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Legislação Penal Especial – Teoria e exercícios comentados

Polícia Rodoviária Federal


Aula 00 - Aula Demonstrativa
Prof. Leandro Igrejas

Aula 00
Legislação Penal Especial
Aula Demonstrativa – Apresentação e uso de documento de identificação
pessoal (Lei n.º 5.553/1968).

Professor: Leandro Igrejas

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Legislação Penal Especial – Teoria e exercícios comentados
Polícia Rodoviária Federal
Aula 00 - Aula Demonstrativa
Prof. Leandro Igrejas

Aula 00 – Aula Demonstrativa

Tópicos da Aula

Introdução ....................................................................................................................................................... 3
Lei nº 5.553/1968 - documento de identificação pessoal ............................................................ 6
Resumo esquemático ................................................................................................................................ 12
Revisão ........................................................................................................................................................... 13
Questões de concursos anteriores ....................................................................................................... 13

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Polícia Rodoviária Federal
Aula 00 - Aula Demonstrativa
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Introdução

Olá, tudo bem?

Será um prazer ajudá-lo(a) a ser aprovado(a) no concurso da Polícia


Rodoviária Federal.

Meu nome é Leandro Igrejas e minha graduação em Direito foi pela


Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Já fui oficial da Marinha,
formado pela Escola Naval (1º colocado), e também Analista Judiciário do
TRE/RJ (concurso de 2007, 5º colocado). Atualmente, ocupo um cargo de
Analista da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP (concurso de 2010,
1º colocado).

Nosso curso de Legislação Especial está estruturado em 14 aulas,


(compostas de teoria e exercícios), e abrangerá todo o conteúdo
programático do último concurso da PRF (2013), de acordo com o cronograma
abaixo.

É importante que você saiba que essa é uma


programação inicial, cujas datas poderão ser
ajustadas quando o edital do concurso for
publicado.

Aula Conteúdo Programático Data


Introdução e organização do estudo. Lei n.º 5.553/1968 -
00 Apresentação e uso de documento de identificação pessoal. Hoje!

Lei n.º 4.898/1965 - O direito de representação e o processo de


responsabilidade administrativa, civil e penal, nos casos de abuso
01 16/03
de autoridade.

Lei nº 7.716/1989 e alterações - Crimes resultantes de


02 preconceitos de raça ou de cor. 23/03

Lei n.º 10.741/2003 e alterações - Estatuto do Idoso.


03 30/03

Lei n.º 11.340/2006 - Maria da Penha – violência doméstica e


04 familiar contra a mulher. 06/04

05 Lei n.º 12.850/2013 e alterações - Crime Organizado. 13/04

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06 Lei n.º 10.826/2003 e alterações - Estatuto do Desarmamento. 20/04

Lei n.º 9.455/1997 - Definição dos crimes de tortura.


07 27/04

Lei n.º 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, Título


II, Capítulos I e II, Título III, Capítulo II, Seção III, Título V e
08 04/05
Título VII.

Lei n.º 9.099/1995 e alterações (Juizados Especiais Cíveis e


Criminais), Capítulo III. Lei no 10.259/2001 e alterações
09 (Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça 11/05
Federal).

Lei n.º 11.343/2006 - Sistema nacional de políticas públicas


10 sobre drogas. 18/05

Decreto-Lei n.º 3.688/1941 - Lei das contravenções penais.


11 25/05

Lei n.º 9.605/1998 e alterações - Lei dos crimes contra o meio


12 ambiente, Capítulos III e V. 01/06

Decretos n.º 5.948/2006, n.º 6.347/2008 e n.º 7901/2013 -


13 Tráfico de pessoas. 08/06

Antes de iniciarmos, gostaria de conversar com você, rapidamente, sobre


como podemos garantir a melhor nota possível nessa disciplina.

O sucesso em qualquer concurso público depende da adoção de uma


estratégia eficiente de preparação.

