O G-20 surgiu como mecanismo de concertação das principais
economias às crises sistêmicas do final dos anos 1990 (Ásia 1997,
Rússia 1998, Brasil 1999).
Países do G20 detêm quase metade das reservas financeiras do
planeta terra (BRICS tem a maior parte). Talvez esse seja o maior poder de barganha dos BRICS, pois poderiam quebrar o dólar.
Em 1999 teve reuniões ministeriais e assim foi por quase uma
década.
O coração do G-20 era Fórum de estabilidade financeira (Financial
Stability Forum) que se tornou o FSB (Conselho de Estabilidade Financeira), os membros do grupo são os mesmos.
Desde 2008, as reuniões do G-20 (já foram 5) são presidenciais (são
cúpulas). Está-se preparando a 6a, que será na França, este ano 2011.
A idéia do G-20, como existe hoje, é do presidente Lula. Iniciativa
em parte do Brasil, que presidia o antigo G-20 no período.
1a cúpula em Washington (2008), no ápice da crise (vontade
política). Cúpula teve efeitos políticos, afirmando vontade política comum dos países que perfazem 80% da economia mundial, para superar a crise. Países fizeram acordo para evitar protecionismo. Decidiram fazer reforma dos mercados financeiros, das instituições bancárias e mecanismos de regulação. Reformar a instituição de Bretton Woods.
2a cúpula Londres, abril de 2009. Decidiram dobrar os direitos
especiais de saque no FMI (especial drawing rights). Brasil tornou- se credor do FMI, decisão foi anunciada na cúpula. Brasil entra com 10 bilhões de dólares. Decidiram combater ativos tóxicos e lavagem de dinheiro (paraísos fiscais). Existe um regime de combate aos paraísos fiscais.
3a Cúpula, Pittsburgh, EUA, consolidou politicamente a primazia do
G20 sobre o G7/8. O G20 é de maneira inapelável o principal foro econômico global. G20 é mais legítimo que G7/8 (que não acabou).
4a cúpula, Toronto, junho de 2010, Lula não foi (enchente no
nordeste). Combate ao déficit público (Grécia já estava falida, Irlanda estaria em seguida) crise dos PIGS. União Europeia já tinha entrado em sua crise de déficit. EUA já estavam no debate interno de como combater seus déficit orçamentário e comercial. Tomaram a decisão, os países desenvolvidos, de reduzir seus déficit orçamentários pela metade até 2013.
5a cúpula, Seul, dezembro de 2010. Confirmada transferência de
poder de voto no Fundo Monetário Internacional dos desenvolvidos para os em desenvolvimentos. Falou-se da guerra cambial - suposta manipulação da taxa de câmbio, principalmente China. Brasil faz críticas veladas, não diretas a nenhum país. Consenso de Desenvolvimento de Seul - junta todos os conceitos do G20 - nova geografia econômica mundial - políticas para promover o crescimento e combater a pobreza nos países menos desenvolvidos, com vistas a atingir as metas. dos objetivos do milênio.
Aprovado os Acordos de Basiléia 3 (setembro de 2010) no BIS e
confirmados pela 5a cúpula do G20 em Seul. Todos os bancos vão passar pra 7% suas reservas mínimas de capital (era 2%), o que ajuda a evitar crises, pois bancos mantém mais dinheiro
Esse ano a cúpula será na França, novembro de 2011 em Cannes.
Reunião ministerial de finanças e banco centrais em fevereiro de
2011 decidiu padronizar e uniformizar indicadores macroeconômicos para medir desequilíbrios dos países, o que tem a ver com a guerra cambial, pois cada país tem uma maneira de calcular seus indicadores macroeconômicos (câmbio, inflação etc.). Seguintes itens serão harmonizados: dívida pública - déficit fiscais, poupança privada, balanço de pagamentos.
Processo de reforma do sis financeiro global.
Tem quatro pontos (declaração de Toronto):
1) Marco regulatório mais rigoroso (de fluxos de capital, sistema
bancário, remuneração de empresas) 2) supervisão efetiva: provendo órgãos de supervisão de ferramentas para tratamento pró-ativo de risco; 3) definição de mecanismos para examinar e tratar instituições sistêmicas em crise (grandes bancos etc.) 4) revisão internacional por pares (peer review) Em outubro de 2010 chegou-se a um acordo de reforma do FMI, 6% das cotas seriam transferidas dos desenvolvidos para os em desenvolvimento. Brasil vai passar a ser o décimo maior quotista do FMI. 2 cadeiras do conselho de governadores foram passadas para países em desenvolvimento. Diversificação da cesta de moedas que compõem o direito especial de saque no FMI.
Crítica a que só europeus coordenem o FMI.
Banco Mundial - transferência de quotas - transferiu 3,13% das
quotas para países em desenvolvimento, que passam a ter quase metade do conjunto de votos do banco mundial. O peso relativo do Brasil aumentou de 2,06 para 2,24%. Isso foi decidido no G20 e em seguida implementado pelo Banco Mundial. Mudanças no BM envolve aumento dos fundos e combate a corrupção. Banco Mundial sempre foi dirigido por um americano e países em desenvolvimento criticam isso.
Brasil considera que G8 se tornou obsoleto.
Reforma da governança global: G20, Banco Mundial e FMI -
legitimidade e eficácia. Legitimidade diz respeito a como a instituição é representativa. eficácia tem a ver com o cumprimento de suas tarefas. Crise deixou claro que órgãos de governança global não davam conta de evitar o que aconteceu.