SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
Proposta Curricular
Língua Portuguesa
Comissão
Consultoras:
Carmen Rita Guimarães Marques de Lima (UFJF)
Sandra Maria Andrade del-Gaudio (UFJF)
Terezinha Barroso (UFJF)
Equipe da SE:
Danielle Berzoini Mauler
Luciana Castro Oliveira Machado
Marisa de Freitas
Queila Adriana de Alcântara
2012
EXPEDIENTE
Secretária de Educação
Eleuza Maria Rodrigues Barboza
Chefes de Departamento
Angelane Serrate Fernandes
Gisela Maria Ventura Pinto
Lúcia Elena da Silva
Luiz Antonio Belletti Rodrigues
Rosamar Barbosa Cabral Martins
Sandra Maria Duque
Revisão
Amanda Sangy Quiossa
Cristiano Antônio Fernandes Barbosa
Daniele Berzoini Mauler
Iolanda Cristina dos Santos
João Carlos Matos de Medeiros
Margarete Gonçalves Bittar de Castro
Mírian Sanábio Tavella
Capa
Tito Junior
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7
1 DA CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM DA PROPOSTA ..................................... 8
2 DA CONCEPÇÃO DE LINGUAGEM E ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA .... 10
2.1 Quais são os pressupostos da concepção sociointeracionista e
discursiva de linguagem? ...................................................................................10
2.2 Quem é o sujeito aprendiz da língua? ..........................................................11
2.3 Como se definem os objetivos do ensino da língua?................................. 11
2.4 Qual é o objeto de ensino nessa concepção de linguagem?.....................12
2.5 Como abordar o ensino de língua na concepção sociointeracionista e
discursiva de linguagem? ...................................................................................12
3 GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO ......................................................................... 14
3.1 Como se definem os gêneros textuais? Como e por que torná-los a base
do ensino de Língua Portuguesa? ..................................................................... 14
3.1.1 Qual a diferença entre abordar o ensino da língua com base em
gêneros textuais e abordá-lo com base em tipos textuais? .........................14
3.2 Com que gêneros textuais trabalhar em sala de aula? Que competências
linguísticas e discursivas desenvolver a partir de sua abordagem? .............. 16
3.3 Quais são as capacidades de linguagem? Como trabalhar essas
capacidades a partir da abordagem dos gêneros textuais orais e escritos? . 17
3.4 Como trabalhar as capacidades de linguagem que levarão nossos alunos
a serem usuários competentes dos gêneros textuais orais e escritos? ........ 22
3.4.1 Sequência didática (SD) e ensino de Língua Portuguesa ....................22
3.4.2 A elaboração de uma sequência didática .............................................. 24
4 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: REVENDO CONCEITOS .........................26
4.1 O que é alfabetizar? O que é letrar? .............................................................26
4.2 Métodos de alfabetização e a tarefa de alfabetizar letrando ......................28
4.2.1 A desmetodização do ensino de leitura e de escrita ............................32
4.3 O que é alfabetizar letrando? ........................................................................ 33
4.4 Letramento digital ..........................................................................................34
4.4.1 Qual a relação entre cultura digital e letramento? ................................34
5 A ORALIDADE COMO OBJETO DE ENSINO ......................................................36
5.1 Qual tem sido o espaço das práticas de oralidade na escola?.................. 36
5.2 O que é necessário para instaurar, definitivamente, a prática de oralidade
como objeto de ensino? ......................................................................................37
5.2.1 O mito da superioridade da escrita ........................................................37
5.2.2 Uma mudança de enfoque: oralidade e escrita como um continuum. 38
5.2.3 O mito da superioridade da escrita e seu rebatimento na prática
pedagógica ........................................................................................................ 40
5.3 Por uma prática de ensino da oralidade no currículo escolar ...................41
6 EIXOS ORGANIZADORES DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO
ENSINO FUNDAMENTAL ........................................................................................42
7 SUGESTÕES DE PROGRESSÃO DIDÁTICA DE GÊNEROS TEXTUAIS: UMA
ABORDAGEM EM ESPIRAL ....................................................................................46
REFERÊNCIAS E SUGESTÕES PARA LEITURA...................................................55
ANEXO A .................................................................................................................. 58
ANEXO B .................................................................................................................. 86
APRESENTAÇÃO
A elaboração do currículo da rede municipal de Juiz de Fora foi organizada por uma
equipe que acredita profundamente na construção coletiva dos fundamentos do
trabalho, assim como na necessidade de se manter o debate continuado em torno
das questões educacionais.
