Inês Oliveira
sigestaotreinamento@yahoo.com.br
Rio de Janeiro - RJ
Out/2015
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Módulo I – Introdução
Módulo II – Incidências | Fato Gerador | Alíquota | Base de Cálculo
Módulo III – Obrigação Acessória | SISCOSERV
Módulo IV – Acordos | Países com Tributação Favorecida
Módulo V – Tipos de Remessas
Módulo I - Introdução
O presente estudo teve o objetivo de analisar, de forma teórica e prática, todos os tributos
incidentes nos serviços provenientes do exterior e nos serviços adquiridos no país,
comparando as cargas tributárias decorrentes.
À discussão crítica se somou a reunião de elementos que visam amparar a tomada de decisão
por parte das empresas nos processos de importação de serviços.
Conclui-se que as importações são taxadas, dentre outras razões, com o propósito de
equilibrar a concorrência com serviços locais.
Mas essa taxação pode e deve ser menor quando tais importações representam
transferência de conhecimentos e inovações para o país.
A importação é utilizada por empresas que pretendem adquirir serviços de outros países
a fim de incrementar seus negócios.
Com todos esses impostos, os serviços internacionais, nos últimos tempos, acabaram
gerando uma movimentação tributária bem expressiva no Brasil, visto que essa prática
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Na legislação vigente é possível verificar que a soma das alíquotas dos impostos sobre
serviços nacionais fica em torno de 39%.
Basicamente, existem:
Os tributos diretos, que incidem sobre a renda e o patrimônio:
O IR (Imposto de Renda),
O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano),
A contribuição à Previdência, entre outros
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Modalidades
Veja, agora, a definição das três modalidades de tributos, que podem se enquadrar
como diretos ou como indiretos:
Os empréstimos compulsórios
Além desses tributos, previstos no Código Tributário Brasileiro, existe o
empréstimo compulsório, que foi acrescentado pelo Supremo Tribunal
Federal e regulados como tributos, conforme artigo 148 da Constituição
Federal o qual se insere no Capítulo I – Do Sistema Tributário Nacional.
Essa modalidade é uma espécie de tomada de dinheiro, a título de
empréstimo, que o Governo faz em determinadas situações de emergência,
para futuramente restituí-lo ao cidadão. Somente a União pode determiná-lo.
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Baseado nos conceitos constitucionais e do Código Tributário Nacional segue lista com
92 tributos vigentes no Brasil:
86. Taxa de Outorga - Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários - art. 77, incisos
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Do ponto de vista Tributário, norma da Receita Federal do Brasil dispõe sobre a incidência do
imposto sobre a renda na fonte sobre rendimentos pagos, creditados, empregados, entregues
ou remetidos para pessoas jurídicas domiciliadas no exterior, considera-se:
Definição | Patentes
São títulos de propriedade temporária, outorgados pelo INPI a criadores ou
inventores de novos produtos, processos ou aperfeiçoamentos que tenham aplicação
industrial.
A autoria da patente pertence à(s) pessoa(s) física(s) denominada(s) inventor(es).
O titular ou proprietário da patente é o depositante, que poderá ser o próprio inventor
(pessoa física), ou seus herdeiros ou sucessores, ou a empresa (pessoa jurídica) para a
qual trabalha ou para quem foi criado o invento.
Ao titular da patente (seja ele o próprio inventor ou a instituição depositante), é
concedido o direito de impedir terceiros de explorar, usar, comercializar, colocar à
venda, etc., a sua criação.
Definição | Marcas
As marcas são sinais utilizados no comércio para identificar produtos. No âmbito do
direito de propriedade intelectual, as marcas revestem-se de grande utilidade.
Marca é o símbolo em que os seus clientes se baseiam para escolher a sua empresa. Esta
marca distingue a sua empresa da concorrência.
Pode proteger e desenvolver a sua marca registrando-a. Alguns países pode obter proteção
mesmo se a marca não for registada, desde que seja utilizada. No entanto, aconselha-se que a
marca seja registada a fim de obter a melhor proteção.
