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MACROECONOMIA 2 DANIEL JANNUZZI RA: 200910947

Os clássicos
A economia clássica, ou mainstream, por muito tempo vigorou como sendo a
principal escola de pensamento econômico e como a principal política econômica dos
governos. A sua construção teórica teve início em 1870 e contou com a contribuição dos
mais importantes economistas do mundo, todavia, no decorrer das décadas, essa escola
de pensamento se tornou questionável. Um dos mais importantes questionadores da
economia clássica foi John Maynard Keynes.

Os clássicos apresentam a economia de uma maneira muito elegante, lógica e


muito racional. Para dar início à discussão da economia clássica, gostaria de apresentar
alguns pressupostos considerados por essa escola. Primeiramente, supõe-se que há a
condição de concorrência perfeita; racionalidade dos agentes econômicos; a moeda é
neutra; informação perfeita e disponível para todos; e a Lei de Say. Considero esses
pressupostos os pilares do mainstream.

Uma vez que os mercados se regem pela concorrência perfeita, todos os bens são
totalmente competitivos no presente e no futuro, de modo que os riscos podem ser
calculados e segurados devido à informação perfeita. A racionalidade dos consumidores
busca sempre maximizar a sua satisfação, enquanto que a racionalidade das empresas
consiste em aumentar os lucros. Desta forma, essa racionalidade condiciona o
comportamento dos agentes e garante a eficiência alocativa dos fatores escassos, uma
vez que há concorrência perfeita.

A moeda, para os clássicos, tem apenas a função de ser um meio de troca, ou


seja, apenas para intermediar as trocas. Sendo assim, a moeda não é entesourada e toda
poupança, ou seja, toda moeda não gasta em consumo, é investida ou aplica em na taxa
de juros. Portanto, observamos aqui que a moeda não tem um papel central na economia
clássica, ela apenas influencia a variação dos preços de acordo com a oferta.

A Lei de Say talvez seja o pilar mais importante da estrutura que sustenta a
teoria clássica. Essa Lei, formulada por Jean Baptiste Say, garante o equilíbrio geral de
pleno emprego afirmando que toda oferta cria uma demanda de tamanho igual. Em
outras palavras, toda quantidade de bens, mercadorias ou trabalho ofertado vai criar uma
demanda correspondente. Porém, essa variação da quantidade de bens, mercadorias ou
trabalho poderá provocar uma variação dos preços essa variação se dá devido à
condição de pleno emprego.

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Deste modo, a Lei de Say impossibilita a condição de desemprego involuntário.


Uma vez que só não trabalha quem não aceita os salários que o mercado (ou a Mão
Invisível) estipula.

Uma vez que alguns pressupostos foram explicados brevemente, gostaria de


dedicar essa última parte a algumas questões as quais Keynes questionou. O que
pretendo, na verdade, é mostrar os pontos que Keynes irá divergir – ou, até mesmo,
progredir – em relação aos clássicos. Em outras palavras, continuarei a dissertar sobre
os clássicos sem expor nenhuma crítica da escola keynesiana, ao menos por enquanto.
Para isso, escolhi mais algumas questões, entre elas: o consumo, o investimento e a taxa
de juros; moeda neutra; expectativas e incerteza; o Estado; o desemprego; e, para
finalizar, a crise. Confesso que algumas questões que irei abordar abaixo já foram
discutidas acima, porém insisto em discuti-las, porém com uma abordagem diferente e
um pouco mais aprofundada.

Em primeiro lugar, gostaria de classificar a economia clássica como uma


economia de trocas, ou seja, uma economia voltada para o consumo. Para os clássicos
os agentes consumidores querem, cada ver mais, aumentar a sua satisfação, e para isso
eles destinam grande parte de sua renda ao consumo. A renda não gasta no consumo
pode ser direcionada para o investimento ou para a aplicação na taxa de juros. A taxa de
juros seria um meio de aumentar, ou manter, o consumo futuro. Os clássicos têm essa
relação com a renda devido à crença na moeda neutra.

Para os clássicos, a moeda é apenas um meio de troca e uma unidade de conta.