Esse processo encerrou-se no final do mês de outubro de 2012, quando foi realizado
o III Seminário do Currículo e consolidados os documentos para publicação.
Temos certeza de que o investimento valeu a pena. Porém, é preciso que o currículo
seja a base e a sustentação do Projeto Político-Pedagógico da escola. Não o
abandonem na estante da escola. Ele é um instrumento vivo que se modifica
constantemente com o processo de desenvolvimento da prática pedagógica que ele
próprio desencadeia e inspira.
1
As seções 2.1 a 2.5 foram retiradas de material didático do curso de Língua Portuguesa,
na Universidade Federal de Juiz de Fora/FACED/Pedagogia/UAB, 2008 (BARROSO,
2008).
linguagem e os parâmetros contextuais (contextos físico e sociossubjetivo), nos
quais essas ações, em forma de discurso, são produzidas, a partir da mobilização de
capacidades de linguagem.
Resumindo:
3.1 Como se definem os gêneros textuais? Como e por que torná-los a base do
ensino de Língua Portuguesa?
Segundo Schneuwly e Dolz (2010, p.63) “[...] é através dos gêneros que as
práticas de linguagem materializam-se nas atividades dos aprendizes”. Pautar o
ensino da língua no desenvolvimento da competência discursiva para o uso da
língua em gêneros textuais orais e escritos significa, portanto, abordar a língua em
seu cotidiano.
3.1.1 Qual a diferença entre abordar o ensino da língua com base em gêneros
textuais e abordá-lo com base em tipos textuais?
3.2 Com que gêneros textuais trabalhar em sala de aula? Que competências
linguísticas e discursivas desenvolver a partir de sua abordagem?
2
Os autores (2010, p. 50) não tratam a poesia como agrupamento de gêneros. Isso não implica, no
entanto, não reconhecer o poema como gênero textual, ou seja, como realização empírica do
discurso na esfera social.
social e histórica dos grupos de gêneros (domínio social de comunicação) e da
abordagem relativa ao ensino/aprendizagem (capacidades de linguagem
dominantes). É relevante, sobretudo, porque permite refletir sobre a progressão
curricular, o que significa pensar o trabalho com gêneros orais ou escritos
pertencentes a cada um dos agrupamentos em todos os anos do ensino
fundamental.
3
A seção 3.4.1 e suas subseções foram retiradas de material publicado no curso de
Pedagogia a distância/FACED/UAB/UFJF da disciplina Língua Portuguesa II, de autoria da
Professora Terezinha Barroso.
concepção de linguagem para a prática escolar, através do planejamento e
aplicação de sequências didáticas. Segundo definem os autores, “uma sequência
didática é um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática,
em torno de um gênero textual oral ou escrito” (p. 82).
Para a elaboração de
uma sequência
didática
Conhecimento de Conhecimento de
Objetivos de ensino
gênero do professor gênero do aprendiz
Após essa breve revisão das principais discussões que envolvem a seleção e
adoção de métodos e metodologias de ensino da leitura e de escrita, e de sua
repercussão nas práticas docentes, é necessário retomar a pergunta posta no final
da seção 3.1: O que é alfabetizar letrando?
Nesse cenário, a escola deve olhar para seu entorno e reconhecer que está
inserida em um tempo marcado por diversas e rápidas formas de comunicação e
informação, capazes de alterar a relação tempo e espaço. Torna-se urgente, então,
superar a forte tendência de legitimar, em seu interior, apenas a cultura oral e o texto
impresso, incorporando ao seu fazer pedagógico outras linguagens. Conforme
Umberto Eco (1996), citado por Coscarelli (1998), incorporar outras linguagens no
fazer pedagógico implica em consolidar o espaço escolar não mais como o único
local privilegiado de ensino e aprendizagem, mas como um dos locais de
aprendizagem, em que os alunos possam usar, praticar, refletir e discutir sobre as
imagens, informações e saberes que as linguagens da tecnologia produzem e
veiculam. Assim, o papel da escola deve abarcar, entre outras demandas, a
necessidade de trabalhar com novas e fundamentais competências: a de seleção
das inúmeras informações a que temos acesso hoje e as de produção e difusão de
informações em ambientes digitais.