Infelizmente, não existe uma “receita de bolo” para isso. Tudo vai
depender do tipo de prova que você irá fazer, do tempo e dos recursos
disponíveis, da experiência em concursos anteriores, entre outros fatores de
ordem pessoal, que variam de candidato para candidato.

Contudo, posso assegurar que uma regra sempre é válida:

Tão importante quanto conhecer as


matérias, é saber como elas costumam ser
cobradas pela banca examinadora.

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A tendência natural do candidato, sobretudo daquele que não tem


vivência em concursos, é tentar estudar – desesperadamente - todo o conteúdo
do edital, sem considerar:

 a importância relativa de cada disciplina na composição da nota;


 a frequência com que os assuntos caem nas provas; e
 a profundidade que costumam ser exigidos.

Outro erro comum é privilegiar a parte teórica, deixando de lado os


exercícios. Acredite, existem candidatos que sequer usam as questões dos
concursos anteriores como uma forma de treino!

Agindo assim, sem considerar as características


específicas do certame e da banca examinadora,
muitas pessoas não conseguem uma preparação
eficiente, apesar dos enormes recursos investidos.

O último concurso (2013), que foi realizado pelo CESPE/UnB, teve 120
questões objetivas. Dessas, 12 versaram sobre a legislação penal especial. Ou
seja, 10% da prova!

Fica claro que essa é uma das matérias que define quem passa ou não no
concurso e, portanto, precisamos otimizar o nosso estudo!

Considerando que nosso edital ainda não foi publicado, mas que o
conteúdo programático é bem extenso, proponho o seguinte:

 foco no que realmente interessa – apresentar o conteúdo de forma


objetiva, na medida necessária para que você tenha segurança para
resolver as questões.

Alguns alunos, mais aplicados, costumam querer “se aprofundar”


(desnecessariamente) na matéria, esquecendo que o concurso não
exigirá, nem mesmo no texto dissertativo, a elaboração de teses
jurídicas mais profundas. Perda de tempo! Priorize aquilo que
estatisticamente é relevante e possível de ser cobrado em sua prova.

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Estude bem o conteúdo apresentado, e você


terá plenas condições de realizar uma boa
prova.

 Treinamento - questões de concursos anteriores – é a melhor


forma de fixar os detalhes e “pegadinhas” que sempre são exigidos.
Priorizaremos as questões do CESPE/UnB, que foi a banca
examinadora do último concurso (2013). Contudo, quando essas não
forem suficientes para o nosso treinamento, recorreremos a outras
bancas.

Com isso, finalizamos nossa conversa introdutória.

Vamos trabalhar?

Lei nº 5.553/1968 - documento de identificação pessoal

A primeira coisa que você deve fazer em relação ao estudo desta Lei (e
também das demais que virão nas próximas aulas) é ter em mãos o texto
atualizado (que pode ser obtido em: http://www4.planalto.gov.br/legislacao).

O ideal é que você possa imprimi-lo para destacar os detalhes


importantes, que serão indicados na aula. Carregue-o com você (sim,
concurseiro determinado faz isso!) e, sempre que dispuser de alguns minutos
disponíveis, leia-o.

Desse modo, sem perceber, você irá formando


uma memória visual que ajudará muito na
hora da prova.

A Lei n.º 5.553/68 tem uma redação simples, com poucos artigos, e não
existem divergências doutrinárias ou jurisprudenciais relevantes para fins de
concurso.

Em outras palavras, as questões envolvendo essa Lei costumam cobrar o


conhecimento da famosa “letra de lei”, exigindo, infelizmente, memorização
de alguns pontos que serão indicados.

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Mas....não se preocupe! Elaboramos um resumo para facilitar essa tarefa,


que será apresentado ao final da aula.

Passemos aos artigos:

Art. 1º A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa


jurídica, de direito público ou de direito privado, é lícito reter qualquer
documento de identificação pessoal, ainda que apresentado por
fotocópia autenticada ou pública-forma, inclusive comprovante de
quitação com o serviço militar, título de eleitor, carteira profissional,
certidão de registro de nascimento, certidão de casamento,
comprovante de naturalização e carteira de identidade de estrangeiro.

