CURSO DE PSICOLOGIA
BANCA EXAMINADORA
AGRADECIMENTO
A minha família, em que cada um, com seu jeito de ser, de certa forma,
contribuiu muito para finalização deste trabalho; meu pai pelo seu “jeitão”, mas com
muito carinho me dando apoio; minha mãe por ser a melhor mulher do mundo, que
sempre esteve me esperando em casa depois das aulas com aquela “comidinha”
que não tem preço; meu mano, que mesmo sério se mostrou atencioso e carinhoso
quando me via chorar por não ter dado alguma coisa certo; e minha irmã gêmea,
Jû, a qual eu tenho um amor incondicional, sem comparações. Não podia deixar de
fora meu parceiro de luta, Marciel, que sempre me acalmava com sua frase
decorada: “Preta, calma que dá tudo certo”. E também por toda minha família em
E também aos meus amigos e amigas que nas horas em que eu estava mais
pouco do “foco”.
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RESUMO
Esta pesquisa de campo realizada numa abordagem qualitativa teve como objetivo
central compreender quais os fatores que podem contribuir para o idoso ter uma
melhor qualidade de vida. Foram abordados, especificamente, os seguintes
objetivos específicos: analisar quais são os aspectos que podem gerar maior alegria
e satisfação no idoso; verificar como o idoso significa sua inserção social; identificar
como o idoso se sente em relação à sua condição física; verificar como o idoso se
sente no seio familiar e, por fim, conhecer a representação social de qualidade de
vida e velhice na percepção do idoso. Este foi realizada com quatro idosos do grupo
de Terceira Idade do município de Nova Veneza, utilizando como instrumento de
coleta de dados entrevistas semi-estruturadas. O resultado final demonstrou que na
terceira idade não tem segredo para se ter qualidade de vida. Segundo os sujeitos
deste estudo as condições necessárias envolvem a boa alimentação, praticar
atividades físicas prazerosas, ter amigos, se divertir, passear, ou seja, viver a vida
na velhice.
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 11
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................ 13
2.1 A VELHICE E O FUTURO ..................................................................... 13
2.2 ENVELHECER....................................................................................... 14
2.3 APOSENTADORIA ................................................................................ 16
2.4 O IDOSO E A FAMÍLIA ......................................................................... 16
2.5 O IDOSO E AS TRANSFORMAÇÕES .................................................. 17
2.5.1 ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS ....................................................... 18
2.5.2 ALTERAÇÃO NA INTELIGÊNCIA E MEMÓRIA................................ 19
2.5.3 ALTERAÇÕES CORPORAIS ............................................................. 20
2.6 PROCESSOS DE ACEITAÇÃO ............................................................ 20
2.7 ASPECTOS QUE PODEM CONTRIBUIR PARA UMA MELHOR
QUALIDADE DE VIDA ................................................................................ 21
2.7.1 GRUPOS DE TERCEIRA IDADE ....................................................... 24
3 METODOLOGIA ....................................................................................... 25
3.1 TIPOS DE PESQUISA ........................................................................... 25
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA .................................................................. 25
3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ........................................... 25
3.4 ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................... 26
3.5 PROCEDIMENTOS ............................................................................... 26
3.6 LOCAL DA PESQUISA ......................................................................... 27
3.7 QUESTÕES ÉTICAS ............................................................................. 27
3.8 CONSENTIMENTO INFORMADO ......................................................... 28
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS ............................................ 29
4.1 IDENTIFICAÇÃO DOS IDOSOS ........................................................... 29
4.2 ASPECTOS QUE GERAM ALEGRIA E SATISFAÇÃO AO IDOSO ..... 30
4.3 IMPORTÂNCIA DO IDOSO NA INSERÇÃO SOCIAL .......................... 34
4.4 IDENTIFICAÇÃO DO IDOSO EM RELAÇÃO A SUA CONDIÇÃO FÍSICA
..................................................................................................................... 36
4.5 CONSTATAR COMO O IDOSO SE SENTE NO SEIO FAMILIAR ........ 37
4.6 CONHECER A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE QUALIDADE DE VIDA E
VELHICE NA PERCEPÇÃO DO IDOSO ..................................................... 39
5 CONCLUSÃO ........................................................................................... 42
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 44
10
APÊNDICES ................................................................................................ 50
APÊNDICE A: ENTREVISTA SEMI ESTRUTURADA E ROTEIRO DA
ENTREVISTA .............................................................................................. 51
APÊNDICE B: ENTREVISTAS VALIDADAS .............................................. 52
APÊNDICE C: TERMO DE CONSENTIMENTO.......................................... 61
APÊNDICE D: TERMO DE CONSENTIMENTO.......................................... 62
ANEXOS ...................................................................................................... 63
ANEXO A: FOLHA DE ROSTO – SISNEP.................................................. 64
ANEXO B: PROTOCOLO DE ENCAMINHAMENTO .................................. 65
ANEXO C: PARECER CONSUBSTANCIADO ........................................... 67
ANEXO D: CARTA DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA ................. 69
11
1 INTRODUÇÃO
oferece toda a sua vida e vivências, pronto e apto não só para ser servido mas para
servir aos outros, à nação, ao equilíbrio e harmonia da vida e a Deus. (GONÇALVES
E VILARTA, 2004).
