UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – UEMG

Campus Divinópolis
Engenharia Civil

Douglas Daniel
Fabiano Magno
João Vitor Ferreira Tonaco
Guilherme Henrique Silvério Silva
Matheus Henrique de Melo Carlos
Nalton Lucas da Silva

matheusgodin@hotmail.com; jhonyvitor-div@hotmail.com;
fabianoeff@hotmail.com; ddanieldiv@hotmail.com;
guilhermehssdiv@gmail.com; nalton_lucas@yahoo.com.br

10º Periodo Engenharia Civil - Noturno

Orientador: Junio Damasceno de Souza

LEVANTAMENTO DE OBRAS E CONSTRUÇÕES VULNERÁVEIS

PARA GERAÇAO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Divinópolis
2018

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 SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................... 4
3. REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 5
3.1. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS .................................................. 5
3.2. TIPOS DE POLUIÇÃO ........................................................................................ 6
4. MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 7
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................8

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1. INTRODUÇÃO

A construção civil é responsável por várias alterações no local e região onde é

locado a obra ou empreendimento, causados por suas diversas atividades, que vão
diretas ou indiretas, como a fabricação do cimento e o transporte de materiais, a
alteração de uma aréa por terraplanagem ou mesmo a construção de edifícios de maior
porte em áres predominantemente horizontais. Essas alterações são de natureza
ambiental, social e até mesmo econômica. A obras aqui descritas, estão localizadas em
um espaço urbano onde já se podem notar diversas alterações, o que da a impressão de
não causar danos significativos. Mas com um olhar mais atento e crítico pode-se
perceber, e prever, danos como a impermeabilização de boa parte do terreno, o impacto
visual causado pela obra, poeira e barulho causados, geração de resíduos da construção,
entre muitos outros.

Os impactos não são apenas no âmbito ambiental, pois é preciso considerar todas
as mudanças que são acarretadas na sociedade em torno do empreendimento devido a
implatançado de novas construções. A construção civil é uma das áreas de atividade que
mais atinge a sociedade, considerando as proporções das novas intervenções, uma vez
que estas podem alterar a vida das pessoas de uma rua, bairro ou até mesmo de uma
grande cidade. As mudanças podem trazer benefícios ou criar inconveniências para as
pessoas que residem ou transitam por aquele local.

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2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O presente trabalho tem como objetivo a saída à campo para identificar

empreendimentos na fase de construção que apresentam possíveis impactos
ambientais, assim como apresentar as medidas de controle, mitigadoras ou
compensatórias que possam ser aplicadas a partir de um estudo bibliográfico que foi
utilizado como referência para realização do mesmo.

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3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

A avaliação de impacto é um instrumento da Política Nacional de Meio

Ambiente, criada em 1981, pela lei Nº 6938, tem como função assegurar que desde
de o início do processo de implantação de um empreendimento seja feito um
levantamento sistemático dos impactos ambientais e suas possíveis medidas de
controle. É necessário ainda que os resultados sejam explícitos de forma adequada
ao público.
Tornisielo et al (1995, p.47) considera que para melhor compreensão da AIA,
é fundamental a realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA). O EIA constitui
a fase preliminar, que precede a avaliação e resulta em um relatório fundamentado
com a descrição de todas as repercussões e consequências prováveis ou seguras da
realização da atividade projetada e a prevenção aos interessados sobre os riscos
iminentes ao meio ambiente.

Segundo Munn citado por Sànchez, (2008, p.39), a AIA é uma atividade que
visa identificar, prever, interpretar e comunicar informações sobre as consequências
de uma determinada ação sobre a saúde e o bem-estar humanos.

A Avaliação de Impacto Ambiental é apresentada como instrumento e/ou

como procedimento, que visa observar com antecedência as possíveis consequências
de uma decisão final. São atributos essenciais da AIA: o caráter prévio e o vínculo
com o processo decisório; e a necessidade de envolvimento público neste processo.