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A única limitação ao que pode constituir uma marca registada é que a marca tem de estar
claramente definida; caso contrário, nem a sua empresa nem os seus concorrentes terão a
certeza do que está abrangido pelo registo.
Definição | Intangíveis
Os chamados "ativos intangíveis" são aqueles que não têm existência física.
Importação de Serviços
De acordo com a legislação brasileira, seis tributos podem incidir sobre a importação de
serviços.
Abaixo, os aspectos gerais de cada um deles.
Fato Gerador IR
O fato gerador é o aspecto temporal da incidência do IRRF.
Conforme prevê a legislação, o Imposto de Renda deverá ser retido por ocasião do
“pagamento” ou “crédito” dos serviços prestados.
Ocorrida qualquer uma delas deverá ser feita a retenção.
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Base de Cálculo:
A base de cálculo do IRRF é a importância remetida ao exterior. Por determinação
do art. 5º da Lei nº 4.154, de 1962, nos casos em que a fonte pagadora assumir o ônus
do imposto, a importância remetida ao exterior é considerada como líquida, caso
em que deve ser feito o reajustamento, para mais, do rendimento bruto sobre o qual
recai o IRRF.
Essa prática, denominada “gross up”, é comum no comércio internacional de serviços
e implica em aumento na carga efetiva do tributo, mas possibilita que o prestador de
serviços não seja afetado pelos tributos no país de origem do pagamento.
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A fonte pagadora fica obrigada ao recolhimento do imposto, ainda que não o tenha retido.
Base Legal: art. 722 RIR/99 – Decreto 3.000/99
Prazo de Recolhimento
Na data de ocorrência do fato gerador - Diário
RIR/99:Art. 865, I.
Hipótese de incidência:
Licença de uso ou aquisição de conhecimentos tecnológicos, bem como
transferência de tecnologia, em decorrência de contratos firmados com residentes
ou domiciliados no exterior;
Software:
Não incide a CIDE na remuneração pela licença de uso ou de direitos de
comercialização ou distribuição de programa de computador, salvo quando
envolverem a transferência da correspondente tecnologia.
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Base de cálculo:
Valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, a cada mês, a
residente ou domiciliado no exterior.
Não incidência:
Remuneração pela licença de uso ou de direitos de comercialização ou distribuição de
programa de computador, salvo quando envolverem a transferência da
correspondente tecnologia.
Fornecimento de tecnologia:
Aqueles contratos relativos à exploração de patentes ou de uso de marcas e os de
fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica.
Alíquota: 10%
Base legal: Lei nº 10.168, de 29 de dezembro de 2000.
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Reajustamento de Base:
Quando a fonte pagadora assumir o ônus do imposto (IR), caso em que deve ser feito o
reajustamento da base, a base de cálculo da CIDE Importação será a “reajustada”.
Royalties:
É uma palavra de origem inglesa que se refere a uma importância cobrada pelo
proprietário de uma patente de produto, processo de produção, marca, entre outros, ou
pelo autor de uma obra, para permitir seu uso ou comercialização.
Os royalties não se confundem com os valores pagos pela aquisição definitiva de direitos de
propriedade industrial ou comercial ou a título de luvas para extensão ou modificação de
contratos de cessão do uso ou exploração de tais direitos, os quais devem ser registrados no
Ativo Intangível e podem ser amortizados durante o prazo de vigência do contrato, para fins
fiscais.
Portanto, royalties nada mais é que a remuneração corrente pela exploração do direito
cujo uso foi cedido, mas continua de propriedade do cedente, e geralmente é estabelecida
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mediante taxa (ou porcentagem) pré-fixada sobre as vendas finais ou dos lucros obtidos por
aquele que fabrica e comercializa um produto ou tecnologia (cessionário), assim como o
concurso de suas marcas ou dos lucros obtidos com essas operações.
