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Conhecimentos Bancários

Aspectos Jurídicos

Profª Tatiana Marcello


Conhecimentos Bancários – Aspectos Jurídicos

Professora:Tatiana Marcello

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SUMÁRIO

LEI Nº 10.406/2002 - CÓDIGO CIVIL. (artigos pertinentes); . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7


Considerações sobre a matéria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

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EDITAL

Noções de direito aplicadas às operações de crédito:


a) Sujeito e Objeto do Direito;
b) Fato e ato jurídico.

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Conhecimentos Bancários
Aspectos Jurídicos

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 - Art. 4º São incapazes, relativamente a certos


CÓDIGO CIVIL (artigos pertinentes) atos, ou à maneira de os exercer:
Institui o Código Civil. I – os maiores de dezesseis e menores de
dezoito anos;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber
que o Congresso Nacional decreta e eu II – os ébrios habituais, os viciados em
sanciono a seguinte Lei: tóxicos, e os que, por deficiência mental,
tenham o discernimento reduzido;
III – os excepcionais, sem desenvolvimento
PARTE GERAL mental completo;
IV – os pródigos.
LIVRO I
DAS PESSOAS Parágrafo único. A capacidade dos índios
será regulada por legislação especial.
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos
TÍTULO I completos, quando a pessoa fica habilitada à
prática de todos os atos da vida civil.
Das Pessoas Naturais
Parágrafo único. Cessará, para os menores,
a incapacidade:
I – pela concessão dos pais, ou de
CAPÍTULO I um deles na falta do outro, mediante
DA PERSONALIDADE E DA instrumento público, independentemente
CAPACIDADE de homologação judicial, ou por sentença
do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres dezesseis anos completos;
na ordem civil.
II – pelo casamento;
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa
do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, III – pelo exercício de emprego público
desde a concepção, os direitos do nascituro. efetivo;

Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer IV – pela colação de grau em curso de


pessoalmente os atos da vida civil: ensino superior;

I – os menores de dezesseis anos; V – pelo estabelecimento civil ou comercial,


ou pela existência de relação de emprego,
II – os que, por enfermidade ou deficiência desde que, em função deles, o menor com
mental, não tiverem o necessário dezesseis anos completos tenha economia
discernimento para a prática desses atos; própria.
III – os que, mesmo por causa transitória,
não puderem exprimir sua vontade.

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LIVRO III Art. 111. O silêncio importa anuência, quando
DOS FATOS JURÍDICOS as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e
não for necessária a declaração de vontade
expressa.
TÍTULO I
Art. 112. Nas declarações de vontade se
Do Negócio Jurídico atenderá mais à intenção nelas consubstanciada
do que ao sentido literal da linguagem.
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser
CAPÍTULO I interpretados conforme a boa-fé e os usos do
DISPOSIÇÕES GERAIS lugar de sua celebração.
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
renúncia interpretam-se estritamente.
I – agente capaz;
II – objeto lícito, possível, determinado ou
determinável; CAPÍTULO II
III – forma prescrita ou não defesa em lei. DA REPRESENTAÇÃO
Art. 105. A incapacidade relativa de uma Art. 115. Os poderes de representação
das partes não pode ser invocada pela outra conferem-se por lei ou pelo interessado.
em benefício próprio, nem aproveita aos co-
interessados capazes, salvo se, neste caso, for Art. 116. A manifestação de vontade pelo
indivisível o objeto do direito ou da obrigação representante, nos limites de seus poderes,
comum. produz efeitos em relação ao representado.

Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o
invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se representado, é anulável o negócio jurídico que
cessar antes de realizada a condição a que ele o representante, no seu interesse ou por conta
estiver subordinado. de outrem, celebrar consigo mesmo.
Parágrafo único. Para esse efeito, tem-
Art. 107. A validade da declaração de vontade
se como celebrado pelo representante o
não dependerá de forma especial, senão
negócio realizado por aquele em quem os
quando a lei expressamente a exigir.
poderes houverem sido subestabelecidos.
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a Art. 118. O representante é obrigado a provar
escritura pública é essencial à validade dos às pessoas, com quem tratar em nome do
negócios jurídicos que visem à constituição, representado, a sua qualidade e a extensão
transferência, modificação ou renúncia de de seus poderes, sob pena de, não o fazendo,
direitos reais sobre imóveis de valor superior a responder pelos atos que a estes excederem.
trinta vezes o maior salário mínimo vigente no
País. Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo
representante em conflito de interesses com
Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a o representado, se tal fato era ou devia ser do
cláusula de não valer sem instrumento público, conhecimento de quem com aquele tratou.
este é da substância do ato.
Parágrafo único. É de cento e oitenta
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste dias, a contar da conclusão do negócio ou
ainda que o seu autor haja feito a reserva da cessação da incapacidade, o prazo de
mental de não querer o que manifestou, salvo decadência para pleitear-se a anulação
se dela o destinatário tinha conhecimento. prevista neste artigo.

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Art. 120. Os requisitos e os efeitos da Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva,


representação legal são os estabelecidos nas extingue-se, para todos os efeitos, o direito a
normas respectivas; os da representação que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio
voluntária são os da Parte Especial deste Código. de execução continuada ou periódica, a sua
realização, salvo disposição em contrário, não
tem eficácia quanto aos atos já praticados,
CAPÍTULO III desde que compatíveis com a natureza da
DA CONDIÇÃO, DO TERMO E DO condição pendente e conforme aos ditames de
ENCARGO boa-fé.

Art. 121. Considera-se condição a cláusula Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos
que, derivando exclusivamente da vontade das efeitos jurídicos, a condição cujo implemento
partes, subordina o efeito do negócio jurídico a for maliciosamente obstado pela parte a quem
evento futuro e incerto. desfavorecer, considerando-se, ao contrário,
não verificada a condição maliciosamente
Art. 122. São lícitas, em geral, todas as levada a efeito por aquele a quem aproveita o
condições não contrárias à lei, à ordem pública seu implemento.
ou aos bons costumes; entre as condições
defesas se incluem as que privarem de todo Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos
efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao casos de condição suspensiva ou resolutiva,
puro arbítrio de uma das partes. é permitido praticar os atos destinados a
conservá-lo.
Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que
lhes são subordinados: Art. 131. O termo inicial suspende o exercício,
mas não a aquisição do direito.
I – as condições física ou juridicamente
impossíveis, quando suspensivas; Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional
em contrário, computam-se os prazos, excluído
II – as condições ilícitas, ou de fazer coisa
o dia do começo, e incluído o do vencimento.
ilícita;
§ 1º Se o dia do vencimento cair em feriado,
III – as condições incompreensíveis ou
considerar-se-á prorrogado o prazo até o
contraditórias.
seguinte dia útil.
Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições
impossíveis, quando resolutivas, e as de não § 2º Meado considera-se, em qualquer mês,
fazer coisa impossível. o seu décimo quinto dia.

Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio § 3º Os prazos de meses e anos expiram


jurídico à condição suspensiva, enquanto esta no dia de igual número do de início, ou no
se não verificar, não se terá adquirido o direito, imediato, se faltar exata correspondência.
a que ele visa. § 4º Os prazos fixados por hora contar-se-ão
Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob de minuto a minuto.
condição suspensiva, e, pendente esta, fizer Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo
quanto àquela novas disposições, estas não em favor do herdeiro, e, nos contratos, em
terão valor, realizada a condição, se com ela proveito do devedor, salvo, quanto a esses, se
forem incompatíveis. do teor do instrumento, ou das circunstâncias,
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto resultar que se estabeleceu a benefício do
esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, credor, ou de ambos os contratantes.
podendo exercer-se desde a conclusão deste o
direito por ele estabelecido.

