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A Avaliação do Desenvolvimento Socioeconómico – MANUAL TÉCNICO I

Temas e Áreas de Política: Temas


Sociedade da Informação

Temas
ƒ Desenvolvimento sustentável
ƒ Capacitação Institucional e Administrativa
ƒ Igualdade de oportunidades
ƒ Desenvolvimento local e territorial
ƒ Promoção da inclusão social
ƒ Sociedade da informação

Sociedade da Informação
ƒ Descrição do tema
ƒ Tipos de medidas, programas e intervenções
ƒ Principais problemas e questões da avaliação
ƒ Abordagens, métodos e técnicas relevantes
ƒ Descrição, medição e fontes de dados
ƒ Bibliografia
ƒ Palavras-chave

Descrição do Tema
Em primeiro lugar, é importante definir o que significa a Economia Baseada no
Conhecimento (EBC) e a Sociedade de Informação (SI). No entanto, antes de
abordarmos as definições destes termos, apresentamos um breve enquadramento
histórico da evolução dos temas em destaque, para contextualizar a discussão que se
segue.
É do conhecimento geral que a discussão sobre a aprendizagem ao longo da vida teve
início em finais da década de sessenta, início da década de setenta. Desde dessa altura,
o modelo de educação centrado na escolarização de via única “Aprendizagem - Trabalho
- Reforma”, então o paradigma dominante da educação de crianças e jovens, foi
substituído por um modelo de educação recorrente, no qual a formação educativa é
integrada, como um circuito contínuo, ao longo da vida. Promovida pelo mote da
UNESCO de 1972, Aprender a ser, a aprendizagem ao longo da vida deu maior atenção
ao ideal humanista de “criar seres humanos perfeitos” em vez de centrar-se apenas na
empregabilidade. No entanto, os países mais atingidos pela crise do petróleo de 1973,
que verificaram um aumento rápido das taxas de desemprego, perderam rapidamente o
interesse na aprendizagem ao longo da vida e interessaram-se mais pela educação para
o emprego dos jovens e pela requalificação dos desempregados. Consequentemente, na
década de 80, a educação e a formação foram direccionadas para o mercado de trabalho
e centraram-se sobretudo nas escolas.
O interesse pela aprendizagem ao longo da vida foi novamente recuperado na década de
noventa tanto a nível nacional como supranacional. Por exemplo, em 1996, a OCDE,
como estratégia de força para enfrentar o advento da Sociedade Baseada no
Conhecimento, afastou-se da teoria da educação recorrente – um modelo antigo de
educação escolar – e declarou a “Aprendizagem ao Longo da Vida para Todos” como um
princípio orientador no sentido mais alargado. Assim, a UNESCO e a OCDE elevaram a
noção de aprendizagem ao longo da vida a um patamar internacional, e desta vez foram
bem sucedidos na sua implementação.
No entanto, foi a Europa que reacendeu a chama da aprendizagem ao longo da vida com
o advento da chamada Sociedade do Conhecimento. A Comunidade Europeia designou o
ano de 1996 como o ano da “Aprendizagem ao Longo da Vida na Europa” e declarou em
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2000 um “Memorando sobre a Aprendizagem ao Longo da Vida”. Estas medidas foram


implementadas devido à convicção de que a transição para uma Sociedade Baseada no
Conhecimento deveria ser acompanhada por uma transição para uma sociedade de
aprendizagem ao longo da vida. O mais importante a reter aqui é o equilíbrio que se
construiu entre empregabilidade ao longo da vida e cidadania activa. Dois aspectos
essenciais dos quais depende a aprendizagem ao longo da vida, são precisamente a
empregabilidade ao longo da vida e a cidadania activa que, por sua vez, são reforçados
pela implementação da aprendizagem contínua. Nos anos mais recentes, estes
desenvolvimentos foram apoiados pelo rápido crescimento e difusão das TIC e pelo
advento da chamada “Sociedade de Informação”.
É por oposição a estes antecedentes históricos que se deve analisar o discurso em torno
da Sociedade de Informação (SI), da Economia Baseada no Conhecimento (EBC) e da
Sociedade Baseada no Conhecimento (SBC). Embora estes termos sejam
frequentemente usados de forma aleatória, eles não têm necessariamente o mesmo
significado e devemos sublinhar algumas distinções interessantes. A Sociedade de
Informação, forma pela qual a nossa sociedade é por vezes referida, reflecte o facto de
as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) serem actualmente amplamente
usadas, entre outras aplicações, para codificar e difundir a informação e o conhecimento.
Embora a Economia Baseada no Conhecimento seja afectada pelo crescente uso das
tecnologias de informação, não é um sinónimo de Sociedade de Informação. A Economia
Baseada no Conhecimento caracteriza-se pela constante necessidade de aprendizagem,
tanto da informação codificada como das competências para usar esta informação. Na
verdade, o conhecimento, fundamentado pelas noções da teoria do capital humano, é
hoje reconhecido como o motor que impulsiona a produtividade e o crescimento
económico, atribuindo um novo papel à informação, à tecnologia e à aprendizagem no
desempenho económico. O termo “Economia Baseada no Conhecimento” nasce deste
reconhecimento da importância do conhecimento e da tecnologia nas economias
modernas, mas a sua importância relativa só nos últimos anos tem vindo a ser
reconhecida, com o crescimento dessa mesma importância.
A política da CE para a SI tem vindo a mudar, deixando de se centrar nas infra-estruturas
(a maioria das quais se acredita estarem a funcionar ou em vias de serem instaladas)
para se centrar nos serviços e aplicações que utilizam as TIC (para os cidadãos
europeus, empresas, etc.). Isto originou uma reorientação do apoio estrutural para as
novas tecnologias (recursos humanos, inovação, conteúdo etc.) em detrimento da
importância dada à infra-estrutura. Da mesma forma, a integração consistente e
estruturada da sociedade de informação nos objectivos prioritários da política regional
tem sido uma preocupação crescente.
O conceito emergente de “Sociedade Baseada no Conhecimento” destaca, entre outros
aspectos: o papel do Governo/Administração Pública na promoção, ao nível da
comunidade, do uso do conhecimento e da informação, na sua efectiva utilização e no
acesso universal da população; a disponibilidade e acessibilidade das TIC, uma infra-
estrutura de informação e serviços de provisão de TIC; um enquadramento legal que
cubra a aquisição, introdução e utilização efectiva do conhecimento e da informação; a
existência de capacidades científicas e competências e a sua utilização eficiente e eficaz;
e uma população educada e empreendedora. Esta abordagem, assente em noções da
teoria do capital social, procura em grande parte abranger temas como a aprendizagem e
o fosso digital, adoptando um conjunto de políticas mais holístico e integrador, com o
objectivo de construir uma sociedade mais inclusiva e participativa.
A EBC e a SI são termos mais amplamente usados, tanto na literatura científica como na
linguagem corrente. No entanto, o mais importante não é escolher o rótulo mais
apropriado, mas aprofundar o conhecimento sobre os conceitos aos quais se referem. A
Caixa: Relação entre SI e EBC tenta clarificá-los:
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Caixa: Relação entre SI e EBC

OUTRAS SOCIEDADES

S.I.

