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APLICAÇÃO DO FAIRTRADE POR EMPRESAS EXPORTADORAS DE

ARTESANATO TÊXTIL NA REGIÃO PUNO: CASO JOMATEX S.R.L -


SUMAC PERÚ S.C.R.L – 2014

Anabelen Huahualuque Churata


Mestrado em Ciências Sociais com ênfase em Gestão Pública e Desenvolvimento Local
da Escola de Post Graduação da Universidade de Altiplano de Puno.
anabelen.hch15@gmail.com

RESUMO

O artigo tem como objetivo analisar a forma de aplicação dos critérios do comércio justo
nas empresas exportadoras de artesanato têxtil da região de Puno, para os quais são
tomados em consideração os seguintes critérios, transparência interna ou externa,
desenvolvimento de habilidades, critérios de promoção do comércio justo e respeito pelo
meio ambiente. O estudo é de tipo descritivo e explicativo, tendo em conta que o tema do
Comércio Justo no artesanato ainda não é pesquisado de maneira profunda nosso
contexto. Após a gestão e execução do trabalho de pesquisa chegou-se a resultados
evidentes. A aplicação dos critérios de FAIRTRADE (Comercio Justo), não se
desenvolve profissionalmente, por falta de pessoal especializado nas áreas de promoção
e comunicação, contribuindo como consequência da desinformação do l objetivo
principal pretendido pelo FAIRTRADE (Comercio Justo) frente a qualidade de vida das
artesãs y dos artesãos das empresas que buscam melhorar sua economia familiar.

Palavras-chave: Comércio justo, desenvolvimento, habilidades, promoção, respeito ao


meio ambiente.

1. INTRODUÇÃO

"Os preços econômicos apropriados devem fixar-se, não no nível mais baixo possível,
mas sim em um nível suficiente para fornecer aos produtores uma alimentação adequada
ou outros padrões estabelecidos" (Keynes, 1944). Tem passado mais de meio século desde
que Keynes pediu uma nova instituição internacional para abordagem dos problemas que
enfrentam os exportadores de matéria prima.
Hoje, os preços baixos e instáveis das matérias primas em nossa região de Puno e no país
encontram-se entre os principais fatores que impedem que o comércio trabalhe em favor
daqueles que precisam ou para os desfavorecidos na esfera comercial.

Hoje em dia falar do comércio justo no âmbito têxtil da região de Puno implica incorporar
a perspectiva da soberania e criatividade artística (alta moda). Ambos conceitos estão
intimamente ligados e o primeiro não é possível sem assumir as premissas do segundo.

E quando nos referimos ao comércio justo, consideramos uma série de critérios de


produção de origem: de desenvolvimento de habilidades, promoção do comércio justo,
respeito ao meio ambiente, de pagamento de um salário digno, de igualdade de gênero,
entre outros, ao mesmo tempo que reivindicamos sua aplicação a todos os atores que
compõem a cadeia comercial.

O desenvolvimento não é apenas uma questão de crescimento econômico e aumento de


renda. Também tem a ver com a expansão de opções e melhorias de vida, o que é chamado
de "um processo de expansão das liberdades reais que a gente desfruta". Em muitos países
pobres, o comércio está minando a subsistência dos pobres, en tanto acumulando
vantagens nas mãos dos ricos. Por outro lado, os problemas ambientais que ameaçam o
bem-estar das futuras gerações são ignorados.

O comércio justo é uma proposta alternativa ao comércio tradicional que é independente,


não associado ou ligado a qualquer tipo de estabelecimento de pequena dimensão, pelo
número de pontos de venda que possui; o número de empregados e a dimensão do
estabelecimento, e o comércio convencional; que é estabelecido com base em critérios de
competitividade e demanda, de modo que em muitos casos não corresponde ao valor real
do produto, e essa é a razão que o comércio justo enfatiza e promove o pagamento justo
como recompensa pelo trabalho, buscando construir um futuro sustentável baseado nas
próprias habilidades das pessoas.

Da mesma forma representa uma alternativa ao comércio convencional e baseia-se na


cooperação entre produtores e consumidores. Quando um produto tem a marca de
Certificação de Comércio Justo, significa que os produtores e comerciantes atenderam
aos critérios estabelecidos. Os critérios pretendem corrigir o desequilíbrio de poder nas
relações comerciais, a instabilidade dos mercados e as injustiças do comércio
convencional. (Cotera, 2002).
O Comércio Justo vai além do intercâmbio, por isso mostra uma maior justiça entre o
comércio. Destaca a necessidade de uma mudança nas regras e práticas do comércio
convencional e mostra como um negócio de sucesso também pode dar prioridade às
pessoas (Centro de Comercio Internacional, 2012).