A terceira idade não pode ser vista como uma fase da vida acarretada de
problemas, mas sim uma etapa de um sólido amadurecimento e um período da vida
em que estes saibam aproveitar cada minuto com coisas que lhes façam felizes.
Trás à tona então, a grande preocupação para a Psicologia atual, trabalhar o
modo de pensar, agir e ser do idoso juntamente com a comunidade em geral, para
que de maneira positiva possa melhorar na qualidade de vida do ambiente em que
os mesmos vivem.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.2 Envelhecer
De acordo com Ceneviva (1988), desde que o ser humano nasce, ele traz
consigo unidades de genoma, denominados Gerontogenes, em que o mesmo
produz uma rápida ou lenta capacidade de perda da vitalidade de nossas células e
tecidos. Isso mostra que desde que o ser humano nasce ele está em processo de
transformações e venerável perda de capacidade, deixando-o cada vez mais velho.
Na maioria dos povos primitivos, quando a pessoa chegava a ficar idosa, esta
era considerada como um elemento de valorização, onde os mesmos eram elevados
ao mais alto nível da posição hierárquica que poderia existir, porém, em outros
povos, a velhice era considerada com o “fim” da produtividade, período em que as
pessoas não conseguiam prover suas necessidades, eram, então, sacrificados.
(SCHONS & PALMA, 2000).
A velhice é considerada um fenômeno biológico que apresenta certa
particularidade, sendo claramente definida, como fase de declínio. Para Mercadante
(1998), a velhice é um processo comum entre todos os seres vivos e a morte pode
ocorrer em qualquer momento da vida, freqüentemente na velhice. Jeckel (1996)
coloca que a palavra “envelhecimento” traz uma conotação de declínios, perdas, e
proximidade do fim da vida.
Segundo Bueno (1999), existem vários “nomes” acompanhados com
significados diferentes para a palavra idoso. Pode-se encontrar, por exemplo: Velho,
como aquele que tem idade avançada; Senescente, como adj. de que vai
envelhecendo, processo normal da vida humana; Idoso, como uma pessoa que esta
avançada em anos; Ancião, como um homem velho e respeitável; e de acordo com
Veras (2005), pode-se encontrar o termo Terceira Idade como sendo a descoberta
do verdadeiro sentido da vida, uma fase de amadurecimento, do bem viver.
O envelhecimento começa logo que o ser humano pára de crescer. Iniciam-se
as mudanças no corpo e já não se consegue fazer tudo como antes. Porém a
velhice não pode ser vista como sinônimo de doença e incapacidade e até mesmo
de tristezas. É preciso manter até o fim uma boa qualidade de vida.
Do ponto de vista biológico, o envelhecimento é descrito como uma fase de
degeneração do organismo que se inicia após o período reprodutivo, e que vem
acompanhado com sinais como: aparecimento de rugas, diminuição da força
muscular, progressiva perda de elasticidade, aparição de cabelos brancos, declínio
da produção de certos hormônios, diminuição auditiva e visual entre outros sinais.
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2.3 Aposentadoria
Segundo Zimerman (2000), a família nem sempre é aquela que tem laços de
consanguinidade, como pais, irmãos, sobrinhos, filhos. Mas sim pessoas que, no
caso do idoso, por viverem mais próximas e por muitas vezes aceitarem a limitação
do idoso e conviver diariamente com este, criando laços de confiança e forte
amizade, tornam-se a verdadeira família do mesmo.
O autor coloca também que como em todas as fases da vida, na Terceira
Idade a família tem seu importante papel. Pois agora o idoso precisará de ajuda e
apoio devido às limitações, aos medos e inseguranças que são normais nesta etapa
da vida.
Simões (1998) colabora dizendo, que existe uma complexidade do idoso não
só na parte social, mas principalmente no ambiente familiar, no qual muitas vezes é
descriminado e não aceito. E isso é um ponto que é um contra-senso, pois a família
é o primeiro grupo social com que o homem tem contato após o nascimento.
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Conforme coloca Simões (1998), a trajetória da vida do ser humano inicia com
a vida intra-uterina, seguindo-se com a infância, adolescência, casamento,
procriação, criação dos filhos, trazendo um conjunto de estruturas e funções das
mais simples até as mais complexas, dando continuidade pela aposentadoria, vindo
a velhice e, consequentemente, a morte. Junto com este ciclo, muitas
transformações corporais vêm acompanhadas e certamente muitas limitações,
aceitações ou amarguras.
De acordo com Chopra (1994), o ser humano tem três modos distintos de
medir a idade de alguém. A primeira é Idade Cronológica, que diz quantos anos
você tem segundo o calendário; a segunda é a Idade Biológica, que diz respeito a
qual idade que seu corpo tem em termos de sinais críticos da vida e processos
celulares; e a terceira é a Idade Psicológica, que é a idade em que você se sente
bem.
