxiliado pelo fluído
refrigerante, que refrigerava a peça a cada seção do corte. Após o corte, de forma que sua seção
transversal circular estava dividida em um tamanho adequado para análise microscópica.
Para o corte utilizou-se uma máquina de corte com fluído refrigerante de marca Struers,
modelo Discotom. O disco para o corte foi o F3 cujo código faz parte de um sistema de codificação
dos discos de corte, onde o F3 indica sua aplicação em metais ferrosos com dureza de 25 a 35
HRC. Na refrigeração para o corte foi utilizado um fluído refrigerante misturado com água.
Figura 1 - Máquina de corte com fluído refrigerante de marca Struers modelo Discotom.
2.2.2 EMBUTIMENTO DA AMOSTRA
Este processo consiste em embutir a amostra, tanto para a proteção quanto para facilitar
o manuseio nos próximos procedimentos.
Antes de embutir a peça com a resina, devemos lubrificar o embolo inferior e o superior
com um fluído desmoldante/óleo, para que a resina não se prenda no embolo durante o processo
de embutimento além de facilitar a retirada deste, no final do processo.
Para o embutimento, posicionamos o embolo inferior no cabeçote do eixo fixo no fuso
ajustável, colocamos a amostra o mais centralizado possível deste embolo inferior, com a face da
amostra que será analisada com a face do embolo inferior, levantamos o fuso ajustável até o final
do curso, com muito cuidado para a amostra não descentralizar ou sair da posição, colocamos a
baquelite cuidadosamente através de um funil com quantidade suficiente para cobrir a amostra,
colocamos o embolo superior dentro do cilindro de embutimento, e no final colocamos o eixo de
compressão sobre o cilindro de embutimento, regulamos o tempo de aquecimento no temporizador
7 minutos, fechamos a válvula de escape e aplicamos pressão no conjunto, a pressão é de ordem
entre 2000 – 2500 Kgf/cm². Após o tempo de aquecimento ajustado e a luz na unidade de
embutimento ter se apagado, iniciou-se a fase de resfriamento por aproximadamente 2 minutos e
em seguida desligou-se a máquina. Para retirar a amostra e o embolo inferior foi preciso liberar a
válvula de escape para retirar a pressão, baixar o fuso ajustável, fechar a válvula de escape
novamente e aplicar pressão para extração do embolo inferior e da amostra.
No laboratório foi utilizado a embutidora metalográfica Tempopress da marca Struers, a
resina utilizada foi a baquelite de cor preta (1 scoop).
2.3.1 POLIMENTO
Nesta etapa foram utilizados 2 panos especiais em forma de prato, em uma politriz de um
prato giratório sem água corrente, a adição de água é manual, juntamente com o abrasivo óxido de
alumínio ou alumina de 0,5𝜇𝑚 e de 1 𝜇𝑚, para finalizar após o processo de lixamento.
Este processo inicia-se adicionando a alumina de 1 𝜇𝑚 no pano de polimento, próprio
para a alumina inicial (de fato são os mesmos panos porém uma alumina contém uma abrasividade
maior que a outra e para estas aluminas não se misturarem no mesmo pano, mesmo a pós a
lavagem, utilizam-se dois panos, um para a alumina inicial e outro para a alumina final). Na politriz
os movimentos são contrários ao movimento de rotação do prato da politriz. Passa-se 15 minutos
polindo a amostra com a alumina inicial, e por fim limpar a amostra com um algodão com água e
sabão e borrifar um pouco de álcool para dificultar a oxidação e secar com um secador. Depois
deste passo, visualizar a amostra no microscópio para verificar a quantidade de ranhuras após o
polimento com a alumina inicial de 1 𝜇𝑚. Após verificar a quantidade de ranhuras no microscópio,
com a alavanca de comutação voltada para o modo campo escuro, e fazer o segundo polimento no
segundo pano de polimento próprio para a alumina final de 0,5 𝜇𝑚 durante 8 minutos, o processo
de limpeza é o mesmo, utilizando um algodão diferente com água e detergente, e por final o álcool
e o secador. Depois disso, fazer uma nova visualização no microscópio, para verificação de
ranhuras e excessos de alumina no material.
Neste processo é utilizado um reagente que por imersão nos revela a microestrutura. O
reagente utilizado foi o Nital (ácido nítrico mais álcool) 2% cuja composição é de 2ml de ácido
nítrico com 98 ml de álcool etílico. O ataque é feito por imersão da amostra durante um período
de 20 segundos, sem encostar a superfície da amostra no fundo do recipiente que contém o ácido
para a imersão. Neste ataque o ácido reage com os contornos de grãos e assim revela a estrutura
metalográfica. Depois disto, foram feitas a limpeza e a secagem da amostra e ela foi levada para o
microscópio. Após o ataque químico, os contornos de grão, assim como os microconstituintes,
puderam ser visualizados no microscópio e algumas micrografias foram feitas.
Ampliando-se o zoom na amostra metalográfica para 500 vezes fica possível perceber mais
nitidamente a formação dos contornos de grãos e a formação de lamelas de cementitas (Fe3C), que
possui forma de cristal ortorrômbico, apresentando lamelas da cor preta.
E por fim, para encerrar as análises a amostra metalográfica foi ampliada 1000 vezes para que
sejam observados os contornos de grãos da ferrita (cor clara), as lamelas de perlita (marrom) e
aparecimento de mais pontos de cementitas (pontos pretos).
4. CONCLUSÕES
Conclui-se, portanto, que a análise metalográfica é bastante útil, pois é feita a partir de um ensaio
simples e que nos fornece várias informações acerca da qualidade da amostra do metal, permitindo
a visualização em especial dos seus microconstituintes. A partir do controle da microestrutura,
podemos determinar as propriedades desejadas e também prevermos possíveis falhas no material.
5. REFERÊNCIAS
CALLISTER Jr, WILLIAM D. Ciência e Engenharia de Materiais. Uma Introdução. Rio de
Janeiro: LTC,5ª Ed.
Disponível em: <http://www.testmat.com.br/blog/2013/05/30/laboratorio-metalografia-testmat-
reagente/> Acesso no dia: 28/04/2018.
Disponível em: <http://www.arotec.com.br/mnu-lado-metalografia/mnu-lado-
preparamostras/mnu-lado-materialconsumo/mnu-lado-corte> Acesso no dia: 28/04/2018.
Disponível em:< http://www.alcar.com.br/blog/artigo/lixas> Acesso no dia: 28/04/2018.
Disponível em:<
http://www.arotec.com.br/images/Catalogos/Metalografia/Catalogo_Consumiveis.pdf> Acesso
no dia: 28/04/2018.
<https://pt.wikipedia.org/wiki/ferrita>
<https://pt.wikipedia.org/wiki/cementita>
<http://www.abcm.org.br/anais/creem/2005/pdf/b1.pdf>