Rosely (2004, p.111), diz que os impactos ambientais devem ser classificados,
comparados e suas relações, evidenciadas. Os métodos utilizados para levantamento
dos impactos ambientais seguem um padrão em que propõem ordenar, qualificar,
quantificar, comparar, relacionar e tornar espacial os impactos. De forma geral, os
dados de entrada para o método ou técnica são obtidos por meio de levantamentos
bibliográficos, utilização de uma equipe multidisciplinar, visitas de campo e
interpretação de outros temas analisados.

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 3.2. TIPOS DE POLUIÇÃO

Para agregar conceitos dos diferentes tipos de poluição podemos analisar

diferentes interpretações sobre os mesmos. Poluição Visual é caracterizada pelo
excesso de elementos ligados à comunicação visual (como cartazes, anúncios,
propagandas, banners, placas, outdoor, etc.) . No meio onde analisamos, podemos
classificar poluição visual materiais que se desprendem e ficam soltou no ar e
qualquer tipo de madeira no entorno da obra para a proteção, modificando a paisagem
natural do local.

Segundo (ROMERO apud OLIVEIRA, 2003, p.44), " uma espécie de zoom
que se inicia com a visão panorâmica da grande massa urbana, termina no edifício e
utiliza como parâmetro o grau de proximidade do usuário na sua interação com o
ambiente construído."

A poluição hídrica é consequência da introdução de matéria e/ou energia em

quantidade suficiente para promover a alteração das propriedades físico-químicas de
um corpo d'água. Adotando a construção Civil como referência no contexto, Fabiano
Pereira Santos (2008, p.261), "a poluição é essencialmente produzida pelo homem e
está diretamente relacionada com os processos de industrialização e a consequente
urbanização da humanidade. Esses são os dois fatores contemporâneos que podem
explicar claramente os atuais índices de poluição, principalmente, porque o
desenvolvimento vem se efetivando em detrimento ao meio ambiente, sem um
planejamento adequado ou uma política de crescimento sustentável."

Outro tipo de poluição bem comum nas obras da construção civil é a

atmosférica. A mesma se refere a mudanças da atmosfera terrestre podendo causar
impactos na saúde humana tanto quanto ao meio ambiente. Normalmente a
contaminação está relacionada principalmente por partículas sólidas, líquidos em
suspensão, material biológico e até mesmo gases. A fase de fabricação de materiais de
construção também provoca impactos negativos. Como exemplo, toma-se a indústria
cimenteira, que no Brasil é responsável pela geração de mais de 6% do total de CO2
gerado (Brasil, 2007).

Continuando o estudo dos tipos de poluição encontrados nas obras pesquisadas

como fonte de informação deste trabalho, pudemos constatar a poluição do solo. Essa

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 poluição pode ser conceituada como qualquer mudança em sua natureza (do solo),
causada pelo contato com resíduos sólidos, produtos químicos, e resíduos líquidos, os
quais causam sua deterioração prejudicando ao solo e/ou a saúde dos seres vivos.
Após a contaminação do solo conforme a reflexão de (Cunningham et al., 1996) "a
recuperação desses ambientes exige estudos de diversas naturezas sobre solo,
vegetação e água.

Com relação as medidas de controle podemos afirmar que são ações que
representam o coletivo das ações estratégicas de prevenção destinadas a eliminar ou
reduzir, mantendo sob controle, as incertezas e eventos indesejáveis com capacidade
potencial para causar impactos a saúde ou ao meio ambiente. Partindo desse
pressuposto é possível criar uma tabela com o objetivo de organizar estrategicamente
as medidas de controle.

Para Formoso (2001, p. 5) o planejamento das medidas de controle [...] um

processo gerencial, que envolve o estabelecimento de objetivos e a determinação dos
procedimentos necessários para atingi-los, sendo eficaz quando realizado em conjunto
com o controle.

