RESUMO
CASTANHAL 2018
século XVII com o Oralismo a grande maioria sem considerar a opinião dos surdos, deu um
imenso passo ao passado. Hoje passamos essa etapa vivemos a inclusão de pessoas surdas e
a difusão da língua, os avanços existem, contudo ainda estão em passos lentos, pouco se
sabe sobre os surdos, a Libras e sua comunidade. Por isso esse artigo pretende apresentar,
esclarecer e evidenciar que os surdos apresentam as mesmas capacidades comunicativas
que ouvintes, porém a deficiência que existe no sistema na comunidade de modo geral que
não é capaz de educar e incluir esse cidadão de maneira efetiva.
INTRUDUÇÃO
Como foi mencionado, são recentes as preocupações sobre e como educar os surdos,
porém o maior erro foi desconsiderar a opinião dos surdos. O que causou maior atraso na
história da educação dos surdos foi o Congresso de Milão realizado em 1880, onde pessoas
ouvintes decidiram sobre como proceder a respeito da educação dos surdos. Na época
existiam duas principais filosofias, o Oralismo e a Comunicação Total, infelizmente os
próprios surdos foram proibidos de entrar na reunião e opinar a respeito. Depois de muitas
discursões fora votado e decidido que o Oralismo que buscava reabilitar o surdo a
comunidade, ensinando-lhes a falar, no que consistia de práticas de repetição massivas e
desgastantes em que crianças surdas eram submetidas, seria a melhor maneira de educar os
CASTANHAL 2018
surdos. Então novamente os surdos sofreram as consequências, sendo proibidos de
comunicarem-se por meio da língua de Sinais. Muitos tiveram suas mãos amarradas nas
escolas, para que não utilizassem a Língua de Sinais que era vista como negativa para o
desenvolvimento da linguagem. Cem anos se passaram para que o Oralismo perdesse força e
a Língua de Sinais fosse vista de maneira positiva, sendo hoje considerada a língua Materna
dos surdo e fundamental para o desenvolvimento da linguagem, da fala, da escrita e da L2.
A educação passou por algumas fases, no que diz respeito a relação do aluno surdo
com a escola. Por muito tempo os surdos foram totalmente excluídos do processo
educacional, ou seja não faziam parte. No século XVII os fonoaudiólogos eram os
responsáveis por esse papel, de modo que os surdos eram segregados da sociedade
educacional. Porém percebeu-se que pertencia a escola esse papel, então o surdo, assim
como os demais alunos com necessidades especiais eram mantidos em salas para educação
especial, mas ainda sim os surdos estavam integrados enquanto precisava ser incluídos e por
isso, hoje, a educação segue a corrente do Bilinguismo que consiste em educar a criança
surda em sua língua materna, e de maneira simultânea ensinar-lhe a língua Portuguesa em
sua modalidade escrita, para que esta tenha as verdadeiras condições de desenvolver-se.
DESENVOLVIMENTO
Existem muitas crenças a respeito da língua de Sinais: alguns pensam que ela é uma
espécie de mímica, outros imaginam que exista apenas uma língua de sinais para todos os
surdos no mundo... Isso revela a ignorância da grande maioria sobre a Comunidade Surda e a
Língua de Sinais. Esta como o próprio nome diz é uma língua tal qual o Português, Espanhol e
o Polonês, apresentam aspectos como: variação linguística, gramatica e literatura, por isso
ela não se resume apenas a mímica. Ela é capaz de representar não apenas objetos ou ações,
porém também conceitos abstratos, literais e filosóficos.
CASTANHAL 2018
significação, ao que Matos e Saúde esclarecem:
Em abril de 2002 foi promulgada a lei de Libras no Brasil (Lei n 10.436) reconhecendo-
a como língua Materna dos surdos, apresentando modalidade Gestual-visual; diferente do
Português que é uma Língua Oral-Auditiva a LIBRAS atende as necessidades do surdos
podendo facilmente ser compreendida. De acordo com a Lei citada não será exigido que o
surdo aprenda o Português na modalidade oral, porém a modalidade escrita deve ser
ensinada nas escolas essa lei inclusive garante aos alunos surdos o direito a um interprete
em sala de aula.
CASTANHAL 2018
Os sons manisfestados pelas crianças corresponde não somente a sons que podem ser
percebidos em seu convívio, mas também a sons incomuns para o seu contexto linguístico. O
innatismo, de Chomisky, umas das teorias de aquisição da linguagem mais aceita entre os
estudiosos, argumenta sobre a gramática universal, que seria um pré-disposição ao
desenvolvimento da linguagem que toda criança possue. "Neste sentido, observa-se que
tanto o bebê surdo quanto o ouvinte desenvolvem o balbucio oral e manual" (NASCIMENTO
E FRANÇA), no entanto, diferentemente dos ouvintes os surdos não recebem estímulos por
meio da audição e por isso logo encerram suas tentativas o mesmo ocorre com os ouvintes
que não são suficientemente estimulados por meio de gestos.
CASTANHAL 2018
A partir dos dois anos de idade a criança, passa a elaborar cada vez mais seu
vocabulário linguístico, sendo capaz de lidar com diferentes tipos de situações. Na idade
entre 6 e 7 anos a crianças consolida a formação, pragmática e social da língua, porém caso a
crianças não receba este estímulo até o final do período de aquisição da língua fica mais
difícil fazê-lo pois findo esse período a mente limita suas possibilidades de aquisição de
línguas, como ressaltam, Godoy e Dias.
A Partir deste período a crianças ainda consolida alguns aspecto da linguagem como a
gramática por exemplo, também sendo possível aprender novos léxicos pelo resto da vida.
CONCLUSÃO.
A criança surda dispõe de uma língua com estruturas próprias para atender a suas
necessidades físicas, pois o surdo possuem condições suficientes para o desenvolvimento da
linguagem que como vimos no artigo, para o surdo os processos de aquisição da linguagem
são os mesmo que para um ouvinte. A sociedade deficiente dificulta esse processo não
dando as mesmas condições aos surdos, pois o desenvolvimento da linguagem que
determina o desenvolvimento do pensamento.
CASTANHAL 2018
sobre o tema, Alencar propostas em eventos e congressos, difundir a Libras e a Surdez,
desmistificar tantas crenças para que os surdos possam ser incluídos não somente nas
escolas, como também na sociedade.
BIBLIOGRAFIAS
SILVA, Lislayane Oliveira; SILVA, Willian Costa da; MELO, Líllian Gonçalves de.
Desenvolvimento Cognitivo Do Sujeito Surdo No Processo De Aquisição Da Língua De Sinais –
Libras. Disponível em: <
http://www.revistahumanidades.com.br/arquivos_up/artigos/a38.pdf> . Acessado em 17 de
junho de 2018.
QUADROS, Ronice Müller. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1997.
CASTANHAL 2018