As autoridades podem, desde que por razões justificáveis, solicitar ou


exigir a identificação das pessoas.

Apesar disso, a regra é que não se pode reter documentos de


identificação pessoal, mesmo quando se tratar de cópia autenticada ou de
sua pública-forma1.

O rol de documentos listados no art.1º, contudo, é meramente


exemplificativo.

Ou seja, quaisquer documentos de identificação pessoal (carteira nacional


de habilitação, passaporte, CPF, etc.), ainda que não expressos neste
dispositivo, não podem ser retidos.

Veja um recente julgado a esse respeito:

TJ-DF - APR: 20140111982955. APELAÇÃO. PENAL.


PROCESSO PENAL. CRIME DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO.
[...] CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO. RETENÇÃO.
ILEGALIDADE. CONTRAVENÇÃO PENAL. LEI 5.553/68. [...].
[....]

1
Pública-forma? O que é isso?

Em resumo, trata-se da cópia de um documento original, feita por um Tabelião de Notas, que
confere a mesma fé pública para que, em regra, tenha o mesmo valor do documento original.

Mas, não se preocupe com isso! Esse conhecimento não será exigido no concurso. Você precisa
apenas saber que a retenção de documentos apresentados por pública-forma é vedada,
tal como se fosse o documento original.

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5. O artigo 3º da Lei nº 5.553/68 dispõe que a retenção de


documentos de identificação pessoal constitui contravenção
penal, sendo imperiosa, no caso em análise, a devolução do
documento requerido, qual seja, a Carteira Nacional de
Habilitação. DJE: 05/10/2015.

No entanto, se você tiver facilidade, seria interessante memorizar a lista


do art.1º. Isso porque, apesar de ser baixa a probabilidade, a banca
examinadora pode, eventualmente, explorar o conhecimento literal da Lei:

certidão de CASAmento
carteira PROfissional
certidão de registro de Nascimento
título de Eleitor
comprovante de Naturalização
carteira de identidade de Estrangeiro
comprovante de quitação com o serviço MIlitar

Dica mnemônica: (“casa pro nenem”)

Mas, como toda regra, a proibição da retenção de documentos de


identificação também tem exceções, as quais se encontram no art.2º da Lei:

Art. 2º Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a


apresentação de documento de identificação, a pessoa que fizer a
exigência fará extrair, no prazo de até 5 (cinco) dias, os dados que
interessarem devolvendo em seguida o documento ao seu exibidor.

§ 1º - Além do prazo previsto neste artigo, somente por ordem judicial


poderá ser retirado qualquer documento de identificação pessoal.

§ 2º - Quando o documento de identidade for indispensável para a


entrada de pessoa em órgãos públicos ou particulares, serão seus
dados anotados no ato e devolvido o documento imediatamente ao
interessado.

O art.2º, então, elenca as situações e prazos em que,


excepcionalmente, o documento pode ser retido, (ainda que por breves
instantes), e que precisam ser memorizadas.

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Em relação a essas, não tem jeito, você precisa decorar mesmo!

Situação Prazo
Realização de ato que necessite da até 5 dias para extrair os dados
extração de dados do documento. e devolver ao interessado.

Mediante ordem judicial. sem prazo determinado,


podendo extrapolar os 5 dias.

Controle da entrada de pessoa em Os dados são anotados e,


órgãos públicos ou particulares. imediatamente, o documento é
devolvido ao interessado.

(nesse caso, o documento, na


verdade, sequer fica “retido”)

Imagine então que uma autoridade judicial determine, de modo


fundamentado, a retenção do passaporte de um acusado durante a instrução de
um processo criminal, por período superior a 5 dias. Isso como meio de evitar
a fuga do país. Nessa situação, a autoridade não cometerá infração, em razão
do previsto no § 1º do art.2 da Lei n.º 5.553/68.