4. MATERIAIS E MÉTODOS

Analisando as construções escolhidas podemos identificar impactos

semelhantes, o que nos evidencia as mesmas dificuldades de controle. Antes de destacá-
los iremos mencionar os respectivos empreendimentos em estudo:

- EDIFÍCIO RESIDENCIAL SAINT GERMAN; residencial localizado na Av. 7 de

Setembro, 1071 – Centro – Divinópolis/MG

- EDIFÍCIO RESIDENCIAL MONTE CARLO; residencial localizado na Rua Rio

Grande do Sul, esquina com Av. Divino Espírito Santo – Centro- Divinópolis/MG

- EDIFÍCIO COMERCIAL EMPIRE CENTER; comercial localizado na Av.

Antônio Olímpio de Morais, 607- Centro, Divinópolis/MG

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- PORTAL TOPÁZIO; Condomínio Residencial Vertical localizado na Rua
Delfinópolis – Quadra 030, Lote 600 – Bairro Planalto – Divinópolis/MG.

- EDIFICIO RESIDENCIAL PARTICULAR; Edificio Residencial Vertical está

localizado na Rua do Contorno no Centro de Divinópolis-MG

Após a identificação dos empreendimentos em estudo é possivel detalhar os

impactos encontrados e os métodos para mitigar-los. Foram encontrados vários tipos de
poluição devido o carater construtivo dessas obras, podemos destacar poluição sonora,
visual, hídrica, atmosférica e do solo. Os resultados dos impactos são:

 Grande movimentação de terra;

 Alteração na topografia natural do terreno;
 Impermeabilização de grande parte do terreno;
 Geração de ruídos durante toda fase de construção;
 Alteração da paisagem por se tratar de uma área basicamente horizontal com a
presença de poucos prédios;
 Geração de efluente líquido com carreamento de possíveis restos de cimento,
cal, areia e terra;
 Levantamento de material particulado e gases provenientes do maquinário
utilizado na obra;
 Contaminação do solo por possíveis restos de materiais utilizados e das águas
provenientes da lavagem de betoneiras e ferramentas utilizadas;

Embasados em estudos podemos detalhar métodos com o objetivo de reduzir ou

eliminar tais impactos.

Poluição visual: armazenamento adequado de sobras de ferro e sobras de

madeira, em um local fechado e isolado na obra, até o recolhimento para sua destinação
final. O ferro é vendido para associações que repassagem para siderúrgicas onde dão
origem a um novo material férreo, já as sobras de madeiras, são recolhidas e vendidas
para empresas usá-las como lenha para fornos e caldeiras industriais. Os resíduos de
concreto provindos da quebra de uma viga na obra, deve ser destinado a uma caçamba,

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onde serão recolhidos por uma empresa responsável, conseqüentemente receberá sua
destinação final.
Poluição hídrica e contaminação do solo: uma medida eco sustentável que vem
sendo implantada nos últimos é o reaproveitamento da água utilizada para a lavagem
das betoneiras, é criado um reservatório, onde essa água é depositada e bombeada para
as betoneiras por meio de uma canalização, a lavagem é realizada e essa água volta ao
reservatório, para novamente ser lançada ao processo.
Poluição atmosférica: utilizar água com freqüência no solo, principalmente em
movimentações de terra, onde é gerada uma grande quantidade de levantamento de
material particulado.
Poluição sonora: o martele elétrico está sendo utilizado com muita freqüência
nesta fase da obra, o que resulta em um ruído muito grande para todos os funcionários
envolvidos, o uso do protetor auricular é indispensável para todos submetidos.
Continuando a analise de impactos, poluições geradas e medidas mitigadoras foi
possivel confeccionar uma tabela que indica a relação do impacto em relação as
medidas de controle.