E.B.C.

A SI é um tipo de sociedade cujos membros se relacionam através da utilização das


Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC – sobretudo Internet, intranet, e-mail e
informática). A EBC é uma parte da SI com a qual está relacionada de forma sinergética
e dialéctica, como acontece sempre entre base económica e organização social (de
forma idêntica, mas menos intensa, a SI também está relacionada com outras sociedades
do mundo). A EBC é um tipo de economia (forma típica dos sectores mais dinâmicos nos
países desenvolvidos), que se caracteriza não apenas pela produção, disseminação e
aplicação da informação e do conhecimento como produtos em si, mas pelo uso
generalizado de um novo modo de produção, que consiste no uso generalizado da
informação e do conhecimento, na produção de qualquer tipo de bens e na prestação de
qualquer tipo de serviços (este é um aspecto fundamental se estivermos a avaliar a
transição para uma EBC).
Na EBC as empresas:
• Concebem as suas estratégias à escala global
• Interligam-se através de redes flexíveis
• Usam o seu conhecimento para gerir a informação
• Que aplicam em todas as fases da sua actividade económica
• Através das TIC (sobretudo a Internet)
• Em processos de tomada de decisão que funcionam em tempo real, e
• Que acontecem num contexto global progressivamente desregulamentado.
Os principais factores que determinam a transição para a EBC (e para a SI inerente) são:
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1. O desenvolvimento das TIC


2. O desenvolvimento de aptidões para as TIC
3. O uso do conhecimento como forma de desenvolver a competitividade
4. A desregulamentação do mercado global.
A EBC e a SI podem ser consideradas alavancas fundamentais para o desenvolvimento
socioeconómico em qualquer país, mas sobretudo naqueles onde:
• Já se alcançou um determinado nível de desenvolvimento socioeconómico.
• O grau de integração económica (balanço de importações e exportações) é
relativamente elevado.

Tipos de medidas, programas e intervenções


O Conselho Europeu de Lisboa (Março de 2000) e a subsequente Agenda/Estratégia de
Lisboa estabeleceram os seguintes objectivos estratégicos para a Europa até 2010:
“Tornar-se na economia baseada no conhecimento mais competitiva e dinâmica do
mundo, capaz de um crescimento economicamente sustentável com mais e melhores
empregos e uma maior coesão social”.
É importante salientar esta abordagem integradora (e políticas associadas) para alcançar
uma EBC (e uma SBC) no âmbito do contexto Europeu, no sentido em que encara, tanto
o capital humano como social como factores-chave complementares para o
desenvolvimento económico e social. A Caixa: Enquadramentos políticos da UE e
programas relacionados apresenta alguns dos enquadramentos políticos principais da UE
e programas associados sobre este tema.

Caixa: Enquadramentos políticos da UE e programas relacionados


ƒ A Estratégia Europeia para o Emprego (EEE) e o seu enfoque, entre outros
aspectos, na aprendizagem ao longo da vida e no desenvolvimento de
competências (incluindo as que dizem respeito às TIC) para corresponder aos
requisitos de mudança de papéis no mundo do trabalho.
ƒ Relacionado com isto encontra-se o destaque central dado à educação e à
formação, como forma de criar uma força de trabalho com mais competências e
adaptabilidade e o uso dos Fundos Estruturais, em particular do Fundo Social
Europeu, para apoiar financeiramente iniciativas de relevo, incluindo a Iniciativa
Comunitária EQUAL e o programa Leonardo Da Vinci.
ƒ O processo de Inclusão Social e a consequente Agenda Política Social, que, no
que respeita ao apoio à transição para a EBC, aborda questões de coesão social
e define o papel da política social como um factor produtivo. Um dos objectivos
principais desta Estratégia de Inclusão Social é o de integrar os riscos da
exclusão digital (por exemplo, no caso dos idosos, portadores de deficiência e
pessoas com poucas competências) e promover a info-Inclusão e a info-
Acessibilidade, pelo menos através do Plano de Acção eEurope.
ƒ O enfoque na inovação e no empreendedorismo e o importante papel do capital
humano. Estas componentes integraram-se em políticas como as que são
apoiadas pelo Plano de Acção eEurope (2002 e mais recentemente 2005), pelo
Plano de Acção eLearning e pelo programa eLearning. Estes identificam e apoiam
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áreas fundamentais para a aprendizagem numa SBC.


ƒ O reconhecimento de que os actores locais, tanto no sector público como privado,
podem desempenhar um papel essencial de garante da coesão regional; podem
desenvolver a inovação e o empreendedorismo, assim como gerar novas
oportunidades de emprego; podem promover a inclusão social; e podem contribuir
para a criação de capital social, por si só uma componente fundamental das
estratégias de desenvolvimento local.
FONTES: Commission Staff Working Paper, 2001, 'e-Inclusion: The Information Society's potential
for social inclusion in Europe', with the support of ESDIS, SEC(2001) 1428 Commission Staff
Working Paper, 2002, 'Delivering e-Accessability', with the support of ESDIS, SEC(2002)
1039Commission Staff Working Paper, 2003, 'Building the Knowledge Society: Social and Human
Capital Interactions', with the support of ESDIS, SEC(2003) 652