É importante que se diga que a remuneração dos royalties está vinculada à averbação dos
contratos celebrados junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que emitirá
o Certificado de Averbação ou indeferirá o pedido de averbação.
Base Legal: Art. 355, § 3º do RIR/1999 (UC: 25/09/14) e; PN CST nº 143/1975 (UC:
25/09/14).
das remessas a beneficiários residentes em Paraísos Fiscais, que estão sujeitas ao IRF à
alíquota de 25%.
Dedutibilidade
Regra geral: Despesas com royalties só serão dedutíveis quando necessárias,
usuais e normais para a empresa.
O valor dos royalties pelo uso de tecnologia e de marca somente podem ser
deduzidos até o limite máximo de 5% da receita líquida dos produtos
beneficiados com a tecnologia ou com a marca, observados os limites máximos
fixados por indústria (Portaria 436/58). Inconstitucionalidade a ser discutida.
Base de Cálculo:
Incide CIDE sobre o valor reajustado do pagamento feito pelo contribuinte ao exterior, por
meio da utilização da regra de reajustamento, quando o remetente assume o IR.
A base de cálculo para as remessas de Royalties será o valor “reajustado”.
MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA Nº 17 de 29 de Junho de 2011
ASSUNTO: Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE
EMENTA: BASE DE CÁLCULO CIDE. PESSOA JURÍDICA BRASILEIRA. ASSUNÇÃO DO ONUS
DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE (IRRF). O valor do Imposto de Renda na Fonte
incidente sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas ao exterior
compõe a base de cálculo da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE),
independentemente de a fonte pagadora assumir o ônus imposto do IRRF.
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Alíquota: 10%
Recolhimento:
O recolhimento da CIDE-Royalties deverá ser efetuado até o último dia útil da quinzena
subsequente ao mês de ocorrência do fato gerador, através de Documento de Arrecadação de
Receitas Federais (Darf) utilizando-se do código (Campo 04) 8741.
Base Legal: Art. 2º, § 5º da Lei nº 10.168/2000 (UC: 25/09/14).
Crédito:
A MP 2.159-70/2001 concedeu crédito incidente sobre a CIDE-Royalties, aplicável às
importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas para o exterior a título de
royalties referentes a contratos de exploração de patentes e de uso de marcas.
A partir de 01/01/2014 está vedado o desconto de crédito sobre a CIDE-Royalties devida.
I - fornecimento de tecnologia;
Averbação no INPI
A Lei 9.279/96 que regula os direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.
A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e
o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante:
I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;
II - concessão de registro de desenho industrial;
III - concessão de registro de marca;
IV - repressão às falsas indicações geográficas; e
V - repressão à concorrência desleal.
Lista dos contratos de Serviços de Assistência Técnica que não são averbáveis, por não
implicarem em transferência de tecnologia:
Base de cálculo:
O valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido para o exterior, antes da
retenção do imposto de renda, acrescido do Imposto sobre Serviços de qualquer
Natureza -ISS e do valor das próprias contribuições.
Alíquota:
PIS/Importação: 1,65%
COFINS/Importação: 7,6%
Possibilidade de estabelecimento de alíquotas diferenciadas no caso de empresas
sediadas em paraísos fiscais (§1° do art. 27)
Base Legal: Lei n° 10.865, de 30.04.2004
Prazo de Recolhimento>
Na data do pagamento, crédito, entrega emprego ou remessa, na hipótese de importação de
serviços. Diário
Reajustamento de Base:
Quando a fonte pagadora assumir o ônus do imposto (IR), caso em que deve ser feito o
reajustamento da base, a base de cálculo das Contribuições do Pis e da Cofins Importação será
a “reajustada”.
Nota:
A Medida Provisória 668/2015, tentou aumentar as alíquotas de duas contribuições incidentes
sobre as importações, o PIS/Pasep-Importação e a Cofins-Importação.
Na regra geral, elas sobem de 1,65% e 7,6% para 2,1% e 9,65%, respectivamente.