Por outro lado, se um dirigente de determinado órgão público, por razões


de segurança, determinar a retenção do documento das pessoas como
condição de acesso às dependências do órgão, cometerá a conduta descrita no
§ 2º do art.2 da Lei.

Veja a jurisprudência a respeito do tema:

“MANDADO DE SEGURANÇA - Retenção de documento de


identidade em Portaria de repartição pública - Condição
de acesso - Ilegalidade - Artigo 1º e 2º da Lei 5.553/68 -
Medida desnecessária à política interna – [...]. A nenhuma
pessoa, física ou jurídica, de direito público ou privado, é
lícito reter, na portaria de repartição ou estabelecimento,
documento de identidade pessoal como condição de acesso”.
(TJ SP - Relator: Cezar Peluso - Apelação Cível n. 191.311-
1/SP – DJU, 12.11.93).

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Prosseguindo em nosso estudo:

Art. 3º Constitui contravenção penal, punível com pena de prisão


simples de 1 (um) a 3 (três) meses ou multa de NCR$ 0,50 (cinqüenta
centavos) a NCR$ 3,00 (três cruzeiros novos), a retenção de
qualquer documento a que se refere esta Lei.

Parágrafo único. Quando a infração for praticada por preposto ou


agente de pessoa jurídica, considerar-se-á responsável quem houver
ordenado o ato que ensejou a retenção, a menos que haja, pelo
executante, desobediência ou inobservância de ordens ou
instruções expressas, quando, então, será este o infrator.

O art.3º da Lei destina-se a qualquer pessoa que fizer a retenção


indevida de documentos, tipificando tal conduta como contravenção penal (e
não crime!).

Em se tratando de preposto ou agente de pessoa jurídica (tanto faz, se


de direito público ou privado) teremos os seguintes sujeitos ativos da
contravenção:

Regra Exceção

Aquele que houver ordenado a Aquele que reteve o documento, por


retenção indevida. iniciativa própria, em desobediência
ou inobservância de ordens ou
instruções expressas.

Exemplo: o supervisor de segurança Exemplo: o supervisor de segurança de


de um órgão privado determina aos um órgão público determina
agentes de portaria que retenham o expressamente aos agentes de portaria
documento das pessoas que que anotem os dados dos
ingressarem nas dependências do documentos das pessoas que
órgão, devolvendo-os somente no ingressarem nas dependências do órgão,
momento de sua saída. devolvendo-os imediatamente.

O supervisor responderá pela infração. Um desses agentes, contudo, encantado


com a beleza de uma jovem que
ingressou no prédio, decide reter seu
documento a fim de apreciá-lo durante
a sua permanência no órgão.

O agente responderá pela infração.

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Existem várias diferenças entre crimes e


contravenções. Entre elas, a gravidade das
condutas. São tipificadas como crimes as
condutas mais graves.

Portanto, tenha cuidado para não ser


confundido pelo examinador: a retenção não
autorizada de documento de identificação
configura contravenção penal, e não crime!

Com relação às quantidades de pena previstas na Lei (prazos de prisão e


valores de multa), não se preocupe em decorá-las. Em regra, não são cobrados
em prova.

No entanto, você precisa saber que as infrações previstas na Lei n.º


5.553/68, por serem contravenções penais:

 são infrações de menor potencial ofensivo2


 a ação penal é pública incondicionada3
 são julgadas pelos juizados especiais criminais
 não admitem tentativa4

Em relação à parte conceitual da Lei n.º 5.553/68, são esses os pontos


relevantes para nossa prova.

Art.61 da Lei n.º 9.099/95: Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para
2

os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima
não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.

Art. 17 da Lei das contravenções penais: A ação penal é pública, devendo a autoridade
3

proceder de ofício (ou seja, é incondicionada).

Art. 4º da Lei das contravenções penais: Não é punível a tentativa de contravenção.