Em outras palavras, não há um sentido racional para o entesouramento da moeda. Vale
lembrar aqui que a economia clássica é uma economia de troca, portanto não faz
nenhum sentido guardar moeda. A falta de sentido em guardar moeda esta atrelada à
inexistência de incertezas sobre o futuro. Já que a informação é perfeita e acessível, não
haveria incertezas sobre o futuro. As expectativas seriam sempre realizadas,
considerando o pressuposto de agentes racionais.

A atuação do Estado, ou de qualquer agente regulador esta fora de ser uma


realidade nesse modelo econômico. Os clássicos inclusive pregam a idéia de Estado
Mínimo, ou seja, quanto menos for a atuação do Estado, melhor. Não há motivos para a
regulação estatal, o mercado se auto-regula. O Estado deve-se limitar a função de velar
pela manutenção das instituições que asseguram as condições de livre mercado, a
garantia dos contratos e os direitos de propriedade.

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O desemprego para os clássicos não é um problema de uma sociedade ou de um


Estado. O desemprego é um problema pessoal, particular. Para essa escola há o
desemprego friccional, ou seja, aquele desemprego que é motivado pela mudança de
atividade ou de emprego do indivíduo, é algo passageiro; e o desemprego voluntário, ou
seja, são as pessoas que não querem trabalhar.

Para finalizar, dissertarei sobre a impossibilidade de crises na economia clássica.


Decidi deixar essa questão para o final por que acredito que esta questão seja a
conclusão final de todos os pontos expostos anteriormente. Gostaria de lembrar que não
há incertezas nesse modelo econômico e que a racionalidade está presente nos agentes
econômicos. A inexistência de incertezas e a existência da racionalidade previnem os
agentes econômicos de tomarem decisões erradas e evitam as crises. Portanto,
considerando os pressupostos acima, a economia clássica tende sempre ao equilíbrio
impossibilitando as crises econômicas.

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Os keynesianos
Antes de iniciar qualquer discussão sobre a escola econômica keynesiana, é
necessário uma breve introdução histórica do rompimento da teoria clássica. O modelo
econômico clássico durou durante muitas décadas explicando – ou tentando explicar – o
funcionamento dos mercados e da economia em geral. Porém, a fragilidade da aplicação
dessa teoria na realidade se tornou mais evidente com a Grande Depressão de 1929.

Lembrando a teoria clássica observamos que há uma impossibilidade de crises,


portanto o que acontecera em 1929? Milhares de bancos quebraram, pessoas e empresas
faliram e qual a explicação para tudo isso? O que acontecera de extraordinário na
economia para que o equilíbrio e o mercado auto-regulável quebrassem? Algumas
dessas perguntas rondavam as mentes mais brilhantes da época e mesmo assim havia
uma grande dificuldade em romper as grades dos ensinamentos econômicos quase que
dogmáticos, desde 1870.

No meio de tantas dúvidas, caos e incertezas eis que John Maynard Keynes
surge para apresentar uma nova teoria, sujeita a diversas variáveis antes não
consideradas. Uma das mais importantes críticas feitas ao modelo clássico era a
inexistência de uma variável tempo, que é fundamental para a tomada de decisões dos
agentes e, conseqüentemente, desta deriva a questão das incertezas, a instabilidade, as
crises recorrentes e o desemprego. Keynes, diferentemente dos seus precursores, passa a
considerar essa tão importante variável em sua teoria econômica.

Keynes procurou desmontar as bases da teoria clássica por meio da introdução


de novas variáveis. Introduziu variáveis capazes de abalar a estrutura clássica, como: o
tempo; a incerteza; e o papel da moeda – e essas variáveis, capazes de alterar o
comportamento da economia. E rejeitou o modelo de uma economia de trocas, contido
na Lei de Say.

Enquanto que no modelo clássico os agentes se baseiam na certeza e na


racionalidade dos agentes como um todo, no modelo keynesiano os agentes estão em
uma constante incerteza. Essa incerteza altera o comportamento dos agentes, fazendo
com que eles posterguem ou antecipem decisões de gasto, consumo, poupança ou
investimento. Vale ressaltar que o comportamento dos agentes no modelo keynesiano
não são feitos em conjunto, ou seja, não são coordenados. Deste modo, a incerteza tende
a ser maior.

