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Resumo
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Pós-graduando em Fisioterapia Dermato Funcional
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Orientador, Fisioterapeuta, Professor da Biocursos, Especialista em Cardiorespiratória
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1. Introdução
Em decorrência das novas tecnologias associadas aos riscos inerentes, como inúmeros
casos em cirurgias de lipoaspiração, introduz-se no mercado recursos não invasivos e com o
mínimo de efeitos colaterais. Diante disso cita-se a criolipólise, um sistema de
congelamento a vácuo assistido que age no tecido adiposo a fim de promover a lipólise e
consequentemente a redução de medidas.6
Esse artigo tem como objetivo ilustrar os efeitos da criolipólise, pelo fato de ser uma das
técnicas mais modernas de equipamento não invasivo para tratamento da lipodistrofia
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2. Fundamentação Teórica
Em 2008, iniciaram as primeiras pesquisas em porcos, onde o objetivo dos estudos era
comprovar a eficácia da técnica de criolipólise para a redução da espessura da camada de
gordura. Estudos em porcos demonstrou que a criolipólise pode promover uma redução de
30% a 50% na espessura da camada de gordura deste6,9, já em 2009 foram liberados os
primeiros testes em seres humanos, apontando assim uma redução de 20-26% da camada de
gordura local exposto ao frio 4-6 meses após o tratamento17 e em 2010 foi liberada esta
tecnologia para uso com fins estéticos. A liberação foi realizada em setembro de 2010 na
cidade de Boston pela agência governamental que controla alimentos e remédios no país
Food and Drugs Administration (FDA), a mesma determinou a temperatura e tempo de
aplicação para evitar queimaduras de frio e qualquer outro risco. No Brasil a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) liberou o procedimento em 2012.10
Exame in vitro da resposta dos adipócitos ao frio demonstrou que o resfriamento dos
adipócitos a temperaturas acima do congelamento, porém, abaixo da temperatura corporal
normal resulta em apoptose mediada por morte celular, o que sugere que a criolipólise
produz uma lesão apoptótica no tecido adiposo, após a exposição do tecido ao frio por um
período de 30 a 60 minutos. Além disso, a resposta inflamatória subsequente pode causar
dano adicional aos adipócitos não imediatamente afetados pela a exposição ao frio.9
Bueno (2012)10 menciona que a Criolipólise não é indicada para pessoas com sobrepeso
ou obesas, pois esta técnica tem como finalidade eliminar gorduras localizadas em
indivíduos que estejam com o peso ideal e pretendem definir as linhas do corpo. Também é
contraindicada para indivíduos que tenham hipersensibilidade ao frio, feridas no local da
aplicação, diabetes descontroladas e gestantes.10
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Esta técnica será indicada após uma avaliação, onde será analisado se o indivíduo a ser
tratado possui hipersensibilidade ao frio, se passou por cirurgias recentes e se possui
infecções ou feridas na área a ser tratada. Deve-se orientá-lo quanto à necessidade de dieta
controlada e realização de atividades físicas, pois os exercícios físicos ajudam a mobilizar a
gordura eliminando-a de uma forma mais rápida e eficaz.13
3. Metodologia
A seleção dos artigos foi realizada inicialmente tomando-se por base os títulos
relacionados ao tema principal, assim como, os aspectos fisiológicos envolvidos na técnica.
A essência desta seleção baseou-se nos artigos que abordassem como ideia principal a
criolipólise, seus efeitos fisiológicos, resultados clínicos e experimentais, interações
mercadológicas, associações com outros recursos terapêuticos, além de algumas
adversidades relacionadas a técnica. Foram descartados os artigos que não correspondiam
ao objetivo do estudo, sendo, portando, selecionados somente os que abordaram a melhora
na lipodistrofia localizada.
4. Resultados e Discussão
Com base nos dados dos estudos investigados, o resultado do tratamento é satisfatório e
têm apontado uma redução de 20-26% da camada de tecido adiposo na área exposta ao
resfriamento após o período de 60 à 90 dias após a intervenção com criolipólise.
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Borges relata que com 60 dias inicia-se a diminuição da inflamação, e a partir de 120 dias
pode-se avaliar os resultados obtidos com a criolipólise, pois terá atingido o pico de
redução de gordura no local da aplicação.14,21
5. Conclusão
Apesar de ser uma tecnologia inovadora e seu mecanismo de ação não estar totalmente
elucidado, resultados promissores tem sido verificados em estudos, sendo, portando, uma
excelente opção para a redução da lipodistrofia localizada e sem grandes efeitos adversos.
6. REFERÊNCIAS
11. URZEDO, Ana Paula; LIPI, Jussara; ROCHA, Leticia. Criolipólise: tecnologia
não invasiva para redução de medidas. South American jornal os Aesthetic Medicine.
2012
15. JEWELL, Mark L.; Solish, Nowell J.; Desilets, Charles S. Noninvasive Body
Sculpting Technologies with anemphasis on High-Intensity Focused Ultra-sound.
Aesth Plast Surg. 35:901-912, 2011.
16. ZELICKSON, Brian. Cryolipolysis for Noninvasive Fat Cell Destruction: Initial
Results from a Pig Model. Dermatol Surg.; 35:1462-1470, 2009.
19. NELSON, AA; Wasserman D; Avram MM. Cryolipolysis for reduction of excess
adipose. Semin Cutan Med Surg. 2009; 28(4): 244-9