Quanto a propriedade
Posse de bens móveis e imóveis, essa é a noção de propriedade de Locke. Essa propriedade já está
garantida no estado de natureza e por ser uma instituição anterior à sociedade, é um direito natural
do indivíduo. Por isso, inviolável pelo Estado e garantido pelo trabalho.
Com o uso massivo do dinheiro pelo comércio, surgiu uma nova forma de adquirir propriedade,
junto com uma nova noção de propriedade: propriedade limitada, aquela garantida pelo trabalho; e
propriedade ilimitada, aquela garantida pela acumulação do dinheiro.
Quanto ao contrato
A necessidade de uma contrato social, formador de uma sociedade civil, está embasado
primeiramente na ideia de impedir violações da propriedade. Em Locke o contrato social é um pacto
de consentimento, a fim de preservar e consolidar os direitos do estado de natureza. Protegidos pelo
amparo da lei, do arbitro e da força comum. Estabelecendo em linhas gerais, Locke acaba por não
especificar um tipo de governo como o mais eficiente, contanto que seja criado pelo livre
consentimento dos indivíduos, garanta a proteção dos direitos de propriedade pelo governo que
exista um certo controle pela sociedade.
Locke também deixa aberturas para uma resistência do povo caso o principal objeto não seja levado
como deve. Isso se daria quando o poder (legislativo ou executivo) atentam contra a propriedade.
Resumo: o cerne do estado civil, para Locke está no direito de natureza como algo inviolável,
assim como o direito a propriedade. Tornando então, John Locke como o pai do individualismo
liberal.