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Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem Art. 141. A transmissão errônea da vontade por
prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a meios interpostos é anulável nos mesmos casos
execução tiver de ser feita em lugar diverso ou em que o é a declaração direta.
depender de tempo.
Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da
Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no coisa, a que se referir a declaração de vontade,
que couber, as disposições relativas à condição não viciará o negócio quando, por seu contexto
suspensiva e resolutiva. e pelas circunstâncias, se puder identificar a
coisa ou pessoa cogitada.
Art. 136. O encargo não suspende a aquisição
nem o exercício do direito, salvo quando Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a
expressamente imposto no negócio jurídico, retificação da declaração de vontade.
pelo disponente, como condição suspensiva.
Art. 144. O erro não prejudica a validade do
Art. 137. Considera-se não escrito o encargo negócio jurídico quando a pessoa, a quem a
ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo manifestação de vontade se dirige, se oferecer
determinante da liberalidade, caso em que se para executá-la na conformidade da vontade
invalida o negócio jurídico. real do manifestante.

Seção II
CAPÍTULO IV DO DOLO
DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por
JURÍDICO dolo, quando este for a sua causa.

Seção I Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação


das perdas e danos, e é acidental quando, a seu
DO ERRO OU IGNORÂNCIA
despeito, o negócio seria realizado, embora por
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, outro modo.
quando as declarações de vontade emanarem Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o
de erro substancial que poderia ser percebido silêncio intencional de uma das partes a respeito
por pessoa de diligência normal, em face das de fato ou qualidade que a outra parte haja
circunstâncias do negócio. ignorado, constitui omissão dolosa, provando-
Art. 139. O erro é substancial quando: se que sem ela o negócio não se teria celebrado.

I – interessa à natureza do negócio, ao Art. 148. Pode também ser anulado o negócio
objeto principal da declaração, ou a alguma jurídico por dolo de terceiro, se a parte a
das qualidades a ele essenciais; quem aproveite dele tivesse ou devesse ter
conhecimento; em caso contrário, ainda
II – concerne à identidade ou à qualidade que subsista o negócio jurídico, o terceiro
essencial da pessoa a quem se refira a responderá por todas as perdas e danos da
declaração de vontade, desde que tenha parte a quem ludibriou.
influído nesta de modo relevante;
Art. 149. O dolo do representante legal de uma
III – sendo de direito e não implicando das partes só obriga o representado a responder
recusa à aplicação da lei, for o motivo único civilmente até a importância do proveito que
ou principal do negócio jurídico. teve; se, porém, o dolo for do representante
convencional, o representado responderá
Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração
solidariamente com ele por perdas e danos.
de vontade quando expresso como razão
determinante.

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Art. 150. Se ambas as partes procederem com Seção V


dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o DA LESÃO
negócio, ou reclamar indenização.
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob
Seção III premente necessidade, ou por inexperiência,
DA COAÇÃO se obriga a prestação manifestamente
desproporcional ao valor da prestação oposta.
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da
§ 1º Aprecia-se a desproporção das prestações
vontade, há de ser tal que incuta ao paciente
segundo os valores vigentes ao tempo em que
fundado temor de dano iminente e considerável
foi celebrado o negócio jurídico.
à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
§ 2º Não se decretará a anulação do negócio,
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa
se for oferecido suplemento suficiente,
não pertencente à família do paciente, o
ou se a parte favorecida concordar com a
juiz, com base nas circunstâncias, decidirá
redução do proveito.
se houve coação.
Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em
Seção VI
conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o DA FRAUDE CONTRA CREDORES
temperamento do paciente e todas as demais Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita
circunstâncias que possam influir na gravidade de bens ou remissão de dívida, se os praticar
dela. o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à
Art. 153. Não se considera coação a ameaça do insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser
exercício normal de um direito, nem o simples anulados pelos credores quirografários, como
temor reverencial. lesivos dos seus direitos.
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação § 1º Igual direito assiste aos credores cuja
exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse garantia se tornar insuficiente.
ter conhecimento a parte a que aproveite, e § 2º Só os credores que já o eram ao tempo
esta responderá solidariamente com aquele por daqueles atos podem pleitear a anulação
perdas e danos. deles.
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a Art. 159. Serão igualmente anuláveis os
coação decorrer de terceiro, sem que a parte contratos onerosos do devedor insolvente,
a que aproveite dela tivesse ou devesse quando a insolvência for notória, ou houver
ter conhecimento; mas o autor da coação motivo para ser conhecida do outro contratante.
responderá por todas as perdas e danos que
Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor
houver causado ao coacto.
insolvente ainda não tiver pago o preço e este
Seção IV for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-
se-á depositando-o em juízo, com a citação de
DO ESTADO DE PERIGO
todos os interessados.
Art. 156. Configura-se o estado de perigo Parágrafo único. Se inferior, o adquirente,
quando alguém, premido da necessidade de para conservar os bens, poderá depositar o
salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave preço que lhes corresponda ao valor real.
dano conhecido pela outra parte, assume
Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e
obrigação excessivamente onerosa.
159, poderá ser intentada contra o devedor
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não insolvente, a pessoa que com ele celebrou a
pertencente à família do declarante, o juiz estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros
decidirá segundo as circunstâncias. adquirentes que hajam procedido de má-fé.

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Art. 162. O credor quirografário, que receber Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado,
do devedor insolvente o pagamento da dívida mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for
ainda não vencida, ficará obrigado a repor, na substância e na forma.
em proveito do acervo sobre que se tenha de
§ 1º Haverá simulação nos negócios
efetuar o concurso de credores, aquilo que
jurídicos quando:
recebeu.
I – aparentarem conferir ou transmitir
Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos direitos a pessoas diversas daquelas às quais
dos outros credores as garantias de dívidas que realmente se conferem, ou transmitem;
o devedor insolvente tiver dado a algum credor.
II – contiverem declaração, confissão,
Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e condição ou cláusula não verdadeira;
valem os negócios ordinários indispensáveis
à manutenção de estabelecimento mercantil, III – os instrumentos particulares forem
rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor antedatados, ou pós-datados.
e de sua família. § 2º Ressalvam-se os direitos de terceiros de
Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a boa-fé em face dos contraentes do negócio
vantagem resultante reverterá em proveito do jurídico simulado.
acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes
de credores. podem ser alegadas por qualquer interessado,
Parágrafo único. Se esses negócios ou pelo Ministério Público, quando lhe couber
tinham por único objeto atribuir direitos intervir.
preferenciais, mediante hipoteca, penhor Parágrafo único. As nulidades devem
ou anticrese, sua invalidade importará ser pronunciadas pelo juiz, quando
somente na anulação da preferência conhecer do negócio jurídico ou dos seus
ajustada. efeitos e as encontrar provadas, não lhe
sendo permitido supri-las, ainda que a
requerimento das partes.
CAPÍTULO V
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível
DA INVALIDADE DO NEGÓCIO
de confirmação, nem convalesce pelo decurso
JURÍDICO do tempo.
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo
contiver os requisitos de outro, subsistirá este
I – celebrado por pessoa absolutamente
quando o fim a que visavam as partes permitir
incapaz;
supor que o teriam querido, se houvessem
II – for ilícito, impossível ou indeterminável previsto a nulidade.
o seu objeto;
Art. 171. Além dos casos expressamente
III – o motivo determinante, comum a declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
ambas as partes, for ilícito;
I – por incapacidade relativa do agente;
IV – não revestir a forma prescrita em lei;
II – por vício resultante de erro, dolo,
V – for preterida alguma solenidade que a coação, estado de perigo, lesão ou fraude
lei considere essencial para a sua validade; contra credores.
VI – tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
Art. 172. O negócio anulável pode ser
VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou confirmado pelas partes, salvo direito de
proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. terceiro.