A pesquisa tem como objetivo analisar a forma de aplicação dos critérios do comércio
justo nas empresas exportadoras de artesanato têxtil na região de Puno. Os critérios que
a continuação detalhamos são de extrema importância para a certificação de empresas
exportadoras de artesanato têxtil.

Identifica-se 10 critérios ou padrões segundo o MINCETUR - 2005, no entanto, vamos


expor só os critérios estudados em ambas as empresas, os quais são as seguintes:

- Criação de oportunidades para as partes interessadas

- Transparência interna e externa

- Desenvolvimento de habilidades

- Promoção do comércio justo

- Respeito pelo meio ambiente

2. METODOLOGIA

A metodologia da nossa pesquisa é mista, o qual nos permitiu analisar e interpretar todos
os dados de ambas as empresas da indústria têxtil. O tipo de pesquisa é descritivo-
explicativo, o mesmo que ajudou a explicar os acontecimentos dentro das empresas.

A pesquisa é composta por uma população de doze empresas selecionadas pela Comissão
para a Promoção do Peru para Exportações e Turismo - PROMPERU, as mesmas que
trabalham no departamento de Puno. O tamanho da amostra foi de duas empresas, devido
a que ambas são empresas do setor têxtil destacam-se pelo maior interesse e cumprimento
da maioria dos critérios, para obter a certificação Fair Trade. A pesquisa foi aplicada a 10
trabalhadores de cada uma das empresas, as quais representam o pessoal estável durante
o ano. Da mesma forma utilizou-se a técnica da entrevista aos dois responsáveis das
empresas têxteis.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 1
Missão da empresa em que trabalha

Empresa à qual pertence TOTAL


Sumac Perú Jomatex PERCENTUAL

Conhece qual é a missão da Sim 4 2 6 30%


empresa em que você trabalha? Não 70%
6 8 14

TOTAL 10 10 20 100%

Segundo a Tabela 1, pode-se observar que dos 10 trabalhadores, 4 pessoas da empresa


Sumac Handicrafts responderam que sim conhecem a missão da empresa em que
trabalham, enquanto 6 pessoas responderam que desconhecem a mesma. Na empresa
Jomatex Artesanía, 2 pessoas responderam que desconhecem a missão de sua empresa e
8 pessoas responderam que desconhecem a missão da empresa em que trabalham. Embora
as duas pessoas responsáveis por ambas as empresas disseram que fizeram diferentes
estratégias para difundir sua missão.

O conhecimento da missão das empresas que acessam o sistema de boas práticas do


Comércio Justo, segundo o documento chamado "Boas Práticas do Comércio Justo"
preparado pelo MINCETUR (2005), deve envolver e comprometer as partes interessadas
(trabalhadores, fornecedores e toda a comunidade), para que passem de uma situação de
vulnerabilidade a uma estabilidade laboral e social. (Maldonado, 2012)

De acordo com este critério, em cada empresa deve existir um plano de ação para a
geração de oportunidades para a comunidade e desta forma declarar a missão que indica
o compromisso de trabalho que deve ter todos os atores imersos no trabalho do artesão.

Tabela 2
La comunicação que existe dentro da empresa em que trabalha

Empresa à qual pertence Total


Sumac Perú Jomatex PERCENTUAL

Como é a comunicação que -Muito Boa 3 0 3 15%


existe dentro da empresa em -Boa 4 10 14 70%
que você trabalha ? -Regular 3 0 3 15%
Total 10 10 20 100%

Segundo a tabela 2, das 10 artesãs da empresa Sumac Crafts, 3 responderam que a


comunicação é muito boa, 4 responderam que a comunicação é boa e 3 que a comunicação
é regular. Além disso, 10 trabalhadoras da empresa Artesoma Jomatex afirmaram que a
comunicação que existe dentro da empresa é boa. No entanto, é um pouco contraditório
por causa da inadequada informação que se tem sobre a missão da empresa em que
trabalham.

Kaplan (2007), indica "que até hoje o 95% das empresas não conseguem comunicar a
estratégia aos seus funcionários o diretamente não o comunica". A comunicação é o
processo humano mais importante após a alimentação. A inadequada comunicação tem
sido a causa de vários conflitos de diferentes níveis. Mas, nós apenas não temos que nos
comunicar bem, devemos também fazê-lo com empatia. O mais importante da
comunicação é saber escutar, escutar com os ouvidos, com o coração e com o cérebro,
abrirmos e entender o que eles querem nos dizer.

