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Quando não nos sentimos amados: Por

onde começar nossa cura interior e


encontrar a força da vida.
21 de fevereiro de 2017Ipê Roxo - Instituto de Constelação Familiar 2 Comentários

Abrir mão das exigências, reconectar-se com a vida


como ela chegou até nós e assumir a responsabilidade
pelo nosso presente é o caminho para a cura da nossa
alma.

Recebemos muitas perguntas em nossos canais sobre problemas que as pessoas enfrentam
em suas vidas. Uma grande parte delas descreve as dificuldades que surgem por não se
sentirem amadas ou por que gostariam de receber mais amor e afeto de seus pais.

É comum sentirmos esse desnível afetivo em alguma fase da nossa vida, onde parece que
nossas carências nunca são supridas. Lamentamos-nos por não sermos compreendidos a
amados, e desse movimento transformamos essa carência em exigências direcionadas
principalmente a nossos pais e nossas famílias.
Entramos nessa vida através da infância. E lá moldamos nossas percepções do mundo, e
por lá ficamos por mais ou menos 14 anos. E então, nosso corpo muda, o mundo muda e
precisamos crescer. Algumas partes de nós fazem isso automaticamente. Outras exigem
mais trabalho. É este o duro processo do amadurecimento.

O Amor infantil

No processo de amadurecimento, uma das primeiras coisas que percebemos e relutamos


em abrir mão é a forma como o afeto chega até a gente. Se na infância fomos supridos
em nossas expectativas de forma abundante (o que é normal e necessário no início da
vida) aos poucos os pais vão alterando a forma de troca, para estabelecer novas
informações necessárias para o desenvolvimento dos filhos. Bert Hellinger fala sobre isso
no seu livro “O Amor do Espírito”:

“O arquétipo da ajuda acontece na relação entre pais e filhos, principalmente, entre mãe
e filho. Os pais dão, os filhos tomam. Os pais são grandes, superiores e ricos; os filhos
pequenos, necessitados e pobres. Entretanto, porque pais e filhos estão ligados por um
profundo amor mútuo, o dar e o tomar entre eles pode ser quase ilimitado. Os filhos
podem esperar quase tudo de seus pais. Estes estão dispostos a dar quase tudo aos seus
filhos. Na relação entre pais e filhos as expectativas dos filhos e a prontidão dos pais
para atendê-las são necessárias e por isso, estão em ordem.

Entretanto, estão em ordem enquanto os filhos ainda são pequenos. Com o avançar da
idade os pais vão colocando limites aos filhos, com os quais estes podem entrar em
atrito, amadurecendo dessa forma.

Então os pais são menos amorosos com os seus filhos? Seriam pais melhores se não
colocassem limites? Ou provam ser bons pais justamente porque exigem de seus filhos
algo que os prepara para uma vida de adultos? Muitos filhos ficam então com raiva de
seus pais porque preferem manter a dependência original. Contudo, justamente porque
os pais se retraem e desiludem essas expectativas, ajudam seus filhos a se libertarem
dessa dependência e, passo a passo, agirem por própria responsabilidade. Somente
assim os filhos tomam o seu lugar no mundo dos adultos e se transformam de tomadores
em doadores.”

Muitos filhos relutam em aceitar essa troca, confundido esse endurecimento dos pais
como falta de amor. É a criança interna que briga e bate o pé por algo que ela quer e não
aceita trocar. E com essa crença, sofrem por muito tempo um sofrimento auto-imposto e
que retira a força de viver.

Muitas vezes é assim que o filho deixar de buscar nos pais o que ainda é necessário ao
seu desenvolvimento, além dos tesouros escondidos na relação diária. Na nossa fantasia
de criança, julgamos a qualidade do amor que vem de nossos pais, como se eles pudessem
ter sido diferentes. E então, entramos num caminho pesado, onde queremos nos separar
dos pais, numa tentativa de esquecer a dor que isso causa. Esse movimento é muito difícil.

Conseguir cultivar o que foi possível receber dos nossos pais, com aceitação ao que se
mostrou e com a compreensão que nossos pais fizeram o melhor que puderam, é um bom
lugar para iniciar a cura da alma.

Todos os filhos amam seus pais, e é muito difícil viver de forma plena quando tentamos
nos convencer do contrário.
Amadurecendo

Ao nos dar conta que o afeto está em nossos pais, e está disponível da forma como é
possível ser passado adiante, percebemos que até pequenas trocas diárias estão cheias de
cuidado e atenção. Mas até mesmo isso não importa. Ao amadurecermos, saímos do lugar
do juiz impiedoso, a quem os pais nunca conseguem estar à altura. Tornamos-nos
novamente filhos, que não estabelecem barreiras para o que os pais estão disponíveis
para dar.

A abundância está em não julgar o que nos é passado. Vemos que nossa briga com os pais
serve mais a nós, para fugirmos das dores e responsabilidades do crescimento. Temos
medo de sermos responsáveis por nós mesmos, sem poder correr ao socorro daqueles que
sempre nos protegeram.

A boa notícia: Eles sempre estarão lá. Se não fisicamente, dentro do nosso coração e
através de todos os tesouros que nos passaram, entre eles, a vida – nosso maior tesouro.

Você pode estar duvidando disso agora? Muito clichê o que falamos? Então verifique:
você trocaria sua vida por algo ou alguma coisa?

Sair do papel julgador da criança inocente abre a porta para que a vida aconteça.