5 A ORALIDADE COMO OBJETO DE ENSINO 4
A pergunta pode nos parecer estranha, quando pensamos que a fala está
presente nas mais variadas atividades escolares: na explicação de conteúdos, na
correção de exercícios, no desenvolvimento de trabalhos em grupo, na leitura oral
de textos e, também, em eventuais ocasiões festivas, quando os alunos,
principalmente os dos anos iniciais do Ensino Fundamental, recitam poesias ou
participam de pequenas peças teatrais. Desse ponto de vista, a escola parece ser o
lugar privilegiado das práticas que envolvem a expressão oral.
4
A seção 5 é uma adaptação dos artigos: BARROSO, Terezinha; DEL-GAUDIO, Sandra Maria
Andrade. Práticas de oralidade na escola. In: Formação em rede, Juiz de Fora: FEME, 2010, v.2
(Pedagogia UAB/UFJF) e LIMA, Carmen Rita Guimarães Marques de. O lugar da oralidade na sala
de aula: uma experiência com o gênero exposição oral. In: Boletim Pedagógico – Língua
Portuguesa Proeb 2000,UFJF/CAED, 2001.
5
STREET, 1984 e 1995; OLSON, 1995 e 2006; MARCUSCHI, 2003 e 2005 e outros.
preparar e organizar e sua fala em instâncias públicas, tais como, em apresentações
de trabalhos de pesquisa, participação em debates ou júris simulados, atividades
geralmente solicitadas pelo professor. Outro aspecto bastante negligenciado pela
escola, diz respeito à aquisição de atitudes em eventos públicos de oralidade, tais
como: saber ouvir, respeitar o turno do interlocutor, intervir com polidez na fala do
outro, atitudes que envolvem a produção e a recepção ativas do discurso oral.
6
Expressão que se refere ao livro de Olson (1997), no qual são discutidas as implicações sociais e
cognitivas da entrada da leitura e escrita na civilização.
nos colocamos frente a culturas que dispensam a escrita como condição de
felicidade, e ou a pessoas que não tiveram acesso a ela por direito.
(2) Desenvolver um trabalho com a oralidade mais centrado nos gêneros informais,
em situações coloquiais, tais como: troca de ideias, respostas a perguntas do
professor, explicações para o colega vizinho, participações pouco planejadas pelo
professor, que não vê a necessidade desse planejamento.
(3) Orientar-se por uma visão equivocada, que desqualifica a fala, de que a fala não
se pauta por regras gramaticais rígidas, enquanto a escrita é regulada pelas normas
gramaticais (MARCUSCHI, 2003).
(4) Não contemplar, no programa curricular, atividades de ensino sobre o uso formal
da oralidade: falar em público, conhecer as regras de interação e polidez em eventos
formais públicos (SCHNEUWLY; DOLZ, 2004).
2 Produzir textos escritos de gêneros diversos, adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto
de circulação:
i. Dispor, ordenar e organizar o próprio texto, de acordo com as convenções gráficas apropriadas;
ii. Escrever segundo o princípio alfabético e as regras ortográficas;
iii. Planejar a escrita do texto considerando o tema central e seus desdobramentos;
iv. Organizar os próprios textos, segundo os padrões de composição usuais na sociedade;
v. Usar a variedade linguística apropriada à situação de produção e de circulação, fazendo escolhas
adequadas quanto ao vocabulário e à gramática;
vi. Usar recursos expressivos (estilísticos e literários) adequados ao gênero e aos objetivos do texto;
vii. Revisar e reelaborar a própria escrita, segundo critérios adequados aos objetivos, ao destinatário e
ao contexto de circulação previstos.
EIXO 5
PRODUÇÃO ORAL E GÊNEROS TEXTUAIS
Conhecimentos e atitudes
1 Participar das interações cotidianas em sala de aula:
i. Escutando com atenção e compreensão;
ii. Respondendo às questões propostas pelo (a) professor (a);
iii. Expondo opiniões nos debates com colegas e com o (a) professor (a).
2 Usar a língua falada em diferentes situações escolares ou não, buscando empregar a variedade
linguística adequada.
3 Planejar a fala em situações formais.
4 Realizar com pertinência tarefas cujo desenvolvimento dependa de escuta atenta e compreensão.
EIXO 6
REFLEXÃO LINGUÍSTICA E GÊNEROS TEXTUAIS
Conhecimentos e atitudes
1. Reconhecer, analisar e empregar recursos linguístico-discursivos e sequências textuais nos
gêneros do agrupamento NARRAR/RELATAR.
