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PR.

FRANCISCO CARLOS ENCARNAÇÃO – PROGRAMA VIDA EQUILIBRADA


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ESTUDOS SOBRE DOUTRINAS BÍBLICAS

ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO............................................. 02

II. TRINDADE.................................................. 03

III. PAI............................................................... 05

IV. FILHO.......................................................... 08

V. ESPÍRITO SANTO...................................... 11

VI. BATISMO NAS ÁGUAS............................. 15


VII. A CEIA DO SENHOR................................. 17

VIII. MORDOMIA................................................ 19

IX. SALVAÇÃO............................................... 23

X. CURA DIVINA........................................... 26

XI. BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO.... 30

XII. VOLTA DE CRISTO.................................. 34

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“O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, ... mas o que é espiritual discerne bem tudo”.
I Corintios 2:14-16
PR. FRANCISCO CARLOS ENCARNAÇÃO – PROGRAMA VIDA EQUILIBRADA
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ESTUDOS SOBRE DOUTRINAS BÍBLICAS

I. INTRODUÇÃO
A maioria absoluta das pessoas no mundo todo sabe muito pouco acerca de seu sistema
respiratório. No entanto, todos respiram sem o menor problema. Igualmente a maiorias dos
cristãos sabe pouco sobre doutrinas da Bíblia, mas de um modo geral vive bem sua vida cristã.

Tudo parece bem com a pessoa até o dia em que sente uma pontada nas costas, a respiração
fica curta, ofegante e parece que lhe falta o ar. Nessa hora vem à agonia e o desespero e a
pessoa corre para o médico na expectativa de que este diagnostique a doença e dê o remédio
certo. Por que? Porque o médico estudou o corpo humano e sabe como funciona o sistema
respiratório. Por isto ele tem grandes possibilidades de dar o medicamento certo.

Não e diferente com o cristão. Sua vida segue normalmente, ele ora, lê e medita na Palavra,
freqüenta reuniões da igreja, sente alegria e tem certeza da salvação, mas... um dia ele
encontra alguém que lhe faz perguntas estranhas, tais como: Deus realmente existe?
Apresente as provas da existência de Deus e eu também me tornarei um cristão. Deus criou
todas as coisas? E quem criou Deus? Ele veio do nada? Jesus realmente ressuscitou? Existe
ressurreição?

E nessas horas que nos lembramos da recomendação do apóstolo Pedro: “...e estais
sempre preparados para respondes com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a
razão da esperança que há em vós” (I Pedro 3:15).

Este é um dos motivos pelos quais o conhecimento das doutrinas bíblicas é importante. Ele
nos capacita a responder àqueles que têm interesse sincero em aprender sobre Deus e tudo
que diz respeito a Ele.

Outro Motivo para estudar doutrinas bíblicas é que isto traz um grande fortalecimento à nossa
fé. Enquanto estudamos toda a grandeza do Senhor, descobrimos as maravilhas da obra
criadora e redentora, o ministério do Espírito Santo, as provisões de Deus para nossa saúde
espiritual, emocional e física.

Descobrimos, também, o plano infalível de Deus para a prosperidade dos homens e suas
orientações para uma vida diária vitoriosa e abundante.

O estudo das doutrinas bíblicas é demorado por causa dos muitos pontos que a mesma
abrange, porém, nestes programas, às segundas-feiras, iremos estudar algumas doutrinas
fundamentais que, se bem conhecidas, nos ajudarão no alargamento da visão da obra de
Deus e ampliarão substancialmente o nosso conhecimento e o nosso próprio ministério.

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“O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, ... mas o que é espiritual discerne bem tudo”.
I Corintios 2:14-16
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ESTUDOS SOBRE DOUTRINAS BÍBLICAS

II. TRINDADE

A. APRESENTAÇÃO DA DOUTRINA DA TRINDADE


O Deus da Bíblia revela-se como a Santíssima trindade. As Sagradas Escrituras apresentam
três pessoas divinas, designadas com os nomes de Pai, Filho e Espírito Santo, distintas no
que diz respeito a ministérios, mas de um caráter e harmonia tão perfeitos, que constituem um
só Deus e não três.

As Escrituras ensinam que Deus é Um, e que além dele não existe outro Deus. A unidade
divina é composta de três pessoas distintas, e cada uma destas pessoas é Divina. Não é o
caso de haver três Deuses independentes e de existência própria. Os três cooperam unidos e
num mesmo propósito, de maneira que, no pleno sentido da palavra, são um.

O Pai cria, o Filho redime e o Espírito Santo santifica, e, no entanto, em cada uma dessas
operações divinas, os três estão presentes. O Pai é preeminentemente o criador, o Filho e o
Espírito Santo são tidos como cooperadores na mesma obra, O Filho e preeminentemente o
Redentor, mas Deus Pai e o Espírito são considerados como pessoas que enviam o Filho a
redimir. O Espírito Santo é o santificador, mas o Pai e o Filho cooperam nesta obra.

B. A DEFINIÇÃO DA DOUTRINA DA TRINDADE

O estudo da TRI-UNIDADE de Deus é um desafio à nossa compreensão e, provavelmente é o


maior mistério divino. Para a mente humana com toda a sua limitação, a UNIDADE de Deus e
a TRINDADE DIVINA são contraditórias, porém ambas são claramente ensinadas na Bíblia.
Não é de surpreender que na história da Igreja, a doutrina da trindade tenha sido mal
interpretada. Vamos apresentar duas interpretações errôneas:

1. Triteismo
Acentua a realidade da divindade de Jesus e da personalidade do Espírito Santo, além da
divindade do Pai. O erro está na ênfase tão acentuada, que diviniza cada pessoa
separadamente, tornando-a três Deuses.

2. Sabelianismo
Acentua excessivamente a unidade de Deus que não faz distinção entre as pessoas, este erro
é conhecido como Sabelianismo, doutrina do Bispo Sabelio que ensina que o Pai, o Filho e o
Espírito Santo, são simplesmente três manifestações de Deus.

3. A Interpretação correta da doutrina


Não temos nenhuma pretensão de terminar com o mistério que envolve o estudo da trindade.
Porem, já sabemos que não é correto “separar” as três pessoas de modo a parecer que há
três Deuses, Por outro lado não podemos nos deter só na “unidade” que anula, ou não
identifica as pessoas da Trindade.

O que precisamos fazer para não entrar em nenhuma confusão é ficar com as Escrituras. E o
que dizem as Escrituras? Elas mencionam claramente acerca das três pessoas, sem nenhum
esforço em explicar como Deus pode ser ao mesmo tempo UM e TRÊS.

O povo de Israel chegava a tremer quando ouvia a leitura da Lei: “Ouve Israel, o Senhor
nosso Deus é o ÚNICO Senhor”, mas Paulo, homem temente a Deus dizia: “Atendei por
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“O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, ... mas o que é espiritual discerne bem tudo”.
I Corintios 2:14-16
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vós e por todo o rebanho sobre o qual o ESPÍRITO SANTO vos constitui bispos, para
pastoreardes a igreja de DEUS, a qual ELE (JESUS) comprou com seu próprio sangue”
(Atos 20:28).

Neste versículo, Paulo faz menção das três pessoas da Trindade, porém, não teve o menor
cuidado em explicar. As Escrituras tão somente apresenta o Deus TRI-UNO.

Biblicamente podemos notar que há distinção entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O Pai
ama e envia o Filho, o Filho veio do Pai e voltou para o pai. O Pai e o Filho enviaram o
Espírito. O Espírito intercede junto ao Pai.

C. A DOUTRINA DA TRINDADE PROVADA


A palavra TRINDADE não aparece na Bíblia; é uma expressão teológica que surgiu no
segundo século para descrever a Divindade. O nome “ELOHIM” hebraico, traduzido Deus, é
empregado sempre que sejam descritos ou implícitos o poder criativo e a onipotência de Deus.
Elohim é o Deus-Criador. “ELOHIM” é uma palavra que está no plural, que significada a
plenitude de poder e representa a Trindade. Na realidade, quando um hebreu pronuncia a
palavra Elohim, ele está dizendo “Deuses”. Obviamente que um hebreu esclarecido e devoto,
ao pronunciar este nome, sabe que não se refere a vários “Deuses” e sim à pluralidade de
pessoas dentro de um Deus. Sabe-se que os hebreus reconhecem e cultuam ao Único Deus
verdadeiro (Deuteronômio 6:4). Os Cristãos primitivos mantinham como um dos fundamentos
da fé o fato da unidade de Deus. Tanto ao judeu, quanto ao pagão, podiam testificar : “Cremos
em um só Deus” (ver I Timóteo 2:5). Notemos algumas passagens bíblicas que conferem
atributos divinos às três pessoas:

1. Cada uma das três pessoas é criadora, embora se declare que há um só criador (Isaias
44:24; 45:18; Jó 33:4; João 1:1-3)

2. Cada uma é chamada Jeová SENHOR (Deuteronômio 6:4; Jeremias 23:6; Ezequiel
8:1,3).

3. Cada uma é chamada onipresente (Jeremias 23:24; Mateus 28:20; Salmos 138:7,8).

4. Cada uma é apresentada como Fonte da Vida (Deuteronômio 30:20; Colossenses 3:4;
João 6:63).

A Trindade é uma comunhão eterna. Em Gênesis 1:26, a expressão “façamos o homem à


nossa imagem conforme a nossa semelhança” revela a operação, conjunta da trindade.
Jesus menciona as três pessoas lado a lado na formula batismal (Mateus 28:19). O Apóstolo
Paulo também menciona a Trindade na benção apostólica (II Corintios 13:13).

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III. PAI
A primeira pessoa da Santíssima trindade que vamos estudar é o Pai. Ele é assim
chamado tanto no Velho como no Novo Testamento (Isaias 63:16 - 16 Mas tu és nosso
Pai, ainda que Abraão não nos conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó Senhor,
és nosso Pai; nosso Redentor desde a antigüidade é o teu nome); (Malaquias 2:10-
10 Não temos nós todos um mesmo Pai? não nos criou um mesmo Deus? por que
nos havemos aleivosamente uns para com outros, profanando o pacto de nossos
pais?); (Salmos 103:13-13 Como um pai se compadece de seus filhos, assim o
Senhor se compadece daqueles que o temem); (Mateus 11:25-25 Naquele tempo
falou Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque
ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.);
Hebreus 2:9-9 vemos, porém, aquele que foi feito um pouco menor que os anjos,
Jesus, coroado de glória e honra, por causa da paixão da morte, para que, pela
graça de Deus, provasse a morte por todos.). O Pai é o criador, tendo o Filho e o
Espírito Santo como cooperadores na obra da criação. Ele é a fonte de todas as
coisas. O Pai não é mais importante que as outras pessoas da trindade, mas age
em harmonia com elas, tendo todos a mesma essência, mesma natureza e menos
atributos. estão ligados numa unidade eterna.