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Resumo esquemático

O esquema abaixo pode facilitar a absorção do assunto:

INOBSERVÂNCIA REGRA EXCEÇÃO 1


DA REGRA
Documentos de Realização de atos
Contravenção Penal identificação pessoal que necessitem da
não podem ser retidos extração de dados
( ≠ crime) (Art.1º)
desses documentos

Prazo: 5 dias
(Art.3º)
(Art.2º, caput)
Autoria, no caso de Original
pessoa jurídica:
Cópia autenticada
Aquele que ordenou a Pública-forma EXCEÇÃO 2
retenção indevida
Acima desse prazo,
ou somente por ordem
DOCUMENTOS
Executante que judicial.
EQUIPARADOS
desobedeceu ordem (Art.2º, §1º)
expressa “CASA PRO NENEM”
(Art.3º, parágrafo único)

EXCEÇÃO 3

Entrada de pessoa em órgãos públicos ou


particulares.

Prazo: os dados são anotados e o


documento é devolvido imediatamente

(Art.2º, §2º)

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Revisão

 a regra é que não se pode reter documentos de identificação pessoal,


mesmo quando se tratar de cópia autenticada ou de sua pública-
forma.

 A inobservância dessa vedação configura contravenção penal, e não


crime.

 O rol de documentos listados no art.1º é meramente exemplificativo.

 Existem situações em que, excepcionalmente, o documento pode ser


retido (realização de atos em que for exigida a apresentação de
documento de identificação / ordem judicial). No caso da entrada de
pessoa em órgãos públicos ou particulares, o documento deve ser
devolvido imediatamente.

 Em se tratando de preposto ou agente de pessoa jurídica, de direito


público ou privado, os sujeitos ativos da contravenção serão: aquele que
houver ordenado a retenção indevida ou aquele que reteve o documento,
por iniciativa própria, em desobediência ou inobservância de ordens ou
instruções expressas.

 As contravenções (e não crimes!) previstas na Lei n.º 5.553/68:

• são infrações de menor potencial ofensivo


• a ação penal é pública incondicionada
• são julgadas pelos juizados especiais criminais
• não admitem tentativa

Questões de concursos anteriores

Antes de começarmos...

Nosso curso contém questões a serem resolvidas, nos


mesmos moldes daquelas que encontraremos no dia da
prova.

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Como você bem sabe, é treinando que se adquire prática,


velocidade e, sobretudo, autoconfiança!

Para que você tenha uma real noção do seu


desempenho e, principalmente, identifique onde estão
seus pontos fracos, proponho que você as resolva, ao
menos uma vez, simulando as condições do dia da prova.

Ou seja, primeiro, leia a parte teórica da aula. Depois,


resolva as questões sem recorrer ao material ou aos
comentários, e avalie o resultado.

Ainda que haja alguns pontos fracos a ajustar, isso não


pode ser motivo para desânimo e, muito menos, para
medo da prova.

Todos já passamos por isso na vida de concurseiro. Você


não é o único.

Até mesmo os candidatos mais bem preparados, em


algum momento, já duvidaram de sua capacidade. Esteja
certo disso! Falo com propriedade: já vi pessoas (muito)
preparadas serem derrotadas pelo medo da reprovação.

Portanto, respire fundo e vamos em frente!

1. FCC/2012 – TRF (2ª Região) - Técnico Judiciário - Josimar pretende entrar


em prédio público, em que é indispensável a apresentação de documento
de identidade e exibe ao funcionário responsável sua carteira profissional.
Nesse caso, o funcionário:

a) poderá reter o documento, que será devolvido ao interessado prazo


máximo de dez dias.

b) deverá reter o documento do interessado durante todo o período em


que estiver no interior do prédio.

c) deverá anotar seus dados no ato e devolver imediatamente o


documento ao interessado.

d) só poderia reter o documento se Josimar tivesse apresentado


fotocópia autenticada.

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e) poderá reter o documento por até oito dias, se verificar que Josimar
ainda não está cadastrado

Comentário:

A questão exige que o candidato tenha memorizado as situações em que,


excepcionalmente o documento pode ser retido, ainda que por breves
instantes.