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TABELA 1 - RELAÇÃO DE IMPACTOS GERADOS EM RELAÇÃO AS MEDIDAS DE CONTROLE

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RELATÓRIO FOTOGRÁFICO EDIFÍCIO RESIDENCIAL SAINT GERMAN

Imagens: Restos de Materiais (madeira, isopor e ferragens)

Fonte: Próprio autor

Imagem: Restos de Materiais (areia, ferragens, cal, tijolos)

Fonte: Próprio autor

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 RELATÓRIO FOTOGRÁFICO EDIFÍCIO RESIDENCIAL MONTE CARLO

Imagem: Poluição do solo por restos de matérias (cimento e cal) Imagem: Restos de Materiais (areia, ferragens,
Fonte: Próprio autor Fonte: Próprio autor

Imagem: Entulho de madeira e ferragens Imagem: Solo com a presença de água

Fonte: Próprio Autor Fonte: Próprio autor

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RELATÓRIO FOTOGRÁFICO EDIFÍCIO COMERCIAL EMPIRE CENTER

Imagem: Betoneira despejando argamassa no solo Imagem: Resíduos da Construção

Fonte: Próprio autor Fonte: Próprio autor

Imagem: Poluição sonora pelo uso do martelete Imagem: Restos de Concreto junto ao solo
Fonte: Próprio Fonte: Próprio autor

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RELATÓRIO FOGRÁFICO CONDOMINIO PORTAL TOPÁZIO

Imagem: Alteração na paisagem do local Imagem: Maquinário

Fonte: Próprio autor Fonte: Próprio Autor

Imagem: Alteração na paisagem do local

Fonte: Próprio autor

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RELATÓRIO FOGRÁFICO EDIFICIO PARTICULAR RESIDENCIAL

Imagem: Processo de perfuração de tubulão Imagem: Buraco para construção de tubução

Fonte: Próprio autor Fonte: Próprio autor

Imagem: Processo de escoramento de laje

Fonte: Próprio autor

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERTOLINI, Luca. Materiais de Construção, Reabilitação, Patologia e Prevenção. 1 outubro

2010.

GUIMARAES, Claudinei. Controle e Monitoramento de Poluentes Atmosféricos. 11 JULHO 2016

por Claudinei Guimarães (Autor)

ANDRADE, T. C. B., MATTOS, A. C. de. 2006. Ética em gestão e política ambiental:

uma proposta de qualidade de vida. Artigo disponível em:

FERREIRA, G. L. B. V., FERREIRA, N. B. V. 2006. Meio ambiente e atividade

econômica na Constituição Federal. Artigo disponível em:

MARTINS, C. H., FRANCO, D. D., SILVA, J. M. da. 2006. Desenvolvimento

sustentável no contexto do desenvolvimento econômico e a contribuição da
Economia de Comunhão. Artigo disponível em:

MATTOS, K. M. da C., MATTOS, K. M. da C., MATTOS, A. 2006. Valoração

econômica do meio ambiente dentro do contexto do desenvolvimento sustentável.

MENEZES, J. R. R. de., SILVA, J. J. R., FILHO, O. M. B., VALENTE, M. C. B. S., ALMEIDA, M.

L. de.
2006. Contribuição para a identificação de aspectos ambientais e impactos significativos
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MOUCO, J. do C., MACHADO, F. M., SOARES, C. A. P. 2006. Sistema de gestão

ambiental na construção civil: considerações preliminares. Artigo disponível no site:

OLIVEIRA, J. G. de., BORGES, F. H., JABBOUR, C. J. C. 2006. Avaliação de

desempenho no âmbito da gestão ambiental na organização. Artigo disponível em:

RIBAS, J. R., SMITH, S. B. M. 2006. O espectro verde na sustentabilidade ambiental. Artigo

Disponível em:

SACHS, I. 1993. Estratégias de transição para o século XXI: desenvolvimento e

meio ambiente. São Paulo, Studio Nobel, Fundação do desenvolvimento
administrativo.

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