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Art. 173. O ato de confirmação deve conter a Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-
substância do negócio celebrado e a vontade se-ão as partes ao estado em que antes dele
expressa de mantê-lo. se achavam, e, não sendo possível restituí-las,
serão indenizadas com o equivalente.
Art. 174. É escusada a confirmação expressa,
quando o negócio já foi cumprido em parte pelo Art. 183. A invalidade do instrumento não induz
devedor, ciente do vício que o inquinava. a do negócio jurídico sempre que este puder
provar-se por outro meio.
Art. 175. A confirmação expressa, ou a execução
voluntária de negócio anulável, nos termos Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a
dos arts. 172 a 174, importa a extinção de invalidade parcial de um negócio jurídico não o
todas as ações, ou exceções, de que contra ele prejudicará na parte válida, se esta for separável;
dispusesse o devedor. a invalidade da obrigação principal implica a das
obrigações acessórias, mas a destas não induz a
Art. 176. Quando a anulabilidade do ato resultar da obrigação principal.
da falta de autorização de terceiro, será validado
se este a der posteriormente.
TÍTULO II
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes DOS ATOS JURÍDICOS LÍCITOS
de julgada por sentença, nem se pronuncia de
ofício; só os interessados a podem alegar, e Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que não
aproveita exclusivamente aos que a alegarem, sejam negócios jurídicos, aplicam-se, no que
salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade. couber, as disposições do Título anterior.
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência
para pleitear-se a anulação do negócio jurídico,
contado:
TÍTULO III
DOS ATOS ILÍCITOS
I – no caso de coação, do dia em que ela
cessar; Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar
II – no de erro, dolo, fraude contra credores, direito e causar dano a outrem, ainda que
estado de perigo ou lesão, do dia em que se exclusivamente moral, comete ato ilícito.
realizou o negócio jurídico;
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular
III – no de atos de incapazes, do dia em que de um direito que, ao exercê-lo, excede
cessar a incapacidade. manifestamente os limites impostos pelo seu
fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado
bons costumes.
ato é anulável, sem estabelecer prazo para
pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
contar da data da conclusão do ato. I – os praticados em legítima defesa ou no
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito exercício regular de um direito reconhecido;
anos, não pode, para eximir-se de uma II – a deterioração ou destruição da coisa
obrigação, invocar a sua idade se dolosamente alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover
a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou perigo iminente.
se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o
Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por ato será legítimo somente quando as
uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, circunstâncias o tornarem absolutamente
se não provar que reverteu em proveito dele a necessário, não excedendo os limites do
importância paga. indispensável para a remoção do perigo.

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TÍTULO IV II – entre ascendentes e descendentes,
durante o poder familiar;
DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA
III – entre tutelados ou curatelados e seus
tutores ou curadores, durante a tutela ou
curatela.
CAPÍTULO I
Art. 198. Também não corre a prescrição:
DA PRESCRIÇÃO
I – contra os incapazes de que trata o art. 3o;
Seção I
II – contra os ausentes do País em serviço
DISPOSIÇÕES GERAIS público da União, dos Estados ou dos
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular Municípios;
a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, III – contra os que se acharem servindo nas
nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. Forças Armadas, em tempo de guerra.
Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
em que a pretensão.
I – pendendo condição suspensiva;
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser
expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem II – não estando vencido o prazo;
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição III – pendendo ação de evicção.
se consumar; tácita é a renúncia quando se
presume de fatos do interessado, incompatíveis Art. 200. Quando a ação se originar de fato que
com a prescrição. deva ser apurado no juízo criminal, não correrá
a prescrição antes da respectiva sentença
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem definitiva.
ser alterados por acordo das partes.
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em dos credores solidários, só aproveitam os outros
qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem se a obrigação for indivisível.
aproveita.
Seção III
Art. 194. (Revogado pela Lei nº 11.280, de 2006)
DAS CAUSAS QUE INTERROMPEM A
Art. 195. Os relativamente incapazes e as PRESCRIÇÃO
pessoas jurídicas têm ação contra os seus
assistentes ou representantes legais, que Art. 202. A interrupção da prescrição, que
derem causa à prescrição, ou não a alegarem somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
oportunamente.
I – por despacho do juiz, mesmo
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma incompetente, que ordenar a citação, se o
pessoa continua a correr contra o seu sucessor. interessado a promover no prazo e na forma
da lei processual;
Seção II
II – por protesto, nas condições do inciso
DAS CAUSAS QUE IMPEDEM OU
antecedente;
SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO
III – por protesto cambial;
Art. 197. Não corre a prescrição:
IV – pela apresentação do título de crédito
I – entre os cônjuges, na constância da em juízo de inventário ou em concurso de
sociedade conjugal; credores;

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V – por qualquer ato judicial que constitua a) para o segurado, no caso de seguro de
em mora o devedor; responsabilidade civil, da data em que é
VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que citado para responder à ação de indenização
extrajudicial, que importe reconhecimento proposta pelo terceiro prejudicado, ou da
do direito pelo devedor. data que a este indeniza, com a anuência do
segurador;
Parágrafo único. A prescrição interrompida
recomeça a correr da data do ato que a b) quanto aos demais seguros, da ciência do
interrompeu, ou do último ato do processo fato gerador da pretensão;
para a interromper. III – a pretensão dos tabeliães, auxiliares da
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida justiça, serventuários judiciais, árbitros e
por qualquer interessado. peritos, pela percepção de emolumentos,
custas e honorários;
Art. 204. A interrupção da prescrição
por um credor não aproveita aos outros; IV – a pretensão contra os peritos, pela
semelhantemente, a interrupção operada avaliação dos bens que entraram para a
contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não formação do capital de sociedade anônima,
prejudica aos demais coobrigados. contado da publicação da ata da assembléia
que aprovar o laudo;
§ 1º A interrupção por um dos credores
solidários aproveita aos outros; assim V – a pretensão dos credores não pagos
como a interrupção efetuada contra o contra os sócios ou acionistas e os
devedor solidário envolve os demais e seus liquidantes, contado o prazo da publicação
herdeiros. da ata de encerramento da liquidação da
§ 2º A interrupção operada contra um sociedade.
dos herdeiros do devedor solidário não § 2º Em dois anos, a pretensão para haver
prejudica os outros herdeiros ou devedores, prestações alimentares, a partir da data em
senão quando se trate de obrigações e que se vencerem.
direitos indivisíveis.
§ 3º Em três anos:
§ 3º A interrupção produzida contra o
principal devedor prejudica o fiador. I – a pretensão relativa a aluguéis de prédios
urbanos ou rústicos;
Seção IV
II – a pretensão para receber prestações
Dos Prazos da Prescrição vencidas de rendas temporárias ou
vitalícias;
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos,
quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. III – a pretensão para haver juros, dividendos
Art. 206. Prescreve: ou quaisquer prestações acessórias,
pagáveis, em períodos não maiores de um
§ 1º Em um ano: ano, com capitalização ou sem ela;
I – a pretensão dos hospedeiros ou IV – a pretensão de ressarcimento de
fornecedores de víveres destinados a enriquecimento sem causa;
consumo no próprio estabelecimento,
para o pagamento da hospedagem ou dos V – a pretensão de reparação civil;
alimentos; VI – a pretensão de restituição dos lucros ou
II – a pretensão do segurado contra o dividendos recebidos de má-fé, correndo
segurador, ou a deste contra aquele, o prazo da data em que foi deliberada a
contado o prazo: distribuição;