Um comunicado da Comissão (Novembro de 2002) também salientou a necessidade de


criar uma economia baseada no conhecimento na UE. Na verdade, a necessidade de
facilitar e incentivar a EBC constituiu a base central do programa legislativo da Comissão
para 2003, ao designar a consolidação do desenvolvimento da UE para se transformar
numa EBC como uma das suas três prioridades. As iniciativas para promover a
Sociedade Baseada no Conhecimento incluem o desenvolvimento e implementação de
uma estratégia integrada para uma área de conhecimento europeia e para uma eEuropa.
A estratégia passa pela implementação de um programa de trabalho conjunto da
Comissão e do Conselho para delinear objectivos para os sistemas de educação e de
formação na Europa, a implementação da “Sociedade de Informação para Todos”,
nomeadamente através do eEuropa 2005, medidas para desenvolver boas práticas de
aprendizagem ao longo da vida e de e-learning, e propostas para acções centradas no
aumento do investimento na investigação na Europa, de forma a alcançar o objectivo de
3 por cento do PIB estabelecido pela Cimeira de Barcelona.
Várias abordagens têm sido seguidas nesta tentativa de dar forma à SI e à EBC. De
forma geral, os programas podem ser classificados em dois grupos:
• Horizontais (ou transversais), i.e., os que asseguram o alargamento universal da
SI. Por exemplo, os programas que promovem o uso generalizado das TIC (como
as medidas que visam alcançar um acesso à Internet mais barato, rápido e seguro
para todos) ou a redução do fosso digital.
ƒ Verticais (ou sectoriais), os que incorporam medidas que estabelecem a SI e a
EBC como uma prioridade, no âmbito de uma estratégia mais abrangente em
sectores fundamentais da actividade económica. Por exemplo, uma política que
assegure o uso da Internet, e-mail, etc., em todas as empresas da indústria
turística de uma região, como forma de promoção da competitividade sectorial.
Os programas e as medidas também podem ser dirigidos a um grupo-alvo da população,
que se pode envolver em programas direccionados para empresas, administrações
públicas e cidadãos. As empresas implicam por natureza a competitividade empresarial e
a integração do conhecimento nas suas actividades, o que constitui a base da EBC. As
administrações públicas também são impulsionadoras da SI e os cidadãos são um
elemento fundamental para o total desenvolvimento e realização da SI. A
consciencialização pública é uma necessidade para a difusão do modelo de
desenvolvimento baseado nas TIC. No entanto, verifica-se uma distinção entre as
medidas políticas centradas no aumento das infra-estruturas básicas (info-estruturas) e
outras medidas com o objectivo de aumentar o uso das TIC. As info-estruturas estão
associadas ao apoio tecnológico e às redes através das quais flui a informação. Estes
programas e medidas são mais adequados para as sociedades onde a informação e
infra-estruturas deficientes são a principal causa do fosso digital. Os programas
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centrados no uso das TIC, e no desenvolvimento de competências para as TIC são mais
adequados para as sociedades que já atingiram um desenvolvimento básico ao nível da
SI, pelo menos no que respeita as info-estruturas. (Assim, em Espanha, por exemplo,
onde se verifica uma elevada taxa de utilização de telemóveis, seria apropriado promover
o uso desta tecnologia para outros fins que não apenas a comunicação pessoal).
Entre as principais prioridades dos programas de EBC e SI estão:
• As TIC em todas as empresas
• O Governo em linha (e-Governo)
• As mulheres, jovens, idosos e pessoas portadoras de deficiência na era digital
(inclusão digital)
• A e-participação/e-acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência
• O acesso mais barato, mais rápido e mais seguro à Internet (por exemplo, banda
larga)
• Infra-estruturas de informação seguras (ex., uma cultura da cibersegurança)
• O desenvolvimento de competências importantes para os requisitos da EBC,
incluindo as TIC ou outras mais abrangentes
• O e-Learning
• A saúde em linha e a telemedicina
• O uso de cartões electrónicos (por ex., o cartão de saúde electrónico)
• A aceleração do comércio electrónico (sobretudo para as PMEs) e promoção de
uma dinâmica geral de comércio electrónico (questões relacionadas com a
legislação, inter-operacionalidade, confiança, a empresa.eu)
• Transportes inteligentes

Principais problemas e questões da avaliação


De forma geral, não existe um enquadramento internacionalmente aceite para averiguar
em que medida uma economia ou sociedade é “baseada no conhecimento”.
Algumas dos principais problemas e questões relacionados com a fundamentação
subjacente ao processo de desenvolvimento de uma economia baseada no
conhecimento são:
1. Numa economia global, só é possível existir e resistir sendo mais competitivo do
que os nossos adversários. – Como aumentar a competitividade?
2. Melhorar a relação ‘value for money’ (proveitos proporcionais ao investimento). -
Como melhorar esta relação?
3. Melhorar a qualidade, reduzir os preços ou ambos. - Como alcançar cada um
destes objectivos?
4. Inovar permanentemente. – Como inovar hic et nunc (aqui e agora)?
5. Usar intensivamente as TIC na produção e distribuição de bens e serviços; e
6. Usar as TIC na maioria das relações sociais.
Neste contexto, qualquer avaliação terá por objectivo identificar se:
• Foi alcançada a transição para a EBC, frequentemente associada com o uso das
TIC na maior parte das fases da maioria dos processos produtivos.
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• Foi alcançada a transição para a SI. Este aspecto está directamente relacionado
com o uso das TIC (nomeadamente, computadores, Internet, telemóveis, agendas
electrónicas, etc.) se tornar rotineiro e não evidente.
Existe um grande número de questões fundamentais associadas à SI e à EBC que
podem ser usadas para orientar a avaliação, devido às múltiplas dimensões afectadas
pela transição para um novo modelo socioeconómico e às relações que estabelecem
entre si durante o seu processo de desenvolvimento. Assim, é necessário que a
avaliação cubra todos os aspectos associados à mudança de paradigma que a SI implica:
• Sucessos alcançados. Todas as acções públicas que têm por objectivo ter
impacto na sociedade, actuando sobre necessidades e problemas identificados
com o objectivo de alterar ou ter um impacto nessa situação. Com essa finalidade,
definem-se e articulam-se uma série de objectivos e dá-se início a um conjunto de
instrumentos. O objectivo da avaliação consiste em analisar as diferentes fases,
desde a altura em que se decide intervir, até o impacto se tornar evidente. No
entanto, é importante salientar que não devem ser analisados apenas os
resultados planeados. Os efeitos e impactos imprevistos, tanto os positivos como
os negativos, assim como os impactos secundários e indirectos, devem
igualmente ser objecto de análise.
ƒ Gestão e implementação eficaz do programa. Este é um aspecto essencial pois
condiciona o efeito final dos programas, relativamente aos objectivos e impactos
pretendidos. E não pode ser de outra forma, pois nenhum programa,
independentemente da qualidade das suas estratégias de impacto e acção, pode
alcançar os resultados esperados com total eficácia e eficiência se não existir um
bom sistema de gestão e de acompanhamento. A sua avaliação implica o estudo
dos mecanismos e procedimentos de coordenação utilizados na implementação e
acompanhamento do programa.
ƒ Lições para o futuro. Para a avaliação ser usada, deve ser útil. Tendo esse fim em
vista, deve proporcionar recomendações para o futuro, indicando quais foram os
principais elementos que conduziram ao sucesso ou insucesso na implementação
de qualquer medida da política, salientando as melhores e as piores práticas. Em
termos gerais, a avaliação, sobretudo no âmbito da SI e da EBC, devido ao
carácter inovador das suas medidas, deve ser entendida como um processo de
aprendizagem e formação (tanto para os indivíduos como para as organizações),
i.e., como um instrumento que permite melhorar o conhecimento do programa
através dos seus actores.
ƒ Formas de envolver os parceiros e os cidadãos. A avaliação deve ter em
consideração os interesses e necessidades de informação dos patrocinadores,
decisores, parceiros e outros grupos directamente relacionados com o programa
em avaliação. Deve ter em consideração os diferentes grupos de utilizadores de
TIC, de acordo com o papel que cada um deles desempenha no plano da SI e
com as suas limitações enquanto grupo social. Para além disso, a informação
gerada durante o processo prepara o terreno para acordos entre diferentes
parceiros socioeconómicos e grupos de interesse que integram os processos
públicos de tomada de decisão ligados à SI e à EBC.
ƒ Por outro lado, a avaliação das acções da SI e da EBC obrigam ao
estabelecimento de uma distinção entre as acções centradas na informação e as
acções centradas no conhecimento (ver Caixa: Informação e Conhecimento).