A idade não envolve apenas números como coloca o autor, envolve muito
mais do que isso. É de extrema importância entender a dinâmica que o autor acima
coloca em relação a isso para compreender, na maioria das vezes, os “problemas”
que o idoso apresenta.
Para Barreto (1992), a velhice é marcada ou associada em geral, às
modificações no corpo, destacando-se algumas como, cabelos brancos, rugas, o
andar mais lento, uma postura mais encurvada, uma notável diminuição auditiva e
visual entre outras mudanças.
A velocidade do envelhecimento não é a mesma para todas as pessoas. É
possível que indivíduos da mesma idade apresentem situações biológicas de
menores ou maiores capacidades. Cada pessoa reage de determinada maneira,
afirma Rauchback (1990). E é normal que os idosos, devido ao declínio do
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Barreto (1992) coloca que muitas vezes o preconceito contra a velhice toma o
lugar do respeito e da valorização, fazendo com que o mesmo se sinta cada vez
mais incapaz e triste. Contribui colocando que diante da fragilidade, a auto-imagem
do velho fica bastante comprometida, vindo, então, problemas psicológicos,
principalmente a depressão e consequentemente um auto declínio em muitas
funções do próprio corpo.
Para Rauchbach (1990), na velhice, o equilíbrio psicológico se torna mais
difícil, pois ao longo da história da vida acentua-se as diferenças individuais. Com o
passar dos anos, certas modificações se processam no íntimo do individuo.
Otto (1987) coloca que à medida que o ser humano envelhece, começa a
perder papéis e funções sociais, afastando-se, assim, do convívio de seus
semelhantes.
Na fase da velhice, pode-se concluir que ocorrem alterações psicológicas,
pois as circunstâncias do dia à dia se modificam, surgindo novos papéis e, por
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conseguinte, novos problemas a enfrentar. Esta fase pode ser vista como
modificações e problemas decorrentes de situações mal resolvidas ao longo dos
anos.
Mesmo com as alterações psicológicas reconhecidas e tratadas pela medicina
e a psicologia tradicional percebe-se uma força interior, que de certa forma, regula a
dimensão psicológica do idoso. Segundo Jerônimo (2009) as tradições e a fé
trazidas nas benzeduras e nos chás tradicionais, mantidos pela cultura por meio do
folclore e das crenças populares dão um sentido de totalidade ao idoso levando-o á
resistir e a desenvolver um novo significado de qualidade de vida.
2.7 Aspectos que podem contribuir para uma melhor qualidade de vida
“Os idosos devem ter acesso à comida, água, abrigo e cuidados médicos.
Devem ter oportunidade de trabalho e estudo. Devem morar em sua própria casa o
maior tempo possível”. (DECLARAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO IDOSO – ONU,
1982).
Segundo Breyer e Sicuro (1990), o preparo do ser humano para a vida não
pode ser limitado e materialista. A Psicologia, a Filosofia, a Sociologia e outras
ciências sociais, têm que começar a tomar novos rumos. Não se pode mais ignorar a
última etapa da vida, como se fosse uma regressão inútil. Afirma também que o
lazer na terceira idade se baseia em passar mais tempo com a família, fazer
caminhadas com amigos, tendo bom senso, poder trabalhar, participar de grupos de
idosos como por exemplo um centro de recreação.
Chopra (1999) coloca que as pessoas mais velhas, hoje em dia, tendem a
não ser mais simples viventes, ou melhor, sobreviventes, são pessoas que
incorporam atitudes e valores invejáveis.
Para Corazza (2001), a atividade física na terceira idade, quando
acompanhada por um profissional, é muito eficaz, pois além de melhorar a auto-
estima do mesmo, também contribui bastante para a parte corporal, deixando-o mais
forte e saudável.
Chopra (1999) coloca ainda, que uma boa alimentação, composta por água
pura, alimentos sadios retirados da horta, seguir uma dieta controlada por um
profissional, é de grande importância para o idoso manter uma Qualidade de Vida
mais equilibrada.
Tessari (2010) coloca que, vendo do ponto de vista físico, o fator que mais
importa na manutenção e prevenção da saúde é o cuidado com a alimentação.
Existe até um ditado popular que versa sobre o assunto: “Somos o que comemos”.
Ter uma alimentação saudável implica em suprir o organismo com todos os
nutrientes que ele necessita para obter um bom funcionamento, e também auxiliar o
idoso a manter seu peso estável.
Segundo Pereira (1988), a ginástica é uma das possibilidades de desenvolver
atividades físicas e trabalhar a conscientização do corpo pelos exercícios com os
idosos. Esta prática é muito aceita pelos profissionais de Educação Física, por ser
um trabalho de grupo, pela grande oferta de programas, fácil execução e
acessibilidade de locais, podendo ser realizada em academias, salões, clubes,
centros comunitários, universidades e outros locais.
Esta reação, também pode ocorrer pelo medo de prejudicar a saúde e pelo medo da
morte.
Para Osório (1991), o grupo de idosos, além de ser uma união entre as
pessoas é também, um agente de “cura”, pois o mesmo traz conforto, segurança e
confiança aos indivíduos.
