Volta Redonda – RJ
2016
Beatriz Silva Schiller
Volta Redonda – RJ
2016
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................4
6. CONCLUSÃO............................................................................................6
7. REFERÊNCIAS.........................................................................................7
1. INTRODUÇÃO
Nesse passo, faz-se mister ressaltar que o cenário ideal seria que em um
estudo sobre o instituto da Falência fossem analisados todos os assuntos relativos ao
tema. Porém, não há a ínfima possibilidade para este artigo, já que o conteúdo é
demasiado extenso e a natureza deste estudo não permite que se estenda
excessivamente como seria necessário, de modo que se fazem indispensáveis
algumas delimitações. Por conseguinte, não serão estudados os temas da
Recuperação Judicial, legitimidade ativa para requerer a falência, o sistema da
autofalência, competência judicial do juízo falimentar e a persecução penal falimentar,
em razão de que, muito embora possuam íntima ligação com o tema, sua análise
inviabilizaria o objetivo deste artigo.
4
2. NOTAS SOBRE A FALÊNCIA JUDICIAL
1
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 15. Ed. São Paulo: Saraiva, 2014, v. 3, p. 241.
2
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 15. Ed. São Paulo: Saraiva, 2014, v. 3, p. 242.
5
Falência, neste sentido, é o processo judicial de execução concursal do
patrimônio do devedor empresário, no qual se arrecada todo o patrimônio do falido
para, com a sua liquidação, pagar a universalidade de seus credores, de forma
completa ou proporcional. “É um processo judicial complexo que compreende a
arrecadação dos bens, sua administração e conservação, bem como a verificação e
o acertamento dos créditos, para posterior liquidação dos bens e rateio entre os
credores. Compreende também a punição dos atos criminosos praticados pelo
devedor falido.”3 Apesar de alguns autores utilizarem o termo execução coletiva, tal
termo não deve ser empregado para não confundir o processo de falência com o
processo de satisfação do direito objeto de ação civil pública, que é desta forma
denominado.
3
NEGRÃO, Ricardo. Manual de direito comercial e de empresa. 8. Ed. São Paulo: Saraiva, 2013. v. 3, p. 247.
6
3. PRESSUPOSTOS DO ESTADO FALIMENTAR
7
Contudo, alguns empresários não se sujeitam ao regime falimentar previsto
na LF, mesmo embora exerçam atividade econômica organizada. A lei falimentar
prevê hipóteses de exclusão total ou parcial do regime falencial. Quando totalmente
excluída da falência, a sociedade empresária devedora submete-se a regime de
execução concursal diverso do falimentar. Por outro lado, a sociedade empresária que
é parcialmente excluída da falência submete-se a procedimento extrajudicial de
liquidação concursal alternativo ao procedimento falimentar. Ressalte-se que em
nenhum caso os empresários excluídos absolutamente ou relativamente do processo
falimentar submeter-se-ão à insolvência civil.
Por fim, não se aplica a Lei de Falência às entidades previstas no art. 2º, II,
vejamos:
3.2 INSOLVÊNCIA
8
definido pela própria legislação falimentar. Nesse sentido, já decidiu o Superior
Tribunal de Justiça:
4
Ulhoa, p. 262.
9
mesmo sem aceite, desde que preencha os requisitos definidos no artigo 15, II, da Lei
5.474/68, a qual pode fundamentar pedido de falência.
5
RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito Empresarial Esquematizado.
10
omissão); estes fatos denunciam a insolvabilidade da execução e possibilitam
decretação de falência. O pedido de falência não deve ser feito nos autos da execução
individual, devendo esta ser suspensa ou extinta.
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Determinação do administrador judicial: o juiz deverá designar
pessoa física ou jurídica para administrar os bens da massa falida e
manifestar-se no interesse dos cred ores. A nomeação deverá recair
sobre profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista,
administrador de empresas, contador ou pessoa jurídica
especializada;
Inabilitação do falido para exercer qualquer atividade empresarial a
partir da decretação de falência e até a sentença que extingue suas
obrigações (art. 102).
Anotação da falência no registro do devedor: o juiz ordenará ao
Registro Pública de Empresas que proceda à anotação da falência
no registro do devedor para que conste a expressão “falido”, a data
da decretação da falência e a inabilitação de que trata o art. 102.
(vide acima).
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