Caixa: Informação e Conhecimento


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INFORMAÇÃO CONHECIMENTO
Factos, dados, números Competências, capacidades, ‘know-how’
Saber o quê Saber porquê
Saber quem Saber como
Saber onde Saber para quem
É difícil de codificar, e uma vez codificado,
Está ou pode estar codificado
transforma-se em informação
Pode ser conhecimento codificado Pode ser informação processada
Pode ser tangível É intangível
É explícito É tácito
O seu suporte é o disco rígido (ou papel impresso) O seu suporte é o cérebro humano
É acessível através da leitura e da audição. É mais É acessível através da aprendizagem
fácil de produzir, transmitir e aceder (individual, conjunta, contínua)
Ambos aparecem na forma de stocks e fluxos
Ambos são dinâmicos
Ambos podem ser memorizados
Não têm necessariamente de co-existir
Excesso de informação pode gerar mais ruído do que a informação e o conhecimento necessários
para:
1. aceder a toda a informação disponível
2. seleccionar a informação relevante
3. apagar toda a informação relevante
4. usar a informação relevante

ƒ A SI deve ser entendida como um conceito dinâmico, uma mudança social e um


processo de desenvolvimento e, assim, é necessário considerar a avaliação como
um processo que integra, pelo menos, três fases: ex-ante, ex-post e intercalar.
ƒ É necessário avaliar tópicos prioritários como:
• Governo em linha – que significa tanto o acesso online a serviços públicos
como a integração de gabinetes de apoio administrativo para atingir os
objectivos propostos.
• Saúde em linha – como forma de permitir o acesso aos melhores serviços de
diagnóstico e terapêuticos, mesmo para pessoas que residem fora dos
grandes centros urbanos.
• Comércio electrónico – como forma de alargar o mercado das empresas e de
ultrapassar os problemas das áreas mais periféricas.
• Competências electrónicas – As competências necessárias para gerir as TIC
são essenciais para alcançar uma SI global. Assim, a criação de capital
humano torna-se numa absoluta prioridade dos programas de promoção da SI
e da EBC (sem conhecimento é impossível beneficiar das TIC e progredir no
sentido da SI).
• A avaliação dos programas da SI deve integrar uma perspectiva contextual em
função das características socioeconómicas da zona-alvo do plano em avaliação.
Isto é necessário pois o contexto de qualquer intervenção influencia de forma
significativa o impacto das medidas implementadas. Assim, é necessário ter em
consideração todas as condições externas (económicas, políticas, institucionais,
legais, etc.) que afectam ou podem afectar o programa. Como exemplo de falta de
perspectiva contextual, podemos mencionar o caso do Terceiro Relatório Europeu
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sobre Indicadores para a Ciência e Tecnologia (Third European Report on


Science Technology Indicators. Towards a Knowledge-based Economy. E.U.
2003), no qual o número de Prémios Nobel é proposto como indicador.
Obviamente, o significado deste indicador não é o mesmo em todas as áreas
europeias.
No contexto das orientações de avaliação do FSE, a consideração das dimensões sociais
e do mercado de trabalho da SI é considerado um tema transversal (tendo em vista o
potencial de criação de emprego da SI e assegurar a qualidade de acesso a
equipamentos e benefícios da SI) As últimas orientações identificam indicadores
transversais a várias áreas de política, como se pode verifica na Caixa: A Sociedade de
Informação enquanto tema transversal: avaliação do FSE 2000-2006.

Caixa: A Sociedade de Informação enquanto tema transversal: avaliação do FSE


2000-2006
ƒ Área de política A: O desenvolvimento de questões relacionadas com o mercado
de trabalho activo inclui: que temas de formação podem integrar grupos em
desvantagem na SI e no mercado de trabalho da SI, sensibilização para a SI e
medidas para a construção de competências; como se relacionam as
qualificações existentes ou adquiridas pelos grupos em desvantagem com as
necessidades da SI?
ƒ Área de política B: Os problemas e questões relacionados com o acesso ao
mercado de trabalho por parte de pessoas ameaçadas de exclusão incluem: de
que forma são integrados no mercado de trabalho da SI os grupos prioritários;
medidas de sensibilização e construção de competências para a SI; como se
relacionam as qualificações existentes ou adquiridas pelos grupos em
desvantagem com as necessidades da SI?Área de Política C: As questões
relacionadas com a promoção da empregabilidade, competências, mobilidade e
aprendizagem ao longo da vida incluem: de que forma a política de
aprendizagem ao longo da vida e a política de educação contribuem para a
empregabilidade na SI; o sistema de emprego integra uma política de
aprendizagem para a empregabilidade e a mobilidade profissional?
ƒ Área de política D: O desenvolvimento de questões sobre a adaptabilidade e o
empreendedorismo inclui: como foi assegurada a participação dos trabalhadores
na SI, de forma a beneficiarem da adaptabilidade e do empreendedorismo;
verificou-se a criação de empresas e emprego relacionado com a SI; o aumento
de competências, investigação e desenvolvimento contribuíram para a criação de
emprego e de modelos empresariais da SI?
ƒ Área de política E: As questões relacionadas com acções específicas para as
mulheres incluem: as mulheres foram integradas com maior sucesso na SI; a SI
proporcionou às mulheres maiores possibilidades de auto-emprego; o sistema de
emprego usou o mercado de trabalho relacionado com a SI para ultrapassar a
desigualdade de género?
FONTE: Annex 3 Guidelines for systems of monitoring and evaluation of ESF assistance in the
period 2000-2006, European Commission (2002),
http://ec.europa.eu/employment_social/esf2000/guidelines_en.htm#guibbi