A Lei 13.137/15 converte a MP 668/2015.
As alíquotas de PIS e Cofins incidentes sobre a importação de serviço permaneceram
inalteradas, PIS 1,65% e Cofins 7,6%, totalizando 9,25%.
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Crédito
Observações:
Conceito de insumo
Entende-se como insumos:
A propósito do IOF-Câmbio, ressalta-se que ao contrário das operações para bens importados,
a operação de câmbio para pagamento de serviços importados está sujeita à alíquota de
0,38% e o momento da tributação é a data da liquidação da operação de câmbio, não
importando quando foi contratada.
Não Incidência:
Não se submetem à incidência do IOF as operações realizadas por órgãos da
administração direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
e, desde que vinculadas às finalidades essenciais das respectivas entidades, as
operações realizadas por:
I - autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - templos de qualquer culto;
III - partidos políticos, inclusive suas fundações, entidades sindicais de
trabalhadores e instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei.
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Alíquota: 0,38%
Importação é o processo comercial e fiscal que consiste em trazer um bem, que pode ser um
produto ou um serviço, do exterior para o país de referência.
Até então, nos termos do Decreto-Lei nº 406/68, não ocorria fato gerador do ISS
na prestação de serviços por pessoa física ou jurídica estabelecida no exterior
(importação de serviços), exceto no caso específico de Construção Civil.
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Com a publicação da Lei Complementar Federal nº 116/03, houve uma reviravolta na forma
de tributação do ISS incidente na “importação de serviços”, pois o art. 1º, § 1º, da citada
norma, estabelece que:
Assim, passou a ser tributado os serviços prestados proveniente no exterior, mesmo que
iniciada a prestação no exterior e concluída no País.
Nessa hipótese, podemos concluir que houve inversão na regra de determinação do local de
pagamento do ISS nas prestações internacionais (importação de serviços), passando o
imposto a ser devido ao local da prestação, e não mais ao local onde se encontra
estabelecido o prestador de serviços.
Neste caso, a empresa uruguaia estaria prestando o serviço no exterior, mas o resultado do
serviço seria no Brasil, uma vez que a empresa brasileira fruiria o benefício do serviço
neste país.
A alíquota obedece à legislação vigente no município de residência ou domicílio do tomador,
não inferior a 2% e não superior a 5%.
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Importação Direito
Partindo para o conceito de “prestação de serviço”, Importação de Direitos é “uma obrigação
de dar” e que não configura prestação de serviço.
Obrigatoriedade:
São obrigados a prestar as informações:
a) o prestador ou tomador do serviço residente ou domiciliado no Brasil;
b) a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no Brasil, que transfere ou
adquire o intangível, inclusive os direitos de propriedade intelectual, por meio de cessão,
concessão, licenciamento ou por quaisquer outros meios admitidos em direito; e
c) a pessoa física ou jurídica ou o responsável legal do ente despersonalizado,
residente ou domiciliado no Brasil, que realize outras operações que produzam variações no
patrimônio.
d) os órgãos da administração pública, direta e indireta, da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal.
A obrigação do registro referida estende-se ainda:
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Nota
Os serviços de frete, seguro e de agentes externos, bem como demais serviços relacionados
às operações de comércio exterior de bens e mercadorias, serão objeto de registro no
Siscoserv, por não serem incorporados a bens e mercadorias.
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Módulos:
O Siscoserv é composto por dois Módulos: Venda e Aquisição.
Nota
O Modo 3 - Presença comercial no Brasil, não é registrado no Módulo Aquisição.
Forma de Apresentação:
As informações serão apresentadas por meio eletrônico a ser disponibilizado no Centro
Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) da Secretaria da Receita Federal do Brasil
(RFB) e deve ser feita por estabelecimento, se o contribuinte for pessoa jurídica.