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Keynes também admite a possibilidade de entesouramento da moeda – essa


possibilidade não era considerada pelos clássicos. O entesouramento da moeda, por
motivos de incerteza de um futuro promissor, rompe com a idéia de moeda neutra dos
clássicos. Neste novo modelo os agentes econômicos demandam moeda, ou seja, a
moeda não é apenas um meio de troca ou um facilitador de contas. A moeda é, também,
reserva de valor. Esse entesouramento afeta, primeiramente, a demanda e em seguida a
produção e o emprego.

O desemprego é, também, alvo de questionamento. Keynes não considera que as


causas do desemprego estejam no mercado de trabalho, ele diz que o mercado apenas
sofre as conseqüências da falta de demanda e investimento provocados pelas altas taxas
de juros e pelas incertezas. Portanto, o modelo keynesiano introduz o desemprego
involuntário, o que antes não era admitido. Keynes pôde observar o desemprego
involuntário na Grande Depressão, pois havia milhares de pessoas em busca de
emprego, porém não havia emprego para todas devido ao baixo investimento e a
contração da demanda.

A Teoria da Demanda Efetiva, formulado por Keynes, vem para, mais uma vez,
se contrapor a Lei de Say. Essa Teoria muda a ótica da oferta da economia para a ótica
da demanda. Em outras palavras, a Lei de Say afirmava que a oferta gera a demanda, já
a Teoria da Demanda Efetiva afirma que a expectativa da demanda efetiva é que define
a oferta. Para esta escola de pensamento econômico, a expectativa tem grande influência
no desenvolvimento econômico de um país. Uma fábrica só produz certa quantidade de
bens se o capitalista tiver a expectativa de que esses bens ofertados serão demandados.
Portanto, observamos que é a expectativa do capitalista que determina quantos bens
serão produzidos, quantos trabalhadores serão contratados e quanto de renda haverá
disponível para o consumo.

O investimento deve levar em conta as expectativas e incertezas em relação ao


futuro. Antes de investir, um agente deve considerar se vale a pena abrir mão da sua
liquidez frente aos rendimentos futuros, ou seja, o agente deve ter cuidado para investir,
pois em momentos de crise é preferível ter liquidez. A aplicação na taxa de juros é a
opção que os agentes fazem de abrir mão da liquidez presente para ter mais moeda no
futuro, portanto a aplicação não está relacionada ao consumo – ou ao seu aumento –,
mas sim à decisão de desistir por um tempo de ter liquidez. A preferência pela liquidez

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só é considerada no modelo keynesiano, o qual considera que os agentes demandam


moeda.

O investimento está condicionado também por um cálculo que abrange a taxa de


retorno (Eficiência Marginal do Capital) e a taxa de juros. Se as taxas de juros estão
mais altas do que a expectativa de Eficiência Marginal do Capital (EMC), o agente
econômico aplicará o seu dinheiro em juros; por outro lado, se a expectativa da EMC
está mais alta que a taxa de juros, o agente investirá o seu dinheiro. Portanto,
observamos acima que está escola acredita que a economia monetária interfere no
mundo real. Deste modo, considere o trecho extraído:

“Veremos que uma economia monetária é sobretudo aquela em que as


mudanças de opinião quanto ao futuro podem influir no volume atual do emprego e não
apenas na sua orientação.” (Keynes, 1936. Prefácio à Teoria Geral)

O Estado tem a função de intervir na economia quando houvesse uma condição


elevada do nível do desemprego involuntário e de insuficiência de demanda efetiva. O
Estado para Keynes deveria socorrer a economia quando esta não estivesse no trilho do
progresso e do desenvolvimento, deste modo, o Estado retomaria o processo de
crescimento quando a economia estivesse estagnada ou em recessão. É importante frisar
que o Estado não é o único motor da economia, ele atua juntamente com os outros
agentes econômicos, sem inibi-los. Segundo Keynes, o investimento era uma variável
de enorme importância para ficar apenas nas mãos dos agentes econômicos privados.

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