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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

Fontes IV
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FONTES IV

EQUIDADE

• Ex aequo et bono: “segundo o que for justo e bom”.


• “Conjunto de princípios imutáveis de justiça que induzem o juiz a um cri-
tério de moderação e de igualdade, ainda que em detrimento do direito
objetivo”.

A equidade, de acordo com o que consta nos estatutos da Corte Internacional


de Justiça (CIJ), é “segundo o que for justo e bom”. Alguns autores conceituam a
equidade como a justiça dentro do caso concreto. Há várias maneiras de aplicar
a equidade.
No Direito Internacional não se pode efetuar o “detrimento do direito objetivo”.
Se ocorre a aplicação em detrimento de uma norma existente, não há lugar para
a aplicação da equidade.
A equidade existe para suprir uma determinada lacuna, para aplicar melhor
uma norma ao caso concreto. Os juízes mencionam os princípios equitativos, os
princípios de justiça. Em casos concretos, a equidade pura é muito difícil de ser
encontrada, de ser verificada.
Para ser aplicada de pronto pelo juiz a equidade precisa do consentimento
das partes.
A equidade pode ser:
• CONTRA LEGEM: não é permitida. É a equidade que afasta o Direito;
• PRAETER LEGEM: preenchimento de lacunas. É a aplicação da equidade
propriamente dita. O juiz depreende a norma que existe e que está implícita
dentro do ordenamento. Não compete ao Judiciário produzir normas, com-
pete aplicar o Direito existente.
• INFRA LEGEM: adaptando o Direito aos fatos. É a aplicação mais comuns
dos princípios equitativos:
–– CASO DA PLATAFORMA CONTINENTAL MAR DO NORTE (1969)
ANOTAÇÕES

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Num caso concreto é procurar o meio termo que seja satisfatório para as
partes, por exemplo, permitir que Estados envolvidos em determinada controvér-
sia tenham uma saída para o mar, ainda que pequena.

ANALOGIA

• Supre lacunas: busca integrar o ordenamento;


• Utiliza norma que regula caso semelhante;
• Limites: soberania e submissão de Estados a cortes internacionais e liber-
dade humana.

O professor Francisco Rezek assinala que não é possível aplicar a analogia


para prejudicar a soberania de um determinado Estado. Não se pode igualmente
utilizar a analogia para submeter um Estado à CIJ. Não pode ser utilizada a ana-
logia para restringir a liberdade humana.

CASO DE REPARAÇÃO DE DANOS

• Estados: Proteção nacional.


• OI: Proteção funcional .
No caso de reparação de danos, há a ausência de uma norma que diga res-
peito a satisfação de uma proteção para os funcionários das organizações inter-
nacionais. Esse caso envolveu um funcionário da ONU, Folke Bernadotte, que
foi morto enquanto se encontrava em missão.
O consultivo é apenas utilizado para Organizações Internacionais (OI), o con-
tencioso é apenas para Estados. Uma consulta foi feita e emitido um parecer.
Pode uma OI receber indenização por morte de funcionários?
Nesse caso específico, como não havia uma norma que regulamentasse
a proteção a esses funcionários, eles utilizaram a ideia da nacionalidade em
reação ao Estado.
A CIJ raciocinou da seguinte forma: se existe uma proteção em relação aos
nacionais que advém do vínculo de nacionalidade, esse vínculo político-jurídico
que liga um indivíduo a um determinado Estado, essa proteção gera direitos e
deveres mútuos, deveres de proteção.
Jean Charles de Menezes estava na Inglaterra e foi morto por ser confundido
com um terrorista. O Brasil poderia ter apresentado esse caso na CIJ caso não
existisse reparação interna – porque houve uma negociação da Inglaterra com
os familiares do Jean Charles.

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Igualmente, casos de brasileiros que sofrem violações no exterior envolvem


direitos de proteção que o Estado tem para com os seus nacionais. Também há
deveres, como o cumprimento do serviço militar obrigatório.
A CIJ concluiu que, da mesma forma que o Estado tem direitos e deveres
com relação aos seus nacionais, a OI tem a proteção funcional que diz respeito
aos seus funcionários. Portanto, no caso de morte de algum funcionário, a OI
pode pleitear indenização. Da mesma forma que os atos dos funcionários vincu-
lam a OI.
Uma das grandes querelas da ONU quando atua em missão de paz é se pre-
ocupar com os seus capacetes azuis, pois há constantes reclamações de viola-
ções de direitos humanos, alguns de caráter sexual, sem relação a crianças e
há uma dificuldade muito grande da ONU em controlar isso porque o seu efetivo
que atua em campo é cedido pelos Estados. Sobre a conduta individual não se
consegue ter controle completo, mas há relatório da ONU abordando esse pro-
blema.
Ao fazer a analogia há uma percepção sobre o conhecimento da personali-
dade das OI. Mas não apenas isso, também a construção das prerrogativas das
OI começa a ser feita a partir das prerrogativas do Estado. A construção do que
realmente a OI pode fazer advém da própria analogia com relação a uma insti-
tuição similar, que é o Estado.

HIERARQUIA DAS NORMAS DE DIREITO INTERNACIONAL

IUS DISPOSITIVUM
• Normas obrigatórias;
• Fundamento: pacta sunt servanda;
• Efeitos: inter pars;
• Manifestação: qualquer fonte.

IUS COGENS
• Normas obrigatórias;
• Fundamento: reconhecimento da sociedade;
• Efeitos: erga omnes;
• Manifestação: qualquer fonte;
• Hierarquia superior às demais normas.

O professor Guido Soares traz um capítulo a respeito das normas dispositi-


vas e ius cogens.

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O ius dispositivum é um Direito obrigatório, um Direito posto e o fundamento é


a norma pacta sunt servanda, a expressão da vontade, seja a vontade expressa
num tratado ou essa vontade manifestada por meio de atos que são o costume.
O efeito entre as partes envolvidas ou o efeito universal (no caso do costume)
pode se manifestar em qualquer fonte.
O ius cogens são normas obrigatórias independentes da vontade. São normas
que adquiriram essa característica em função do reconhecimento da sociedade
sobre a sua suma importância.
A Convenção de Viena, quando define o ius cogens, traz o fundamento da
importância dessas normas e, além disso, o Tribunal Penal Internacional (TPI),
quando elenca os crimes que ali são tratados, também aborda situações que
aviltam a sociedade no seu conjunto.
O ius cogens é muito ligado aos direitos humanos e às condições dos seres
humanos. São as cláusulas pétreas do Direito Internacional, que podem ser mani-
festadas a partir de qualquer fonte e possui uma hierarquia superior às demais.
Só uma norma ius cogens pode revogar outra norma ius cogens.
Erga omnes significa que é válido para todos.
Ius cogens – ou direito cogente – é direito obrigatório, independente da von-
tade, cuja natureza e reconhecimento advém da sua importância para a socie-
dade internacional no seu conjunto.
O artigo 53 da Convenção de Viena, de 1969, que versa sobre o direito dos
tratados, exatamente nesse artigo são definidas as normas ius cogens.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pela professora Blenda.
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