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CAPÍTULO 2

O papel do Espírito Santo

João 16.7: “Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu
não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.”

Na busca da compreensão sobre a pessoa e a obra do Espírito Santo, existe um


“referencial básico”, porém indispensável para essa tarefa. Tal referencial é a PESSOA DO SENHO
JESUS CRISTO. A “revelação inteira deve ser cristocêntrica”. A base deste princípio é o fato de
que Cristo é a “pessoa central” da Bíblia - Toda escritura gira em torno dele. Sua pessoa e obra
são o tema da revelação escrita de Deus, sendo Jesus o eixo central de toda revelação.
No evangelho de João 16.7-11, encontramos uma afirmação sobre a “obra
verdadeira e primária a qual o Espírito Santo” foi enviado ao mundo, tendo muitas
funções, papéis e atividades.
- Primeiro, Ele trabalha nos corações de todas as pessoas em todos lugares. O próprio
Jesus que definiu com exatidão a natureza da obra do Espírito Santo quando disse aos seus
discípulos que enviaria o Espírito ao mundo para convencer “o mundo do pecado, da justiça e
do juízo”. Deve-se ter em mente, que pneumatologia não pode ser dissociada de cristologia,
pois, a obra do Espírito Santo, de uma forma geral, segundo as palavras do Dr. Louis Berkhof
“consiste em levar as coisas à completação agindo imediatamente sobre a criatura e nela”.
- Segundo, a “obra do Espírito Santo” é o elo que faltava no “relacionamento entre
Deus e as suas criaturas”, desde a obra de Deus na criação até a consumação. A sua obra é
uma continuidade à obra do Filho de Deus, assim como a obra de Jesus Cristo é uma
continuidade à obra do Pai. A Sua obra abrange a preparação e a qualificação de Jesus Cristo
para a efetivação da sua “obra redentiva”.
- Terceiro, o Espírito Santo atua na nossa salvação “inspirando as Sagradas
Escrituras”. Ele inspirou e capacitou os escritores sagrados para que eles pudessem escrever
a revelação especial de Deus. O Espírito Santo inspirou as Escrituras para que através delas, os
homens tivessem o conhecimento da obra redentiva de Cristo.
- Quarto, o Espírito Santo atua na “obra salvífica”, na “formação e no aumento”
da Igreja. Ele dá forma e modela o Corpo místico de Cristo, que é a Igreja, através da regeneração
e da santificação, de forma que estes dois e os demais estágios da “Ordo Salutis” que serão
analisados. Quando o Espírito Santo habita na Igreja, ela é ensinada e direcionada por Ele, dando
testemunho a respeito de Cristo e guiando a Igreja na verdade. Dessa forma, o Espírito de Deus
atua na vida da Igreja, aumentando o nosso conhecimento do Salvador. Quanto ao “homem
natural”, ele não recebe, nem tem capacidade de conhecer estas verdades reveladas, pois elas
se discernem espiritualmente.
De acordo com o pensamento do Dr. Charles Hodge, “todos os crentes são, portanto,
descritos como espirituais, porquanto são dessa forma iluminados e guiados pelo Espírito”.
Segundo o pensamento de Hodge, a operação especial do Espírito Santo consiste em:
(a) Convencer o mundo do pecado; (b) Revelar a Cristo; (c) Regenerar a alma; (d) Guiar
os homens ao exercício da fé e do arrependimento; (e) Habitar naqueles a quem ele assim
renova, como um princípio de uma vida nova e divina. A bênção decorrente dessa obra salvífica
é a união do crente com Cristo.
Dissemos antes que a obra salvadora de Cristo de nada nos aproveitaria até que fosse
aplicada, pelo Espírito Santo, ao nosso coração e nossa vida. Será de grande ajuda rever agora,
resumidamente, a obra do Espírito no processo da nossa salvação.