A. NATUREZA DE DEUS
“Deus é Espírito, infinito, eterno, imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade,
bondade e verdade”. Deus revela sua natureza através de seus nomes. Cada nome de
Deus encontrado na Bíblia mostra-nos uma qualidade de seu ser.

Nomes de Deus:
1. Jeová - O Eterno (Gênesis 2:3)
2. Jeová-Rafa - O senhor que cura (Êxodos 17:15)
3. Jeova-Nissi - O Senhor é a minha bandeira (Êxodos 17:15)
4. Jeová-Shalon - O Senhor é paz (Juizes 6:24)
5. Jeová-Ra ah - O Senhor é o meu pastor (Salmos 23:1)
6. Jeová-Tsidkenu - O Senhor é a nossa justiça (Jeremias 23-6)
7. Jeová-Jireh - O Senhor que provê (Gênesis 22:14)
8. Jeová-Shammah - Senhor está ali (Ezequiel 48:35)
9. El - Deus (Gênesis 16:13)
10. El-Elyon - O Deus Altíssimo (Gênesis 14:18-20)
11. El-Shaddai - O Deus suficiente para as necessidades do seu povo (Êxodos 6:3)
12. El-Olan - O Eterno Deus (Gênesis 21:33)
13. Adonai - Senhor, Mestre (Êxodos 23:17; Isaias 10:16,33)

B. OS ATRIBUTOS DE DEUS

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Os atributos de Deus são aspectos de seu caráter. O próprio Deus revelou-os a nós
em sua Palavra. Os atributos podem ser separados em 3 grupos para facilitar a
compreensão.

1. Atributos Independentes
São aqueles que revelam a natureza intima de Deus, sem relação com sua criação. São
eles:

a) Espiritualidade - João 4:24 - 24 Deus é Espírito, e é necessário que os que o


adoram o adorem em espírito e em verdade
Deus é Espírito. O Pai é uma pessoa, tem personalidade. Em várias passagens da
Bíblia encontramos fatos que comprovam essa verdade: lemos que Deus vê, ouve, fala,
age, sente, pensa, etc. Contudo, por ser Espírito, não pode ser visto ou colocado num
tubo de ensaio para ter sua existência comprovada cientificamente. Ele simplesmente
existe, quer o homem creia ou não. Portanto, só podemos conhecê-lo através do
Espírito Santo que o revela a nós (I Corintios 2:10-13-10 Porque Deus no-las revelou
pelo seu Espírito; pois o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmos as
profundezas de Deus. 11 Pois, qual dos homens entende as coisas do homem,
senão o espírito do homem que nele está? assim também as coisas de Deus,
ninguém as compreendeu, senão o Espírito de Deus.12 Ora, nós não temos
recebido o espírito do mundo, mas sim o Espírito que provém de Deus, a fim de
compreendermos as coisas que nos foram dadas gratuitamente por Deus;13 as
quais também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas
com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com
espirituais.).

b) Infinidade -
Deus é infinito, tanto em relação ao espaço, quanto em relação ao tempo. Ele não é
limitado pelo espaço material (I Re. 8:27-27 Mas, na verdade, habitaria Deus na
terra? Eis que o céu, e até o céu dos céus, não te podem conter; quanto menos
esta casa que edifiquei!), nem pelo tempo (Êxodos 15:8-8 Ao sopro dos teus
narizes amontoaram-se as águas, as correntes pararam como montão; os abismos
coalharam-se no coração do mar.; Apocalipse 4:8-10-8 Os quatro seres viventes
tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e
não têm descanso nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o
Todo-Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir. 9 E, sempre que os seres
viventes davam glória e honra e ações de graças ao que estava assentado sobre o
trono, ao que vive pelos séculos dos séculos, 10 os vinte e quatro anciãos
prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam ao que
vive pelos séculos dos séculos; e lançavam as suas coroas diante do trono,
dizendo:), pois Deus é eterno, Deus não foi criado, nem vai acabar um dia. Ele é o
mesmo ontem, hoje e eternamente. Ele é imutável.

2) Atributos Ativos
São os que demonstram o que Deus é em relação ao Universo. São eles:

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a) Onipotência - Gênesis 17:1-1 Quando Abrão tinha noventa e nove anos,


apareceu-lhe o Senhor e lhe disse: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha
presença, e sê perfeito;; Salmos 91:1; Mateus 26:64-64 Respondeu-lhe Jesus: É
como disseste; contudo vos digo que vereis em breve o Filho do homem
assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu.
Deus é Todo-Poderoso. Só Ele tem todo poder. Ainda que Satanás tenha poder, ele
está sujeito à permissão de Deus para agir. Deus pode fazer tudo o que quiser, contudo,
Ele jamais fará algo que contrarie sua própria natureza, nem tampouco violará o livre-
arbítrio que Ele mesmo deu ao homem.

b) Onipresença - Provérbios 15:3-3 Os olhos do Senhor estão em todo lugar,


vigiando os maus e os bons.; Atos 17:28-28 porque nele vivemos, e nos movemos,
e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois dele também
somos geração.
Deus está em toda parte. Ele está presente:
- em glória (Isaias 6:1-3-1 No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor
assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o
templo.2 Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas
cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava.3 E clamavam
uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a
terra toda está cheia da sua glória)
- na natureza (Na. 1:3-O Senhor é tardio em irar-se, e de grande poder, e ao
culpado de maneira alguma terá por inocente; o Senhor tem o seu caminho
no turbilhão e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés)
- corporalmente, através do Filho (Colossenses 2:9-porque nele habita
corporalmente toda a plenitude da divindade,)
- misticamente na Igreja (Efésios 2:12-22-12 estáveis naquele tempo sem
Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da
promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. 13 Mas agora, em
Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo
chegastes perto. 14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez
um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne
desfez a inimizade, 15 isto é, a lei dos mandamentos contidos em
ordenanças, para criar, em si mesmo, dos dois um novo homem, assim
fazendo a paz, 16 e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo,
tendo por ela matado a inimizade; 17 e, vindo, ele evangelizou paz a vós que
estáveis longe, e paz aos que estavam perto; 18 porque por ele ambos temos
acesso ao Pai em um mesmo Espírito. 19 Assim, pois, não sois mais
estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e
membros da família de Deus, 20 edificados sobre o fundamento dos
apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da
esquina; 21 no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo
no Senhor, 22 no qual também vós juntamente sois edificados para morada
de Deus no Espírito)
- junto aos que o buscam (Mateus 18:19-20-19 Ainda vos digo mais: Se dois
de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso
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lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. 20 Pois onde se acham dois
ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.)

c) Onisciência - Salmos 94:11-11 o Senhor, conhece os pensamentos do homem,


que são vaidade; Provérbios 15:3; Hebreus 4:13-13 E não há criatura alguma
encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos
daquele a quem havemos de prestar contas; I João 3:20-porque se o coração nos
condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas
Deus conhece todas as coisas. Por isso, o Pai já sabe que irá salvar-se, não porque
Ele já pré-determinou alguns para a salvação, mas porque Ele já conhece de antemão
aqueles que, fazendo uso do livre arbítrio, decidirão seguir os caminhos do Senhor.
Deus prevê sem intervir.

d) Sabedoria - Provérbios 3:19-O Senhor pela sabedoria fundou a terra; pelo


entendimento estabeleceu o céu.; Romanos 11:33-Ó profundidade das riquezas,
tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus
juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
Deus é sábio. Ele faz tudo certo, no tempo certo graças à sua Providência. Providência
é a ação de Deus de organizar todas as coisas e fazer sua vontade para que os
melhores propósitos sejam realizados pelos melhores meios.

e) Soberania - Romanos 9:20-21-20 Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus


replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste
assim? 21 Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer
um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso?
Deus tem o direito absoluto de governar sobre suas criaturas. Graças à sua
soberania, temos a certeza de que não vivemos sob leis do acaso, mas sob a direção
de um Deus sábio.

3. Atributos Morais
São as características de Deus em relação aos homens, criaturas dotadas de moral.
São eles:
a)Santidade - Isaias 6:3-E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo,
santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória; Tiago 1:13-
Ninguém, sendo tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser
tentado pelo mal e ele a ninguém tenta; Apocalipse 4:8-Os quatro seres viventes
tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e
não têm descanso nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o
Todo-Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir
Deus não pode pecar nem tolera o pecado. O pecado separa o homem de Deus. No
entanto, temos acesso ao Pai através do Filho.

b) Justiça - Gênesis 18:25-Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o
ímpio, de modo que o justo seja como o ímpio; esteja isto longe de ti. Não fará
justiça o juiz de toda a terra?; Salmos 7:11-Deus é um juiz justo, um Deus que

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sente indignação todos os dias; I João 1:9-Se confessarmos os nossos pecados,


ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça
Deus é justo. Justiça e obediência a uma norma reta. Deus age com justiça para com o
homem, porém requer que o homem haja com justiça. Como não conseguimos ser
justos devido ao pecado, Ele nos justifica pela graça.

c)Fidelidade - Deuteronômio 7:9-Saberás, pois, que o Senhor teu Deus é que é


Deus, o Deus fiel, que guarda o pacto e a misericórdia, até mil gerações, aos que o
amam e guardam os seus mandamentos;; I Corintios 10:13-Não vos sobreveio
nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais
tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio
de saída, para que a possais suportar.; Hebreus 6:18-para que por duas coisas
imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos poderosa
consolação, nós, os que nos refugiamos em lançar mão da esperança proposta
Deus e fiel. Podemos descansar em suas promessas porque não falharão.

d) Misericórdia - Êxodos 34:6-Tendo o Senhor passado perante Moisés,


proclamou: Jeová, Jeová, Deus misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e
grande em beneficência e verdade;; Daniel 9:9-Ao Senhor, nosso Deus, pertencem
a misericórdia e o perdão; pois nos rebelamos contra ele; Lucas 6:36-Sede
misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso
Misericórdia é a bondade de Deus em ação. Foi demonstrada principalmente
ao enviar seu Filho ao mundo para nos salvar.

e) Amor - I João 4:8-Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é
amor.; João 3:16-Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna;
Efésios 2:4 -Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que
nos amou
Deus é amor. Ele deseja ter uma relação pessoal com aqueles que Ele criou.
Embora não tolere o pecado, Ele ama o pecador.

f) Bondade - Salmos 25:8-Bom e reto é o Senhor; pelo que ensina o caminho aos
pecadores; Salmos 100:5-Porque o Senhor é bom; a sua benignidade dura para
sempre, e a sua fidelidade de geração em geração, Romanos 2:4-Ou desprezas tu
as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a
benignidade de Deus te conduz ao arrependimento?; Lucas 18:19-Respondeu-lhes
Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher,
ou irmãos, ou pais, ou filhos, por amor do reino de Deus.
É a bondade de Deus que o move. O mal que está no mundo não contradiz esta
verdade. O sofrimento pode ser causado devido:
- à desobediência de leis naturais ou divinas;
- à conseqüência do pecado;
- à permissão divina para que um plano mais elevado seja cumprido;
- ao domínio de Satanás sobre este mundo, por enquanto.