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VII – a pretensão contra as pessoas em Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos
seguida indicadas por violação da lei ou do arts. 195 e 198, inciso I.
estatuto, contado o prazo:
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada
a) para os fundadores, da publicação dos em lei.
atos constitutivos da sociedade anônima;
b) para os administradores, ou fiscais, Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da
da apresentação, aos sócios, do balanço decadência, quando estabelecida por lei.
referente ao exercício em que a violação
Art. 211. Se a decadência for convencional,
tenha sido praticada, ou da reunião ou
a parte a quem aproveita pode alegá-la em
assembléia geral que dela deva tomar
qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode
conhecimento;
suprir a alegação.
c) para os liquidantes, da primeira
assembléia semestral posterior à violação;
VIII – a pretensão para haver o pagamento TÍTULO V
de título de crédito, a contar do vencimento,
ressalvadas as disposições de lei especial;
DA PROVA
IX – a pretensão do beneficiário contra o
segurador, e a do terceiro prejudicado, no Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma
caso de seguro de responsabilidade civil especial, o fato jurídico pode ser provado
obrigatório. mediante:
§ 4º Em quatro anos, a pretensão relativa I – confissão;
à tutela, a contar da data da aprovação das
contas. II – documento;
§ 5º Em cinco anos: III – testemunha;
I – a pretensão de cobrança de dívidas IV – presunção;
líquidas constantes de instrumento público
ou particular; V – perícia.
II – a pretensão dos profissionais liberais Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém
em geral, procuradores judiciais, curadores de quem não é capaz de dispor do direito a que
e professores pelos seus honorários, se referem os fatos confessados.
contado o prazo da conclusão dos serviços,
da cessação dos respectivos contratos ou Parágrafo único. Se feita a confissão por um
mandato; representante, somente é eficaz nos limites
III – a pretensão do vencedor para haver do em que este pode vincular o representado.
vencido o que despendeu em juízo. Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode
ser anulada se decorreu de erro de fato ou de
coação.
CAPÍTULO II
Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas
DA DECADÊNCIA
de tabelião, é documento dotado de fé pública,
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, fazendo prova plena.
não se aplicam à decadência as normas que
§ 1º Salvo quando exigidos por lei outros
impedem, suspendem ou interrompem a
requisitos, a escritura pública deve conter:
prescrição.

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I – data e local de sua realização; Art. 216. Farão a mesma prova que os originais
as certidões textuais de qualquer peça judicial,
II – reconhecimento da identidade e do protocolo das audiências, ou de outro
capacidade das partes e de quantos qualquer livro a cargo do escrivão, sendo
hajam comparecido ao ato, por si, extraídas por ele, ou sob a sua vigilância, e
como representantes, intervenientes ou por ele subscritas, assim como os traslados de
testemunhas; autos, quando por outro escrivão consertados.
III – nome, nacionalidade, estado civil, Art. 217. Terão a mesma força probante os
profissão, domicílio e residência das partes traslados e as certidões, extraídos por tabelião
e demais comparecentes, com a indicação, ou oficial de registro, de instrumentos ou
quando necessário, do regime de bens documentos lançados em suas notas.
do casamento, nome do outro cônjuge e
filiação; Art. 218. Os traslados e as certidões considerar-
se-ão instrumentos públicos, se os originais se
IV – manifestação clara da vontade das houverem produzido em juízo como prova de
partes e dos intervenientes; algum ato.
V – referência ao cumprimento das Art. 219. As declarações constantes de
exigências legais e fiscais inerentes à documentos assinados presumem-se
legitimidade do ato; verdadeiras em relação aos signatários.

VI – declaração de ter sido lida na presença Parágrafo único. Não tendo relação direta,
das partes e demais comparecentes, ou de porém, com as disposições principais
que todos a leram; ou com a legitimidade das partes, as
declarações enunciativas não eximem os
VII – assinatura das partes e dos demais interessados em sua veracidade do ônus de
comparecentes, bem como a do tabelião ou prová-las.
seu substituto legal, encerrando o ato. Art. 220. A anuência ou a autorização de outrem,
§ 2º Se algum comparecente não puder ou necessária à validade de um ato, provar-se-á do
não souber escrever, outra pessoa capaz mesmo modo que este, e constará, sempre que
assinará por ele, a seu rogo. se possa, do próprio instrumento.
Art. 221. O instrumento particular, feito e
§ 3º A escritura será redigida na língua
assinado, ou somente assinado por quem esteja
nacional.
na livre disposição e administração de seus bens,
§ 4º Se qualquer dos comparecentes não prova as obrigações convencionais de qualquer
souber a língua nacional e o tabelião não valor; mas os seus efeitos, bem como os da
entender o idioma em que se expressa, cessão, não se operam, a respeito de terceiros,
deverá comparecer tradutor público para antes de registrado no registro público.
servir de intérprete, ou, não o havendo Parágrafo único. A prova do instrumento
na localidade, outra pessoa capaz que, particular pode suprir-se pelas outras de
a juízo do tabelião, tenha idoneidade e caráter legal.
conhecimento bastantes.
Art. 222. O telegrama, quando lhe for
§ 5º Se algum dos comparecentes não contestada a autenticidade, faz prova mediante
for conhecido do tabelião, nem puder conferência com o original assinado.
identificar-se por documento, deverão
Art. 223. A cópia fotográfica de documento,
participar do ato pelo menos duas
conferida por tabelião de notas, valerá como
testemunhas que o conheçam e atestem
prova de declaração da vontade, mas, impugnada
sua identidade.
sua autenticidade, deverá ser exibido o original.

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Parágrafo único. A prova não supre a III – os cegos e surdos, quando a ciência
ausência do título de crédito, ou do original, do fato que se quer provar dependa dos
nos casos em que a lei ou as circunstâncias sentidos que lhes faltam;
condicionarem o exercício do direito à sua
exibição. IV – o interessado no litígio, o amigo íntimo
ou o inimigo capital das partes;
Art. 224. Os documentos redigidos em língua
estrangeira serão traduzidos para o português V – os cônjuges, os ascendentes, os
para ter efeitos legais no País. descendentes e os colaterais, até o
terceiro grau de alguma das partes, por
Art. 225. As reproduções fotográficas, consangüinidade, ou afinidade.
cinematográficas, os registros fonográficos
e, em geral, quaisquer outras reproduções Parágrafo único. Para a prova de fatos que
mecânicas ou eletrônicas de fatos ou de coisas só elas conheçam, pode o juiz admitir o
fazem prova plena destes, se a parte, contra depoimento das pessoas a que se refere
quem forem exibidos, não lhes impugnar a este artigo.
exatidão.
Art. 229. Ninguém pode ser obrigado a depor
Art. 226. Os livros e fichas dos empresários sobre fato:
e sociedades provam contra as pessoas a
que pertencem, e, em seu favor, quando, I – a cujo respeito, por estado ou profissão,
escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, deva guardar segredo;
forem confirmados por outros subsídios.
II – a que não possa responder sem desonra
Parágrafo único. A prova resultante dos própria, de seu cônjuge, parente em grau
livros e fichas não é bastante nos casos em sucessível, ou amigo íntimo;
que a lei exige escritura pública, ou escrito
particular revestido de requisitos especiais, III – que o exponha, ou às pessoas referidas
e pode ser ilidida pela comprovação da no inciso antecedente, a perigo de vida, de
falsidade ou inexatidão dos lançamentos. demanda, ou de dano patrimonial imediato.

Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova Art. 230. As presunções, que não as legais, não
exclusivamente testemunhal só se admite nos se admitem nos casos em que a lei exclui a prova
negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o testemunhal.
décuplo do maior salário mínimo vigente no
Art. 231. Aquele que se nega a submeter-
País ao tempo em que foram celebrados.
se a exame médico necessário não poderá
Parágrafo único. Qualquer que seja o valor aproveitar-se de sua recusa.
do negócio jurídico, a prova testemunhal é
admissível como subsidiária ou complementar Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada
da prova por escrito. pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia
obter com o exame.
Art. 228. Não podem ser admitidos como
testemunhas:
I – os menores de dezesseis anos;
II – aqueles que, por enfermidade ou
retardamento mental, não tiverem
discernimento para a prática dos atos da
vida civil;

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CONSIDERAÇÕES SOBRE A MATÉRIA


O conteúdo destas aulas estão dispostos no Edital da seguinte forma:
“CONHECIMENTOS BANCÁRIOS: ASPECTOS JURÍDICOS: noções de direito aplicadas às
operações de crédito: a) Sujeito e Objeto do Direito; b) Fato e ato jurídico”.
Todos esses assuntos estão dentro de “Fato e Ato Jurídico”, mas para fins didáticos, estudaremos
primeiramente os “sujeitos de direito” para posteriormente entender em que contexto esses
elementos se inserem dentro dos “Fatos e Atos Jurídicos”.

1. Sujeito de Direito
As “pessoas” podem ser de duas espécies:
•• Pessoas Naturais (também chamadas de Pessoas Físicas) – são todos os seres humanos;
•• Pessoas Jurídicas – entes formados por uma coletividade de pessoas ou de bens, que, por
força de lei, adquirem personalidade jurídica.
Sujeito de direito é a pessoa, física ou jurídica, a quem a lei atribui direitos e obrigações.
Assim, o art. 1º do Código Civil prevê:
“Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.”

1.1. Das Pessoas Naturais (Pessoas Físicas)


Capacidade - há dois tipos que não podem ser confundidos:
•• Capacidade de Direito – própria do ser humano e começa do nascimento com vida e só
termina com a morte (art. 2º, CC);
•• Capacidade de Fato – é a capacidade de exercer pessoalmente os atos da vida civil, que em
regra, é adquirida com a maioridade (18 anos).
Assim, é possível afirmar que todas as pessoas possuem capacidade de direito, mas nem todas
possuem capacidade de fato.
•• A pessoa que possui capacidade de direito + capacidade de fato, tem a chamada capacidade
plena.
Incapacidade – Como toda pessoa física possui capacidade de direito, quando se fala em
incapacidade, refere-se à incapacidade de fato, ou seja, a incapacidade de exercer pessoalmente
os atos da vida civil. O instituto da incapacidade existe para proteger pessoas que não possuem
o completo discernimento. No CC, a incapacidade é separada por graus:

Art. 3º São absolutamente incapazes de Art. 4º São relativamente incapazes a


exercer pessoalmente os atos da vida civil: certos atos, ou à maneira de os exercer:
I – os menores de 16 anos; I – os maiores de 16 e menores de 18 anos;
II – os que, por enfermidade ou deficiência II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos,
mental, não tiverem o necessário e os que, por deficiência mental, tenham o
discernimento para a prática desses atos; discernimento reduzido;
III – os que, mesmo por causa transitória, não III – os excepcionais, sem desenvolvimento
puderem exprimir sua vontade. mental completo;
IV – os pródigos.

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Os absolutamente incapazes devem ser representados (pelos pais, tutores ou curadores)
para que o negócio jurídico seja considerado válido, já que a validade do negócio jurídico
requer “agente capaz” (art. 104, CC), sendo nulo o negócio quando celebrado por pessoa
absolutamente incapaz (art. 166, I, CC).
Os relativamente incapazes devem ser assistidos (pelos pais, tutores ou curadores), já que é
anulável o negócio jurídico por incapacidade relativa do agente (art. 171, I, CC).

Absolutamente incapaz Relativamente incapaz


Deve ser representado Deve ser assistido

Se não for representado, o negócio é nulo Se não for assistido, o negócio é anulável

Cessação da Incapacidade – Geralmente, a incapacidade cessa pela extinção da sua causa:


atingir a maioridade (18 anos); a cura de uma doença mental; a reabilitação do dependente de
álcool ou drogas; ou pela emancipação.
Prevê o art. 5º do CC que A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa
fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Emancipação - Entretanto, através da emancipação é possível antecipar a capacidade de um
menor de idade praticar todos os atos da vida civil (capacidade de fato). A emancipação se
dará:
I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o
menor tiver dezesseis anos completos;
II – pelo casamento;
III – pelo exercício de emprego público efetivo;
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde
que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

CPF – Cadastro de Pessoa Física


O Código Civil não faz qualquer referência à CPF. Esse cadastro é uma exigência da vida em
sociedade, para que a pessoa física consiga realizar os atos da vida civil, como, por exemplo, a
abertura de uma conta bancária.
Porém, há Instrução Normativa da RFB nº 1.042/2010 (art. 3º), bem como o Decreto 3000/1999
(art. 33), que prevêem casos em que a pessoa física é obrigada a inscrever-se no CPF. Dentre
elas, importa ao nosso estudo, “as pessoas físicas titulares de contas bancárias, de contas de
poupança ou de aplicações financeiras”. O referido Decreto prevê, ainda, que a comprovação
da inscrição no CPF deve ser feita através da apresentação do Cartão de Identificação do
Contribuinte (CIC) e “será exigida pelas instituições financeiras, nas aberturas de contas
bancárias, contas de poupança” (art. 35).

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Mesmo quem não esteja obrigado a se inscrever no CPF, poderá fazê-lo. É o caso, por exemplo,
de um recém nascido.

1.2. Das Pessoa Jurídicas


Representação da Pessoa Jurídica – Em regra, a Pessoa Jurídica é representada pelos seus
administradores nomeados, nos limites dos poderes definidos no ato constitutivo (art. 47, CC).
Já se a Pessoa Jurídica tiver administração coletiva, as decisões serão tomadas por maioria de
votos dos presentes, salvo se houver disposição diversa no ato constitutivo.
Início da Pessoa Jurídica - Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito
privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.

CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

O CNPJ está para as pessoas jurídicas assim como o CPF está para as pessoas físicas. Segundo a
Receita Federal, estão obrigados a terem CNPJ, dentre outros, “As entidades domiciliadas no
Brasil, inclusive as pessoas jurídicas por equiparação, estão obrigadas a inscrever no CNPJ
todos os seus estabelecimentos localizados no Brasil ou no exterior, antes do início de suas
atividades.”

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2. FATOS JURÍDICOS
Os fatos que interessam ao direito são aqueles que apresentam uma repercussão jurídica, que
sejam capazes de criar, modificar, conservar ou extinguir a relação jurídica.
Como o edital traz essa matéria de direto “aplicada às operações de crédito”, dentro dos Fatos
Jurídicos, o que mais interessa ao estudo desse concurso são os Negócios Jurídicos, onde se
inserem os contratos, oriundos de acordo de vontades entre as partes.

FATOS JURÍDICOS

Fatos Jurídicos Naturais:


Acontecimentos que produzem Fatos Jurídicos Humanos:
efeitos jurídicos, mas que decorrem Acontecimentos que produzem
de fatores naturais e não da conduta efeitos jurídicos, decorrentes da
humana. conduta humana.

Lícitos: Condutas
Ilícitos: ação
Podem ser ordinários humanas em
humana contrária
(nascimento, morte, conformidade com o
ao ordenamento
maioridade...) ou ordenamento jurídico,
jurídico (ex.:
extraordinários com efeitos voluntários
atropelamento)
(terremoto, furacão...) no mundo jurídico.