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O PAPEL DO ESPÍRITO NO PROCESSO DA NOSSA SALVAÇÃO
Nas palavras da Confissão de fé de Westminster, o Espírito Santo é "o único agente
eficiente na aplicação da redenção". Paulo ensina que Deus nos salva, não por causa da
justiça dos nossos atos, mas pelo "lavar regenerador e renovador" do Espírito Santo (Tito 3.5);
- Paulo assegura aos gálatas que vivemos pelo Espírito (querendo dizer não só vida física,
mas, especialmente, “vida espiritual” – possuímos a vida espiritual, Gálatas 5.25: “se
vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”. O termo para “viver” é o verbo grego za,w
(dzaō) “plenitude absoluta de vida, tanto essencial como ética, que pertence a Deus e a Cristo”.
A palavra “plenitude” no grego é o termo plh,rwma (plerōma) “o estado de se achar cheio” - o
corpo do crente, como sendo aquilo que se enche da presença, poder, agência e riquezas de
Deus e de Cristo.
- Jesus mesmo disse aos seus discípulos que o “Espírito é o que vivifica” - João 6.63. o
termo “vivificar” no grego é zw|opoie,w (dzōopoieō) “dar vida, fazer viver”. Efésios 2.5: “nos deu
vida juntamente com Cristo” – sunezwopoie,w (sunezōopoieō) “gerar vida junto Cristo”.
- O Espírito é aquele que aplica a redenção ao nosso coração concedendo a nova vida,
passando a viver ou habitar em nós (João 14.17; Romanos 8.9; 1Coríntios 3.16; 2Tm 1.14).

PAPEL PRINCIPAL DO ESPÍRITO SANTO

II. REGENERAÇÃO
Não ficamos surpresos ao descobrir que todos os principais elementos no processo de
salvação são tidos como de autoria do Espírito Santo. A “regeneração ou novo
nascimento” é obra do Espírito Santo: João 3.5: “Em verdade, em verdade te digo (disse Jesus
a Nicodemos): quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”. A
declaração de Paulo em Tito 3.5, de que Deus salva-nos “mediante o lavar regenerador e
renovador do Espírito Santo” igualmente atribui ao Espírito a regeneração ou novo nascimento.

III. CONVERSÃO
E quanto à conversão? A conversão, ou voltar-se para Deus, é comumente vista
envolvendo dois aspectos: arrependimento e fé. Ambos os aspectos são descritos na Bíblia como
dons do Espírito Santo. Em Atos 11.15 Pedro, falando aos crentes em Jerusalém sobre a
conversão de gentios Cornélio, é citado assim: “Quando, porém, comecei a falar, caiu o Espírito
Santo sobre eles [Cornélio e sua família], como também sobre nós, no princípio”. A resposta da
Igreja de Jerusalém (constituída de judeus cristãos) é dada no verso 18: “E, ouvindo eles estas
coisas, apaziguaram-se e glorificavam a Deus, dizendo: Logo, também aos gentios foi concedido
o arrependimento meta,noia (metanoia) para vida.” Deus concedeu a esses gentios o
arrependimento por meio do Espírito que veio sobre eles.
IV. FÉ
A fé é também um dom do Espírito. Em 1Coríntios 2 Paulo indica que Deus revela-nos
sua sabedoria somente por meio do seu Espírito (v. 10), para que possamos entender o que nos
tem sido dado gratuitamente por Deus (v. 12), isto é, as verdades sobre Cristo que os
dominadores desta era não entenderam quando crucificaram o Senhor da glória (v. 8). O mesmo
ponto está explícito em 1Coríntios 12.3: “Ninguém pode dizer: Senhor Jesus! [palavras que só
podem ser confessadas por um crente], senão pelo Espírito Santo”.
V. SEGURANÇA DE SALVAÇÃO
O Espírito também nos dá a segurança de salvação, que é uma das marcas mais
importantes da fé saudável. Paulo diz em Romanos 8.16: “O próprio Espírito testifica ao nosso
espírito que somos filhos de Deus.”

