Os clássicos
A economia clássica, ou mainstream, por muito tempo vigorou como sendo a
principal escola de pensamento econômico e como a principal política econômica dos
governos. A sua construção teórica teve início em 1870 e contou com a contribuição dos
mais importantes economistas do mundo, todavia, no decorrer das décadas, essa escola
de pensamento se tornou questionável. Um dos mais importantes questionadores da
economia clássica foi John Maynard Keynes.
Uma vez que os mercados se regem pela concorrência perfeita, todos os bens são
totalmente competitivos no presente e no futuro, de modo que os riscos podem ser
calculados e segurados devido à informação perfeita. A racionalidade dos consumidores
busca sempre maximizar a sua satisfação, enquanto que a racionalidade das empresas
consiste em aumentar os lucros. Desta forma, essa racionalidade condiciona o
comportamento dos agentes e garante a eficiência alocativa dos fatores escassos, uma
vez que há concorrência perfeita.
A Lei de Say talvez seja o pilar mais importante da estrutura que sustenta a
teoria clássica. Essa Lei, formulada por Jean Baptiste Say, garante o equilíbrio geral de
pleno emprego afirmando que toda oferta cria uma demanda de tamanho igual. Em
outras palavras, toda quantidade de bens, mercadorias ou trabalho ofertado vai criar uma
demanda correspondente. Porém, essa variação da quantidade de bens, mercadorias ou
trabalho poderá provocar uma variação dos preços essa variação se dá devido à
condição de pleno emprego.
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MACROECONOMIA 2 DANIEL JANNUZZI RA: 200910947
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Os keynesianos
Antes de iniciar qualquer discussão sobre a escola econômica keynesiana, é
necessário uma breve introdução histórica do rompimento da teoria clássica. O modelo
econômico clássico durou durante muitas décadas explicando – ou tentando explicar – o
funcionamento dos mercados e da economia em geral. Porém, a fragilidade da aplicação
dessa teoria na realidade se tornou mais evidente com a Grande Depressão de 1929.
No meio de tantas dúvidas, caos e incertezas eis que John Maynard Keynes
surge para apresentar uma nova teoria, sujeita a diversas variáveis antes não
consideradas. Uma das mais importantes críticas feitas ao modelo clássico era a
inexistência de uma variável tempo, que é fundamental para a tomada de decisões dos
agentes e, conseqüentemente, desta deriva a questão das incertezas, a instabilidade, as
crises recorrentes e o desemprego. Keynes, diferentemente dos seus precursores, passa a
considerar essa tão importante variável em sua teoria econômica.
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A Teoria da Demanda Efetiva, formulado por Keynes, vem para, mais uma vez,
se contrapor a Lei de Say. Essa Teoria muda a ótica da oferta da economia para a ótica
da demanda. Em outras palavras, a Lei de Say afirmava que a oferta gera a demanda, já
a Teoria da Demanda Efetiva afirma que a expectativa da demanda efetiva é que define
a oferta. Para esta escola de pensamento econômico, a expectativa tem grande influência
no desenvolvimento econômico de um país. Uma fábrica só produz certa quantidade de
bens se o capitalista tiver a expectativa de que esses bens ofertados serão demandados.
Portanto, observamos que é a expectativa do capitalista que determina quantos bens
serão produzidos, quantos trabalhadores serão contratados e quanto de renda haverá
disponível para o consumo.
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