3 METODOLOGIA
3.5 Procedimentos
A pesquisa foi realizada entre abril e maio de 2010, tendo como local o grupo
de Terceira Idade da cidade de Nova Veneza. Neste local foram escolhidos os
sujeitos para pesquisa, e foi colocada à responsável pelo grupo, o objetivo do
estudo. A partir deste contato a pesquisadora se apresentou ao mesmo e solicitou a
participação dos idosos como sujeitos da pesquisa. Aceito o convite de participarem
da pesquisa, os sujeitos assinaram o termo de consentimento e foi agendado o dia,
hora e local da entrevista. Após a transcrição das entrevistas, estas foram
retornadas aos sujeitos para serem validadas.
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“A amizade é um dos fatores que contribuem para se ter uma boa Qualidade
de Vida”.(DIAMANTE, 80 anos).
Outro aspecto trazido pelos idosos foi a alegria, que para Spica (2007), não
há satisfação melhor que a alegria do coração. A alegria do coração é a vida do
homem. Para o idoso abaixo:
“Nosso professor, é uma delícia, está sempre alegre e quem não estiver
alegre ele faz rir, botar a tristeza para fora né”.(ESMERALDA, 76 anos).
Foi o que já falei: sem amor agente não vive. Amor é tratar as pessoas com
carinho, tratar bem tudo. Em tudo tem que ter o amor, exemplo, que nóis fizemos um
bolo, uma comida, ali tem que ter o amor, pois se não tiver não presta, parece que
falta alguma coisa, e é exatamente o condimento do amor. O amor é o que nos faz
viver melhor. (ESMERALDA, 76 anos).
Para Gouvêa (2002), reviver o amor na Terceira Idade, torna-os mais leves e
mais completos. Segundo Chevalier (2005), o amor tem o sentido da busca a um
centro organizador que permite a realização do eu individual e do eu num coletivo,
como afirma o idoso:
“Ahhh... O amor é uma coisa necessária né. Ele não pode faltar. Sem amor
não se faz nada direito”.(BRILHANTE, 84 anos).
32
Para amar o próximo, a pessoa deve amar-se primeiro. E amar a si, significa
uma preocupação, interesse genuíno a si mesmo, conforme coloca Dotterweich
(1999). Para o sujeito em pesquisa:
“Ahh... Vou dizer uma coisa. Felicidade por si só não existe, é que existe
momentos felizes. A vida é feita de momentos, e temos que aproveitar estes
momentos bons e felizes para a nossa vida e vivermos melhor”. (ESMERALDA, 76
anos).
Um aspecto que também foi bastante citado nas entrevistas foi a saúde.
Para Spica (2007), não há maior riqueza que a saúde do corpo. Para a Organização
Mundial da Saúde - OMS (2000) retrata o estado de completo bem-estar a sanidade
física, mental e social. A alimentação segundo o Ministério da Saúde (2006), precisa
ter uma atenção especial na Terceira Idade, pois em todo o mundo cerca de cinco a
dez pessoas com mais de 65 anos têm algum problema de nutrição. A alimentação
consiste num elemento fundamental para manter a saúde fisica e mental. Junto com
a alimentação, as consultas médicas fazem parte da saúde como relata a idosa que
segue:
“Comer direito, de vez em quanto fazer uma consulta, e se cuidar né. Não
exagerar nas coisas.” (OURO, 63 anos).
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Gouvêa (2002), coloca que na maioria das vezes, o idoso, por ter alcançado
sua idade para se aposentar, simplesmente para de trabalhar. Trabalhar é saude, o
homem foi feito para estar em movimento. Segundo Grippo (1997), a essência do
ser humano está no trabalho, pois o homem é o que ele faz. É o que nos relata o
entrevistado:
“Afinal saúde é o que mais agente precisa ter. Não é só o fato do que comer,
mas viver alegre, e não viver deitado em uma cama ou no sofá. Brincar, passar o
tempo”. (BRILHANTE, 84 anos).
E, o último aspecto citado pelos idosos na pesquisa, foi o lazer. Spica (2008),
comenta que nada é melhor para o homem, do que alegrar-se e procurar o bem
estar durante sua vida. Brilhante, 84 anos, diz que:
“É o que precisa também. A pessoa tem que ter lazer, brincar, passear. Tudo
que agente gosta tem que procurar fazer. Isso faz parte de vida”.
“Lazer é a melhor coisa que tem né. Agente sai, brinca, joga bola, toma
sorvete, eu acho que lazer é um momento feliz da vida da gente. Estes tempos eu
fui na praia, me fizeram botar um maiô, tomar banho de mar, olha eu achei o
máximo. E também na piscina, eu tava indo na hidroginástica lá em Forquilhinha,
aquilo também me ajudou muito, e isso também para mim era um lazer, pois depois
eu vinha pra casa, tomava um banho ficava mais leve, prá que carregar peso na vida
se não precisa né? (risos) Vamos viver felizes com o pouco de peso que agente
carrega né”. (ESMERALDA, 76 anos).