(Instrução Normativa RFB nº 1.277/2012 , art. 1º , § 1º, I e III; Portaria Conjunta RFB/SCS
nº 1.908/2012 , art. 1º , §§ 1º e 4º)
d) último dia útil do mês de junho do ano subsequente à realização de operações por
meio de presença comercial no exterior relacionada à pessoa jurídica domiciliada no Brasil.
Essa apresentação terá início a partir de 2014 e será anual, em relação ao ano-calendário
anterior.
(Lei nº 12.546/2011 , art. 27;; Instrução Normativa RFB nº 1.277/2012 , art. 3º e §§ 1º e 2º;
Instrução Normativa RFB nº 1.336/2013 , art. 1º; Instrução Normativa RFB nº 1.526/2014 ,
art. 1º ; Portaria MDIC nº 113/2012 , art. 3º ; Portaria MDIC nº 309/2014 , art. 1º ; Portaria
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Finalidade da Informação
As informações prestadas ao Siscoserv serão utilizadas pelo Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior na sistemática de coleta, tratamento e divulgação de
estatísticas, no auxilio à gestão e ao acompanhamento dos mecanismos de apoio ao comércio
exterior de serviços, intangíveis e às demais operações, instituídos no âmbito da
administração pública, bem como no exercício das demais atribuições legais de sua
competência.
As pessoas jurídicas obrigadas a prestar as informações no Siscoserv , devem indicar se
utilizou ou não mecanismos de apoio ao comércio exterior de serviços, intangíveis e demais
operações.
Os órgãos da administração pública com poder de regulação, normatização, controle ou
fiscalização utilizarão a vinculação com o MDIC para verificação do adimplemento das
condições necessárias à sua fruição.
A Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (SCS) auxiliará a gestão e o acompanhamento dos mecanismos de apoio
ao comércio exterior de serviços, intangíveis e às demais operações, instituídos no âmbito da
administração pública.
(Lei nº 12.546/2011 , art. 26; Portaria Conjunta RFB/SCS nº 1.908/2012 , art. 7º )
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Penalidades:
O sujeito passivo que deixar de prestar as informações ao Siscoserv ou que apresentá-las com
incorreções ou omissões será intimado para apresentá-las ou para prestar esclarecimentos no
prazo estipulado pela RFB e se sujeitará às seguintes multas, a serem recolhidas mediante
Documento de Arrecadação de Receita Federal (Darf) preenchido com o código de receita
(campo 04) 3864:
Notas
(1) As pessoas jurídicas que, na última declaração, tenham utilizado mais de uma forma de
apuração do lucro, ou tenham realizado algum evento de reorganização societária, deverá ser
aplicada a multa de R$ 1.500,00 por mês-calendário ou fração.
(2) Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, ser penalizada por não
cumprimento à intimação da Secretaria da Receita Federal (RFB) ou por cumprimento de
obrigação acessória com informações inexatas, incompletas ou omitidas os valores e o
percentual serão reduzidos em 70%.
(3) A multa por atraso na entrega da escrituração digital será reduzida à metade, quando a
obrigação acessória for cumprida antes de qualquer procedimento de ofício.
Países com os quais o Brasil mantém acordo para evitar a bitributação do Imposto de
Renda.
Prevalência de acordos sobre a legislação interna
Nesse caso, quando a legislação interna fixar alíquota inferior à estabelecida em acordo ou
convenção, prevalecerá aquela da legislação (BRASIL).
Quando a legislação interna estabelecer alíquota superior à fixada em acordo ou
convenção, prevalecerá esta (ACORDO).
Essa norma aplica-se, inclusive, aos juros relativos à aquisição de bens a prazo (Instrução
Normativa SRF nº 70/1982).