Abordagens, métodos e técnicas relevantes


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Algumas das abordagens metodológicas mais apropriadas para avaliar programas de SI


e EBC, são os seguintes:
• Uso de uma abordagem integrada, por oposição ao conceito tradicional de
avaliação, como última fase do planeamento. A avaliação, independentemente da
etapa em que está a ser realizada, deve cobrir todas as fases do programa e da
política. Deve, assim, incluir uma análise anterior à fundamentação e coerência
dos objectivos e instrumentos definidos para o programa, um estudo dos
processos de aplicação, gestão e acompanhamento, e uma avaliação dos
impactos e resultados finais.
ƒ Aplicação de um método pluralista (abordagem participativa). A avaliação é
realizada para que os seus resultados sejam aplicados. Desta forma, deve
produzir informação útil para todas partes envolvidas no programa, especialmente
para os beneficiários. A avaliação deve, assim, ser entendida como um processo
de negociação e um diálogo, promovendo a participação activa entre os parceiros
envolvidos no programa e determinando qual a informação de que necessitam e
quando, e como e para que fins serão usados os resultados. Desta forma, o
avaliador transforma-se num catalisador, num dinamizador e num impulsionador
do processo de avaliação. O programa é entendido como um processo e não
como um produto, o que deve permitir a evolução dos objectivos e interesses de
todos os parceiros na sua concepção, produzindo informações para acções
posteriores. Esta abordagem da avaliação é conhecida como abordagem
integrada e pluralista e baseia-se no reconhecimento da pluralidade de sistemas
de valores e opiniões coexistentes na mesma sociedade.
ƒ No seguimento do ponto anterior, devemos salientar a utilidade de analisar a
viabilidade da avaliação como um complemento e reforço de avaliações de
carácter temporário. O objectivo desta análise consiste em verificar em que
medida um programa pode ser avaliado e, com base nos seus resultados,
seleccionar a abordagem metodológica mais adequada às condições do programa
e às necessidades de informação de todos os parceiros envolvidos.
Tanto as técnicas qualitativas como as quantitativas podem ser usadas na aplicação das
técnicas acima referidas, combinando análises “antes-depois” com estudos “do topo para
a base” (top-down) que permitem avaliar o impacto total do programa, e estudos “da base
para o topo” (bottom-up) para analisar relações causais e determinar o impacto específico
de cada medida. Algumas das técnicas usadas são as seguintes:
ƒ Adaptação da Abordagem do Quadro Lógico usado no planeamento de projecto
com enfoque na avaliação dos objectivos, fundamentação e coerência do
programa. Tal como acontece com os problemas e os potenciais, os objectivos
devem ser estabelecidos de acordo com uma hierarquia. Isto permitirá a
identificação de diferentes níveis na estratégia de intervenção planeada
(considerando a estratégia como um conjunto de instrumentos e meios previstos
no programa para assegurar a sua implementação com sucesso). A
fundamentação lógica deveria ser a seguinte: com base num conjunto de recursos
(financeiros, humanos, recursos físicos e técnicos), desenvolvem-se uma série de
acções que darão origem a determinados resultados. Estes resultados levarão a
mudanças nas condições ou variáveis envolvidas e no ambiente socioeconómico
do projecto. O avaliador deve realizar um levantamento das hipóteses subjacentes
às relações causais entre os diferentes níveis de intervenção (diferentes elos da
cadeia), os que foram inicialmente planeados e os que foram efectivamente
implementados. O seu ponto de partida é a ideia de conceber um modelo de
impacto que estabeleça as relações esperadas entre o programa e os seus
objectivos. A este método poder-se-ia chamar “verificar os elos da cadeia”. Além
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do mais, o avaliador deve realizar um levantamento das hipóteses relacionadas


com a incidência de factores do contexto externo que podem afectar os impactos
e resultados do programa.
ƒ A representação gráfica da classificação ou o organigrama hierárquico dos
objectivos em forma de “árvore de objectivos” é uma técnica adequada para
avaliar a articulação da estratégia de um programa. Durante a avaliação, a
fundamentação “do topo para a base” presente na fase de concepção do projecto
é invertida, tornando-se numa fundamentação “da base para o topo” e partindo
das acções específicas para os objectivos ambicionados.
ƒ O sistema de acompanhamento deve ser estruturado de forma a servir os
diferentes níveis de planeamento concebidos no programa, uma vez que cada um
tem os seus objectivos e características específicos. Aqui, à cadeia lógica “da
base para o topo”, segue-se qualquer relação causal que possa ter sido
estabelecida: realizações, resultados e impactos.
ƒ O papel do avaliador consiste em certificar-se de que não existem conflitos entre
os objectivos, nem entre os objectivos e os instrumentos, o que implica uma
identificação prévia das estratégias de acção propostas e uma avaliação da
escolha feita de acordo com alguns critérios, como as hipóteses de sucesso, o
orçamento disponível, o tempo necessário para tornar os efeitos evidentes, etc.
ƒ Aplicação de técnicas Delphi, inquéritos, entrevistas, grupos de discussão, etc.,
para reunir as opiniões e atitudes, assim como informação, tanto qualitativa como
quantitativa, dos participantes no programa.
ƒ A concepção de um sistema de informação para o acompanhamento do
programa, que inclua indicadores quantitativos e qualitativos, tanto físicos, como
económicos e sociais.
ƒ Uso de uma Abordagem de Ciclo Integrado de Projecto para avaliar o processo de
gestão do programa.
ƒ Técnicas de análise multivariada: modelos de regressão simples e análise de
clusters.
ƒ Análise de Sinergia. É importante ter em consideração na avaliação qualquer
sinergia que possa existir com outras acções a serem implementadas na mesma
área, como por exemplo as iniciativas europeias Interreg III, URBAN II, EQUAL,
Learder+ e outras medidas financiadas pelo Fundo Social Europeu.
ƒ Estudos de caso. A selecção de estudos de caso que representem as melhores e
piores práticas permite-nos analisar mais aprofundadamente alguns dos
elementos fundamentais da gestão e da implementação e fazer comparações
qualitativas e comparativas sobre o nível de desenvolvimento da SI e da EBC.
ƒ Benchmarking ou avaliação comparativa de desempenho. No âmbito do actual
contexto político que orienta as políticas da SI (por exemplo, o eEurope), o
benchmarking constitui um instrumento chave, não apenas para medir o
desempenho de cada país, mas também para identificar os países em que se
verificam atrasos no cumprimento dos objectivos da política.
ƒ Um desenvolvimento recente consiste na adopção de conceitos e ferramentas da
teoria da complexidade, na avaliação da política no contexto da sociedade do
conhecimento em rede. Relacionado com este aspecto está o facto de a UE ter
vindo a integrar perspectivas provindas da investigação sobre redes/ecossistemas
complexos na sua abordagem de avaliação (pelo menos no que diz respeito à SI
e à EBC).
A Avaliação do Desenvolvimento Socioeconómico – MANUAL TÉCNICO I
Temas e Áreas de Política: Temas
Sociedade da Informação

Como referência, a Caixa: Indicadores para os Planos de Acção eEurope apresenta as


ferramentas e os indicadores usados pela Comissão Europeia no campo da SI e da EBC
para os planos de acção eEurope.