Lembre-se que, conforme o § 2º do art.2º da Lei n.º 5.553/68:

Situação Prazo
entrada de pessoa em órgãos Os dados são anotados e,
públicos ou particulares imediatamente, o documento é
devolvido ao interessado.

(ou seja, nesse caso, o


documento sequer fica “retido”)

Portanto, o funcionário deverá anotar seus dados no ato e devolver


imediatamente o documento ao interessado. Gabarito: alternativa “c”

2. CESPE/UnB/2014 – Polícia Militar/CE - Julgue os próximos itens, em


conformidade com o que preceituam as Leis n.º 5.553/1968 (a respeito
da apresentação e do uso de documento de identificação pessoal), n.º
4.898/1965 (relativa ao direito de representação e ao processo de
responsabilidade nos casos de abuso de autoridade) e n.º 9.455/1997
(que define os crimes de tortura).

A retenção de documento de identificação pessoal é proibida, sendo


possível somente para a realização de ato em que se exija a apresentação
de documento de identificação, nesse caso, a pessoa que fizer a exigência
poderá fazer a retenção por até cinco dias, não podendo ser o prazo
prorrogado.

Comentário:

A questão contém uma clássica “pegadinha” de concursos públicos. Muito


cuidado com os termos “somente”, “sempre”, “nunca”, “salvo” ou “exceto”.
Normalmente as bancas examinadoras inserem esses termos no meio de
enunciados longos, a fim de distrair a atenção do candidato.

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No caso, o erro da questão reside na afirmativa: “A retenção de


documento de identificação pessoal é proibida, sendo possível somente para a
realização de ato em que se exija a apresentação de documento(...)”

Conforme já vimos, o § 1º do art.2º da Lei n.º 5.553/68, também permite


a retenção de documento por meio de ordem judicial, além do prazo de 5 dias.

Situação Prazo
realização de ato que necessite da até 5 dias para extrair os dados
extração de dados do documento. e devolver ao interessado.

mediante ordem judicial sem prazo determinado,


podendo extrapolar os 5 dias.

Gabarito: “Errado”

3. UNIVERSA/2013 - Polícia Militar/DF - Nos termos da Lei n.º


5.553/1968, a retenção injustificada de qualquer documento de
identificação pessoal:

a) constitui contravenção penal.


b) constitui crime.
c) constitui infração administrativa, apenas.
d) constitui crime e infração administrativa
e) não constitui qualquer infração se apresentado por fotocópia
autenticada.

Comentário:

Nos termos do art.3º da Lei, o descumprimento dos seus preceitos


configuram contravenções penais e não crimes! Lembrando que não há
necessidade de memorizar as penas, ok? A fotocópia autenticada também é
protegida pela Lei (art.1º). Gabarito: alternativa “a”.

4. UEPA/2013 - Polícia Civil/PA – Escriturário - A Lei nº. 5.553, de


1968, resguarda os direitos dos cidadãos quanto à posse de seus
documentos pessoais de identificação, os quais são garantias do exercício
de direitos. Por força dessa lei:

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a) é vedada a apreensão de documentos originais, porém é permitida a


retenção daqueles apresentados em fotocópias autenticadas, na medida
em que estes não possuem valor legal.

b) a retenção de documentos de identificação pessoal constituirá


contravenção penal, mas apenas quando praticada por autoridade
pública, sendo um irrelevante penal a conduta quando praticada por
particular.

c) as limitações constantes da lei somente se referem a documentos que


contenham a fotografia do titular, pois apenas estes são válidos como
documentos de identificação.

d) nos termos da lei, a autoridade policial deve reter documento que, por
mau estado de conservação, torne incerta a veracidade dos dados dele
constantes, fazendo instaurar investigação sobre possível crime de uso de
documento falso.

e) é lícito condicionar a entrada de pessoas em prédios públicos à


apresentação de documento de identificação, mas o documento deve
ser imediatamente restituído após conferência ou anotação dos dados.