Segundo Castillo (2004), a comunicação interna em uma empresa deve ser maior e de
melhor qualidade, porém na atual pesquisa observasse o oposto porque as artesãs
indicaram que têm boa comunicação, no entanto têm desinformação em relação à missão
e outros aspectos que faz a empresa.

Tabela 3
Treinamento da empresa
Empresa à qual pertence Total
Sumac Perú Jomatex PERCENTUAL
Recebe treinamento da Sim 9 10 19 95%
empresa? Não 1 0 1 5%
Total 10 10 20 100%

Na Tabela 3 observa-se que do total de pessoas entrevistadas, 19 responderam que


receberam treinamento da empresa como parte do desenvolvimento de habilidades e
apenas uma pessoa indicou que nunca recebeu treinamento.
De acordo com os critérios de Boas Práticas do Comércio Justo, estabelece-se que a
empresa deve comprometer-se a melhorar as habilidades de seus trabalhadores,
estabelecendo um plano de treinamento.
O desenvolvimento de capacidades gera transformações que empoderam as pessoas, os
líderes, as organizações e as sociedades. Se algo não leva a uma mudança que é gerada,
guiada e sustentada pelos beneficiários a quem ela é destinada, não se pode dizer que há
melhoria nas capacidades, mesmo quando ela serviu a um propósito válido de
desenvolvimento. (PNUD, 2014)

Tabela Nº 4

Empresa à qual pertence


Total PERCENTUAL
Sumac Perú Jomatex
Conhece o que é Comércio Sim 6 3 9 45%
Justo? Não 4 7 11 55%
Total 10 10 20 100%

Na Tabela Nº 4, observa-se que do total dos entrevistados 9 responderam que conhecem


o objetivo do comércio justo, enquanto 11 responderam desconhecer sobre esse
intercâmbio comercial.

O Comércio Justo, segundo Alfonso Cotera (2002), baseia-se no diálogo, na transparência


e no respeito que busca maior equidade no comércio internacional. Contribui para o
desenvolvimento sustentável, oferecendo melhores condições comerciais e garantindo os
direitos dos pequenos produtores e dos trabalhadores marginalizados, especialmente no
Sul, onde há uma maior presença de grupos de pessoas pobres.

Seu objetivo é melhorar as condições de vida dos habitantes mais pobres dos países em
desenvolvimento, pois vincula e fortalece as organizações que propõem alternativas
justas contra as injustas estruturas e práticas comerciais, garante que elas atuem de acordo
com os padrões de comércio justo e relações de trabalho adequadas (MINCETUR 2005).

Tabela 5

Empresa à qual pertence


PERCENTUAL
Sumac Perú Jomatex Total

Você sabe qué tipo de material Sim 6 3 9 45%


é usado para a embalagem de Naõ 55%
4 7 11
seus produtos?
Total 10 10 20 100%
"Nós utilizamos as sacolas de polietileno para o processo de embalagem, este processo
é feito por outro pessoal dedicado exclusivamente, por um pessoal que tem cuidado
adequado para este processo", Elena Calatayud, representante da empresa de artesãos
Sumac. "Usamos papelão para minimizar o impacto sobre o meio ambiente, conforme
indicado pelas práticas do Comércio Justo", disse Maritza Pacori, gerente da empresa
de artesãos Jomatex.

Na tabela observa-se que do total de entrevistados, apenas 9 responderam que possuem


conhecimento do material que é utilizado no processo de embalagem de artesanato
enquanto 11 indicaram desconhecer esse processo.

Nos últimos anos temos vivido uma progressiva consciência dos problemas ambientais
que sofre nosso planeta. Cada vez mais pessoas estão preocupadas em desenvolver uma
vida saudável, impossível de preservar se não houver também um cuidado geral com o
meio ambiente que nos rodeia. Essa nova consciência dos cuidados pessoais da saúde e
do próprio planeta impulsionou a produção e o consumo ecológico.

O respeito pelo meio ambiente maximiza o uso de matérias primas de fontes gerenciadas
de forma sustentável em suas áreas de distribuição, comprando no nível local quando é
possível, tentando minimizar o impacto de resíduos no meio ambiente e usando materiais
recicláveis ou biodegradáveis, portanto, o pessoal da empresa deve conhecer exatamente
o material que e usado para a embalagem. (Regalado, 2011)

4. CONCLUSÕES
Os critérios FAIRTRADE (Comércio Justo) aplicados por empresas de artesanato têxtil,
não são aplicados adequadamente pôr as empresas, por o pouco interesse que existe por
parte dos proprietários deste setor de produção, além disso é necessário indicar que as
empresas de artesanato têxtil em nosso departamento e país, ainda permanecem no
comércio convencional por ter desconfiança para experimentar opções de acordo com a
atualidade.