Bilheterias Unilaterais

a) Ato jurídico stricto


sensu: ato humano sem
acordo de vontades (ex.:
Negócios Jurídicos: ocupação ou fixação de
Ato que se origina domicilio); b) Ato-fato
de um acordo de jurídico: acontecimento
vontades entre dois involuntário e não
ou mais sujeitos (ex.: objetivado (ex.: achar um
compra e venda) tesouro)

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2.1. Validade do negócio jurídico - requisitos:


Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I – agente capaz;
II – objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III – forma prescrita ou não defesa em lei.
Agente capaz - conforme já estudado, para que um negócio jurídico seja válido, os agentes
precisam ter capacidade plena (capacidade de direito + capacidade de fato). Se o agente for
incapaz, também poderá praticar o negócio jurídico, desde que suprida a incapacidade, através
da representação (para os absolutamente incapazes) ou da assistência (para os relativamente
incapazes).
•• Se o agente for absolutamente incapaz ------ o negócio será NULO.
•• Se o agente for relativamente incapaz --------o negócio é ANULÁVEL.
Objeto lícito, possível, determinado ou determinável - Todo negócio jurídico tem um objeto.
Para a validade do negócio, esse objeto precisa ser lícito (aquele que está de acordo com o
ordenamento jurídico, que não ofende a lei), possível (aquele que pode ser realizado do ponto
de vista físico e jurídico), determinado ou determinável (aquele que está individualizado, ou
que contenha elementos para sua individualização).
•• Se o objeto não for lícito, possível, determinado ou determinável --- o negócio é NULO.
Forma prescrita ou não defesa em lei - Em regra, no direito civil, a for é livre; exceto nos casos
em que a lei exige forma ou solenidade específica, como, por exemplo, forma escrita e mediante
instrumento público. Portanto, em regra, a forma é livre, mas quando a lei estabelecer que
determinado negócio jurídico deve ser realizado obedecendo determinada formalidade ou
solenidade, isso deve ser obedecido (ex.: Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura
pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência,
modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior
salário mínimo vigente no País).
•• Se não observadas as formas ou solenidades quando previstas ---- o negócio é NULO.

Quadro com artigos importantes:

Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é
da substância do ato.
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for
necessária a declaração de vontade expressa.
Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao
sentido literal da linguagem.
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua
celebração.

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2.2. Eficácia do negócio jurídico:
Havendo os requisitos acima, o negócio jurídico é válido. Entretanto, o lei trata de alguns
elementos que podem alterar o momento em que esse negócio jurídico terá eficácia. São eles:
Condição, Termo e o Modo ou Encargo.
Condição (art. 121, CC): Cláusula que subordina a eficácia do negócio a um evento futuro e
incerto. A Condição pode ser Suspensiva, que suspende os efeitos do negócio até o momento
que ocorrer o evento (ex.: se passar no concurso BNB, te dou um carro), ou pode ser Resolutiva,
que põe fim aos efeitos do negócio no momento em que ocorrer o evento (ex.: lhe pagarei uma
mesada até passar no concurso do BNB).
Termo (art. 131, CC): Cláusula que subordina a eficácia do negócio a um evento futuro e certo.
Ou seja, o negócio possui um momento exato (termo) para iniciar e/ou finalizar sua eficácia
(ex.: no dia 11.05.2014 lhe darei um carro).
Modo ou Encargo (art. 136, CC): Cláusula que impõe uma obrigação ao beneficiário, oriunda
de uma liberalidade do agente (ex.: pai doa um terreno ao filho, com o encargo de nele ser
construída uma escola; ou a nomeação de uma pessoa como herdeira em um testamento, com
a obrigação de ela cuidar de um ente da família).

2.3. Defeitos do negócio jurídico:


Erro ou Ignorância: Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de
vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência
normal, em face das circunstâncias do negócio.
•• O erro consiste na falta de concordância entre a vontade real e a vontade declarada, ou
seja, o celebrante tem uma falsa percepção de um elemento essencial do negócio.
•• O erro pode ser: a) substancial - quando a falta de realidade ocorre sobre questão
relevante do negócio jurídico, de modo que se a pessoa tivesse conhecimento da realidade,
não realizaria o negócio (ex.: a pessoa compra um relógio pensando que é de ouro e é
de latão; ou o colecionador que compra um veículo pensando que é ano 1987, e na
verdade é ano 1990); nesse caso, o negócio é anulável; b) acidental - aquele que recai
sobre algo secundário do negócio, que não é determinante para a sua realização; nesse
caso o negócio não será anulável; será válido; c) erro de cálculo - mero erro aritmético, que
não anula o negócio, apenas autoriza o recálculo, retificando-se a declaração de vontade e
conservando-se o contrato.
Dolo: Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
•• O dolo consiste em um erro induzido por uma das partes; ou seja, um artifício intencional
de uma das partes, com o fim de enganar a outra, para que celebre o negócio.
•• O dolo pode ser: a) essencial - quando o negócio foi realizado justamente porque a pessoa
foi enganada (ex.: o vendedor sabe que o relógio é de latão, mas afirma que é de ouro, e
por isso o comprador o adquire), nesse caso, o negócio é anulável; b) acidental - quando
a parte realizaria o negócio mesmo sem a informação enganosa, embora de outro modo
(ex.: mesmo que o relógio não fosse de ouro, o comprador o adquiriria, mas por um preço
mais barato); esse dolo não enseja a anulação do negócio, gerando apenas a obrigação de
satisfazer as perdas e danos ou de redução proporcional do preço.

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•• O dolo pode ser positivo (quando o agente dolosamente afirma ou age de forma a enganar
- ex.: afirma que o relógio é de ouro) ou negativo (quando o agente dolosamente omite
informação de que tinha conhecimento - sabia que o relógio era de latão, mas disse que
não sabia qual o material a fim de que o comprador acreditasse ser de ouro).
•• Por fim, (art. 150, CC) Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo
para anular o negócio, ou reclamar indenização.
Coação: Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao
paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos
seus bens.
•• Coação é a ameaça injusta (física ou moral) com o intuito de obrigar o coagido a realizar o
negócio jurídico (ex.: alguém aponta uma arma ao agente obrigando-o a assinar o contrato).
Para tanto, a coação há de ser tal que incuta ao coagido fundado temor de dano iminente
e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens; se o temor disser respeito a
pessoa que não seja a família, o juiz analisará as circunstâncias para decidir se houve u não
coação.
•• Ao apreciar a coação, o juiz considerará o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento
do coagido e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela; já que,
por exemplo, uma conduta praticada contra uma idosa pode caracterizar coação, enquanto
para um homem adulto, não.
•• Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito (ex.: credor mandar
o devedor assinar uma confissão de dívida, senão entrará com ação cobrando), nem o
simples temor reverencial (ex.: o pai manda o filho realizar tal negócio, e este obedece para
não desapontar seu pai).
Estado de Perigo: Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da
necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte,
assume obrigação excessivamente onerosa.
•• Importante não confundir Estado de Perigo com Coação: na “coação”, o agente obriga
o coagido a celebrar o contrato através de ameaça; já no ‘estado de perigo”, o próprio
contratante se vê obrigado a realizar o negócio jurídico em razão das circunstâncias que
ele ou alguém de sua família se encontra, e a outra parte se aproveita dessa situação para
auferir vantagem (ex.: a pessoa vende sua casa por um décimo do valor, para pagar o
resgate do filho sequestrado; ex.: a pessoa da um cheque caução em valores absurdos a um
hospital para poderem internar sua esposa doente)
•• E se tratando de pessoa não pertencente à família, o juiz analisará as circunstâncias para
decidir se houve ou não caracterização de estado de perigo.
Lesão: Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação
oposta.
•• É a celebração de um negócio com onerosidade excessiva, seja por premente necessidade
(ex.: pega empréstimo com juros abusivos para salvar sua empresa da falência) ou por
inexperiência de quem o celebra (ex.: a pessoa contrata um empréstimo com juros abusivos
por desconhecer as taxas de mercado). É uma desproporção entre as prestações assumidas
no contrato, trazendo um desequilíbrio contratual a ponto de uma das partes sair lesada
•• Para a configuração da lesão, necessário a presença de dois requisitos: onerosidade
excessiva + premente necessidade ou inexperiência.

