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Análise da obra

Neste diálogo são abordados os momentos que precederam a morte de Sócrates,


relatados por Fédon de Elis, discípulo de Sócrates, a Equécrates.

Este diálogo pode ser dividido nas seguintes partes:

Prólogo (57a-60b)

Fédon procura responder à curiosidade de Equécrates, sobre as circunstâncias em


que ocorreu a morte de Sócrates e se o mesmo acreditava nas teorias pitagóricas sobre a
metempsicose.

Capítulo I (60b-69e)

Como o Filosofo Encara a Morte. A Morte como Libertação

1. Analisa-se a questão do suicídio e faz-se a sua condenação.

2. A natureza e objeto da filosofia face à questão da morte.

3. A morte é a separação da alma do corpo (63b-64c)

4. A oposição alma - corpo (64c)

5. O corpo é visto como um obstáculo que impede a alma de atingir a sabedoria


(65a-66e)

6. A Filosofia como preparação para a morte (67d-68b)

7. A esperança dos homens virtuosos que cultivaram a Filosofia é encontrarem no


Hades deuses, sábios e bons.

Que espécie de morte é desejada pelos filósofos?

Qual a razão porque o pretendem?


Capítulo II (69d-72e)

Sócrates começa a expor os seus argumentos sobre a imortalidade da alma

1. A sobrevivência e imortalidade da alma (69e-70c)

2. Uma coisa tem origem na que lhe é oposta. A vida sucede-se a morte e a esta a
vida, e assim sucessivamente.

3. 1º.Argumento: A alternância dos contrários ou opostos prova a existência da


via para além da morte(70c-72e).

Capítulo III

1. A preexistência da alma em relação ao corpo

2. 2º.Argumento: A reminiscência (Anamnese) pressupõe a existência da alma


(73b-77a).

Capítulo IV

1. As coisas compostas estão sujeitas à decomposição, as coisas simples como a


ideia de Bem, são imutáveis e invisíveis.

2. A teoria das Ideias

3. 3º.Argumento: A simplicidade da alma fundamenta a sua eternidade(78d)

Capítulo V

Os contra argumentos de Símias e de Cebes (84c-88b): a Alma Harmonia e a


Degradação na Alma nas sucessivas reencarnações.

Capítulo VI

1.O objetivo de toda a pesquisa: a procura do bem

2. O problema da Física: a causalidade


3. 4º. Argumento: A análise da causa da geração e da corrupção das coisas, leva-
nos a concluir sobre a alma como imperecível (102a-107a).

Capítulo VIII (107d-115a)

O Destino da Alma no Cosmos

Faz-se uma descrição da Cosmos de forma articulada com o destino das almas.

Epílogo (115a-118c)

O diálogo de Sócrates com os seus discípulos é interrompido, com a chegada dos


servidores do Onze, os quais dão-lhe o veneno (cicuta) que o matará. A última mensagem
de Sócrates.

Principais questões colocadas no Fédon

Imortalidade da alma. A questão central deste diálogo. Platão procura dar neste
diálogo uma fundamentação filosófica da Psyké (princípio vital, alma) até então muito
envolto em concepções mágico-religiosas. Todas as provas que apresenta para a
imortalidade da alma são apoiadas na sua teoria das ideias: a) O conhecimento como
reminiscência das ideias contempladas; b) o conhecimento das ideias pela alma
demonstra a semelhança desta com aquelas; c) As coisas são o que são devido à sua
participação nas ideias.

Dualismo antropológico. O corpo é associado a um túmulo que aprisiona a alma


e a impede de pensar-se a si própria e a toda a realidade. A alma só o poderá fazer
separando-se das necessidades e fruições corpóreas, o que só acontecerá após a morte, na
outra vida, mas para que isso aconteça é necessário que a alma esteja preparada.

Teoria do conhecimento. Platão começa por distinguir neste diálogo, o mundo


sensível do mundo inteligível. O primeiro só nos permite um conhecimento aparente do
mundo e portanto não um verdadeiro conhecimento. Os sentidos constituem verdadeiros
obstáculos para a alma de atingir o verdadeiro conhecimento, o que só o poderá obter
afastando-se ou libertando-se do corpo (sentidos).A fim de garantir a possibilidade do
próprio conhecimento Platão sustentam que as coisas sensíveis são cópias (sombras) das
ideias que a alma contemplou no mundo inteligível. Quando esta reencarna num corpo
trás consigo recordações destas formas (ideias inatas), transformando deste modo toda a
aprendizagem numa recordação.

Ideias Inatas. O ciclo de reencarnações da alma fundamenta a teoria da


reminiscência e a do conhecimento. Questão que emerge desta concepção: Qual o valor
do conhecimento sensível e da aprendizagem?

Isomorfismo da Alma com o Cosmos (107d-114c). A concepção da alma em


Platão, dividida em três partes (Alma Racional, Alma Irascível e Alma Concupiscente)
tem um paralelismo na sua concepção de Estado (Polis), onde encontramos também três
funções básicas (função econômica, defensiva e legislativa), mas também na sua
concepção do cosmos onde sustenta a existência de três terras (Fédon, Cap.VIII).

Política. A teoria política de Platão está intimamente relacionada com a sua teoria
das ideias. Só um Estado governado por quem tem o conhecimento dos fundamentos da
ordem e da justiça, pode ser ordenado e justo.

Moral. O renascimento das almas após a morte, sob formas desiguais, fundamenta
a justiça que transcende os homens e que os julga pelas escolhas que fizerem durante a
vida.

As "provas" da imortalidade da alma constituem o núcleo central do Fédon, para


a fundamentação das quais serão evocadas as várias teorias (Teoria da Ideias, da
Reminiscência e da Reencarnação).

1º Argumento: O devir faz-se através da sucessão cíclica de coisas


contrárias. Esta teoria que remonta a Heráclito. Os contrários sucedem-se
alternadamente. Do pequeno se faz o grande e do grande o pequeno. O sonho sucede à
vigília, a decomposição à composição, como a morte se sucede à vida e esta àquela. De
acordo com este princípio, a existência terrena seria precedida de uma vida anterior oposta
à morte (teoria da metempsicose). Neste processo é contudo necessário, que algo
permaneça através dos ciclos de vida e da morte: a alma, enquanto princípio da vida.

2º Argumento: Reminiscência. Para que alguém recorde algo, é necessário que


antes tenha aprendido. Aquilo que recordamos aprendemos numa outra existência, na
qual a lama contemplou as ideias. Platão afirma deste modo que a alma preexiste ao corpo
e sobrevive à sua morte.

3º Argumento: Simplicidade da alma e sua afinidade com a Ideias . As coisas


simples - as Ideias -, distinguem-se das compostas -os corpos -, por serem eternas,
invisíveis e imutáveis. Num homem podemos distinguir a alma e o corpo. A alma é
simples e o corpo é composto. Logo, temos que convir que à alma pertencem todas as
características que são próprias das ideias, sendo portanto imortal.

4º Argumento: Incompatibilidade dos Opostos. As coisas particulares do mundo


sensível tem existência e realidade quando participam nas ideias. Mas uma coisa não pode
participar da Ideia que lhe é oposta (par no impar, calor no frio, saúde no frio, bom no
mau). Ora a vida e a morte são opostos. A alma participa na ideia de vida, logo exclui a
sua ideia contrária, a morte. A alma ao aproximar-se da morte (o seu contrário) afasta-se,
libertando-se. Podemos pois concluir que a alma é imortal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.passeiweb.com/estudos/livros/fedon

Acesso em 09 de Julho de 2018, 13h40

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