2. Reconhecer, analisar e empregar recursos linguístico-discursivos e sequências textuais nos
gêneros do agrupamento ARGUMENTAR.
3. Reconhecer, analisar e empregar recursos linguístico-discursivos e sequências textuais nos
gêneros do agrupamento EXPOR/EXPLICAR.
4. Reconhecer, analisar e empregar recursos linguístico-discursivos e sequências textuais nos
gêneros do agrupamento INSTRUIR.
5. Reconhecer, analisar e empregar recursos linguístico-discursivos e sequências textuais nos
gêneros do agrupamento DESCREVER.
Fábula Fábula
Adivinha
Lenda do folclore Lenda do folclore Lenda de outras
brasileiro brasileiro culturas
NARRAR
Vídeos e animações Vídeos e
animações
Narrativa de aventura Narrativa de aventura Narrativa de
aventura
Narrativa de
enigma
Piada História engraçada História engraçada
Parlendas
Cantiga de roda
Trava-língua
Pequena crônica
literária
AGRUPAMENTOS 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
GÊNEROS
Relato de experiência Relato de experiência Relato de experiência
vivida vivida vivida
Notícia de Notícia
acontecimentos Pequena reportagem
escolares
Notícia
Agenda do dia na Agenda do dia na
escola escola
Pequeno relatório de
atividades do dia na
escola
RELATAR Diário virtual (blog) Diário virtual (blog)
Diário de bordo
Casos engraçados
Anedota ou caso de experiência de
vida
Auto-retrato Auto-retrato
Bilhete Carta
Cardápio de merenda
/cantina
Convite
Linha do tempo
Crônica social
AGRUPAMENTOS 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
Opinião (fatos e Opinião (fatos e Opinião (fatos e
atitudes) atitudes) atitudes)
Carta do leitor Carta de reclamação Carta de reclamação
Carta de solicitação
Texto de opinião Texto de opinião
ARGUMENTAR Propaganda infantil Propaganda infantil Anúncio publicitário
(impressa e (impressa e
eletrônica) eletrônica)
Depoimento
Debate regrado Debate regrado
Entrevista
Direção/localização Direção/localização Roteiro para Roteiro de trabalhos Roteiro de trabalhos
oral com apoio em oral com apoio em direção/localização escolares escolares
mapas ou roteiros mapas ou roteiros
Receita Receita
Regras de convivência Regras de Regras de jogo
na escola convivência no
trânsito
INSTRUIR/ Instrução de Instrução
DESCREVER montagem de (participação em
Instrução de jogos
pequenos objetos concursos,
promoções)
Classificados Classificados
Simpatia
Placa de trânsito /
ícones
Netiqueta
Enunciado de prova
AGRUPAMENTOS 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
GÊNEROS
Rótulo Rótulo
Texto didático Texto didático Texto didático
Exposição oral de Exposição oral de Exposição escrita de
experiência de experiência de experiência científica
Ciências Ciências
Verbete de dicionário Verbete de dicionário Dicionário, glossário
Verbete de Verbete de para fins específicos
enciclopédia enciclopédia
Tabelas simples Tabelas simples
Gráficos simples Gráficos simples
“Bichonário” e outros “Bichonário” e outros
EXPOR
tipos de dicionários tipos de dicionários
temáticos temáticos
Lista
Pequeno texto de
divulgação científica
Exposição oral de
trabalhos
QUADRO 5
Fábulas modernas x
Fábulas clássicas
Sinopse de filme
Notícia Notícia X Notícia X Reportagem Reportagem
Reportagem
Autobiografia Autobiografia Biografia romanceada
de personalidades
Diário Diário Diário de leitura Diário virtual (em blogs
e redes sociais)
RELATAR
Relatório oral de Relatório oral de Relatório escrito de Anotações para
atividades escolares atividades escolares atividades escolares relatório de aula
(excursão, experiência (excursão, (excursão, Relatório escrito de
científica) experiência experiências atividades escolares
científica) científicas) (excursão, experiência
científica)
AGRUPAMENTOS 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Entrevista Entrevista Entrevista (coletando Resenha crítica de
opiniões) filme
Texto de opinião Texto de opinião Artigo de opinião Artigo de opinião
Debate oral Debate oral Debate regrado Debate regrado
Carta de solicitação Carta de reclamação Carta do leitor
Carta aberta
Tirinha Charge Cartum
ARGUMENTAR
Propaganda/Publicida Propaganda/Publicid Propaganda/Publicidad
de (cartaz, ade (propaganda, e (folder,
propaganda) filipeta) videopropaganda)
Resenha crítica de Resenha crítica de
filme livro
Editorial
Júri simulado
ALTENFELDER, Anna Helena; ARMELIN, Maria Alice. Poetas da Escola: caderno do professor:
orientação para produção de textos. São Paulo: CENPEC, 2010 (Coleção da Olimpíada).