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•• Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a
parte favorecida concordar com a redução do proveito.
•• Não confundir “lesão” com “estado de perigo”: na lesão, o dano é patrimonial ($$$),
enquanto no estado de perigo o dano é pessoal (salvar a si ou pessoa da família).
Fraude contra Credores: Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de
dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando
o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
•• Trata-se de alienação ou oneração de bens, ou remissão de dívida feita por quem está
insolvente ou próximo da insolvência, a fim de prejudicar credores que não possuem
garantia certa (quirografários). (ex.: a pessoa tem uma dívida de R$ 200 mil com o banco e
aliena o único bem que dispunha para o cumprimento da obrigação).
•• Para a caracterização da fraude, necessários dois elementos: insolvência do devedor + má-
fé dos contratantes, intenção de prejudicar.
•• O negócio será anulável. Para anular o negócio, o credor prejudicado deverá provar que já
era credor na época da alienação.
•• Para a caracterização da fraude contra credores não é preciso que haja ação cobrando a
dívida; basta que haja uma dívida, nem precisando estar vencida.
Simulação: Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou,
se válido for na substância e na forma. § 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente
se conferem, ou transmitem; II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não
verdadeira; III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
•• Simular é fingir. Ocorre a simulação quando há uma declaração inexata da vontade, por
conluio das partes, com o objetivo de aparentar perante a coletividade um negócio jurídico
diferente do que era a intenção, ou até mesmo aparentar um negócio que não existe de fato
(ex.: compra e venda feita para a amante, sem o pagamento do valor descrito no contrato,
para encobrir uma doação; ex.: compra e venda de um imóvel com previsão de um valor
menor, a fim de incidirem menos impostos).
•• A intenção da simulação é iludir terceiros ou violar a lei.
•• Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico
simulado.
•• Diversamente de todos os demais defeitos do negócio jurídicos, que são ANULÁVEIS, a
simulação torna o negócio NULO.

2.4. Invalidade do negócio jurídico:

Após estudar o negócio jurídico e seus vícios/defeitos, trataremos da invalidade do negócio.


Invalidade, em sentido amplo, significa que o negócio não surtirá as consequencias desejada
pelas partes; será invalidado.
Há dois tipos de invalidade:
•• NULIDADE (negócio NULO)
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I – celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

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II – for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;


III – o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV – não revestir a forma prescrita em lei;
V – for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI – tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Também será nulo quando houver simulação.
•• O negócio é NULO quando há ofensa a princípios básicos do direito, que acaba lesando a
coletividade.
•• O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do
tempo.
•• A nulidade pode ser alegada por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, ou pode
ser declarada pelo próprio juiz, mesmo sem pedido das partes (de ofício).
•• Não há prazo prescricional ou decadencial para reclamar; podendo ser alegada a qualquer
tempo.
•• ANULABILIDADE (negócio ANULÁVEL)
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I – por incapacidade relativa do agente;
II – por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
•• O negócio é ANULÁVEL quando os interesses são particulares, envolvendo apenas as partes
interessadas.
•• O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
•• A anulabilidade pode ser alegada apenas pelo interessados (não pode ser pronunciada de
ofício pelo juiz nem pelo MP).
Se não alegada dentro dos prazos legais, o negócio torna-se válido.
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico,
contado:
I – no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II – no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou
o negócio jurídico;
III – no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para
pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
•• O menor, entre 16 e 18 anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua
idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-
se, declarou-se maior.

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•• Anulado o negócio jurídico, as partes serão restituídas ao estado em que antes dele se
achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.
Quadro comparativo:

NULO ANULÁVEL
Atinge interesse público Atinge interesse particular
Legitimados: qualquer interessado, MP, ou de Legitimados: somente os interessados (lesados)
ofício pelo juiz
Não admite cofirmação pelas partes, nem pode Admite confirmação expressa ou tácita pelas
ser sanada pelo juiz. partes.
Não se sujeita aos prazos prescricionais e Regra:
decadenciais, pois a nulidade absoluta é Prazo decadencial de 4 anos nos casos do art. 178
imprescritível. do CC/02
Prazo decadencial de 2 anos nos casos do art. 179
do CC,02.

2.5. Atos Ilícitos:


Comete ato ilícito “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral” (art. 186, CC), bem
como aquele que pratica o chamado abuso de direito, ou seja, “o titular de um direito que, ao
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela
boa-fé ou pelos bons costumes” ( art. 187, CC).
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I – os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II – a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo
iminente.
No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem
absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do
perigo.

2.6. Representação:
As pessoas nem sempre estarão aptas a realizar os negócios jurídicos pessoalmente, seja por
impedimento legal (incapazes) ou pessoal (está viajando, está com alguma doença, está sem
disponibilidade de tempo...), sendo que a lei permite que um representante o faça em seu
nome.
Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado.
A representação pode ser legal (como é o caso do poder familiar, da tutela, da curatela,
do inventariante) ou voluntária (é o chamado mandato conferido pelo representado ao
representante, através de procuração).

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Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos
em relação ao representado.
Os atos praticados pelo representante, nos limites dos poderes, surtem efeitos para o
representado; ou seja, se o representante realiza um negócio em nome do representado,
este terá o dever de cumprir com as obrigações assumidas, bem como gozar dos direitos
decorrentes.
Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do
representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder
pelos atos que a estes excederem.
É dever do representante provar sua condição ou habilitação para a representação, sob pena
de responder civilmente ou penalmente pelos atos que excederem os poderes que lhe foram
conferidos.

2.7. Prescrição e Decadência:


Quadro com artigos importantes:

Prescrição Decadência
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não
a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, se aplicam à decadência as normas que impedem,
nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. suspendem ou interrompem a prescrição.
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada
alterados por acordo das partes. em lei.
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da
qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem decadência, quando estabelecida por lei.
aproveita.
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa Art. 211. Se a decadência for convencional,
continua a correr contra o seu sucessor. a parte a quem aproveita pode alegá-la em
qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode
suprir a alegação.
Há causas que impedem, suspendem (art. 197 a Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não
201, CC) e que interrompem (art. 202 a 204, CC) se aplicam à decadência as normas que impedem,
a prescrição. suspendem ou interrompem a prescrição.
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, Aplica-se à decadência os seguintes artigos:
quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas
jurídicas têm ação contra os seus assistentes
ou representantes legais, que derem causa à
prescrição, ou não a alegarem oportunamente
(causa que impede ou suspende a prescrição)
Art. 198. Também não corre a prescrição: I - contra
os incapazes de que trata o art. 3o (absolutamente
incapazes).

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2.7. Prova:
Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante:
I – confissão;
II – documento;
III – testemunha;
IV – presunção;
V – perícia.
Há contratos que devem obedecer à forma especial prevista em lei para que o negócio jurídico
seja válido (ex.: Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à
validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou
renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo
vigente no País); nesse caso, a prova do negócio se faz através da respectiva escritura pública.
Entretanto, nos negócio cuja fora é livre, a prova do negócio se faz através dos meios trazidos
pelo art. 212 do CC.