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O termo grego para “testificar” é summarture,w (symmartyréō) que significa: comprovar,
atestar, mas também como “assegurar”. Uma vez que o tempo verbal da palavra grega
traduzida como “testifica” - é presente, implicando continuidade, concluímos que esse
testemunho do Espírito não é apenas uma ocorrência ocasional ou algo que acontece de uma
vez por todas, mas continua ao longo da vida do crente.
VI. JUSTIFICAÇÃO
O Novo Testamento indica que a justificação, comumente entendida como uma obra
de Deus, o Pai, mas também é associada com o Espírito Santo - de várias maneiras. Como somos
justificados pela fé, o fato de a fé ser um dom do Espírito, conforme demonstramos supra,
claramente liga essa bênção à terceira Pessoa da Trindade. Nenhuma passagem no Novo
Testamento liga a justificação mais diretamente ao Espírito Santo do que 1Coríntios 6.11, onde,
vindo de Paulo, lemos:
“E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados,
mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do
nosso Deus.”
Essas frases concludentes (referentes a Jesus e ao Espírito) aplicam-se aos três verbos
precedentes: “lavados”, “santificados” e “justificados”. No original grego cada uma dessas frases
começa com a palavra evn (en), que é usualmente traduzida como “em”; podemos, portanto,
traduzir a segunda frase assim: “no Espírito de nosso Deus”. O significado é: “em união com”
ou “em conexão com” o Espírito. Nossa justificação, então, é inseparável da obra do Espírito
Santo.
VII. ADOÇÃO DE FILHOS
Um dos benefícios da justificação é a nossa “adoção como filhos de Deus”. Essa
bênção, também, está intimamente ligada ao Espírito Santo. Lemos sobre isso em Gálatas 4.4-
6. Deus enviou seu Filho, Paulo nos informa, “a fim de que recebêssemos a adoção de filhos (v.
5). A palavra grega fundamental nessa frase é ui`oqesi,a (huiothesia), termo empregado nos
papiros usados pelos cristãos do século I para denotar o “ato legal de adoção de alguém como
filho”. Paulo, então, se adianta e diz: “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o
Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” (v. 6). É o Espírito Santo, em outras palavras, quem,
vivendo em nós, clama por Deus Pai, assegurando-nos, verdadeiramente, que não somos mais
escravos, somos filhos e filhas de Deus.
Romanos 8.15 afirma o mesmo, Paulo diz: “Recebestes o Espírito de “adoção” ui`oqesi,a
(huiothesia), baseados no qual clamamos: Aba, Pai!”. Aqui ele mostra especificamente que
somos nós, os crentes, que chamamos por Deus Pai, ainda que o façamos pelo ou por meio do
Espírito. Não somente isso, mas é segundo a direção do Espírito que aprendemos a
viver como filhos: “Pois todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (v.
14).
VIII. SANTIFICAÇÃO
Que nossa santificação seja atribuída também ao Espírito não nos surpreende. De
fato, o próprio nome "Espírito Santo" já sugere que o Espírito é associado com santidade ou
santificação. Em 2Tessalonicenses 2.13, Paulo dá graças a Deus por seus leitores “Deus vos
escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade”. Em
Romanos 15.16, Paulo fala de si mesmo como ministro de Cristo aos gentios "de modo que a
oferta deles [os gentios] seja aceitável, uma vez santificada pelo Espírito Santo". Paulo não é o
único a atribuir a santificação ao Espírito Santo. Pedro inicia sua primeira epístola tratando os
seus leitores como aqueles que haviam sido “eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em
santificação no Espírito [ou em santificação do Espírito]” (1.2). Concordando com essa
passagem, a Confissão de fé de Westminster chama o Espírito Santo de “o Espírito Santificador
de Jesus Cristo”.
IX. PRESERVAÇÃO OU PERSEVERANÇA

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O Espírito Santo está também indispensavelmente envolvido com nossa preservação
ou perseverança na fé. Duas figuras bíblicas nos convidam a uma reflexão: “selo” e
“penhor”. O Espírito é o selo de nossa final redenção em Efésios 4.30: “E não entristeçais o
Espírito de Deus, no qual [ou com o qual] fostes selados para o dia da redenção”. Nos dias do
Novo Testamento usava-se um selo como “marca de propriedade”; ser selado com o Espírito
significa ser separado como alguém que pertence a Deus. Nessa passagem, ser selado com o
Espírito significa também que o Espírito nos guardará em comunhão com Deus até o dia final da
redenção.
X. PENHOR E SELO
Igualmente, em Efésios 1.13-14, Paulo encoraja-nos, dizendo: “Tendo nele também
crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança até
ao resgate da sua propriedade”. A palavra traduzida aqui como “penhor” é o termo grego
avrrabw,n (arrabōn) [depósito de garantia], que também pode ser traduzida como “promessa” -
o “penhor” é o que garante o cumprimento de um dever ou obrigação. Se temos o Espírito em
nós, Paulo afirma, temos a segurança de que o futuro de glória, que é nossa herança em Cristo,
um dia será nosso - nada poderá nos tirar essa herança! A palavra avrrabw,n (arrabōn) em
relação ao Espírito, é usada em duas outras passagens. Aprendemos em:
2Coríntios 1.22 que Deus “nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração".
Ele nos deu seu Selo de propriedade e pôs um Depósito em nosso coração;
2Coríntios 5, Paulo nos diz que Deus, que está preparando para nós “um edifício, casa
não feita por mãos, eterna, nos céus” (v. 1), outorgou-nos “o penhor do Espírito”. O Espírito
Santo, em outras palavras, de maneira misteriosa, porém maravilhosa, habilita-nos a perseverar
no caminho cristão até o dia no qual entraremos na posse final da herança numa nova terra
glorificada.

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