Acordos vigentes
Relacionamos a seguir, em ordem alfabética, os países com os quais o Brasil mantém acordo
para evitar bitributação do Imposto de Renda, e indicamos, também, o Decreto
Presidencial que promulgou o respectivo acordo e os atos administrativos que disciplinam a
sua aplicação:
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Portaria MF nº 22/1983
Portaria MF nº 470/1976
Portaria MF nº 271/1974
Portaria MF nº 71/1976
Portaria MF nº 199/1986
Portaria MF nº 55/1988
Portaria MF nº 285/2003
Portaria MF nº 68/1975
Portaria MF nº 70/1976
Portaria MF nº 45/1976
Decreto nº 73.496/1974
Portaria MF nº 223/1974
Portaria MF nº 287/1972
Portaria MF nº 20/1976
Portaria MF nº 203/1981
Portaria MF nº 226/1984
Decreto nº 81.194/1978
Portaria MF nº 92/1978
Portaria MF nº 413/1980
Portaria MF nº 510/1985
Decreto nº 66.110/1970
Decreto nº 86.710/1981
Decreto nº 2.132/1997
Portaria MF nº 25/1982
Portaria MF nº 227/1984
Portaria MF nº 553/2010
Portaria MF nº 28/2002
Portaria MF nº 181/1973
Decreto nº 8.140/2013
Portaria MF nº 44/1976
Portaria MF nº 5/1979
Notas
(1) Em relação a Alemanha, o Ato Declaratório Executivo SRF nº 72/2005 dispõe que,
em virtude da denúncia, em 07.04.2005, pela República Federal da Alemanha, a
vigência do Acordo para evitar a dupla tributação, firmado com o Brasil, cessa a partir
de 1º.01.2006.
(2) O Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 5/2014 dispõe que o tratamento tributário
a ser dispensado aos rendimentos pagos, creditados, entregues, empregados ou
remetidos por fonte situada no Brasil a pessoa física ou jurídica residente no exterior
pela prestação de serviços técnicos e de assistência técnica, com ou sem transferência de
tecnologia, com base em acordo ou convenção para evitar a dupla tributação da renda
celebrado pelo Brasil será aquele previsto no respectivo Acordo ou Convenção:
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Nota
Para fazer jus aos benefícios previstos nas convenções internacionais destinadas a evitar
a dupla tributação da renda, firmadas pelo Brasil, o interessado, residente no exterior, ou
seu representante legal devidamente autorizado, deverá apresentar à fonte pagadora dos
rendimentos no Brasil o "Atestado de Residência Fiscal no Exterior", conforme Anexo
III a esta Instrução Normativa, ou documento oficial que comprove a sua residência
fiscal, emitido pela administração tributária do país estrangeiro.
Nota
Até 11.11.2013, nas Convenções destinadas a evitar a dupla tributação da renda,
firmadas pelo Brasil com países integrantes do Mercado Comum do Sul (Mercosul),
tiveram que incluir cláusula prevendo a concessão de crédito do imposto de renda sobre
lucros e dividendos recebidos por pessoa jurídica domiciliada no Brasil, o qual deveria
ser pago no outro país signatário, mas que não tenha sido em decorrência de lei de
vigência temporária de incentivo ao desenvolvimento econômico, nacional, regional ou
setorial.O crédito mencionado, observadas demais condições gerais de concessão e
outras que vierem a ser estabelecidas em legislação específica, somente será admitido
quando os lucros ou dividendos distribuídos provenham diretamente de atividade
desenvolvida no país estrangeiro signatário, relativa aos setores: a) industrial, exceto da
indústria de cigarro e bebidas em geral, inclusive os concentrados destas; b) agrícola, de
florestamento ou pesqueira (Lei nº 10.637/2002, art. 55 , revogado pela Lei nº
12.973/2014, art. 118 (revogação da Medida Provisória nº 627/2013).
Por outro lado, o Artigo VII dos tratados internacionais para evitar a bitributação assinados
pelo Brasil dispõe que como regra geral, « os lucros das empresas » estrangeiras somente
estão sujeitos à tributação em seu país de residência, exceto se possuírem um
estabelecimento permanente no Brasil.