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g) Longanimidade - Números 14:18-O Senhor é tardio em irar-se, e grande em


misericórdia; perdoa a iniqüidade e a transgressão; ao culpado não tem por
inocente, mas visita a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e a quarta
geração; I Pedro 3:20-os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a
longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca;
na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água
Deus é paciente. Muitas vezes Ele demonstrou sua paciência para com o seu
povo - Israel - no passado e o mesmo Ele faz hoje com respeito a nós e nossas
fraquezas.

h) Zelo - Êxodos 20:5-Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu,
o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos
até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam; Salmos 78:58-Pois o
provocaram à ira com os seus altos, e o incitaram a zelos com as suas imagens
esculpidas; I Corintios 10:22-Ou provocaremos a zelos o Senhor? Somos,
porventura, mais fortes do que ele?
Deus é cuidadoso. Ele tem cuidado de nós diligentemente e tem ciúme do seu
povo. Não admite que nossa adoração se volte para qualquer outra coisa.

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IV. FILHO
Da mesma forma como “Filho do Homem” significa nascido de homem, assim também “Filho
de Deus” significa um nascido de Deus. Por isso dizemos que este titulo proclama a Deidade
de Cristo. Notemos que Jesus nunca é chamado um Filho de Deus, como os homens e anjos
são chamados filhos de Deus (Gênesis 6.2 - homens, Jó 2:1 - anjos).
Ele é o Filho de Deus no sentido único. Jesus é descrito mantendo uma relação para com
Deus não participada por nenhuma outra pessoas no universo. Para explicar e confirmar esta
verdade consideremos o seguinte:

A. AS REIVINDICAÇÕES DE JESUS

1. Ele se colocou lado a lado com a atividade divina: “Meu pai trabalha até agora, e eu
trabalho também” (João 17:25).

2. Ele reivindica comunhão e conhecimento divinos (Mateus 11:27; João 17:25)

3. Alegava receber a essência do Pai em si mesmo (João 14:9-11)

4. Assumiu prerrogativas divinas:


a) Onipresença (Mateus 18:20);
b) Poder de perdoar pecados (Marcos 2:5-12);
c) Poder de ressuscitar os mortos (João 6:39,40; 54; 11:25; 10:17-46)

5. Proclamou-se Juiz e Arbitro do destino do homem (João 5:22; Mateus 25:31-46).

6. Ele exigia de seus seguidores uma rendição e uma lealdade que somente Deus, por
direito, poderia reivindicar (Mateus 10:37; Lucas 14:25-33).

B. AUTORIDADE DE CRISTO
Nos ensinos de Jesus nota-se a completa ausência de expressões como: “É minha opinião”,
“pode ser”, “penso que”, “bem, podemos supor”, etc. No Sermão da Montanha Jesus
citou quarenta e nove vezes a expressão: “Em vedasse vós digo”. Esta expressão autentica
a verdade, Jesus mencionou ainda: “Todo aquele, pois que escuta estas minhas palavras
e as pratica, assemelha-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa dobre a
rocha” (Mateus 7:24).

C. IMPECABILIDADE DE CRISTO
Nas palavras e obras de Jesus há uma ausência completa de conhecimento ou confissão de
pecado. Ao contrário, Ele, o mais humilde dos homens, desafiou a todos: “Quem dentre vós
me convence do pecado?” (João 8:46b)

D. O TESTEMUNHO DOS DISCÍPULOS


Jamais algum judeu pensou que Moisés fosse divino; nem seu discípulo mais entusiasta lhe
teria atribuído uma declaração como esta: “Batizando-os em nome do Pai, e de Moisés, e
do Espírito Santo” (Vide Mateus 28:19). E a razão disto é que Moisés nunca falou nem agiu
como quem procedesse de Deus e fosse participante de sua natureza. Os discípulos de Jesus,
porém, que o viram em todos os aspectos característicos de sua humanidade, no entanto, mais
tarde:

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“O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, ... mas o que é espiritual discerne bem tudo”.
I Corintios 2:14-16
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ESTUDOS SOBRE DOUTRINAS BÍBLICAS

1. Adoraram-no como divino;


2. Proclamaram-no como o poder para a salvação;
3. Invocaram o seu nome em oração.

Consideremos alguns registros de testemunhos dos discípulos de Jesus:

1. João falou de Jesus como sendo o eterno Filho de Deus, que criou o universo (João 1:1,3):
“...e o verbo era Deus” (versículo 1)
“Todas as coisas foram feitas por intermédio dele” (versículo 3)

2. A confissão de Tomé: “Senhor meu e Deus meu” (João 20:28).

3. Pedro fala que Ele é o único caminho da salvação (Atos 4:12); é Ele quem perdoa os
pecados (Atos 5:31). Ele o adora, atribuindo-lhe “...gloria, tanto agora, como no dia
eterno” (II Pedro 3:18).

4. Paulo, profundo conhecedor da Lei, e muito zeloso pelas coisas de Deus, declarou o
seguinte: “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual, perdi todas as coisas e
as considero como refugo, para ganhar a cristo...” (Filipenses 3:8). Descreve ainda Jesus
como “nosso grande Deus e Salvador” (Tito 2:13).

Outras declarações de Paulo:


a) “Nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade”(Colossenses 2:9)

b) “...pois nele foram criadas todas as coisas... tudo foi criado por meio dele e para ele...
Nele tudo subsiste”(Colossenses 1:16,17). Nesta Referência Paulo apresenta Jesus como
sendo o criador e sustentador de todas as coisas.

c) Seu nome deve ser invocado em oração (I Corintios 1:2). Ver também Estevão, em Atos
7:59

d) Seu nome está associado ao Pai e ao do Espírito Santo (II Corintios 13:13) na Benção
Apostólica.
Desde o principio, a Igreja primitiva considerava e adorava a Cristo como Divino. No principio
do 2o. Século, um oficial romano relatou que os cristãos costumavam reunir-se de madrugada
para “cantar um hino de adoração a Cristo, como se fosse a Deus”.

Em Nicía, na Ásia, em maio de 325 d.C foi estabelecido o seguinte credo:

CREDO DE NICÉIA
“Cremos em um Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Unigênito do Pai, isto é, da
substância do Pai, Deus de Deus, Luz de Lua, verdadeiro Deus, gerado, não feito, sendo da
mesma substância que o Pai; pelo qual foram feitas todas as coisas que estão no céu e na
terra, e qual por nós os homens e por nossa salvação desceu, encarnou e foi feito homem,
sofreu, e ressuscitou ao terceiro dia, e ascendeu ao céu, donde virá outra vez para julgar os
vivos e os mortos”.
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“O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, ... mas o que é espiritual discerne bem tudo”.
I Corintios 2:14-16
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ESTUDOS SOBRE DOUTRINAS BÍBLICAS

E. SENHOR
“Senhor”, um dos títulos mais comuns dados a Jesus. Indica a sua deidade, exaltação e
soberania. O titulo “Senhor”, ao ser usado antes de um nome, transmitia, tanto a judeus como
a gentios, o pensamento de deidade. A palavra “Senhor”, no grego “KURIOS”, era
equivalente a “Jeová” na tradução grega do Antigo Testamento, portanto, para os judeus, a
expressão “O Senhor Jesus” era claramente uma imputação de deidade. Quando o
imperador dos romanos referia-se a si mesmo como “Senhor César”, requerendo que seus
súditos dissessem “César é Senhor”, os gentios entendiam que o imperador estava
reivindicando divindade. Os cristãos entendiam o termo da mesma maneira e preferiam sofrer
perseguição a atribuir a um homem um titulo que somente pertencia a um que é
verdadeiramente divino. Somente àquele a quem Deus exaltará, renderiam adoração e lhe
atribuiriam senhorio.

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I Corintios 2:14-16
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ESTUDOS SOBRE DOUTRINAS BÍBLICAS

V. ESPÍRITO SANTO
A terceira pessoa da trindade é o Espírito Santo. Em várias passagens bíblicas o Espírito
Santo é associado ao Pai e ao Filho (Mateus 3:16-17; 28:19; João 14:16; II Corintios 13:13;
Efésios 2:18). Sua principal obra é a santificação.

O Espírito Santo não é uma energia ou influência sobrenatural, mas sim uma pessoa:
tem mente (Romanos 8:27); conhecimento (I Corintios 2:10-11); vontade (I Corintios 12:11).
Ele fala (Atos 1:16); age (Gênesis 6:3); ordena (Atos 8:29); etc., Porem acima, de tudo, o
Espírito é Deus. Ele é dotado de atributos divinos (Salmos 139:7-10; Atos 1:8; Colossenses
2:10-11; Romanos 15:19).

A. NOMES DO ESPÍRITO SANTO


Os nomes atribuídos ao Espírito na palavra revelam sua natureza e obre.
1. Espírito - Salmos 104:30; João 3:6-8; I Corintios 2:10
2. Espírito de Deus - I Corintios 3:16; Gênesis 1:2
3. Espírito de Cristo - Romanos 8:9
4. Espírito Santo - Lucas 11:13
5. Espírito Consolador - João 14:16; 15:26
6. Espírito da Promessa - Lucas 24:29; Gálatas 3:14, Efésios 1:13
7. Espírito de Verdade - João 14:17; 15:16
8. Espírito de Graça - Hebreus 10:29, Zacarias 12:10
9. Espírito de Vida - Romanos 8:2; Apocalipse 11:11
10. Espírito de Adoção - Romanos 8:15
11. Espírito de Justiça - Isaias 4:4
12. Espírito de Santificação - Romanos 1:4
13. Espírito de Glória - I Pedro 4:14
14. Espírito de Fortaleza - Isaias 11:2
15. Espírito de Deus Vivente - II Corintios 3:3
16. Espírito de Jesus - Atos 16:7; Filipenses 1:19
17. Espírito Purificador - Isaias 4:4
18- Espírito do Senhor Deus - Isaias 11:2; 61:1
19. Espírito Eterno - Hebreus 9:14

B. OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO


Os símbolos são empregados para descrever as operações do Espírito.

1. Fogo (Isaias 4:4; Mateus 3:11; Lucas 3:16)


Significa:
1. purificação, limpeza - Isaias 4:4; Malaquias 3:3; Mateus 3:11, Hebreus 12:29
2. poder e ousadia ardentes - Atos 1:8; Atos 2:3-4
3. presença de Deus - Êxodos 3:2-6; I Reis 18:28; Atos 2:2

2. Vento ( Ezequiel 37:7-10; João 3:8; Atos 2:2)


Significa: Representa a obra regeneradora, penetrante e vivificante.