Com esta postura ficamos alinhados com nosso papel e em nosso lugar na nossa rede
familiar. Ao permanecermos como filhos que sabem receber o que os pais podem dar,
honramos principalmente nossos pais, reconhecendo suas capacidades como genitores.
Mas também honramos toda linhagem que conduziu a vida até nós. A cada geração de
antepassados, vemos e aceitamos as contribuições para que a vida fizesse seu caminho. E
desse ponto, a vida se torna mais leve e fluída, mesmo em situações difíceis. Aprendemos
que temos o que é necessário para dar conta da vida que se abre a nossa frente.

Joan Garriga resume esse movimento de forma linda, no livro “Onde estão as moedas”:

“No mais profundo de cada um de nós, por mais graves que sejam as feridas, nós, filhos,
seguimos sendo leais a nossos pais, e inevitavelmente os tomamos como modelo e os
interiorizamos. De algum modo nos conectamos a uma força que nos faz ser como eles.
Por isso, quando somos capazes de amá-los, honrá-los, dignificá-los e respeitá-los,
podemos fazer o mesmo com a gente mesmo e ser felizes.”

Ainda que as vezes nos percebemos em movimentos de dores relacionados à nossa


família, cabe a cada im de nós entender e aceitar que nossos pais são também imperfeitos,
como somos todos.

E que também eles foram crianças com carências e dores no processo de crescimento. A
forma que temos para acessar a cura da alma e de nossas carências é parar de exigir deles
(e do mundo, por consequência) que nos forneçam mais do possam nos dar.

Aceitar que a vida e nossos pais estão aqui para nos servir com amor dentro do que é
necessário para nossa evolução, ainda que por vezes de uma forma que é difícil
compreender. Garriga fala da seguinte forma:

“Sabemos que qualquer sofrimento se sustenta sobre boas razões e vem envolvido em
argumentos brilhantes. Isso o faz mais vendável, mais justificável. Entretanto, o único
sentido do sofrimento, que não é dor, é fazer sofrer os demais.

A solução para o sofrimento é muito simples. Se sabemos que buscamos no lugar


inadequado e que isso nos deixa insatisfeitos, talvez possamos corrigir e, finalmente,
buscar no lugar adequado, que sempre é com nossos pais e com a integração de nossa
história pessoal, ou seja, aprendendo a apreciá-la por mais dolorosa que seja.

Na prática, as dinâmicas familiares e afetivas são muito complexas e sutis e, com


frequência, uma crise, a separação, problema com os filhos ou qualquer outro infortúnio
costuma ser uma oportunidade para trazer à tona e rever o que é preciso ser recolocado
na relação com os pais ou com a família de origem e, com eles, enfrentar os assuntos
pendentes.

Quando o caminho com o qual pretendíamos nos encher falha, quando uma crise nos
assola, quando um trecho de nosso caminho se esgota, talvez se abra uma oportunidade,
sobretudo se somos capazes de permanecer em nossa fragilidade e abrir o coração.

Como todas as pessoas, os pais são mais reais que perfeitos, e é suficiente que sejam
assim… Quem exige perfeição fica sozinho, nem sequer tem a si próprio, porque também
se acha imperfeito. As ideias de perfeição pertencem ao reino de nossas imagens mentais,
mas não à realidade, que seguramente anda pouco preocupada com si mesma e com sua
melhoria. É que talvez a realidade seja perfeita por si mesma, tal como é “neste
momento”,incluindo nossos desejos de mudá-la, que também são tão reais.
O que ajuda não é muito popular, mas tem efeito e consiste em estar de acordo com a
mente, o corpo e a alma, inclusive com a dor que se sente. É estar de acordo no coração
com o fato de que as coisas são como são e se abrir emocionalmente a isso.

A maioria das pessoas ama profundamente seus pais e, quando param de se fechar em
seus argumentos defensivos, reabrem o coração e superam a dor, voltando a sentir o
amor e a ternura que tinham por eles. Também descobrem que um dia os pais foram
crianças e que o coração deles também foi frágil e aprendeu a se defender, que viveram
da mesma forma suas carências e mágoas.

Bastaria que aceitássemos a dor da mesma forma que outras experiências da vida para
estarmos mais perto da serenidade e do amor, que é o que nos faz sentir plenos. O mal-
estar interior certamente não se baseia em não ser querido, mas em sermos nós mesmos
quem nos rejeita.

Por fim, o que ajuda é cada um estar no lugar que lhe corresponde na cadeia da vida e
tomar de seus antecessores a força e a chama vital, em vez de buscar encontrá-la nos
posteriores ou nas ilusões mais comuns da vida: a riqueza, o poder ou o afã da
notoriedade.”

A Constelação Sistêmica como possibilidade de compreensão da nossa


história familiar

Se temos dificuldade em reconhecer toda a influência que nossos pais têm sobre nós, e se
sentimos que isso pode estar segurando nossa caminhada na vida, a constelação familiar
é um bom caminho para visualizar as dinâmicas e encontrar nosso verdadeiro lugar de
filhos dentro da nossa rede familiar.
O momento onde uma pessoa é constelada é de forte conexão com suas raízes e seus
antepassados. Se por vezes nosso racional não alcança todas as informações que são
abertas pela constelação, num nível interior percebemos e sentimos tudo. Esse
reestabelecimento da conexão é, para muitos, um recomeço e a descoberta destas forças
ampliam nosso olhar.

Através da constelação, percebe-se de forma clara quando uma pessoa está deslocada de
seu lugar dentro da família.

Por outro lado, percebemos nos pais a força que sentem quando um filho está em seu
lugar, e dali, parte para o mundo. Vemos a alegria dos sucessos e como todos se penalizam
com o fracasso de um membro. Dessa forma, percebemos que o amor da família está além
do que é mostrado no dia-a-dia: a alma familiar ama junto, constantemente, de forma
clara e igual.

Através deste trabalho é impossível não perceber nosso amor por todos, e o amor de todos
por nós.

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