Comentário:

A questão exigiu o conhecimento sistemático da Lei. Vejamos as


alternativas:

a) é vedada a retenção de qualquer documento de identificação


pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada
ou pública-forma (art.1º)

b) A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa


jurídica, de direito público ou de direito privado, é lícito reter
qualquer documento de identificação pessoal (art.1º)

c) A Lei não faz nenhuma distinção entre os documentos


equiparados, contenham ou não a fotografia do titular. Note que,
entre os documentos protegidos, consta o título de eleitor que,
como sabemos, não contém foto. (art.1º)

d) A Lei não contém previsão nesse sentido.

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e) Art.2º § 2º da Lei. Note que a questão menciona “conferência ou


anotação” dos dados, o que não contradiz a previsão legal de
“anotação”, sendo, portanto, a alternativa correta. Veja:

Art.2º § 2º - Quando o documento de identidade for


indispensável para a entrada de pessoa em órgãos
públicos ou particulares, serão seus dados anotados
no ato e devolvido o documento imediatamente ao
interessado.

5. FUNIVERSA /2012 – DETRAN/DF - Agente de Trânsito (2012) -


Acerca da Lei n.º 5.553/1968, no que se refere à apresentação e ao uso
de documento pessoal, assinale a alternativa correta.

a) A nenhuma pessoa física, assim como a nenhuma pessoa jurídica, de


direito público ou privado, é lícito reter algum documento de identificação
pessoal, exceto se apresentado por fotocópia autenticada ou pública-
forma, incluindo comprovante de quitação com o serviço militar, título de
eleitor, carteira profissional, certidão de registro de nascimento, certidão
de casamento, comprovante de naturalização e carteira de identidade de
estrangeiro.

b) Somente por ordem judicial ou do Ministério Público poderá ser


retirado documento de identificação pessoal, exigido em determinado ato,
fora do prazo estabelecido para devolução.

c) Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a


apresentação de documento de identificação, a pessoa responsável pela
exigência fará extrair, no prazo de até cinco dias, os dados que
interessarem, devolvendo, em seguida, o documento ao seu exibidor.

d) Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de


pessoa em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados no
ato e devolvido o documento ao interessado até sua saída do local.

e) Constitui crime, punível com pena de prisão simples de um a três


meses ou com multa, a retenção de qualquer documento a que se refere
essa lei.

Comentário:

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A questão também exigiu o conhecimento sistemático da Lei. Vejamos as


alternativas:

a) Mais uma vez, a clássica “pegadinha” de concursos públicos. Muito


cuidado com os termos “somente”, “sempre”, “nunca”, “salvo” ou
“exceto”. Normalmente as bancas examinadoras inserem esses termos
no meio de enunciados longos, a fim de distrair o candidato.

No caso, o erro se encontra no termo “exceto”, uma vez que não é


autorizado “reter qualquer documento de identificação pessoal, ainda
que apresentado por fotocópia autenticada ou pública-forma“
(art.1º).

b) O Ministério Público não tem essa prerrogativa. (Art.2º § 1º)

c) Alternativa correta! (Art.2º).

d) Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de


pessoa em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados
no ato e devolvido o documento imediatamente ao interessado
(Art.2º § 2º).

e) Vale mais uma vez alertar: a retenção de qualquer documento a que


se refere esta Lei constitui contravenção penal, e não crime! (art.3º)

6. CESPE/UnB/2011 – Polícia Civil/ES (Escrivão) - Com relação à


legislação especial, julgue o item a seguir:

A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de


direito público ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento de
identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou
pública-forma, inclusive comprovante de quitação com o serviço militar,
título de eleitor, carteira profissional, certidão de registro de nascimento,
certidão de casamento, comprovante de naturalização e carteira de
identidade de estrangeiro, exceto para a prática de determinado ato em
que for exigida a apresentação de documento de identificação, ocasião
em que a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até dez
dias, os dados que interessarem, devolvendo, em seguida, o documento
ao seu exibidor.