3. Água (Êxodos 17:6; João 3:5; 4:14; 7:38-39; Ezequiel 36:25-27)


Significa: O Espírito limpa, refresca, sacia a sede. Assim como a água é indispensável ao
corpo, o Espírito Santo é indispensável ao nosso Espírito.
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4.Selo
Ilustra:
a) possessão - pertencemos ao Senhor
b) segurança - dá certeza da salvação

5.Azeite
Significa:
a) unção e revestimento dos dons para o ministério (Isaias 61:1; Atos 10:38; I
Corintios 12:7-11)
b) doação das graças de Deus (Salmos 23:5; Gálatas 5:22-23)
c) cura e alivio (Tiago 5:14)
d) iluminação e revelação (I João 2:20-27; João 16:12-15; Efésios 1:17-18)

6. Pomba (Mateus 3:16)


Simboliza o amor, brandura, inocência, paz, pureza, paciência, simplicidade.

7. Vinho (Efésios 5:18; Salmos 104:15; Provérbios 31:6; Isaias 55:1; Atos 2:13)
Simboliza: alegria, gozo, louvor, cânticos.

C. MINISTÉRIO DO ESPÍRITO SANTO


1. Autor da Bíblia (II Timóteo 3:16)
2. No Velho Testamento.

a) Na criação (Gênesis 1:2; Jó 26:13; Salmos 33:6; 104:30)

b) Na unção de lideres do povo:


- José (Números 27:8-21)
- Otoniel (Juizes 3:9-10)
- José (Gênesis 41:38-40)
- Bezaleel (Êxodos 35:30-31)
- Gideão (Juizes 6:34)
- Jefté (Juizes 11:29)
- Sansão (Juizes 11:29)
- Saul (I Samuel 10:6)
- Davi (I Samuel 16:13; Salmos 51:11)
c) Nos profetas (I Pedro 1:21)
Eram locutores de Deus - operavam milagres e transmitiam a mensagem de Deus aos
homens.

d) Promessa para o povo (Ezequiel 36:25,29; Joel 2:28)

3. Em Cristo:
a) Concebido pelo Espírito (Mateus 1:20; Lucas 1:35)
b) Batizado pelo Espírito (Mateus 3:16)
c) Seu ministério foi guiado pelo Espírito (Marcos 1:12; Atos 10:38; Mateus 4:1)
d) Na crucificação (Hebreus 9:14, 12:2)
e) Ressuscitado pelo Espírito (Romanos 8:11)
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f) Enviou o Espírito aos outros ( Atos 2:33; Atos 1:2-8)

4. Na Igreja Atual:
a) No Pentecostes (Atos 2);
Nasceu a Igreja. Fazendo um paralelo com a relação entre Deus e o povo e o dia de
Pentecostes, temos que:
 Jesus encarnou-se em corpo; o Espírito encarnou-se na Igreja, que é seu corpo
 Israel organizou-se como povo de Deus 50 dias depois do Êxodo; a Igreja foi organizada
50 dias após a ascensão de Jesus
 O batismo de Jesus foi seguido por seu ministério publico; o batismo da Igreja no
Espírito foi seguido por seu ministério mundial
 Jeová desceu para morar com seu povo no Tabernáculo; o Espírito desceu para morar
na Igreja
 No Sinai teve inicio a dispensação da Lei; no Pentecostes teve a dispensação da Igreja

b) Na Igreja Primitiva:
 dirige a escolha de oficiais e obreiros (Atos 5 e 6; 13:2)
 inspira a pregação do Evangelho (Atos 2:14-41)
 Foi dado também aos gentios (Atos 8 e 10)
 dirige a vida da Igreja (Atos 15:28; 20:28)
 administra a Igreja (Atos 8:29; 10:19,44; 13:2,4; 6:3
 intercede pela Igreja e ensina a orar (Hebreus 7:25)
 inspira o louvor ( (Efésios 5:18-19)
 dá ousadia para a igreja (Atos 4:31)

c) No cristão:
 convida (Apocalipse 22:17)
 regenera (João 3:3-8)
 vivifica ( João 6:63)
 sela (Efésios 1:13)
 habita (João 14:7)
 fala (Atos 8:29; 10:19-20)
 frutifica (Gálatas 5:22-23)
 glorifica a Cristo (João 15:26; 16:13 e 14)
 dá poder (Atos 1:8; 2:4; 4:31)
 fortalece (Romanos 2:17)
 conforta ( João 14:16)
 dirige (João 14:26)
 intercede (Romanos 8:26-27)
 faz lembrar (João 14:26)
 testifica (I João 5:7)
 dá dons ( I Corintios 12:8-11)

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VI. BATISMO NAS ÁGUAS


O cristianismo não é uma religião ritualista; a essência do cristianismo é o contato direito do
homem com Deus, por meio do Espírito. Não obstante, há duas cerimônias que são
essenciais, por serem divinamente ordenadas. São elas: O BATISMO NAS ÁGUAS e a CEIA
DO SENHOR.

São mencionadas como ordenanças porque são ordenadas pelo próprio Senhor.
Primeiramente trataremos do Batismo nas águas.

A. PARTICULARIDADES DO BATISMO NAS ÁGUAS


1. É o rito de ingresso na Igreja Cristã.
2. Simboliza o começo da vida espiritual
3. Sugere a fé em cristo.
4. É administrado somente uma vez porque pode haver somente um começo da vida
espiritual.

B. FORMA OU MODO
1. A ordenança requer água. “.... Eis aqui água, que impede que eu seja batizado?”
(Atos 8:36).

2. O batismo requer abundância de água. “Ora, João estava também batizando em


Edom, perto de Salim, porque ali havia muitas águas, e para lá concorria o povo e
era batizado.” (João 3:23)

3. O batismo requer que tanto o que batiza como o batizado desçam a água. “Então
mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Felipe batizou o eunuco ” (Atos
8:38).

4. O batismo requer o sepultamento na água. “Fomos pois, sepultados com Ele na


morte pelo batismo” (Romanos 6:4). “Tendo sido sepultado juntamente com Ele
no batismo” (Colossenses 2:12).

5. O batismo requer sair da água. “Batizado Jesus, saiu logo da água...” (Mateus 3:16).

C. SIMBOLISMO
Por seu simbolismo, o batismo na água é tão maravilhoso como belo. Simboliza a morte,
sepultamento e ressurreição de Cristo e do crente que está em comunhão com Ele. “Fomos
pois, sepultados com Ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado
dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.
Porque se fomos unidos com Ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos
também na semelhança da sua ressurreição” (Romanos 6:4-5).
“Tendo sido sepultados juntamente com Ele no batismo, no qual fostes ressuscitados
mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” (Colossenses
2:12).

A palavra “batizar”, usada na formula de Mateus 28:19,20, significa literalmente mergulhar ou


imergir. Essa interpretação é confirmada por erudito da língua grega e pelos historiadores da
igreja. Mesmo eruditos pertencentes à Igreja que batizam por aspersão admitem que a imersão
era o modo primitivo de batizar.
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D. A FORMULA
O Senhor mesmo deu a seus apóstolos a formula em Mateus 28:19, onde disse o seguinte:
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações batizando-os em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo.

Como vamos reconciliar isso com o mandamento de o Pedro: “...cada um de vós seja
batizado em nome de Jesus Cristo” (Atos 2:38)? “Estas últimas palavras não representam
uma formula batismal, porém uma simples declaração afirmando que recebiam batismo
pessoas que reconheciam a Jesus como Senhor e Cristo... ser batizado em nome de Jesus,
significa encomendar-se inteira e eternamente a Ele como salvador enviado do céu, e a
aceitação de sua direção impõe a aceitação da formula dado por Jesus no capitulo 28 de
Mateus.

E. QUEM ESTÁ APTO A RECEBER O BATISMO?


Todos os que sinceramente se arrependem dos seus pecados e exercitam uma fé viva no
Senhor Jesus, são elegíveis ao batismo. A ordem divina é muito simples: o pecador deve
arrepender-se e crer (Marcos 1:15; 16:16). Visto que as crianças recém-nascidas não tem
pecados de que arrepender e não podem exercer a fé, logicamente estão excluídas do batismo
nas águas. Com isso não estamos impedindo que venham a Cristo. (Mateus 19:13-14), pois
ela podem ser consagradas em culto público. As Igrejas evangélicas em geral, batizam as
crianças maiores de 10 anos com o consentimento dos pais. Alguns afirmam que o batismo no
ESPÍRITO SANTO exime o crente da necessidade de submeter-se a ordenança do batismo
nas águas. Esta atitude está em conflito com a declaração de Pedro em Atos 10:47,48.

A. EFICÁCIA
O Batismo nas águas, em si, não tem poder para salvar. As pessoas são batizadas não para
serem salvas, mas porque já são salvas. Não podemos dizer que o rito seja absolutamente
essencial para a salvação, mas podemos insistir em que seja essencial para a integral
obediência a Cristo.

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VII. A CEIA DO SENHOR


Agora verificaremos a segunda ordenança do Senhor que é a Ceia.

A. PARTICULARIDADES DA CEIA
1. É o rito da comunhão.
2. Significa a continuação da vida espiritual.
3. Sugere a comunhão com Cristo.
4. É administrada freqüentemente, ensinando que a vida espiritual deve ser alimentada.

B. DEFINIÇÃO
Ceia do Senhor ou comunhão é o rito distintivo da adoração cristã, instituído pelo próprio
Senhor Deus, na véspera de sua morte expiatória. Consiste na participação solene do pão e
do vinho, os quais sendo apresentados ao Pai, em memória do sacrifício de Cristo, tornam-se
um meio de graça pelo qual somos incentivados a uma fé mais viva e fidelidade maior a Ele.

C. COMEMORAÇÃO
“Fazei isto em memória de mim”. Sempre que um grupo de cristãos se reúne para celebrar
a Ceia do Senhor, o mesmo está relembrando, dum modo especial, a morte de Cristo. A Ceia é
um grande memorial, que sempre nos recordará que Cristo morreu para nos libertar dos
pecados.

Por que recordar a sua morte mais do que qualquer outro evento de sua vida? Porque a sua
morte foi o evento culminante de seu ministério e porque somos salvos, não meramente por
sua vida e seus ensinos, embora sejam divinos, mas por seu sacrifício expiatório.
Note Bem: “Em memória de mim” quer dizer que a Ceia deve ser, para nós, uma recordação,
e não uma repetição do sacrifício de Cristo. O cálice é uma recordação do sangue de Cristo,
sangue que nos purifica de todo o pecado; o pão, uma recordação do corpo de Cristo. Cristo
não somente nos lavou com seu sangue, mas também levou as nossas dores e as nossas
enfermidades no seu corpo (Isaias 53:4,5; I Pedro 2:24).

D. INTRODUÇÃO
A ceia do Senhor é uma lição objetiva que expõe os dois fundamentos do Evangelho.

1. A Encarnação
Ao participar do pão, ouvimos o apóstolo João dizer: “O Verbo se fez carne e habitou entre
nos” (João 1:14); ouvimos o próprio Senhor declarar: “Porque o pão de Deus é aquele que
desce do céu e dá vida ao mundo”(João 6.33).

