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DELEGAÇÃO DA COMISSÃO EUROPEIA NA GUINÉ-BISSAU, História da Guiné-Bissau.
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ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU, História da Guiné-Bissau: Breve
relato histórico da Guiné-Bissau desde a pré-história até os dias atuais.
reconheceu a independência do país e então, Guiné-Bissau tornou-se a
primeira colônia portuguesa na África a ter reconhecida a sua independência. 3
Luís de Almeida Cabral tornou-se o primeiro presidente da República da
Guiné-Bissau e então, foi instituído um governo de partido único de orientação
marxista, favorável à fusão com Cabo Verde e, controlado pelo PAIGC. O
governo passou por sérios problemas e houve até escassez de alimentos. Em
1980, através de um golpe militar liderado por João Bernardo “Nino” Vieira
(chefe de altos quadros do PAIGC), Luís Cabral foi deposto. Após o golpe, a ala
de Cabo Verde do PAIGC separou-se da ala guineense, frustrando o plano de
fusão dos dois países e assim, ambos romperam relações, que foram reatadas
em 1982. A Guiné-Bissau aprovou sua atual Constituição em 1984, ano em que
o país foi controlado por um conselho revolucionário. Em 1990, iniciou-se a
transição democrática, em 1991, adotou-se o pluripartidarismo e em 1994
aconteceram as primeiras eleições multipartidárias, nas quais Nino Vieira foi
eleito o primeiro presidente por voto democrático no país, obtendo maioria na
Assembleia Nacional Popular. Nesse ano, o país adotou um sistema de
economia de mercado com o Ministro Manuel dos Santos .4
De 1995 a 1996, a situação socioeconômica já havia tido certa melhora,
contudo, começou a deteriorar-se em 1997, com greves de empregados das
áreas de educação e saúde e de funcionários públicos. Em junho de 1998,
houve uma insurreição militar que foi liderada pelo general Ansumane Mané.
Logo, conduziu à deposição de Nino Vieira e a uma guerra civil. Os combates
foram violentos e mais de 3 mil pessoas fogem do país. Em maio de 1999,
Ansumane Mané entregou a presidência provisória a Malam Bacai Sanhá, líder
do PAICG, que convocou eleições gerais, e os conflitos se encerraram. Vieira
foi obrigado a se exilar em Portugal.
Em 2000, Kumba Yalá, do Partido da Renovação Social (PRS), foi eleito,
derrotando Sanhá. Em novembro do mesmo ano, em uma tentativa de golpe
que não deu certo, Ansumane Mané foi morto por tropas oficiais. A vida política
do país era marcada por uma contestação constante da oposição, além de uma
situação conflituosa no meio jurídico. Yalá dissolveu o Parlamento em
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LUSOAFRICA, História da Guiné-Bissau.
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DELEGAÇÃO DA COMISSÃO EUROPEIA NA GUINÉ-BISSAU, História da Guiné-Bissau.
novembro de 2002 e convocou eleições para fevereiro de 2003. 5 Em um
quadro turbulento, houve um golpe em setembro, que depôs Yalá, nomeou
Henrique Rosa como presidente interino pela junta militar. Em março de 2004
houveram eleições legislativas, ganhas pelo PAIGC. Carlos Gomes Júnior, líder
do PAIGC, foi então, indicado como primeiro-ministro.
A Corte Suprema permitiu, em maio de 2005, Nino Vieira a voltar a
Guiné-Bissau e concorrer às eleições presidenciais, entretanto não completou
seu mandato porque foi assassinado em 2 de março de 2009 por soldados
leais ao general Tagmé Na Wai, chefe do Estado-Maior do Exército, morto no
dia anterior em um atentado a bomba.
Na curta história de Guiné-Bissau como Estada independente, houveram
vários golpes e tentativas de golpes de Estado, que contribuíram para
desestabilizar politicamente o país.
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AGÊNCIA EFE, História política da Guiné-Bissau é marcada por golpes
Referências: