COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Prezados amigos leitores, chegamos à terceira lição deste trimestre, e com
ela, mais um relevante tema para nosso entendimento. Deste modo, sinta-se
convidado para conhecer os principais ministradores do Culto Levítico e com eles
descobrirmos a essência do Culto Sacerdotal.
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I – LEVI, A TRIBO SACERDOTAL.
Quem foi Levi? Quem foram os seus descendentes? Como se deu a sua
vocação?
1. O nascimento de Levi.
De acordo com o texto de Genesis 29. 34 Levi foi o terceiro filho de Jacó com
Lia, irmão de Rúben, Simeão e Judá e o seu nome – que em hebraico significa
“junto” ou “união” – simbolizava a esperança que Lia tinha de ter Jacó ainda mais
perto de dela. Levi deu origem a tribo sacerdotal de Israel.
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3. A vocação sacerdotal dos levitas.
Em Nm. 3.2, assim está escrito: “Eu, eu mesmo tenho tomado os levitas do meio
dos filhos de Israel, em lugar de todo primogênito, que abre a madre, entre os filhos de
Israel; e os levitas serão meus.”
A preposição tahat, em lugar de, tem sido usada muitas vezes no V.T, para
expressar “substituição” (Gn. 22.13). A idéia de “expiação substitutiva” era uma
verdade há muito conhecida dos israelitas e Deus a usou para prepará-los e a outros
para o grande Primogênito entre muitos irmãos, o Senhor Jesus Cristo (Mc. 10.45).
A expressão: “serão meus”, destacada aqui, indica a posse dos primogênitos pelo
Senhor que os redimiu. Ele se repete mais duas vezes, no versículo 41 e no versículo 45. O
Senhor diria, “Eles me pertencem”.
II – O SUMO SACERDOTE.
1. Descendente de Arão.
O oficio de sumo sacerdote era uma honra conferida por Deus à pessoa que
assumira as obrigações de dito ofício. O sumo sacerdote, desde a época de Arão,
até a destruição do templo em 70 d.C., gozava plenamente de um digno
reconhecimento por parte da comunidade hebraica. Indubitavelmente, o sumo
sacerdote exercia o mais alto posto de dignitário da nação de Israel, juntamente com
o líder do poder civil.
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3. Vitalício no cargo.
Em Israel, como em outras nações que têm uma histórica religião sacerdotal,
existia um sistema hierárquico de graduação de poderes e responsabilidades com
um líder, ou sumo sacerdote, à frente da organização. Segundo estudiosos, mais de
mil anos antes de Moisés, cada um dos maiores templos e centros religiosos do
Egito tinha o seu próprio sumo sacerdote.
4. Servo de Deus.
1. Viver do altar.
(v. 20.) “Eu sou a tua porção e a tua herança”. Suas vidas deviam ser gastas
servindo a Deus no santuário. Por isso deviam ser fisicamente sustentados pelo
povo, o qual era sustentado por Deus.
(v. 24.) “Os dízimos . . . que apresentam ao Senhor em oferta, dei-os por
herança aos levitas”. Os levitas e os sacerdotes dependiam da fidelidade do povo,
o qual por sua vez desfrutava da boa vontade do seu Deus através da obediência
cuidadosa a todas as leis do santuário.
(v. 29) “Toda oferta (contribuição) do (devida ao) Senhor: do melhor delas”. As
ofertas devidas ao Senhor (v. 26) deviam vir do melhor dentre o melhor. O povo
dava o que tinha de melhor aos levitas, os quais davam o melhor disto ao Senhor,
representado pelos sacerdotes.
2. Santificar-se ao Senhor.
Em Ex. 19. 6, assim está escrito: “E vós me sereis um reino sacerdotal e povo
santo.”
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Deste modo, o Senhor estabeleceu os descendentes de Arão, da tribo de
Levi, como sacerdotes (Lv 8;9), representando o que toda a nação deveria ter sido.
Com a vinda de Jesus Cristo, Deus novamente estendeu seu plano a todos os que
cressem. Temos de ser santo, “sacerdócio real” (1 Pe 2.9). A morte e a ressurreição
de Cristo permitiram que cada um de nós pudesse aproximar-se de Deus livremente.
Os sacerdotes deveriam ser uma referência para o povo. Essa era a razão
das exigências. Havia exigências comportamentais, restrições ligadas a cerimônias
fúnebres de parentes, casamento, família etc., bem como exigências físicas (Lv
21.1-24). Deus não despreza quem tenha algum tipo de deficiência, mas os
sacerdotes, em especial, não poderiam ter nenhuma (Mt 4.23-25; Lc 14.21). A razão
é que, no mundo simbólico do Antigo Oriente, a integridade moral e espiritual se
expressava na inteireza física de uma pessoa.
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CONCLUSÃO