O critério de Transparência Interna e Externa que é aplicado no FAIRTRADE (Comércio


Justo) nas empresas exportadoras de artesanato têxtil da região de Puno, é desenvolvido
de forma básica, devido a que não existe uma adequada estratégia de comunicação da
missão para as partes interessadas. Da mesma forma o critério de desenvolvimento de
habilidades aplicadas por ambas empresas é aplicado de forma básica, com atividades
esporádicas, com treinamento em design, gestão e produção; tendo uma maior incidência
no design, seguido da gestão e produção, conseguindo que os artesãos tenham uma
formação qualificada para o produto que produzem. No entanto, eles não têm plano de
treinamento e plano de fortalecimento das relações com os fornecedores.

O critério de Promoção do Comércio Justo, nas duas empresas, é desenvolvido de forma


básica, devido a que não possuem um plano de treinamento sobre comércio justo no
interior da empresa nem possuem um plano de divulgação para a comunidade. Em relação
ao critério de respeito ao meio ambiente nas duas empresas é realizado de forma
elementar, deixando de lado o plano de gestão eco eficiente para o meio ambiente, porém
com o fim de diminuir custos e cuidar do meio ambiente, fazem algumas pequenas
reduções em quanto aos materiais que são usados durante o processo de produção de
tecidos e na embalagem, cuidando que a qualidade não seja prejudicada. Finalmente,
sugere-se a realização de pesquisas continuas com o fim de reconhecer as empresas
certificadas com FAIR TRADE na região de Puno, e assim ajudar a reduzir a pobreza nas
famílias dedicadas ao artesanato têxtil.

BIBLIOGRAFIA

CASTILLO, Antonio (2004) "Comunicação institucional. Estratégias de comunicação ".


Espanha, 2004, volume 9, número 17, 189-207. Consulta: 10 de novembro de 2012.
Disponível em: http://www.ehu.es/zer/hemeroteca/pdfs/zer17-10-castillo.pdf
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Consulta: 17 de janeiro de 2013 Disponível em:
http://www.intracen.org/uploadedFiles/Alpaca-Peru-Brochure-FIN-low-res2.pdf
COTERA, Alfonso (2002) Comércio Justo do Sul - Sul. Lima Consulta: 20 de dezembro
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http://www.gresp.org.pe/recursos_publicaciones/Comercio%20justo%20sur-sur.pdf
COORDENADOR DO ESTADO E DO COMÉRCIO JUSTO (2008) "O ABC do
Comércio Justo". Comércio Justo como ferramenta para a cooperação e desenvolvimento.
Espanha 2009. Consulta: 20 de dezembro Disponível em:
http://comerciojusto.org/publicacion/el-abc-del-fair-fair/
KAPLAN, Robert (2007). "Mapas Estratégicos", Espanha, Edições Gestão 2000
Consulta: 5 de janeiro de 2013.
http://www.casadellibro.com/libromapasestrategicos/9788480889773/968255#
REGALADO, Otto. (2011) "Identidade competitiva e desenvolvimento da firma para a
cidade de Arequipa". Peru 2011. Consulta: 10 de novembro de 2012 Disponível em:
http://www.esan.edu.pe/publicaciones/2012/04/18/marca_ciudad_arequipa.pdf
MINCETUR, (2005) "Boas Práticas de Comércio Justo". Documento elaborado pela
Comissão para a Promoção do Peru para Exportações e Turismo. Lima Consulta 03 de
dezembro de 2012 Disponível em:
http://www.mincetur.gob.pe/buenas_practicas_de_comercio_justo.pdf
PNUD, (2014) Desenvolvimento da Capacidade. Consulta em 2 de janeiro de 2013, do
PNUD. Disponível em:
http://www.undp.org/content/dam/undp/library/capacitydevelopment/spanish/Capacity_
Development_A_UNDP_Primer_Spanish.pdf
MALDONADO, Gina (2012). Determinantes e impactos da associatividade para o
comércio justo: O caso da REPEBAN 2005 - 2010 / tese apresentada para obter o diploma
de graduação em Gestão Social. Lima: Pontifícia Universidade Católica do Peru.

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