Assim sendo, pode-se perceber que aspectos como lazer, saúde, felicidade,
amor, amizade entre outros fatores, contribuem, e muito, para melhorar a Qualidade
de Vida do Idoso.
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“[...] sempre gostei muito de passear, desde novo. Comecei como vendedor
de fumo quando era novo, depois como viajante, etc... sempre gostei de andar de
um lado para o outro... É muito bom para nós sabermos que podemos nos reunir
com gente da nossa idade para rir, fofocar etc. Isso me ajuda muito a viver melhor”.
(BRILHANTE, 84 anos).
“[...] passeio na praça para ver os meus amigos, jogar canastra. Eu participo
do grupo de terceira idade e é uma grande alegria. O pessoal do grupo tem uma
grande amizade, somos uma grande família. Me sinto muito bem no grupo, pois nos
divertimos e brincamos muito”.
“Me sinto muito bem no grupo, pois nos divertimos e brincamos muito.
Fazemos ginástica, escutamos música, dançamos e namoremos também. (risos)”.
(DIAMANTE, 80 anos) .
A educação foi outro fator que fora muito citado pelos sujeitos da pesquisa,
em relação ao professor, percebe-se a importância do papel do educador na vida
dos idosos. Brandão (1994), coloca que a escola não é o único lugar onde a
educação acontece, e não há apenas um modelo de educação. A educação
acontece em qualquer ambiente. Para Esmeralda, 76 anos:
“O nosso professor é uma delícia, está sempre alegre e quem não estiver
alegre ele faz rir, bota a tristeza para fora né. Nós aprendemos a fazer os exercícios,
e quando chegamos em casa, conseguimos fazer os exercícios como o professor
ensinou. E com um professor bom como o nosso é melhor ainda né. Tudo isso me
ajuda muito a melhorar a minha Qualidade de Vida, me sinto muito bem”.
“No meu tempo livre eu passeio, vou na casa da minha Irmã, e é tão bom se
reunir com alguém da nossa família”. (ESMERALDA, 76 anos)
Assis (1998) afirma que o idoso dever ter a garantia das condições
necessárias para viver bem, incluindo além de uma vida plena e satisfatória, direitos
ao atendimento médico e apoio a qualquer “problema” que possa aparecer. Segundo
Esmeralda, 76 anos:
“[...] não se pode esquecer também, uma boa alimentação que é comer bem e
saber o que comer, que conta muito para agente viver bem”. (DIAMANTE, 80 anos).
“Toda minha família me trata bem. É muito bom ter família. Isso é essencial”.
“eles me aceitam, e até pedem para eu ir morar com eles, dizendo mãe vem
morar comigo vem, mas eu não vou deixar minha casa para morar com eles, eu
tenho o meu cantinho e é tão bom, e também depois de três dias na casa de um
filho já começamos a incomodar né. Pois eles têm a vida deles, aí fico em casa,
mas minha filha que mora comigo me convida para ir na praia e ai eu vou me divirto,
mas preconceito não há nenhum, todos me aceitam, eles até me acham muito bem.”
(ESMERALDA, 76 anos)
Na Ásia, de acordo com Papalia & Olds (2000), quando os mais velhos não
conseguem cuidar de si mesmos, as famílias acabam assumindo tal função. Já no
Japão, a idade avançada é símbolo de status. Diante dos fatos, atualmente, tem-se
a necessidade de observar os idosos, porque o mundo está envelhecendo como um
todo.
Segundo Schons & Palma (2000), as relações familiares são as que o “velho”
vive com mais assiduidade e intensidade, e a importância da estrutura familiar em
sua vida é fundamental em muitos sentidos, desde a época da família nas
sociedades primitivas até a família na sociedade contemporânea, como enfatiza o
idoso abaixo:
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“Me sinto muito bem graças a Deus. Minha família acha que sou bem feliz,
bem alegre. Não tem nenhum tipo de preconceito. Me tratam muito bem. Meus filhos
acham que sou muito bem pela idade que eu tenho, dizem que pareço ser mais
nova”. (OURO, 63 anos).
Zimerman (2000) coloca que a maneira mais eficaz para o idoso ter
Qualidade de Vida, aceitação e inserção na família, e também na sociedade, é por
meio de estímulo e de valorização. Para Diamante, 80 anos:
“Olha, qualidade é não faltar o que agente precisa para viver, mas qualidade,
é em todos os pontos de vista é companhia, companheirismo, afinal, é o bem estar
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com o próximo, e o que pode influenciar, é exatamente viver com gente da nossa
idade e até com de outras, e Qualidade de Vida, mais ou menos que esteja bem e
que contente, não querer se dar uma de rico, mas viver bem consigo e com os
outros e lido com a velhice, bem, pois estou sempre passeando, indo de um lado
para o outro, vivo muito bem com minha esposa e com os casais do grupo.
Concordo que a idade tem suas limitações, mas até agora sou contente né.”