2. A Expiação
As bênçãos incluídas na encarnação nos são concebidas mediante a morte de Cristo. O pão e
o vinho simbolizam dois resultados da morte: a separação do corpo e da alma, e a separação
da carne e do sangue. O simbolismo do pão partido é que o Pão (João 6:51) devia ser
quebrantado na morte (calvário) a fim de ser distribuído entre os espiritualmente famintos; o
vinho nos diz que o sangue de Cristo, o qual é sua vida, devia ser derramado na morte a fim
de que seu poder santificador e vivificante pudesse ser outorgado às almas necessitadas.
João estabelece o momento da morte de Jesus como sendo aquele que os cordeiros da
Páscoa estavam sendo sacrificados no Templo, e Ele claramente que fazer da sua cronologia
um comentário sobre o significado da morte de Jesus, insto é, Jesus morreu como verdadeiro
Cordeiro da Páscoa (João 1.29 e 19.36; Êxodos 12:46, Neemias 9:12, I Corintios 5:7).
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E. INSPIRAÇÃO
Os elementos, especialmente o vinho, nos lembram que, pela fé, podemos ser participantes na
natureza de Cristo, isto é, ter comunhão com Ele.

Ao participar do pão e do vinho da Ceia, o ato nos recorda e nos assegura que, pela fé,
podemos verdadeiramente receber o Espírito de Cristo e ser reflexo do seu caráter.

Jesus afirmou que era o pão do céu para a vida do mundo; e que era absolutamente
necessário que cada um comesse a Sua carne e bebesse o Seu sangue para receber e
conservar a vida eterna.

F. SEGURANÇA
“Este é o Novo Testamento no me Sangue” (I Corintios 11.25).
A Nova Aliança instituída por Jesus é um pacto de sangue. Deus aceitou o sangue de Cristo
(Hebreus 8.14-24); portanto comprometeu-se, por causa de Cristo, a perdoar e salvar a todos
os que vieram a Ele.

G. RESPONSABILIDADE
Quem deve ser admitido ou excluído da mesa do Senhor? Paulo trata da questão dos que são
dignos do sacramento em I Corintios 11.20-34.

“Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente,
será culpado (uma ofensa ou pecado contra) do corpo e do sangue do Senhor.”
Nota-se que as pessoas mais profundamente espirituais são as que mais sentem a sua
indignidade. Paulo descreve a si mesmo como “o principal dos pecadores” (I Timóteo 1.15).
O apóstolo nos avisa contra os atos indignos e a atitude indigna ao participar indignamente?

Praticando alguma coisa que impeça de apreciar claramente o significado dos elementos, e de
nos aproximarmos em atitude solene, meditativa e reverente.
“Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice” (I
Corintios 11:28).

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VIII. MORDOMIA
A palavra mordomia tem um significado profundo para a vida cristã. Dizer a um crente,
entretanto, que ele é mordomo de Deus, nem sempre desperta o seu coração para os
incontáveis privilégios e responsabilidades desta função, por ser pouco conhecido o
significado da palavra.

Mordomo, quer dizer, literalmente, ecônomo, isto é, aquele que é incumbido da direção da
casa, o administrador. É aquela pessoa a quem é entregue tudo quanto o Senhor possui, para
ser cuidado e desenvolvido. É aquele a quem o Senhor incumbe o governo daquilo que lhe é
mais precioso. Em linguagem bíblica isto que dizer, não só terras, dinheiro, jóias e os bens
materiais em geral, mas também o cuidado da esposa e dos filhos, a reputação do Senhor e
até a sua própria vida. Daí se cumpre o que o Senhor exige de nós quando nos constitui
mordomos Seu. É com temor e tremor que devemos assumir nossa responsabilidade, mas, de
outro lado, com regozijo em nossos corações, por Ele nos ter confiado um lugar de tantas
oportunidades para glorificar seu Santo Nome.

A. QUAL O DIREITO QUE DEUS TEM DE NOS CONSTITUIR SEUS MORDOMOS?


Deus é o criador de todas as coisas, portanto tudo lhe pertence. Sendo assim, Ele tem todo o
direito de nos constituir seus mordomos. Então vejamos:

1. O Universo pertence a Deus.


Tudo o que existe, não só na terra, mas em todo o universo, é de Deus.
Gênesis 1:1; 14:22; Deuteronômio 10:14; I Crônicas 29:13-16; Salmos 24:1; 50:10-12; 89:11,
Jeremias 27:5.

De modo mais especifico:


a) O solo pertence a Deus - Levitico 25:23; II Crônicas 7:20.
b) Os minerais e os tesouros que a terra e o mar escondem - Salmos 95:5; 146:6; Ageu
2:8; Joel 3:5.
c) Tudo o que a terra produz - Gênesis 2:9; Jeremias 5:24.
d) Toda a vida animal - Gênesis 1:24; 9:2-3;

2. O Homem pertence a Deus


a) Por direito de criação - Gênesis 1:27; 2:7; Isaias 42:5; 43:1-7; Ezequiel 18:4.
b) Por direito de preservação - Atos 14:15-17; 17:22-28, Colossenses 1:17; I Pedro 1:5.
c) Por direito de redenção - Êxodos 19:5; I Corintios 6:19-20; I Timóteo 2:4

B. OS DÍZIMOS

1. Definição.
O assunto mais doloroso para muitos crentes é o dinheiro. Podemos discutir mordomia à
vontade, mas não nos fale em dinheiro, dizem muitos membros ao seu pastor, outros irmãos
afirmam: Nosso pastor precisa deixar de falar em dinheiro e só pregar o evangelho!

Infelizmente podemos dizer que esses irmãos desconhecem a mordomia e o Evangelho. Falar
em mordomia é falar em dinheiro, porque o que o crente faz com seu dinheiro mostra a sua
mordomia na prática. E quem conhece o Evangelho, entende que a pregação do Evangelho
visa à totalidade do homem, incluindo o seu dinheiro. Quem quer separar a vida material da
vida espiritual, desconhece o Evangelho.
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“O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, ... mas o que é espiritual discerne bem tudo”.
I Corintios 2:14-16
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ESTUDOS SOBRE DOUTRINAS BÍBLICAS

O que é dizimo? É a décima parte das rendas consagradas ao Senhor.

2. De quem são os dízimos?


Conforme já estudamos anteriormente, todas as coisas pertencem ao Senhor e nós fomos
constituídos seus mordomos. Sendo Deus domo de tudo, chegamos à conclusão óbvia de que
não só os dízimos lhe pertencem.

Portanto , tudo o que está em nossas mãos, e que chamamos de “nosso”, apenas está sob
nossa administração; há, no entanto, uma ordem de Deus que é muito clara (Ele tem o direito
de legislar sobre aquilo que é seu): “Também todas as dizimas do campo, da semente do
campo, do fruto das árvores, são do Senhor: santas são ao Senhor. Porém, se alguém
das suas dizimas resgatar alguma coisa, acrescentará o seu quinto sobre ela. Tocante a
todas as dizimas de vacas e ovelhas, de tudo o que passar debaixo da vara, o dizimo
será santo ao Senhor” (Levitico 27:30-32).

3. Onde devemos dar os dízimos?


a. Em que lugar? Havia um lugar apropriado para a entrega dos dízimos: Deuteronômio
12:11; 14:22,23; I Reis 8:18-21. “Trazei todos o dízimos à casa do tesouro”.
b. Para quem eram pagos os dízimos? Deviam ser entregues aos levitas (Números
18:21,24).
c. Importante:
- Devemos entregar os nossos dízimos na igreja onde congregamos.
- Não confundir dízimos com ofertas para Missões, Assistência Social ou outros
tipos de ofertas. Não se deve abater nenhuma oferta do valor dos dízimos. Estas
ofertas devem ser dadas à parte.
- Assim como os levitas tinham que dar os dízimos (Números 18:26-28) os
pastores das igrejas também devem fazê-lo. “...torna-se padrão dos fiéis, na
palavra, no procedimento...” (I Timóteo 4:12)

4. Os dízimos não eram só para o tempo da Lei.


a) Os dízimos antes da Lei
Em Gênesis 14:18-20, Melquizedeque, “Sacerdote do Deus Altíssimo”, abençoou a
Abraão e “Abraão de tudo lhe deu o dizimo”. Ora, Abraão foi o Patriarca da
Dispensação da Promessa, que muito se assemelha à atual (Dispensação da Graça).
Abraão viveu centenas de anos antes da Lei. Jacó prometeu o dizimo ao Senhor
(Gênesis 28:20-22). A “doutrina do dizimo”, portanto, já era conhecida e praticada
pelos servos de Deus, antes da Lei.
b) Os dizimo no tempo da Lei.
No período da Lei, Deus deu a seu povo preceitos diversos, nos quais incluiu os
dízimos. Ficou estabelecido, não somente que trouxessem os dízimos, mas que, no
caso do fruto da terra ou do rebanho, se alguém resgatasse o dizimo, deveria
acrescentar a quinta parte, ou seja, 20% (vinte por cento) de juros (Levitico 27:30-32).
Há ainda outras referências sobre os dízimos na época da Lei: Números 18:21;
Deuteronômio 14:22, etc.

c) Os dízimos depois da Lei.


Em Mateus 23:23 lemos: “Aí de vós escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o
dizimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes negligenciado os preceitos
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mais importantes da lei, a justiça, a misericórdia e a fé; Devíeis, porém, fazer


estas coisas sem omitir aquelas”.

Notemos, então, que Jesus falou: “...devíeis, porém, FAZER ESTAS COISAS (praticar a
justiça, a misericórdia e a fé) SEM OMITIR (isto é, sem deixar de fazer) AQUELAS (dar
o dizimo da hortelã, endro e cominho).

Tornou-se desnecessário um ensinamento insistente a respeito de contribuições, pois


os cristãos do primeiro século, cheios do Espírito Santo, transbordando de amor a Deus
e ao Seu trabalho, não se limitaram aos dízimos e ofertas “rotineiras”. Foram além:
“Porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores
correspondentes e depositavam aos pés dos apostolo...” (Atos 4:32-35).

5. Conclusão
Em tempos de enfraquecimento espiritual, o povo de Deus negligenciava a lei do
dizimo. Em sua mensagem, Malaquias repreendeu o povo acusando-o de roubar a Deus
nos dízimos e nas ofertas (Malaquias 3:7-10). No primeiro ano de seu reinado, o rei
Ezequias promoveu uma Reforma Religiosa em Judá. Restabeleceu todos os serviços
no Templo e ordenou ao povo que trouxesse suas ofertas e dízimos aos cuidados dos
levitas. Deus abençoou muito o seu povo. Houve grande fartura. Ezequias teve de
mandar preparar depósitos no templo para armazenar tudo o que era trazido. (II
Crônicas 29:3; 31:5,6,11,12).
Fundo histórico: II Crônicas 29 a 31. Quando nós não entregamos o dizimo, estamos
nos utilizando de algo que não é nosso, isto é, estamos roubando ao próprio Deus
(Malaquias 3:8). A Palavra de Deus nos adverte que, nos últimos dias, os homens serão
avarentos “egoístas, avarentos...” (II Timóteo 3:2). Ler ainda Lucas 6:38; Provérbios
3:9-10; 11:24; I Timóteo 6:10; 6:17-19.