Caixa: Indicadores para os Planos de Acção eEurope


Planos de
Indicadores seleccionados
acção
Foi definido um conjunto de 23 indicadores para medir os resultados obtidos em cada
um dos objectivos fundamentais dos Planos.

Internet mais barata e mais rápida


• Percentagem de população que usa regulamente a Internet
• Percentagem de famílias com acesso à Internet em casa
• Custos do acesso à Internet

Internet mais rápida para investigadores e estudantes


ƒ Velocidade das ligações e serviços disponíveis entre e dentro das redes
nacionais de educação e investigação (RNEI) na UE e no mundo.

Redes seguras e cartões electrónicos (smartcards)


ƒ Número de servidores seguros por milhão de habitantes
ƒ Percentagem de público utilizador da Internet que registou problemas de
segurança.

Jovens europeus na era digital


ƒ Número de computadores por cada 100 alunos nos níveis do primeiro,
segundo e terceiro ciclo
ƒ Número de computadores ligados à Internet por cada 100 alunos do primeiro,
segundo e terceiro ciclo
ƒ Número de computadores com ligações de alta velocidade à Internet por cada
100 alunos do primeiro, segundo e terceiro ciclo.
eEurope
ƒ Percentagem de professores que usam a Internet, sem ser para ensinar
2002
informática, numa base regular

Trabalhar na economia baseada no conhecimento


ƒ Percentagem da força de trabalho com (pelo menos) formação básica nas
TIC
ƒ Número de vagas e licenciados no terceiro ciclo de educação relacionado
com as TIC
ƒ Percentagem da força de trabalho a realizar teletrabalho

Participação na economia baseada no conhecimento para todos


• Número de Pontos de Acesso público à Internet por cada 100 habitantes
• Percentagem de sítios do governo central em conformidade com o WAI (Web
Accessibility Initiative) e as suas orientações de acessibilidade de nível A

Desenvolvimento do comércio electrónico


ƒ Percentagem de empresas que compram e vendem na internet

Governo em linha
ƒ Percentagem de serviços públicos disponíveis on-line
ƒ Uso público de serviços on-line do governo para informação e entrega de
formulários
ƒ Percentagem de provisão pública que pode ser conduzida on-line

Saúde em linha
A Avaliação do Desenvolvimento Socioeconómico – MANUAL TÉCNICO I
Temas e Áreas de Política: Temas
Sociedade da Informação

Planos de
Indicadores seleccionados
acção
ƒ Percentagem de profissionais de saúde com acesso à Internet
ƒ Uso de diferentes categorias de conteúdos da web por profissionais de saúde

Conteúdo digital europeu para as redes globais


ƒ Percentagem de sítios da UE nos top 50 mais visitados nacionais

Sistema de transportes inteligente


ƒ Percentagem da rede de auto-estradas (vs. comprimento total de auto-
estradas) equipadas com sistemas de informação e gestão
São propostas novas acções e é seleccionado um novo conjunto de indicadores para
medir o desenvolvimento da SI. A Comissão propôs 14 indicadores da política e 22
indicadores suplementares.

Indicadores da Internet
a) Acesso dos cidadãos e utilização da internet
• Percentagem de famílias ou indivíduos com acesso à Internet em casa
• Percentagem de indivíduos que usam regularmente a Internet
b) Acesso das empresas e utilização das TIC
• Percentagem de pessoas empregadas que usam computadores ligados à
Internet, na sua rotina de trabalho quotidiana
c) Custo do acesso à Internet
• Custo do acesso à Internet por frequências de uso: 20, 30, 40 hrs/mês,
acesso livre

Serviços públicos modernos on-line


a) Governo em Linha
• Número de serviços públicos básicos totalmente disponíveis on-line
b) E-Learning
• Número de alunos por computador com ligação à Internet (com banda
larga/sem banda larga)
c) Saúde em linha
eEurope • Percentagem de população (com 16 anos ou mais) que usa a Internet para
2005 procurar informações sobre a saúde própria ou de terceiros)
• Percentagem de médicos de clínica geral com registo electrónico dos
pacientes

Um ambiente dinâmico de empresas em linha


a) A comprar e a vender on-line
• Percentagem do volume de negócios das empresas resultante do comércio
electrónico
b) Preparação das empresas em linha
• Indicador composto: adopção das TIC pelas empresas; Uso das TIC pelas
empresas

Infra-estrutura de informação segura


a) Experiência dos utilizadores da Internet e utilização no que respeita à segurança
das TIC
• Percentagem de indivíduos com acesso à Internet que tiveram problemas de
segurança
• Percentagem de empresas com acesso à Internet que tiveram problemas de
segurança

Banda Larga
• Percentagem de empresas com acesso de banda larga
• Percentagem de famílias ou indivíduos com acesso de banda larga
A Avaliação do Desenvolvimento Socioeconómico – MANUAL TÉCNICO I
Temas e Áreas de Política: Temas
Sociedade da Informação

Planos de
Indicadores seleccionados
acção
• Percentagem de administrações públicas com acesso de banda larga

Para além da lista de indicadores acima descritos (centrados sobretudo na iniciativa e-


Europe), os inquéritos do Eurobarómetro também aplicam uma lista de indicadores para
medir o progresso no sentido da SI/EBC/SBC. Por exemplo, o uso das TIC no local de
trabalho (ex., proporção de computadores e/ou utilizadores da Internet no trabalho por
ocupação; dimensão da empresa); as TIC e a organização do trabalho (ex, proporção de
pessoas a realizar teletrabalho; tipo de mudanças no conteúdo do trabalho); etc.

Principais métodos e técnicas


As avaliações da EBC e da SI são habitualmente participativas e têm em consideração os
processos envolvidos, assim como os resultados. Alguns dos principais métodos e
técnicas aplicados em avaliações da EBC e da SI incluem:

• Técnica Delphi
• Abordagem de ciclo integrado do projecto
• Estudos de caso
As técnicas de análise multivariada podem ser usadas para comparar relações entre
diferentes aspectos da EBC e da SI e estas técnicas são importantes quando se testa a
informação para identificar conjuntos de indicadores ou indicadores compósitos.
O benchmarking é usado para comparar o progresso alcançado através das políticas da
SI (como os Planos de Acção eEurope). A teoria da complexidade está também a ser
cada vez mais adaptada, como instrumento para explorar redes no âmbito da sociedade
baseada no conhecimento.