(BRILHANTE, 84 anos)
“Ahhh! Eu brigo com a velhice todo o dia, pois hoje a vida tá tão boa. Mas de
vez em quando eu sinto dor de um lado, dor do outro, mas minha filha disse que é
DNA, junta tudo e joga fora, a doença da junta. (risos), Aí eu digo pra ela que não é
fácil juntá tudo e jogá fora, ai é a hora de agente aprender a aceitar aquela dor da
terceira idade, a dor dos 70, 80 anos, e até porque não gente jovem que já sente
dor, então eu como idosa estou super contente com a minha vida, e a velhice é
natural.”
“A Qualidade de Vida é a Boa vivência e uma boa saúde. É estar bem com o
próximo, com a família e ter uma saúde boa para viver bem. Os fatores que podem
me ajudar a ter uma vida melhor é boa amizade, a alegria, o amor. (DIAMANTE, 80
anos)
Outro fator citado pelos sujeitos como fator de Qualidade de Vida, foram os
Grupos, ou seja, o Grupo de Terceira Idade. Segundo Zimerman (2000), o grupo é
um espaço no qual os sujeitos podem se entregar e, possivelmente, trabalhar fatores
pessoais e também grupais, gerando a confiança entre os mesmos e ainda, algumas
amizades prazerosas. Para a entrevistada a seguir:
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Portanto, nota-se que vários fatores podem contribuir para o idoso ter uma
vida mais saudável e feliz na terceira idade. Uma alimentação adequada, exercícios
acompanhados por profissionais, passeios, e até mesmo o grupo de Terceira Idade,
são maneiras simples, mas que fazem grande diferença na vida dos mesmos.
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5 CONCLUSÃO
Foram envolvidos quatro idosos, sendo dois do sexo feminino e dois do sexo
masculino. Por ser uma pesquisa onde envolvesse humanos e também por ser
qualitativa, o comprometimento com o sigilo da identidade de cada um fez com que
seus nomes fossem restritamente substituídos por pedras e metais preciosos, visto
que os mesmos podem e merecem ser comparados com tais pseudônimos.
Sobre as referências, como visto nesta pesquisa, houve muitas contribuições
de vários autores. Por esta questão pode-se entender que a busca por mais
bibliografias é necessária, vendo que o tema é de grande importância na sociedade
atual.
Em relação à contribuição desta pesquisa para a área da psicologia, pode-se
dizer que é um assunto que deve ser melhor trabalhado e mais focado. Existem
varias ações que o psicólogo poderia estar trabalhando dentro do grupo de terceira
idade, como por exemplo, a musicoterapia, e também esclarecer duvidas
relacionadas á medos, inseguranças e também sobre seus direitos na comunidade.
Nota-se ainda a grande necessidade de trabalhar com o idoso, pois é um objeto de
estudo que vivenciou outras épocas e tem muito para transmitir. Como coloca o
referido trabalho, na sociedade oriental, o idoso é visto como um ancião, um sábio. E
isso não tem preço, tem muito valor.
Então, pode-se perceber á importância de um profissional da psicologia para
estar trabalhando com estes sujeitos dentro de um grupo, com o objetivo de
melhorar ainda mais sua vida, seus pensamentos e direitos.
A pesquisa contou com o número de quatro idosos, do município de Nova
Veneza e aponta sugestões para outros trabalhos. Fica como sugestão, trabalhar
com grupos maiores ou então de outras localidades, para, talvez, fazer comparações
a fim de proporcionar para o idoso uma boa Qualidade de Vida.
O idoso, mais do que qualquer outro indivíduo pode e deve ter seus méritos.
Viver uma vida com o acúmulo dos anos, com algumas cicatrizes, mas também
cheios de orgulho, dá aos cidadãos, o dever de zelar por cada um deles. A
Qualidade de Vida na Terceira Idade é fundamental e de direito para os mesmos.
Viver a terceira idade é lutar, ou, melhor dizendo, é continuar a lutar por uma vida
cheia de surpresas e alegrias, na qual os sonhos possam ainda permanecer e,
certamente, serem realizados.
44
REFERÊNCIAS
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Ed Vozes, Petrópolis, 2002
CAMARGO, Luiz, O. Lima. O que é lazer. Ed. Brasiliense. 3ª edição. SP. 1992
45
CORAZZA, Maria Alice. Terceira idade e Atividade Física. São Paulo: Phorte
Editora, 2001.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Ed.
Atlas, 2002.
GOUVÊA, Maria Augusta Christo de. Terceira idade, ainda tempo de semear.
Petrópolis, RJ. Ed, Vozes, 2002.
OSÓRIO, L.C e cols. Grupoterapia hoje. 2 Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
OTTO, E. Exercícios Físicos para a terceira idade. São Paulo: Manole, 1987.
PEREIRA, O,M. Noções de Educação Física para a terceira idade. Passo fundo:
UPF, 1998.
SPICA, Marciano. O segredo do sucesso. São Cristóvão: Ed. São Cristóvão, 2008.