6. Comentário
Servindo ao Senhor como tesoureiro na Igreja onde congrego, tenho observado
pessoas que logo compreenderam o plano de Deus para sua vida financeira e com
alegria e fé entregam seus dízimos sem relutar, mas confiando nas promessas de Deus.
Outro grupo de pessoas, porém, tem dificuldades em aceitar este plano. Para elas
parece um contra-senso entregar 10% (dez por cento) do que ganham para a igreja,
sendo que elas alegam que trabalham e necessitam de todo o dinheiro que recebem.
Outro grupo de pessoas, porém, tem dizimados por algumas vezes, e com este ato
acham que são dizimistas fiéis, e inclusive por muitas vezes vêem dar testemunhos de
bênçãos recebidas, agora imaginem se elas fossem dizimistas fiéis e sinceras, o quanto
o Senhor não derramaria em suas vidas. Para este dois últimos grupos de pessoas, é
preciso paciência e sabedoria de Deus para falar e explicar os fundamentos bíblicos
desta doutrina e esperar que o Espírito Santo trabalhe em suas mentes e corações.
Depois de serem esclarecidas, normalmente se tornam dizimistas convictas. É
recomendável ensinar aos salvos o seguinte processo com relação aos dízimos e
ofertas:

a) Separe imediatamente os 10% do dizimo;


b) entregue-os, sem demora à tesouraria da igreja;
c) ore para que Deus dê sabedoria às pessoas que irão administrar esse dinheiro;

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d) fique sensível para a direção do Espírito quanto a outras contribuições, por


exemplo: Missões, Assistência Social, outras organizações cristãs, ajuda a
missionários, etc.
e) espere as promessas de Deus. Elas se cumprirão em sua vida;

Há abundância de promessas para os que confiam no Senhor e não no dinheiro. O


dinheiro não é um mal em si mesmo. Ele precisa ser posto a nosso serviço e não nós a
serviço dele.

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IX. SALVAÇÃO
Todo nós conhecemos a história de Adão e Eva e sabemos das tristes conseqüências de sues
graves erros no Éden. O pecado deles comprometeu todo o gênero humano, trazendo
vergonha, medo, sofrimento, dor, enfermidade e morte a todo homem.

A humanidade passou a viver escravizada pelo pecado, dominada pelo diabo e seu demônios,
que, com suas tentações e perturbações, levaram os homens à idolatria, mentira, egoísmo e a
toda espécie de perversidade.

A partir do pecado de nosso primeiros pais a humanidade herdou uma natureza pecaminosa
cuja tendência é a de praticar todas as formas de pecado, cometendo toda sorte de impurezas
(Efésios 4:17-19). Mas, sem dúvida, a pior conseqüência do pecado é a “morte espiritual” do
homem. Não existe homem ou mulher que não tenha pecado “Porque todos pecaram...”
(Romanos 3:23) e ainda o profeta Ezequiel adverte “...a alma que pecar, essa morrerá
(Ezequiel 18:4). Para mudar este estado de coisas Deus enviou, Jesus, seu Filho ao mundo.

A. O SALVADOR
Quando José soube que Maria estava grávida ficou muito triste e resolveu abandoná-la.
Contudo, naquela noite, um anjo de Deus apareceu a José e lhe declarou: “...o que nela está
gerado é do Espírito Santo. E dará a luz um filho e chamarás o seu nome Jesus, porque
ele salvará (libertará) o seu povo dos seus pecados” (Mateus 1:20-21). Portanto o
Salvador, ou aquele que nos livra da pena e do poder do pecado é Jesus, o Filho de Deus. A
Bíblia declara em João 3:16 que ele veio “para todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna” e em Atos 10:38 afirma que ele: “...andou fazendo o bem, e curando a
todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”.

Ainda em Atos 4:12 encontramos a declaração do apóstolo Pedro de que não há salvação em
nenhum outro nome a não ser no nome de Jesus. Isto, diz Pedro, porque não existe nenhum
outro nome pelo qual possamos ser salvos. Não há nenhuma dúvida de que Jesus é o único
Salvador. Toda e qualquer outra forma sugerida como meio de salvação deve ser ignorada. As
palavras a esta questão: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida, ninguém vem ao Pai
senão por mim” (João 14:6}.

B. O QUE É SALVAÇÃO
Como já vimos, a conseqüência do pecado é a morte e a perdição. Em outras palavras isto
significa separação completa de Deus. Jesus veio ao mundo para pagas o preço de nossos
pecados, e Ele o fez pagando com seu próprio sangue na cruz (I Pedro 1:18-19). O homem
estava inteiramente condenado, mas Jesus anulou, quitou ou extinguiu a nossa culpa. Ele fez
isso dando sua própria vida no calvário (João 10:15).
A partir daquele momento a humanidade encontrou o único meio de ser absolvida da dívida de
sues pecados.

CRER EM JESUS COMO SEU SALVADOR

Aos que crêem, Deus justifica de seus pecados e os considera como filhos, livres para servi-lo
com fé e alegria. A salvação, portanto, é ficar livre da condenação do pecado por intermédio da
nossa fé no sacrifício de Jesus na cruz do calvário.

C. QUEM PODE SER SALVO


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Em principio a salvação é oferecida a todas as pessoas.


- “... todo aquele que nele crê...” (João 3:16)
- “...Vinde a mim todos os que estais cansados ...” (Mateus 11:28)
- “...aquele que crê em mim tem a vida eterna (João 6:47)
- “...quer que todos os homens se salvem” (I Timóteo 2:4);

A vontade do Senhor Jesus é salvar a todos que o desejam e o buscam com sinceridade.
Todos os que confessam e abandonam seus pecados, que têm um coração correto diante de
Deus, que procuram viver uma nova vida livre do pecado, encontrarão ajuda do Senhor e este
os receberá e lhes dará perdão e salvação.

Por outro lado, os que rejeitam a Cristo, não se arrependem de seus pecados e blasfemam
contra o Espírito Santo, não podem ser salvos.

D. SALVAÇÃO GARANTIDA
A Palavra de Deus é categórica em afirmar a salvação do homem. Nem poderia ser diferente,
pois se vivêssemos apenas na expectativa ou esperança de salvação, estaríamos pondo em
dúvida a eficácia do sacrifício de Cristo.
- As seguintes passagens asseguram salvação a todos os que nasceram de novo:
- “E dou-lhes a vida eterna...” (João 10:28)
- “Quem crê em mim tem a vida eterna” (João 6:47)
- “... crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo” (Atos 16:31)
- “...se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres
que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” (Romanos 10:9)

Há outras referências bíblicas que asseguram a nossa salvação eterna (I João 5:13; Romanos
8:1; II Timóteo 4:8; João 3:16) e muitas outras.

Além destas promessas bíblicas que asseguram a nossa salvação, também temos que
considerar que nossa fé está depositada na pessoa de Jesus Cristo, que na sua morte e
ressurreição selou definitivamente a salvação de todos que nele crerem. Na cruz Jesus morreu
em nosso lugar (Gálatas 3:13), pagou o preço de nossos pecados (Mateus 20:28) e nos
reconciliou com Deus (II Corintios 5:18-19). Já em sua ressurreição Jesus confirmou a sua
divindade (Efésios 1:20; Apocalipse 1:18), garantiu a ressurreição dos salvos (I Corintios
15:20) e nos deu certeza de vitória sobre a morte.

E. O DESTINO DOS SALVOS


Desde o momento que recebemos ao Senhor (João 1:12), passamos da morte para a vida.
Existe vida no além túmulo, e a própria Bíblia reconhece este fato. Apesar do nosso corpo
estar sujeito à morte física, insto de modo algum interrompe a comunhão entre o cristão e o
Senhor (João 11:25-26).

O ser humano é constituído de um corpo (físico), alma e espírito. A morte física é a separação
da parte material (corpo) do homem, de sua parte imaterial (alma e espírito).
Assim que surge o desenlace (separação) da lama e do corpo, o homem é introduzido no
mundo invisível, no mundo do espírito.

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Aí há dois caminhos:
1. O ímpio vai para o Hades e aguarda a ressurreição do corpo que se dará após o
Milênio, depois da grande batalha de Gogue e Magogue (Apocalipse 20; 5; 8).
2. O salvo vai para o terceiro céu e fica aguardando o dia da ressurreição que será
antes do Milênio (Apocalipse 20:6).

Obs.: Os salvos não receberão sua recompensa final nem os ímpios seu castigo final,
enquanto seus corpos não forem ressuscitados. Este período entre a morte física e a
ressurreição é chamado de “estado intermediário”. O Hades e o terceiro céu são lugares de
habitação transitória para os ímpios e os salvos, respectivamente.

1. A Ressurreição dos Salvos (I Tessalonicenses 4:14; I Corintios 15:12, 13, 21, 26, 42;
Apocalipse 20:4-6)

Por ocasião da volta do Senhor à terra para arrebatar a sua igreja, os espíritos dos salvos que
já morreram descerão com Ele. Neste instante, haverá a ressurreição dos corpos dos salvos e
se juntarão aos seus espíritos, enquanto que os salvos que estiverem vivos terão seus corpos
transformados. Todos serão levados para o céu onde celebraremos as bodas do Cordeiro.
Depois voltaremos com Cristo para reinarmos com Ele, por mil anos, aqui na Terra. Após o
Milênio os salvos habitarão para sempre na Nova Jerusalém, contemplando a face do Senhor.

2. A Ressurreição dos Ímpios


Após o Milênio, Satanás saíra a enganar todos os reis e poderosos da Terra, mas descerá fogo
do céu e os consumirá. Depois os corpos dos ímpios ressuscitarão e todos serão julgados
(Apocalipse 20:11-14). E lançados no lago de fogo.

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X. CURA DIVINA

A. DEFINIÇÃO
Cura Divina é o processo mediante o qual Deus, de modo sobrenatural, comunica vida, saúde
e força às almas e corpos afligidos.

Scofield, comentando Romanos 1:16, declara: As palavras hebraica e grega para salvação
implicam idéias de livramento, segurança, cura e saúde.

1. A aliança entre Deus e o seu povo (Êxodos 15:26).


A preservação da saúde do povo estava diretamente ligada à obediência às leis do Senhor
(Êxodos 23:25).

B. CURAS NO ANTIGO TESTAMENTO

a) Naamã é curado (II Reis 5:1-4).