Descrição, medição e fontes de informação


Os conceitos de EBC e SI são extremamente abrangentes e cobrem uma grande
diversidade de esferas da vida social e económica. Por essa mesma razão, é muito difícil
medir os efeitos e impactos das políticas, programas e acções realizados pelas
Administrações Públicas. Assim, desenvolveram-se grandes esforços para estruturar, de
uma forma sistemática, aspectos relacionados com o desenvolvimento da SI e à EBC, e
desenvolveu-se uma grande diversidade de classificações de indicadores. No contexto
europeu, os primeiros indicadores usados para caracterizar o processo da SI e a EBC
estavam associados à informação disponível, às tecnologias de comunicação e à info-
estrutura. Numa segunda fase, o objectivo centrou-se na medição do grau de utilização
das potencialidades tecnológicas por parte dos agentes, com vista a aumentar as suas
quotas em todas as actividades. Num comunicado recente da Comissão Europeia sobre
as necessidades políticas e a mudança estrutural, a Comissão considerou que no futuro
verificar-se-á a necessidade de analisar a exequibilidade de incluir indicadores de
impacto.
A medição de aspectos relacionados com a SI e com a EBC devem ser considerados de
forma independente. É necessário produzir indicadores que cubram questões associadas
ao aspecto social e indicadores que permitam especificamente avaliar eventos que se
desenrolaram no domínio económico. A Caixa: Indicadores para os Planos de Acção
eEurope (apresentada anteriormente) oferece uma selecção de indicadores usados para
A Avaliação do Desenvolvimento Socioeconómico – MANUAL TÉCNICO I
Temas e Áreas de Política: Temas
Sociedade da Informação

a avaliação dos Planos de Acção eEurope e a Caixa: Dimensões dos Indicadores explora
alguns aspectos essenciais a ter em consideração na avaliação de um programa que tem
por objectivo desenvolver a SI e a EBC.

Caixa: Dimensão dos Indicadores


Dimensões Áreas de acção Exemplos de Indicadores
ƒ Inflação
ƒ PIB
ECONÓMICA ƒ PIB/hora de trabalho
ƒ Factores macroeconómicos ƒ Participação no mercado de trabalho por
ƒ Mudança estrutural e económica sexo e idade
A dimensão do contexto ƒ Mercados de trabalho, financeiro e de ƒ Abertura comercial: importação mais
bens exportações como proporção do PIB
Esta dimensão inclui ƒ Abertura ƒ Mudanças nos padrões de trabalho:
indicadores relacionados tendência dos trabalhadores para o
com as seguintes áreas: teletrabalho
SOCIAL
ƒ Instituições políticas e transparência
ƒ Factores sociais e culturais ƒ Estrutura etária da população
ƒ Mudança social ƒ Participação em actividades comunitárias
ƒ Enquadramentos legais e de
regulamentação
ƒ Total de gastos da I&D por sector de
ƒ Investigação e potencial para a
desempenho
produção de conhecimento
ƒ Coeficiente de inventividade: número de
ƒ Produção de conhecimento com potencia
aplicações patenteadas residentes per
Dimensão da inovação e comercial
capita
do empreendedorismo ƒ Outra produção de conhecimento
ƒ Mobilidade internacional do capital humano
ƒ Redes e fluxos de conhecimento
ƒ Número de novos negócios (por adultos
ƒ Inovação
per capita)
ƒ Actividade empresarial
ƒ Valor do capital de risco apresentado como
ƒ Apoio à inovação
proporção do PIB
ƒ Stock de recursos humanos na ciência e na
tecnologia, proporção da população
ƒ Stock de pessoas com competências
ƒ Resultados de licenciados por tipo de
ƒ Fluxo de pessoas com competências
qualificação, estatuto do emprego, área de
Dimensão do capital ƒ Investimento em capital humano
estudo e ocupação
humano ƒ Aprendizagem ao longo da vida e
ƒ Gastos na educação pelo governo, como
acesso à educação e à formação
proporção do PIB, por sector da educação
ƒ Necessidades educativas sem resposta,
por características da força de trabalho.
ƒ Infra-estrutura e acesso às TIC ƒ Níveis de penetração da banda larga (nº de
Dimensão das ƒ Uso das TIC por família e por indivíduo modems ADSL e por cabo)
Tecnologias da ƒ Uso das TIC nas empresas ƒ Proporção de famílias com acesso a
Informação e ƒ Uso das TIC pelo governo computador, por tipo de família,
Comunicação ƒ Prevalência do comércio electrónico rendimento, região (metropolitana/não
ƒ Base de competências em TIC metropolitana)
ƒ Peso da indústria das TIC ƒ Gastos das empresas nas TIC

Baseado em “Measuring a Knowledge-based Economy and Society: an Australian framework”.


Australian Bureau of Statistics, 2002
A Avaliação do Desenvolvimento Socioeconómico – MANUAL TÉCNICO I
Temas e Áreas de Política: Temas
Sociedade da Informação

A avaliação destas políticas pode ser enriquecida se cruzarmos as dimensões


consideradas com classificações diferentes, como por exemplo:
1. Grupos ou populações alvo da política: cidadãos, administrações públicas e
empresariais.
2. Níveis geográfico-administrativos: local, regional, nacional, etc.
3. Domínios, áreas ou campos onde se verificam os impactos:
a) Dentro da empresa (contabilidade, inventários, etc.)
b) Fora da empresa (redes, clusters, parcerias, joint ventures, etc.)
c) No sistema bancário e financeiro
d) No sistema comercial (distribuição do comércio electrónico, etc.)
e) No sistema de Ciência e Tecnologia
f) No mercado de trabalho (novas qualificações necessárias, flexibilidade)
g) No quadro institucional (organizações da sociedade civil, ONGs, etc.)
h) Nas Administrações Públicas
Por exemplo, se as empresas são consideradas o grupo alvo de uma dada política e a
avaliação pretende analisar os benefícios de tal política em cada empresa, seria
necessário considerar as diferentes áreas de actividade, de forma a monitorizar o uso das
TIC e as experiências de mudança em cada uma delas.
Nas empresas deve considerar-se o uso de:
1. Planeamento e Gestão
2. Financiamento
3. Gestão de Recursos Humanos
4. Contabilidade
5. I&D
6. Abastecimento e fornecimento (incluindo outsourcing)
7. Serviços contratados (incluindo outsourcing)
8. Produção de bens
9. Gestão de Inventário
10. Marketing e publicidade (apoio comercial)
11. Serviço comercial (vendas)
12. Serviços pós-venda
O programa MODINIS é um programa plurianual (2003-2005) centrado na monitorização
do Plano de Acção eEurope 2005; na disseminação de boas práticas; na análise de
consequências sociais e económicas da Sociedade de Informação; e no desenvolvimento
da segurança da informação e da rede.
Actualmente a SI atingiu diferentes graus de desenvolvimento em cada país, região e
cidade, com um grau variável de integração em cada nível, dependo das condições
individuais, políticas, económicas, sociais e culturais. Assim, é necessário definir novos
indicadores para novas tecnologias, investigação e desenvolvimento, que evidenciem o
uso e áreas de aplicação na transição para a SI e para a EBC. Estes indicadores devem,
assim, ser suficientemente fidedignos e ao mesmo tempo permitir a comparação entre o
A Avaliação do Desenvolvimento Socioeconómico – MANUAL TÉCNICO I
Temas e Áreas de Política: Temas
Sociedade da Informação