APÊNDICES
51
Nome:
Cidade:
Sexo:
Idade:
1) Objetivo: Analisar quais são os aspectos que podem gerar maior alegria e
satisfação ao idoso;
Pergunta: O que você entende por:
• Saúde
• Felicidade
• Amor
• Velhice
• Lazer
• Outros
Nome: Diamante
Idade: 80 anos
Sexo: Masculino
Cidade: Nova Veneza
Estado Civil: Casado
• Velhice: Temos quer saber que ser velho tem limitações, mas por exemplo,
tem gente que só reclama porque é velho, porque tem dor de um lado dor de
outro, porque já esta toda franzida, toda mole.. Mas eu sou um velho jovem.
Temos que ser o que somos. Aceitar a velhice e viver bem. (risos). Eu sou
jovem, sou querido, sou bonito. A mulherada ali fora briga por mim, porque
sou muito querido. Depois a mulher briga comigo. Mas não tenho culpa.
(risos).
• Lazer: Ótimo. Muito bom. Ter lazer na terceira idade é bom porque ai não
ficamos pensando besteiras. Saímos de casa.
2) O que você faz no seu tempo livre? Você participa do grupo de Terceira
Idade. Qual a sua visão sobre o mesmo? Você participa de outras
atividades sociais? Como estas interferem em sua qualidade de vida?
No meu tempo livre eu descanso. Tiro as coisas ruins da idéia, penso em
coisas boas para as pessoas, e passeio na praça para ver os meus amigos
jogar canastra. Eu participo do grupo de terceira idade e é uma grande
alegria. O pessoal do grupo tem uma grande amizade, somos uma grande
família. Me sinto muito bem no grupo, pois nos divertimos e brincamos muito.
Fazemos ginástica, escutamos musica, dançamos e namoremos também.
(risos). . Todos nós nos aceitamos do jeito que somos. É muito gostoso.
3) Como você se sente com seu corpo? Você cuida de sua saúde? Como?
Muito bem. Faz mais de trinta anos que eu não vou no médico. (risos). Graças
a Deus né, mas não se pode esquecer também, da boa alimentação que é
comer bem e saber o que comer, que conta muito para agente viver bem.
5) O que você entende por Qualidade de vida? Quais os fatores que podem
influenciar na sua Qualidade de vida? Como você lida com a velhice?
A qualidade de vida é a Boa vivência e uma boa saúde. É estar bem com
o próximo, com a família e ter uma saúde boa para viver bem. Os fatores que
podem me ajudar a ter uma vida melhor é boa amizade, a alegria, o amor.
Não se pode esquecer também em falar da boa alimentação que é comer bem
e saber o que comer, que conta muito para agente viver bem. E eu lido na
velhice, muito bem. Na velhice me sinto como se eu fosse um jovem. (risos).
Muito contente. A mesma coisa de quando eu era jovem, com 15, 14 anos. E
em relação ao preconceito, não noto não. Sou amigo de todos.
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Nome: Esmeralda
Idade: 76 anos
Sexo: Feminino
Cidade: Nova Veneza
Estado Civil: Viúva
• Felicidade: ahhh... vou dizer uma coisa. Felicidade por si só não existe, é que
existe momentos felizes. A vida é feita de momentos, e temos que aproveitar
estes momentos bons e felizes para a nossa vida e vivermos melhor.
• Amor: Foi o que eu já falei, sem amor agente não vive. Amor, é tratar as
pessoas com carinho, tratar bem tudo, em tudo tem que ter o amor. por
exemplo quando fizemos um bolo, uma comida, ali tem que ter o amor, pois
se não tiver não presta, parece que falta alguma coisa, e é exatamente o
condimento.
• Velhice: É muito bom agente poder ficar velho. Hoje tenho 76 anos e vivo uma
vida de uma pessoa jovem, só que os anos trazem o cansaço da vida,
entendes? Então um dia dói o joelho, outro dia o tornozelo, mas vou no
médico sempre que é preciso, tomo remédio, estou me tratando, com receita
médica, então quem quer viver bem, e com saúde, tem que ir ao médico,
quando é preciso e também quando ele pede. E também quando sente
alguma coisa que não é normal.
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• Lazer: Lazer é a melhor coisa que tem né, agente sai, brinca, joga bola, toma
sorvete, eu acho que lazer é um momento feliz da vida da gente. Estes
tempos eu fui na praia, me fizeram botar um maio, tomar banho de mar, olha
eu achei o Maximo. E também na piscina, eu tava indo na hidroginástica lá
em forquilhinha, aquilo também me ajudou muito, e isso também para mim
era um lazer, pois depois eu vinha pra casa, tomava um banho ficava mais
leve, pra que carregar peso na vida se não precisa né? (risos) Vamos viver
felizes com o pouco de peso que agente carrega né.
3) Como você se sente com seu corpo? Você cuida de sua saúde?
Como?
Olha. Bem graças a Deus. Vou ao médico regularmente. Tenho o médico do
reumatismo, o médico do coração, e temos um doutor que é o médico que
cuida de toda a família. E sempre faço todo o tratamento que eles me pedem.
morar com eles, eu tenho o meu cantinho e é tão bom, e também depois de
três dias na casa de um filho já começamos a incomodar né. Pois eles têm a
vida deles. Aí fico em casa. Mas minha filha que mora comigo me convida
para ir na praia e ai eu vou me divirto. Mas preconceito não há nenhum.