Qual a enfermidade de Naamã? (versículo 1)

A quem Deus usou para efetuar a cura? (versículo 10)

Como aconteceu a cura? (versículo 14)

b) A cura e Ezequias (Isaias 38:1-5)

O que é falado sobre a enfermidade de Ezequias? II Reis 20:1-7)

Qual foi a reação de Ezequias? (Isaias 38:2,3; II Reis 20:1-7)

Qual foi a resposta de Deus mediante a oração de Ezequias? (II Reis 20: 4,5)

Que fez Isaias? (II Reis 20:7)

3. Outras Situações

a) A doença de Acazias? (II Reis 1:2-4,17)

Qual foi a reação de Acazias diante da sua doença? (II Reis 1:2)

A que Deus usou para repreender Acazias? (II Reis 1:3)


Acazias Foi curado? (II Reis 1:4,17)
b) A doença de Uzias (Azarias) (II Crônicas 26;16-23)

Qual a enfermidade de Uzias? (Versículo 2)

Quem o feriu? (Versículo 20)

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Porque ele não foi curado? (versículo 16-19)

c) A doença de Jó (Jó 2:3-8)

Quem feriu a Jó e por que? (versículo 6-7)

Jó foi curado? (Jó 42:17)

Faça uma comparação entre as situações de Acazias e Uzias com a de Jó?

C. A IMPORTÂNCIA DA MORTE DE CRISTO NA CURA DIVINA

1. A serpente levantada no deserto (Números 21:9)

Qual o significado da serpente levantada no deserto? (João 3:14)

2. Isaias profetizou sobre a morte expiatória de Cristo (Isaias 53:4-5). Que ligação há entre a
morte de Cristo e as nossas enfermidades?
Como já estudamos anteriormente, a palavra “salvação” implica, entre outras idéias, as de
“cura e saúde”. Ler também I Pedro 2:24.

C. CURAS EFETUADAS POR JESUS


Durante seu ministério, Jesus realizou muitas curas. Este fato está caracterizado nas
seguintes referências bíblicas: Mateus 4:23 - “Percorreu Jesus toda a Galiléia, ensinado
nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e
enfermidades entre o povo” (Ler ainda João 6:2; Marcos 3:10; Marcos 1:32-34)

1. Propósitos das curas efetuadas por Cristo


a) Demonstrar sua compaixão pela humanidade (Mateus 20:28-34; Marcos 1:40,42;
Marcos 3:1-5).
b) Levar as pessoas a verem nele. Neste caso, a finalidade é levar as pessoas a
receberem o dom de Deus, a vida eterna. (João 3:2; 11:45; 12:10,11; 6:2)
c) Capacitar o curado a servi-lo melhor (Mateus 8:15; Marcos 5:19,20)
d) O mais importante de todos os propósitos é o de glorificar a Deus (Mateus
15:30,31; Lucas 13:13; João 9:38)

2. Curas efetuadas por Jesus


Vamos agora fazer um estudo sobre as curas efetuadas por Jesus. O nosso objetivo será
verificar “como Jesus curou”. Para isso vamos fazer uma análise de algumas referências
relacionadas com o assunto.

Faremos isso respondendo a perguntas como: Quem era a pessoa a ser curada? Que falou
esta pessoa? Que atitude ela teve? O que Jesus falou à pessoa? De que forma ocorreu a
cura? Etc.

Vamos exemplificar com a cura descrita em Mateus 8;2,3.


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A pessoa a ser curada era um leproso.


A atitude era de adoração.
Falou: “Se queres, poder purificar-me”.
Jesus “estendeu-lhe a mão e tocou-lhe”.
Jesus disse: “Quero, fica limpo!”

Como Jesus efetuou esta cura?


- Tocou o leproso e falou: “Quero, fica limpo”.

Agora vamos estudar outras curas.


a) Mateus 8:5-13
b) Mateus 8:14,15 e Lucas 4:39

Como Jesus efetuou a cura?


c) Mateus (9:27-30)

Como Jesus efetuou esta cura?

d) Mateus (9:32,33)
Como Jesus efetuou esta cura?

e) Mateus 12:9-13
Como Jesus efetuou esta cura?

f) Lucas 13:11-13
Como Jesus efetuou esta cura?

g) Lucas 17:11-14
Como Jesus efetuou esta cura?

h) João 9:1-11
Como Jesus efetuou esta cura?

i) Mateus 8:16 e Lucas 4:40,41


Como Jesus efetuou estas curas?

E. CURAS EFETUADAS ATRAVÉS DOS DISCÍPULOS


Momentos antes de sua ascensão, Jesus concedeu autoridade aos seus discípulos para
continuarem sua obra. Capacitou-os para cumprirem a “Grande Comissão” (Marcos 16:15-18)

Quais os sinais que acompanham os que crêem? (versículos 17,18)

1. Atos 3:1-10

Como aconteceu a cura neste caso?

2. Atos 5:14-16
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Como aconteceram as curas neste caso?

3. Atos 9:32-34
Como aconteceu a cura neste caso?

4. Atos 14:8-10
Como aconteceu esta cura?

5. Atos 28:7-8
Como aconteceu esta cura?

O que nos ensina Tiago 5:14-16?

Deus ainda usa homens, atualmente, para efetuarem curas? Porque (Marcos 16:17,18;
João 14:12)

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XI. BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO


No inicio dos quatros evangelhos a figura de João Batista tem grande destaque, o povo
esperava pelo Messias, e vendo tudo o que João fazia e falava, ficava indagando: Não será
este, porventura, o Cristo? Mas, como que lendo o pensamento deles, João eleva a sua voz e
diz: “Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais
poderoso do que eu... esse vós batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Lucas 3:15-
16).

Em Atos 1:5 encontramos a reprodução das palavras de Jesus dizendo: “Porque, na verdade,
João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito
depois destes dias”.

Vemos nestes dois textos bíblicos e em muitos outros uma clara e inquestionável promessa de
que os discípulos de Jesus seriam batizados com o Espírito Santo. Não há razão, pois, para
descrença e dúvida a esse respeito.

A. CONHECENDO O ESPÍRITO SANTO


Já estudamos a respeito da pessoa do Espírito Santo, sua divindade, atributos, etc. Mas agora
queremos mostrar um pouco da atuação do Espírito Santo em relação aos salvos.
Assim como Deus é uma trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) também o ser humano é uma
tricotomia (Espírito, Alma e Corpo).

Pelos nossos sentidos temos contato com o mundo


C A exterior (ver, ouvir, falar, etc.), em nossa alma tomamos
O L
R M
ESPIRITO ciência do nosso mundo interior (emoções, mente e
P A vontade) e através do nosso espírito nos comunicamos e
O temos comunhão com o Criador.

Desde o inicio, quando criou todas as coisas, Deus mostrou seu propósito ao formar o homem:
TER COMUNHÃO COM ELE.

Lendo os primeiros capítulos de Gênesis verificamos que a criação do homem foi diferente.
Deus não disse, haja o homem, e houve o homem. Mas o texto (Gênesis 2:7) diz que o
Senhor Deus FORMOU o homem do pó da terra, a sua imagem e semelhança e lhe soprou
nas narinas o fôlego de vida.

O homem, portanto, foi formado (amoldado pelas mãos de Deus) e foi o único ser a receber
uma porção do próprio Deus (o Senhor soprou, colocou algo de si mesmo, no homem). Por
isto o homem tem a semelhança de Deus (Gênesis 5:1). Porém, devido ao pecado, o homem
perdeu essa condição. Em Gênesis 5:3 vemos que Sete, filho de Adão, foi gerado à sua
imagem e semelhança (de Adão). A partir daí todos os homens foram gerados à imagem e
semelhança de Adão, com as marcas do pecado e distanciados de Deus.

A partir de Adão todo ser humano que veio ao mundo nasceu com um corpo, com uma alma
vivente mas com um espírito “morto”, isto é, sem Deus. Com a vinda de Jesus ao mundo, sua
morte na cruz e ressurreição, Deus oferece a todas as pessoas a oportunidade para serem de
novo seus filhos, de terem novamente comunhão com Ele.
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“O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, ... mas o que é espiritual discerne bem tudo”.
I Corintios 2:14-16
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ESTUDOS SOBRE DOUTRINAS BÍBLICAS

Como é possível isto? Leiamos João 1:12-13: “Mas, a todos quantos o receberam , deu-
lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome. Os quais não
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de
Deus” e João 3:5-6: “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade, te digo que aquele que
não nascer de água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da
carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”.

E, para completar, vamos ver também I Corintios 3:16: “Não sabeis vós que sois santuário
de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?”. Através destes textos notamos que a
condição de filho de Deus é restaurada no homem pela fé em Jesus, que produz o novo
nascimento (o espírito “morto” passa a viver) e o homem se torna o templo (habitação) do
Espírito de Deus.

PAI

C
O
A
R
L
P ESPÍRITO
M
O
A

ESPÍRITO SANTO FILHO

No momento em que uma pessoa crê em Jesus e o “recebe”, o Espírito Santo imediatamente
vem habitar no espírito desta pessoa.

Portanto, todos os salvos (pentecostais, tradicionais, etc.) genuinamente nascidos de novo


possuem o Espírito Santo “E se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”
(Romanos 8:9).

Não é possível a ninguém viver na carne, ou no pecado e viver simultaneamente no espírito. O


Espírito Santo só habita em alguém cuja vida foi lavada e purificada no sangue de Cristo. O
salvo é co-participante da natureza divida ( II Pedro 1:4), portanto está livre da corrupção das
paixões que há no mundo.

B. RECEBENDO O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO


Vimos que o Espírito Santo habita em todos os salvos, então porque todos os salvos não
batizados com o Espírito Santo.

A experiência com o batismo com o Espírito Santo é um ato distinto da experiência, da


salvação. Diríamos que o momento da salvação todos os salvos passam a possuir o Espírito
Santo, mas no ato do batismo com o Espírito Santo este passa a possuir o salvo.

O batismo com o Espírito Santo é um ato que envolve fé. A pessoa precisa:
1. crer na promessa do Pai (Atos 1:4);
2. encher-se do Espírito Santo;
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“O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, ... mas o que é espiritual discerne bem tudo”.
I Corintios 2:14-16
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3. falar em outras línguas segundo o Espírito Santo lhe conceder (Veja Atos 2:4).

O batismo com o Espírito Santo não é uma questão de merecimento, mas, por outro lado, é
algo concedido só aos verdadeiros filhos de Deus que crêem nessa promessa.

C. DEFININDO O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO (ATOS 1:8; 2:4; 15, 21)
- É uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo na vida do salvo, capacitando-o a
uma vida cheia de poder e santidade.
- É viver sempre cheio do Espírito Santo.
- É passar a falar em outras línguas, segundo a concessão do Espírito Santo.
- É ter certeza de que sentiu o “toque” divino, experimentando uma manifestação
singular de alegria e gozo.
- É receber poder para testemunhar de Cristo.