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ampo3&cp=000099&cb=mlp
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.asp?id_projeto=27&id_objeto=102018&id_pai=41946&tipo=li&n
1=&n2=Orienta%E7%F5es%20Pedag%F3gicas&n3=Ensino%20M%E9dio&n4=L%EDngua%20Portuguesa&b=s
&ordem=campo3&cp=000099&cb=mlp
http://www.letramento.iel.unicamp.br/portal/?cat=47
ANEXO A
7
Com base no documento Pró-Letramento, 2007, p.14-17, com adaptações.
EIXO 1
COMPREENSÃO E VALORIZAÇÃO DA CULTURA ESCRITA
EIXO 2
APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA
2. Dominar convenções
gráficas:
Compreender as direções e o
alinhamento da escrita (esquerda para I C
i. Compreender a orientação e o
direita, de cima para baixo).
alinhamento da escrita da
Utilizar corretamente a folha (pautada ou
língua portuguesa.
não, de acordo com o planejamento do I C
professor).
Reconhecer marcas usadas na escrita
que distinguem palavras, frases e
I C
ii. Compreender a função da sequências de frases: espaços em
segmentação dos espaços em branco, pontuação, e paragrafação.
branco e da pontuação de final Distinguir a cadeia contínua da fala da
I C
de frase. cadeia segmentada da escrita.
Saber segmentar frases em palavras e
I C
palavras em sílabas.
Identificar as rimas, as sílabas e os sons
3. Reconhecer unidades
existentes no início, no meio e no final de
fonológicas como sílabas, I C
palavras formadas com sons semelhantes
rimas, terminações de palavras,
e diferentes.
etc.
Identificar a segmentação oral de
I C
palavras em sílabas.
Identificar a segmentação oral de frases
I C
em palavras.
Identificar, ao ouvir uma palavra, o
I C
número de sílabas (consciência silábica).
Identificar sons de sílabas (consciência
fonológica e consciência fonética) com
diferentes estruturas (CV, CCV, CVC, V, I C
VC, ditongo, etc.) no início, no meio ou no
final das palavras.
4. Conhecer o alfabeto:
Reconhecer os usos sociais da ordem
alfabética (agendas, dicionários, I C
i. Compreender a categorização catálogos, enciclopédias).
gráfica e funcional das letras. Identificar as letras do alfabeto
apresentadas isoladamente, em
I C
sequências de letras ou no contexto de
palavras.
ii. Conhecer e utilizar diferentes Distinguir, como leitor, diferentes tipos de
tipos de letras (de fo[ô]rma e letras (maiúscula, minúscula, cursiva, I C
cursiva). caixa alta e baixa).
Compreender o princípio alfabético que
regula o sistema de escrita do português,
5. Compreender a natureza
ou seja, entender que o princípio geral I C
alfabética do sistema de escrita.
que rege nosso sistema de escrita é a
relação “grafema-fonema”.
6. Dominar as relações entre
grafemas e fonemas:
Utilizar os princípios e as regras
ortográficas do sistema de escrita e suas
regularidades, considerando:
As correspondências entre grafemas
e fonemas que são invariáveis, como P, I/C
i. Dominar regularidades
B, V, F e o dígrafo NH, por exemplo;
ortográficas.
As correspondências que dependem
do contexto, ou seja, em que se define,
por exemplo, o valor sonoro da letra I C
(vogais e consoantes), considerando a
posição da sílaba na palavra e os “sons”
que vêm antes e/ou depois.
A morfologia das palavras, por
exemplo: substantivos abstratos que
expressam características e são
derivados de adjetivos, como beleza,
I C
pobreza, riqueza (sempre escritos com
Z); o U no final de verbos no passado,
etc.
O poema, por sua característica peculiar de poder transitar nos agrupamentos de gêneros (Cf. Quadro 2), não foi inserido
em nenhum deles. Isso não significa sua ausência nas atividades de linguagem ou seu não reconhecimento como gênero textual,
isto é, como realização empírica do discurso na esfera social.