Todos me aceitam. Eles até me acham muito bem.
velharada vai? Eu não falei nada mas me deu vontade de dizer que um dia
eles também vão ficar velhos. Vão passar por essa também. Mas não respondi
nada porque não valia a pena, ia me incomodar.
Nome: Brilhante
Idade: 84 anos
Sexo: Masculino
Cidade: Nova Veneza
Estado Civil: Casado
Amor: Ahhh, é outra coisa necessária né. Ele não pode faltar. Sem amor não
se faz nada direito.
Velhice: Uma velhice saudável. A mais comprida que der. Eu to meio velho,
mas quero viver muito mais. (risos)
Lazer: É o que precisa também. A pessoa tem que ter lazer. Brincar, passear.
Tudo que agente gosta tem que procurar fazer. Isso faz parte da vida.
2) O que você faz no seu tempo livre? Você participa do grupo de Terceira
Idade. Qual a sua visão sobre o mesmo? Você participa de outras
atividades sociais? Como estas interferem em sua qualidade de vida?
No meu tempo livre, o que tiver para fazer, eu faço. Mas sempre gostei muito
de passear, desde novo. Comecei como vendedor de fumo quando era novo,
depois como viajante, etc... sempre gostei de andar de um lado para o outro.
Ahh, participo sim do grupo, e gosto muito. Todos nós nos aceitamos como
somos, cada um com seu jeito, da tudo certo. É muito bom para nós sabermos
que podemos nos reunir com gente da nossa idade para rir, fofocar etc. Isso
me ajuda muito a viver melhor.
3) Como você se sente com seu corpo? Você cuida de sua saúde? Como?
Até que bem. Não tenho nada contra ele. (risos). E em relação a minha saúde,
vou ao medico quase de mais. Mas é bom. Temos que nos sentir bem.
5) O que você entende por Qualidade de vida? Quais os fatores que podem
influenciar na sua Qualidade de vida? Como você lida com a velhice?
Olha, qualidade é não faltar o que agente precisa para viver, mas qualidade, é
em todos os pontos de vista é companhia, companheirismo, afinal, é o bem
estar com o próximo. E o que pode influenciar, é exatamente viver com gente
da nossa idade e até com de outras, e Qualidade de vida, mais ou menos que
esteja bem e que contente, não querer se dar uma de rico, mas viver bem
consigo e com os outros.e lido com a velhice, bem, pois estou sempre
passeando, indo de um lado para o outro, vivo muito bem com minha esposa e
com os casais do grupo. Concordo que a idade tem suas limitações, mas até
agora sou contente né.
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Nome: Ouro
Idade: 63 anos
Sexo: Feminino
Cidade: Nova Veneza
Estado Civil: Viúva
• Felicidade: Ser alegre e feliz com todos. Ter amigos para rir.
• Velhice: Ahhh... não tem velhice; velhice é as pessoas mesmo que fazem. Se
agente ta sempre alegre e contente agente nunca ta velho.
2) O que você faz no seu tempo livre? Você participa do grupo de Terceira
Idade. Qual a sua visão sobre o mesmo? Você participa de outras
atividades sociais? Como estas interferem em sua qualidade de vida?
Ahhhh.. o meu tempo livre ta cheio. Eu estudo, vou na aula de Qualidade de
Vida em Criciúma, faço Hidro em Forquilhinha, vou no coral, participo de tudo
quanto é coisa que tem. Participo sim do grupo. Acho muito bom, pois as
pessoas vem, participam são todos amigos, conversamos bastante, pois e a
pessoas só fica em casa também é ruim né. Temos que sair de casa um
pouco. Nos sentimos todos bem aceitos aqui no grupo. Somos uma Família.
Eu gosto muito de ajudar as pessoas mais velhas do que eu. Tudo isso
contribui muito para mim viver melhor.
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3) Como você se sente com seu corpo? Você cuida de sua saúde? Como?
Bem. (risos) olha cuido da minha saúde, mais ou menos. (risos). Só quando
sinto alguma coisa, se não, não vou no medico.
5) O que você entende por Qualidade de vida? Quais os fatores que podem
influenciar na sua Qualidade de vida? Como você lida com a velhice?
É agente assim ó. Aproveitar bem a vida, sair, passear, ser amiga dos outros,
companheira e ser sempre feliz alegre, e participar das coisas.
Os fatores, é sair para passear, ser muito boa para as pessoas, ser
companheira e perdoar as pessoas, não ter rancor. Mas acima de tudo saber
se alimentar. Ahhh como eu lido com a velhice? Eu lido assim ó.. eu nem
penso que sou velha. Penso que sempre sou nova. (risos).
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Razão Social:__________________________________________________________
CNPJ:________________________________________________________________
Representante legal:____________________________________________________
CPF:________________________________________________________________
Nome:________________________________________________________________
CPF:_________________________________________________________________
ANEXOS
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