uso das TIC, o desenvolvimento e a disseminação em diferentes áreas, espaços e


tempos. Uma vez que não existe nenhum indicador suficientemente abrangente e
perfeito, é necessário definir medidas qualitativas e quantitativas. O tipo de indicadores e
o seu número dependerão do objectivo específico da avaliação (e desta forma serão
diferentes caso se trate de uma avaliação de programas horizontais ou verticais). Não
obstante, devem ser coerentes, relevantes, fiáveis, comparáveis, acessíveis, actuais e
ser capazes de rever os critérios. Independentemente da classificação que possa ter sido
seleccionada, os indicadores devem ser previamente estabelecidos para assegurar a
viabilidade da avaliação do programa, o que não implica que alguns não possam ser
incluídos e excluídos ao longo do processo.
É necessário estabelecer critérios que servirão de base para agrupar os indicadores, por
exemplo, para formar conjuntos de indicadores e indicadores compósitos (os últimos
podem comparar-se muito mais facilmente), tendo em conta diferentes aspectos da SI, da
EBC e da SBC. Para tal, podem ser realizadas análises estatísticas multivariadas com os
dados disponíveis, assim como simulações de forma a analisar a nível empírico as
diferentes dimensões que podem justificar a potencial agregação ou desagregação de
níveis.
Uma vez que todas as acções públicas são planeadas no âmbito de um determinado
contexto económico, político, social e institucional (por exemplo, com características e
dinamismo específicos), torna-se essencial conhecer esses contextos, não apenas para
prever os efeitos da acção, mas também para explicar potenciais mudanças na estratégia
de acção planeada e compreender os impactos do programa. É assim necessário
produzir um conjunto de indicadores de contexto que tenham em conta, de forma
equilibrada, todas as variáveis do ambiente da acção como importantes para caracterizar
a área-alvo da acção da política (e a população-alvo). Eles definem a situação real numa
dada altura, que é determinada pelo ambiente em que o programa é planeado e
implementado e que devem ser tidos em consideração quando se trata de avaliar os seus
efeitos.
Também é necessário definir os indicadores de gestão, cujo objectivo consiste em
compilar informação sobre o processo de gestão do programa. Nesta categoria é possível
diferenciar vários domínios: recursos materiais e humanos (coordenação entre
administrações, distribuição de poderes e responsabilidades) e os indicadores
correspondentes aos mecanismos de publicitação das acções da política. Para além dos
indicadores, torna-se igualmente necessário recorrer a outros instrumentos para o
acompanhamento do programa, como por exemplo, inquéritos periódicos e entrevistas
aprofundadas com os parceiros.
Fontes de informação
Deve proceder-se a uma revisão sistemática dos métodos de recolha de informação
aplicados nos estudos de avaliação, de modo a criar um sistema de informação para a SI
e para a EBC (determinação de pontos fortes e limitações, elaboração de propostas para
melhorar os indicadores disponíveis em termos de: definição, significado, utilidade-
eficácia-eficiência, interpretação, nível de agregação e fontes de informação). Muitas
instituições estão actualmente a realizar acções para estudar a Sociedade de Informação
e a Economia Baseada no Conhecimento. No entanto, a diversidade de estudos
provindos de diferentes fontes, com diferentes metodologias de trabalho, provoca um
fosso considerável entre as novas necessidades de informação e a informação que está
a ser gerada. Juntamente com as entidades públicas, existe um número significativo de
empresas privadas que produzem relatórios sobre o grau de disseminação da Sociedade
de Informação. Algumas das principais fontes de informação sobre este assunto são:
Eurostat, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE),
Observatório Europeu das Tecnologias de Informação (OETI), Unidade Internacional de
A Avaliação do Desenvolvimento Socioeconómico – MANUAL TÉCNICO I
Temas e Áreas de Política: Temas
Sociedade da Informação

Telecomunicações (UIT), NUA, NetSizer, e RIPE (Réseaux IP Européens, francês para


‘Redes IP Europeias’).
A cooperação internacional no campo da SI beneficia das iniciativas de três organizações
principais. Uma é a OCDE, extremamente activa neste domínio há muitos anos, que tem
contribuído de forma essencial para harmonizar conceitos e classificações. A segunda é
o Grupo de Voorburg, constituído por gabinetes estatísticos de todo o mundo e grupos
ligados à Sociedade de Informação, assim como serviços e índices de preços desta
indústria. O Sistema de Estatística Europeu (SEE, 2002) criou o Grupo de Trabalho
Estratégico para a Sociedade de Informação, cuja função consiste em criar um plano
para a produção de estatísticas relevantes nesta área. Por último, mas não menos
importante, a Comissão Europeia publicou em 2003 o 3rd European Report on S&T
Indicators, constituindo um manual de referência útil, embora não ofereça (ainda) um
conjunto definitivo de indicadores.

Bibliografia
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Society: an Australian framework. Camberra.
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Relatório preparado para a Comissão Europeia.
http://ec.europa.eu/regional_policy/themes/infotech_en.htm
Recursos na Internet
Textos Oficiais:
http://ec.europa.eu/dgs/information_society/evaluation/info/lib/index_en.htm

ESDIS - High level Group on the Employment and Social Dimension of the Information
Society. Presta apoio à Comissão Europeia na análise do impacto da sociedade da
informação sobre o emprego e a coesão social.
http://ec.europa.eu/employment_social/knowledge_society/esdis_en.htm

Palavras-chave
ƒ Economia Baseada no Conhecimento (EBC)
ƒ Sociedade Baseada no Conhecimento (SBC)
ƒ Sociedade de Informação (SI)
ƒ eEurope
ƒ eLearning
ƒ Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)

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