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Comentário:

O prazo de retenção para prática de determinado ato em que for


exigida a apresentação de documento de identificação, é de até 5 (cinco)
dias. Além desse prazo, somente por ordem judicial (Art.2º § 1º).
Gabarito: “Errado”

7. CESPE/UnB/2011 – Polícia Civil/ES (Perito Papiloscópico) – Em


relação à carteira de identidade e considerando as Leis n.º 7.116/1983 e
n.º 5.553/1968, julgue os itens que se seguem.

Constitui contravenção penal a retenção injustificada de


qualquer documento de identificação pessoal.

Comentário: Art.3º. Note que o Examinador teve o cuidado de ressalvar:


“retenção injustificada”. Isso porque a Lei contempla hipóteses de
retenção, que não configuram contravenção penal (controle de acesso à
prédios públicos e particulares e prática de determinados atos). Gabarito:
“correto”.

Quando o documento de identidade for indispensável


para a entrada de pessoa em órgãos públicos, seus
dados deverão ser anotados no ato e o documento
deverá ser-lhe devolvido no prazo máximo de cinco dias.

Comentário: (Art.2º §2º). Nesses casos, a devolução deve ser


imediata, e não no prazo de até 5 dias. Gabarito: “Errado”.

8. UFMT/2005 – Polícia Civil/MT (Delegado) – É possível reter


documento de identificação para a realização de ato determinado, no
prazo máximo de cinco dias, devendo, ao final, ser devolvido. Para ser
retido qualquer documento de identificação pessoal, é exigível:

a) ordem de autoridade policial.


b) ordem de qualquer funcionário público.
c) sentença judicial no devido processo legal.
d) ordem judicial.
e) determinação de órgão do Ministério Público.

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Comentário:
Essa questão, merecidamente, foi anulada pela banca
examinadora.

As hipóteses de retenção efetiva do documento (ou seja, excluindo-


se aquela do controle de acesso de pessoas a prédios públicos ou
particulares, onde o documento deve ser devolvido imediatamente) estão
no art.2º da Lei:

Art. 2º Quando, para a realização de determinado ato, for exigida


a apresentação de documento de identificação, a pessoa que
fizer a exigência fará extrair, no prazo de até 5 (cinco) dias, os
dados que interessarem devolvendo em seguida o documento ao
seu exibidor.

§ 1º - Além do prazo previsto neste artigo, somente por


ordem judicial poderá ser retirado qualquer documento de
identificação pessoal.

Ou seja, na hipótese do caput do art.2º existe uma retenção de


documento para o qual não é “exigível” nenhuma das providências
constantes das alternativas da questão. Não há, portanto, alternativa
correta.

9. IBF/2014 – Polícia Civil/SE (Escrivão Substituto) - Suponha que um


escrivão de polícia, no ato de lavratura de um termo circunstanciado de
ocorrência, acabe por reter dolosamente o documento de identificação
pessoal apresentado pelo autor da conduta delitiva. Nesse caso o
escrivão:

a) Não cometeu infração penal, pois tal conduta não encontra previsão
na lei penal.

b) Cometeu crime de menor potencial ofensivo

c) Cometeu uma contravenção penal

d) Não cometeu infração penal, mas apenas infração administrativa.

Comentário:

Questão clássica sobre o tema. A Lei n.º 5.553/68 não tipifica crimes,
mas apenas contravenções penais. Gabarito: “C”

-x-

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Aqui terminamos nossa aula demonstrativa.

É muito importante que você, de tempos em tempos, refaça esses


exercícios, como forma de manter os detalhes “vivos” na memória até o dia
da prova.

O tema é fácil, mas o olhar “treinado” é que fará toda a diferença!

Em caso de dúvidas, estarei à disposição no fórum do Ponto.


Até a próxima aula!

Forte abraço,
Prof. Leandro Igrejas

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