Em princípio, considerando este novo parecer, o fato é que quando os contratos de prestações
de serviços por empresas estrangeiras não forem averbados no INPI, e sendo a prestadora de
serviço domiciliada em qualquer um dos trinta países com os quais o Brasil firmou
Convenções para evitar a dupla tributação, não deve haver retenção de Imposto de Renda.
Aplicação da Orientação
Com o novo parecer, a PGFN admite que essas remessas devem ser tratadas como "lucro" da
prestação de serviço, não sujeita à retenção de imposto de renda no Brasil. Apenas tributadas
no país onde o serviço foi prestado, como prevê o artigo 7º da mesma convenção.
Convenções Retenção
Países Acordo do IRRF
Artigo 12º do tratado Artigo 7º do
Royalties tratado
Lucro das
Estão sujeitas ao IRRF, observada a Empresas
alíquota máxima prevista em cada TDT.
Não estão sujeitas à
Na prática, alíquotas mais baixas que a
retenção na fonte no
alíquota geral de 15% pode ser aplicada,
Brasil, visto que tal
como nos casos de remessas para o
artigo determina a
Japão (12,5%), África do Sul, Bélgica,
competência tributária
Coréia, Espanha, Israel, México e Turquia
exclusiva para o país
(10% para todos esses últimos casos);
de domicílio do
prestador de serviços,
exceto se possuir um
estabelecimento
permanente no Brasil.
provenientes do uso ou da
concessão do uso de notícias
Internacionais e da prestação de
serviços técnicos e de assistência
técnica, científica, administrativa
ou semelhante.
Áustria Decreto Não remete o serviço técnico para Aplicar o Parecer NÃO
78.107/76 o art.12 (Royalties) PGFN 2.363/2013 RETER
As disposições do parágrafo 3 do
Artigo 12 aplicam-se aos
rendimentos provenientes da
prestação de serviços técnicos e
assistência técnica.
Finlândia Decreto Não remete o serviço técnico para Aplicar o Parecer NÃO
2.465/98 o at.12 (Royalties) PGFN 2.363/2013 RETER
França Decreto Não remete o serviço técnico para Aplicar o Parecer NÃO
70.506/72 o at.12 (Royalties) PGFN 2.363/2013 RETER
Japão Decreto Não remete o serviço técnico para Aplicar o Parecer NÃO
61.899/67 o art.11 (Royalties) PGFN 2.363/2013 RETER
Serviço-12,5%
Protocolo
Cessão Marca 81.194/78
25%
Direito Autoral
15%
As disposições do parágrafo 3 do
Artigo 12 se aplicam a qualquer
espécie de pagamento recebido
pela prestação de serviços
técnicos e de assistência técnica.
Suécia Decreto Não remete o serviço técnico para Aplicar o Parecer NÃO
77.053/76 o at.12 (Royalties) PGFN 2.363/2013 RETER
Recentemente foi publicado o Ato Declarat6ório Interpretativo RFB Nº 5 que versa sobre o
tratamento tributário a ser aplicado aos rendimentos pagos, creditados, entregues, empregados
ou remetidos por fonte situada no Brasil a pessoa física ou jurídica que resida no exterior pela
prestação de serviços técnicos e de assistência técnica, com ou sem transferência de
tecnologia, com base em acordo ou convenção para evitar a dupla Tributação da renda
celebrado pelo Brasil.
Assim o tratamento tributário a ser aplicado será aquele previsto no respectivo acordo ou
convenção:
c) no artigo que trata de lucros das empresas, ressalvado o disposto nas letras "a" e "b".
As empresas que remetem ao exterior o pagamento por serviços técnicos, sem transferência
de tecnologia, prestados por empresa localizada em país com o qual o Brasil possua tratado
para evitar a bitributação só vão recolher o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre
esses valores se o próprio acordo internacional ou protocolo autorizar a tributação no Brasil e
equiparar esse tipo de serviço com royalties.
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Um exemplo está no tratado firmado entre Brasil e China, país com o qual o Brasil tem várias
relações comerciais.