Obs.: Você aprenderá mais sobre batismo com o Espírito Santo e também sobre os dons do
Espírito Santo na disciplina DONS ESPIRITUAIS.

D. FALANDO DA PLENITUDE DO ESPÍRITO


Plenitude, como a própria palavra diz, nós dá a idéia de algo completamente cheio, repleto,
superlotado, em excesso, trasbordante. É claro que todos nós devemos desejar ter uma vida
completamente cheia, plena de Espírito Santo.

Cremos que é uma necessidade do salvo viver sempre se enchendo do Espírito, pois nossa
vida é um constante “dar e receber”. A palavra de Paulo é: “...enchei-vos do Espírito...”
(Efésios 5:18), enquanto Jesus disse: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de
d’água viva correrão do seu ventre” (João 7:38). Assim, precisamos estar sempre nos
enchendo dessa água, até transbordar, para que possamos ser bênçãos para o mundo.
Cremos também que é a vontade do Senhor que nós tenhamos uma vida plena no Espírito. Ele
disse “Se alguém tem sede, venha mim, e beba. E isto disse ele do Espírito que haviam
de receber os que nele cressem...” (João 3:19).

E. DESFRUTANDO DO FRUTO DO ESPÍRITO


O salvo é chamado a viver e a andar pela fé e no Espírito, lendo o texto de Gálatas 5:16-26,
notamos que a pessoa que depende do Espírito Santo alcança duas bênçãos:
1) Vitória sobre as obras da carne (versículo 16);
2) Tem o fruto do Espírito (versículo 22-23)

Assim como só usa os dons do Espírito Santo quem tem o Espírito Santo, da mesma forma o
fruto do Espírito só e manifestado na pessoa que tem o Espírito e depende dele.

As nove qualidades, ou virtudes, que formam o “fruto” são indivisíveis. O Espírito não produz
nove frutos, mas um fruto que contém todas as noves virtudes deve ser manifestado na vida e
no caráter de todos os filhos de Deus. A vitória obtida sobre as obras da carne deve significar
que o salvo, com a ajuda do Espírito Santo, não permitirá a manifestação desses pecados que
impedem a entrada no reino de Deus aos que os praticam.

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“O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, ... mas o que é espiritual discerne bem tudo”.
I Corintios 2:14-16
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Já o fruto do Espírito é a manifestação do próprio Cristo em nós, expressando amor, gozo,


paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio
diante dos homens e de Deus.

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XII. VOLTA DE CRISTO


“... Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para
o céu o vistes ir” )Atos 1:11).

O quadro era singular. Jesus estava reunido, mo alto do Monte das Oliveiras, com os seus
discípulos. Eles estavam vivendo um período de grande alegria causa pelo impacto da
ressurreição do amado Senhor. A morte já fora vencida. Agora, diziam eles, só faltava restaurar
o reino de Israel. O assunto era sério, muito importante. A resposta de Jesus foi conclusiva:
“Não vos pertence saber os tempos ou as estações... mas ser-me-eis testemunhas... ”.
Repentinamente Jesus começou a se elevar às alturas e eles, cheios de surpresa ficaram
olhando, e vira uma nuvem encobrir ao Senhor. Continuaram com os olhos fitos no céu e nem
perceberam quando dois varões (anjos) vestidos de branco se colocaram ao lado deles e lhes
perguntaram: “Porque estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em
cima no céu, há de vir...”.

Esta cena ocorreu a mais de 19 séculos. Jesus ainda não voltou, mas sua promessa continua
em pé: (João 14:3). É tão certa a segunda vinda de Cristo quanto foi a primeira. Todas as
profecias bíblicas a respeito do nascimento e ressurreição do Senhor se cumpriram. Não há
razão para se duvidar do cumprimento das referências proféticas sobre a segunda vinda. No
fim da Bíblia (Apocalipse 22:20) o Senhor reafirma sua promessa: “Certamente venho sem
demora”. E nós dizemos “MARANATA”.

A. OS SINAIS DA VIDA DE CRISTO


“Que sinal haverá da tua vinda...?” (Mateus 24:3).

No capitulo 24 de Mateus, Jesus apresentou vários sinais que antecederiam a sua vinda. O
versículo 5 fala de falsos cristos, o 6 menciona guerras e rumores de guerra, no 7
encontramos nação contra nação, reino contra reino, fomes e terremotos em vários lugares.

Os versículos seguintes indicam perseguição aos salvos, escândalos, traição, ódio, falsos
profetas, apostasia e outro sinal é a pregação do Evangelho em todo o mundo.
Contudo, entre um sinal e outro Jesus estava sempre dizendo “...mas ainda não é o fim...
porém, isto é o principio das dores.”

Com estas ressalvas Jesus está indicando que estes sinais seriam contínuos e que
sucederiam em muitos lugares ao mesmo tempo. É por isso que muitos desses sinais ocorrem
a muitos séculos; todavia, a intensificação de alguns deles indicam que “o fim do fim” está
chegando.

No século XX já ocorreram quase 150 guerras, incluindo ai as duas guerras mundiais que
ceifaram a vida de milhões de pessoas.
Nunca houve tantos terremotos no mundo quanto agora, e a fome, pestes, doenças e outras
calamidades nunca foram tão acentuadas como nos últimos tempos.

Também é importante considerar outros acontecimentos que apresentam sinais da vinda do


Senhor. A fantástica evolução da ciência e da tecnologia (Daniel 12:4), o surgimento de um
grande numero de seitas falsas (Mateus 24:11,24), corrupção mundial (Mateus 24:15-22), o
ressurgimento do Estado de Israel (Mateus 24:15-22) e os fenômenos no céu.

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I Corintios 2:14-16
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B. COMO SERÁ A VINDA DO SENHOR


1. Jesus voltará de forma física e visível. Em Atos 1:11 está claramente mencionado que
Ele voltará do mesmo jeito que subiu.
2. Jesus voltará de forma repentina, de surpresa, rápido como um relâmpago (Mateus
24:27).
3. Os salvos, por estarem aguardando a volta do Senhor, não serão apanhados de
surpresa (I Tessalonicenses 5:4-5 e Mateus 25:10).
4. O dia e a hora da volta do Senhor ninguém sabe (Mateus 24:36). Em sua infinita
sabedoria, sabendo que isso seria prejudicial ao homem em todos os sentidos, Deus
ocultou este detalhe. Com certeza Jesus voltará, quando, não sabemos, mas os sinais
estão aí nos dizendo: será breve.

C. O ARREBATAMENTO DA IGREJA
Neste ponto fazem-se necessário alguns esclarecimentos. A vinda do Senhor é um evento só,
porém dividida em duas fazes. Quem não compreende isto tem grandes dificuldades em
entender as profecias e os sinais da vinda do Senhor. Insto pelo fato de que as Escrituras
geralmente mencionam a volta do Senhor como um fato único. Porém, quando estudamos a
Palavra com mais atenção, notamos claramente a distinção entre as duas fases.

1a.fase - Jesus vira apenas buscar a sua Igreja. Trata-se do arrebatamento de todos os salvos.
Será tão rápido que Paulo a compra a um piscar de olhos (I Corintios 15:52). Nesta fase os
que morreram em Cristo serão ressuscitados (I Corintios 15;52), os que estiverem vivos serão
transformados (I Corintios 15:51) e subirão para o encontro do Senhor nos ares (I
Tessalonicenses 4:17). Portanto, nessa 1 a. fase, Jesus não descerá na terra, será uma grande
surpresa para o mundo que não verá a Cristo mas que sofrerá as tremendas conseqüências
que o arrebatamento trará: calamidades, catástrofe e morte para milhões de pessoas.

2a. fase - Após um período de sete anos Cristo retornará à terra na forma visível ao mundo
todo (Mateus 24:30). Nesta fase Jesus voltará junto com os seus anjos e com a Igreja
triunfante (Apocalipse 19:11-16), fará guerra contra besta e contra o anticristo, que serão
derrotados e lançados no lago de fogo (Apocalipse 19:20). Satanás será preso no abismo por
um período de mil anos e Cristo estabelecerá o seu reino na terra, que durará mil anos.

COMENTÁRIO:
Entre a 1a. fase e a 2a. fase da volta de Cristo acontecerão fatos muito importantes tanto na
terra quanto no céu.

Na terra, após um período de grande confusão, o anticristo agirá com grande poder e
sabedoria. Ganhará o respeito do mundo inteiro e formará um governo poderoso. Após um
período de paz no mundo, o anticristo revelará sei verdadeiro caráter, quebrará a aliança com
Israel, perseguirá e matará toda pessoa que confessar o nome de Cristo, criará um cartão de
identidade com o símbolo 666 e que se recusar a usar este numero será marginalizado,
perseguido e morto. É a grande tribulação.

No céu, a igreja será recebida com alegria e cânticos, haverá as Bodas do Cordeiro e a
entrega dos galardões aos justos.

D. O MILÊNIO
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“...e reinarão com Cristo os mil anos” (Apocalipse 20:6)


O milênio é o espaço te tempo no qual Cristo reinará literalmente na terra. Será um sistema de
governo perfeito e justo. A terra será repovoada pelos sobreviventes da guerra do Armagedon,
provavelmente por aqueles que não se deixarem marcar com o sinal da besta. A natureza
pecaminosa ainda estará nas pessoas, mas, como Satanás estará preso, essa natureza não
se manifestará.

O reinado de Cristo será maravilhoso, pois implantará uma era de justiça, amor e paz. Não se
ouvirá falar de doenças nem de maldições. Haverá abundância de alimentos, o povo viverá em
absoluta segurança e terá o desejo de conhecer a Deus.

O Milênio será uma espécie de amostra do que ocorrerá na eternidade. Porém, quando se
completarem os mil anos, Satanás será solto de sua prisão (Apocalipse 20:7), encontrará a
terra superpovoada e imediatamente sairá para enganar as nações )Apocalipse 20:8).
Preparará um grande exercito para guerrear contra os santos, e certamente estará equipado
com armas ultramodernas e poderosas. O propósito dele é o de exterminar o povo santo.

Porém o poder de Deus que é maior, do que o de qualquer arma fará descer fogo do céu que
consumirá Satanás e seu exercito.

Depois desta batalha segue-se a abertura dos livros para o grande dia do juízo de Deus.
Deus restaurará a terra e fará com que ela seja como no tempo do Éden, um lugar maravilhoso
para a habitação dos homens. Descerá também a Nova Jerusalém - morada da Igreja - a qual
deverá ficar orbitando ao redor da terra (Apocalipse 21:24).

Esta cidade será a obra das mãos de Deus, construída com materiais preciosos. Sua
arquitetura e ornamentação são monumentais e ficam além da compreensão humana. O seu
comprimento, largura e altura são iguais. A cidade é quadrangular (Apocalipse 21:16).

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“O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, ... mas o que é espiritual discerne bem tudo”.
I Corintios 2:14-16

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