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Questões

1. (BNB - 2010) Quanto à nulidade dos 3. (BNB - 2007) Julgue corretamente as


negócios jurídicos, assinale a alternativa afirmativas abaixo em V (verdadeira) ou F
CORRETA. (falsa) e assinale a opção correspondente.
a) É nulo o negócio jurídico, quando ( ) A validade do negócio jurídico requer a
celebrado por pessoa relativamente existência de três requisitos: agente capaz,
incapaz. objeto prescrito em lei e testemunha.
b) É anulável o negócio jurídico, quando
houver ilicitude, impossibilidade ou ( ) É válido o negócio jurídico quando seu
indeterminação do objeto. objeto é lícito e os agentes capazes, ainda
c) É anulável o negócio jurídico que tiver que, por erro, não se revista de forma
por objetivo fraudar lei imperativa. obrigada em lei.
d) O negócio jurídico anulável pode ser
confirmado pelas partes, sem ressalva 4. (FGV – 2010 – SEFAZ/RJ– Superior) Com
de direitos de terceiros. relação à validade dos negócios jurídicos,
e) É anulável o negócio jurídico por vício analise as afirmativas a seguir.
resultante de erro, dolo, coação, estado
de perigo, lesão ou fraude contra I – Quando a lei dispõe que determinado
credores. negócio jurídico é anulável,sem estabelecer
prazo para pleitear-se a anulação, este
2. (BNB - 2010) Sobre vícios que anulam o prazo será de 2 anos, a contar da data da
negócio jurídico, relacione as colunas a conclusão do ato.
seguir. II – Quando a lei proíbe a prática de um
1. Erro ( ) Pressão física ou moral negócio jurídico sem, no entanto, cominar
exercida sobre a pessoa para obrigá-la a sanção, o negócio jurídico será nulo.
praticar ato jurídico que não queira. III – O prazo para pleitear-se a anulação
2. Dolo ( ) Noção inexata sobre um de negócio jurídico no caso de erro, dolo,
objeto, que leva a uma distorção da coação, fraude contra credores, estado de
formação da vontade do declarante. perigo ou lesão é contado do dia em que se
3. Coação ( ) Expediente astucioso para realizou o negócio jurídico.
induzir alguém a praticar ato danoso a si Assinale:
próprio.
a) se todas as afirmativas estiverem
4 Simulação ( ) Declaração enganosa corretas.
da vontade, visando produzir efeito diverso b) se somente as afirmativas I e II
do ostensivamente indicado. estiverem corretas.
Assinale a alternativa com a sequencia c) se somente as afirmativas I e III
CORRETA. estiverem corretas.
a) 1-2-3-4 d) se somente as afirmativas II e III
b) 2-1-3-4 estiverem corretas.
c) 3-1-2-4 e) se somente a afirmativa III estiver
d) 3-4-2-1 correta.
e) 2-1-4-3

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5. (FGV– 2013 – MPE/MS – Superior) b) Dolo.
Pedro, insolvente notório, sabendo c) Coação.
que não terá condições de arcar com d) Estado de perigo.
o pagamento de todas as suas dívidas, e) Erro.
resolve vender todos os seus bens com
o objetivo de causar prejuízos aos seus 8. (FGV - 2012 - PC-MA - Delegado de Polícia) A
credores, impossibilitando-os de receber respeito do plano de validade dos negócios
os respectivos créditos. Considerando o jurídicos, assinale a afirmativa correta.
contexto fático apresentado, assinale o
instituto jurídico que se amolda à hipótese. a) A nulidade de um negócio jurídico
decorrente de fraude de lei imperativa
a) Lesão. pode ser alegada pelo Ministério
b) Dolo. Público quando lhe couber intervir.
c) Estado de perigo. b) As hipóteses de anulabilidade devem
d) Fraude contra credores. ser pronunciadas pelo juiz, quando
e) Simulação. conhecer do negócio jurídico ou dos
seus efeitos e as encontrar provadas,
6. (FGV– 2013 – TJ/AM – Superior) Em sendo-lhe permitido supri-las.
relação a negócios jurídicos realizados na c) O negócio jurídico nulo convalesce
vigência do Código Civil de 2002, assinale a pelo decurso do tempo por razões de
afirmativa correta. segurança jurídica.
a) É anulável o negócio jurídico simulado. d) O erro, o dolo e a coação são as únicas
b) É nulo o negócio jurídico realizado por hipóteses de anulabilidade do negócio
menor relativamente incapaz. jurídico previstas pelo Código Civil.
c) É anulável a venda de ascendente e) É anulável um negócio jurídico que não
a descendente, salvo se os outros revestir a forma prescrita em lei.
descendente e o cônjuge do alienante
expressamente houverem consentido. 9. (FGV - 2008 - Senado Federal - Advogado)
(art. 496, CC) Solange de Paula move ação anulatória
d) É nulo o negócio jurídico realizado em em face do Hospital das Clínicas. Ocorre
estado de perigo. que, necessitando internar seu marido,
e) É inadmissível, no direito brasileiro, a não encontrou vaga no SUS, logrando êxito
conversão de negócios jurídicos nulos. em conseguir a internação em hospital da
rede privada, não integrante da rede SUS.
7. (FGV– 2013 – TJ/AM – Superior) João, O hospital exigiu o depósito de R$ 3,5 mil
premido pela necessidade de conseguir para a internação e mais R$ 360,00 para
dinheiro para purgar a mora referente exames. Entregues os cheques, após o
a alugueis e encargos da casa em que atendimento, Carmem ingressou em juízo
reside e evitar o despejo, vendeu uma para anular o negócio jurídico. Assinale o
joia de família a Ricardo, por R$5.000,00, melhor fundamento para sua pretensão.
embora o seu preço de mercado seja
de aproximadamente R$50.000,00. a) onerosidade excessiva
Posteriormente, não conseguindo desfazer b) lesão
amigavelmente o negócio realizado, propõe c) estado de perigo
ação para anular a venda da joia. De acordo d) enriquecimento sem causa
com as informações apresentadas, assinale e) venire contra factum proprium
a alternativa que indica, em tese, o defeito
do negócio jurídico.
a) Lesão.

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10. (FGV - Fiscal de Rendas/RJ/2009) O art. 9º, § 12. (Juiz Estadual/PA/2005) Assinale a
7º, da Lei 9.434/1997 determina: É vedado alternativa correta.
à gestante dispor de tecidos, órgãos ou
partes de seu corpo vivo, exceto quando se a) No apreciar a coação, ter-se-ão em
tratar de doação de tecido para ser utilizado conta o sexo, a idade, a condição, a
em transplante de medula óssea e o ato saúde, o temperamento do paciente
não oferecer risco à sua saúde ou ao feto. e todas as demais circunstâncias que
A norma em questão não prevê nenhuma possam influir na gravidade dela.
sanção para o caso de seu descumprimento. b) O simples temor reverencial é capaz de
Diante disso, é correto afirmar que o negócio caracterizar uma das modalidades de
jurídico para doação de órgãos celebrado coação.
por gestante em desconformidade com o c) A insolvência notória não é motivo para
art. 9º, § 7º, da Lei 9.434/1997 será: tornar anuláveis os contratos onerosos
do devedor insolvente.
a) Anulável. d) É de 5 (cinco) anos o prazo de
b) Nulo. decadência para pleitear-se a anulação
c) Válido, porém ineficaz. do negócio jurídico.
d) Perfeitamente válido e eficaz.
e) Nulo, mas passível de convalidação, 13. (FGV– 2008 – SEFAZ/RJ – Médio) O
desde que a nulidade seja suprida por Banco Delta, para amortizar o débito de
decisão judicial. determinada empresa sua cliente, utilizou
o saldo positivo que esta detinha em conta,
11. (FGV - Fiscal de Rendas/RJ/2007) Quando a para pagamento de fornecedores. Essa
lei dispuser que determinado ato é anulável, conduta configura:
sem estabelecer prazo para pleitear-se a
anulação, será este de: a) exercício regular de um direito.
b) estrito cumprimento de dever legal.
a) 1 ano. c) ato lícito e possível.
b) 5 anos. d) abuso de direito.
c) 3 anos. e) uso arbitrário das próprias razõe
d) 2 anos.
e) 4 anos.

Gabarito: 1. E 2. C 3. F, F 4. B 5. D 6. C 7. A 8. A 9. C 10. B 11. D 12. A 13. D

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