Um de seus dispositivos determina a tributação. “Entende-se que o disposto no parágrafo 3º
do artigo 12 aplicar-se-á a quaisquer pagamentos recebidos em contrapartida pela prestação
de assistência técnica ou de serviços técnicos”.
O novo Ato Declaratório Interpretativo também revoga o ADI nº 1, de 2000, que determinava
a tributação de rendimentos por serviços técnicos sem transferência de tecnologia. Com base
nessa norma, os fiscais aplicavam autos de infração para cobrar 25% de IRRF.
Remessa Simbólica
A remessa pode ser apenas simbólica, consistente em operação autorizada pelo BACEN,
devidamente documentada, mas que não movimentam, na prática, valores em espécie
(dinheiro efetivamente).
Em outras palavras, pensando em termos práticos, haverá incidência de IRRF sempre que
houver um pagamento, um crédito contábil ou uma remessa simbólica de um rendimento,
ganho de capital ou provento para o exterior.
Fretes Internacionais
As companhias de navegação aérea e marítima domiciliadas no exterior que receberem
rendimentos de pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no Brasil terão 15%
de IRRF retido sobre os montantes, caso seu país também tribute os rendimentos das
empresas brasileiras que exerçam o mesmo tipo de atividade.
Essa regra está prevista no art. 711, do RIR/99.
Observe-se que o dispositivo legal fala em navegação aérea e marítima, não fazendo qualquer
referência às empresas estrangeiras de transporte terrestre.
Diante disso, a própria Receita Federal, em resposta à consulta manifestou seu entendimento
de que esta regra se estende também às companhias de navegação terrestre, conforme
transcrito abaixo:
"Processo de Consulta nº 276/2004
Superintendência Regional da Receita Federal - SRRF/9ª RF
Assunto: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF
(...)
São isentos do imposto de renda os rendimentos auferidos no tráfego
internacional por empresas estrangeiras de transporte terrestre, desde que, no
país de sua nacionalidade, tratamento idêntico seja dispensado às empresas
brasileiras que tenham o mesmo objeto. A fruição desse benefício está,
contudo, condicionada ao reconhecimento por ato da Secretaria daReceita
Federal.
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Películas Cinematográficas
As importâncias pagas/creditadas/remetidas aos produtores, distribuidores ou
intermediários no exterior, a título de exploração de obras audiovisuais estrangeiras (filmes)
estão sujeitas à retenção de 25% de IRRF, nos termos do art. 706, do RIR/99.
Dispensa de Retenção do IR
Não se sujeitam a retenção, as remessas ao exterior (art. 690, RIR/99):
Legislação Referenciada
SISCOSERV
Ato Declaratório Executivo Codac nº 19/2014
Decreto nº 1.355/1994
Decreto nº 70.235/1972
Decreto nº 7.708/2012
Decreto Legislativo nº 30/1994
Instrução Normativa RFB nº 1.008/2010
Instrução Normativa RFB nº 1.277/2012
Instrução Normativa RFB nº 1.336/2013
Instrução Normativa RFB nº 1.383/2013
Instrução Normativa RFB nº 1.391/2013
Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013
Instrução Normativa RFB nº 1.409/2013
Instrução Normativa RFB nº 1.526/2014
Instrução Normativa SRF nº 208/2002
Lei Complementar nº 123/2006
Lei nº 12.546/2011
Lei nº 12.871/2013
Lei nº 12.873/2013
Código de Processo Civil Lei nº 9.430/1996
Lei nº 9.718/1998
Medida Provisória nº 2.158-35/2001
Medida Provisória nº 621/2013
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Portaria MF nº 44/1976
Portaria MF nº 45/1976
Portaria MF nº 470/1976
Portaria MF nº 5/1979
Portaria MF nº 510/1985
Portaria MF nº 55/1988
Portaria MF nº 553/2010
Portaria MF nº 68/1975
Portaria MF nº 70/1976
Portaria MF nº 71/1976
Portaria MF nº 92/1978
Portaria SRF nº 1.825/1998