Estratégico
O estratégico, que é o enquadramento da empresa no regime tributário mais
conveniente e o conhecimento de outras particularidades fiscais, que variam de acordo
com o ramo de atividade, estrutura de capital, localização, modelo de contratação de
recursos humanos e outras.
Ou seja, ao contrário do que muitos pensam, o planejamento tributário é muito mais do
que apenas cumprir as obrigações em dia e anotar as receitas e despesas em
planilhas. Planejar, envolve conhecer, analisar, estudar e verificar todas as formas
existentes de tributação que envolvem o seu negócio.
O objetivo do planejamento tributário é diminuir as despesas da empresa. Isso quer
dizer reduzir o número de tributos pagos e os valores que incidem sobre o negócio – o
que é chamado de elisão fiscal. Afinal, para ter um produto ou serviço competitivo,
chegar a um preço de venda mais baixo é fundamental, e um dos fatores que
atrapalham isso são os altos impostos.
Para aliviar a carga tributária da empresa, é possível ir por três caminhos:
1. Evitar a incidência do imposto
Adotar procedimentos que impedem a ocorrência do fato gerador do tributo. Um
exemplo é aproveitar uma regra de isenção de impostos do seu município, caso ela
exista, adequando-se às exigências. Outro exemplo são medidas como abrir mão
do pró-labore, para não pagar imposto de renda e INSS sobre ele, ficando apenas com
a retirada dos lucros.
2. Reduzir os valores totais a serem recolhidos
Após uma análise criteriosa das regras de cada imposto pago, planejam-se medidas
para reduzir as taxas. Por exemplo, reduzindo a contribuição para o Seguro de
Acidentes de Trabalho (SAT) ao diminuir o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), ou
aproveitando políticas de incentivo que possibilitem a redução das alíquotas.
3. Retardar o pagamento
Há ações que permitem postergar o pagamento dos tributos sem a incidência de
multas. Essa tática pode ser útil para quando você está com pouco capital de giro e
precisa de alguns dias a mais para ter fôlego no caixa.
Legalidade é a principal premissa no planejamento tributário, antes dela, vem a
legalidade. Seja eliminando o fato gerador, reduzindo as alíquotas ou retardando o
pagamento sem multa, tudo isso deve ser feito de acordo com a lei.
Espécies de Tributos
Imposto
- Tributos não vinculados à atividade estatal, ou seja, são devidos independentemente
de qualquer atividade estatal em relação ao contribuinte.
- “ Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independentemente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao
comtribuinte”(CTN – Art.16).
- É de competência privativa, distrubuída pela CF, isto é, exclusivamente da União ou
dos Estados ou dos Municipios ou do Dsitrito Federal.
- Destina-se ao custeio de despesas gerais (correntes e de capital)
EX: IPI, ICMS, IR etc.
Taxa
- Tributos vinculados à atividade estatal, devidos pelo exercício regular do poder de
polícia ou pela utilização efetiva ou potencial de serviço público, específico e divisível,
prestado ou colocado à disposição do contribuinte (CTN – arts. 77 e 78).
- Poder de polícia = atividade pública que limita e disciplina direito, interesse ou
liberdade a favor do interesse público, no que se refere a segurança, higiene, ordem,
costumes etc.
- Não pode ter o mesmo fato gerador e nem a mesma base de cálculo do imposto.
• Ex.: TLIF – Taxa de Licença de Instalação e Funcionamento
Contribuições especiais
- As contribuições especiais têm sido caracterizadas como uma nova espécie de
tributos que engloba:
Contribuições Sociais = INSS, COFINS e CLS (CF–art. 195) ; CIDE – Contribuição de
Intervenção no Domínio Econômico (CF – art. 149) ; Criada para ajustar a economia
aos objetivos da política econômica. Ex. CIDE sobre combustíveis de derivados de
petróleo (Lei 10.336/01) ; Contribuições de interesse de categorias profissionais ou
econômicas ; CRC, OAB, Crea etc.
São aquelas que a União Federal institui com fundamento nos arts. 149 a 195 da
Constituição Federal; dividem-se em 2 espécies: as contribuições sociais e as
contribuições de seguridade social.
Os tributos dividem-se;
• Tributos Diretos = Recaem sobre a pessoa (física e jurídica) ; Incidem sobre o
patrimônio e a renda, são de responsabilidade pessoal. Ex.: IRPJ, IRPF, IPTU, ITR,
IPVA etc.
• Tributos Indiretos = Recaem sobre a produção e circulação de bens e serviços, são
repassados para os preços dos produtos e serviços. O consumidor é o contribuinte de
fato, o produtor, vendedor ou prestador do serviço é o contribuinte de direito
responsável pelo recolhimento do tributo. Ex.: IPI, ICMS, ISS, COFINS etc.
Fato Gerador
• É o fato que gera a obrigação tributária, refere-se à concretização da hipótese de
incidência, conforme prevista na lei. Deve ser definido em lei complementar.
Exemplos: Prestar serviços (ISS); Fazer circular mercadorias (ICMS); Receber ou ser
creditado renda (IR).
Quanto da ocorrência do fato gerador pode ser: Instantâneo – concretiza-se num único
ato. Ex.: ITBI. (imp.trans.bens imóveis).
Periódico – concretiza-se em vários atos, mas são apurados num determinado
período. Ex.: IPI, ICMS, PIS/COFINS.
Complexivo – quando resulta de uma série de operações para apuração da base de
cálculo e do montante devido. Ex.: IRPF, IRPJ.
ANALISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Índices de Liquidez
Avalia a capacidade da empresa para honrar compromissos assumidos. “O índice
quanto maior melhor”.
Índice de Rentabilidade
Avalia o rendimento, a lucratividade da empresa obtida em determinado período. “O
índice quanto maior melhor”.
Ciclo Operacional
Fases operacionais existentes no interior da empresa, que vão desde a aquisição de
materiais para a produção até o recebimento das vendas efetuadas.
A auditoria Interna é idêntico aquele executado pela Auditoria externa. Ambas realizam
seus trabalhos utilizando-se das mesmas técnicas de auditoria, ambas têm sua
atenção voltada para o controle interno como ponto de partida de seu exame e
formulam sugestões de melhorias para as deficiências encontradas, ambas modificam
a extensão de seu trabalho de acordo com as suas observações e a eficiência dos
sistemas contábeis e de controles internos existentes.Entretanto, os trabalhos
executados pelos Auditores Internos e Externos têm suas diferenças básicas
caracterizadas por:
Os objetivos de uma auditoria em uma entidade são variados, podendo ser nos itens de
caixa e bancos, estoques, investimentos, etc. Porém, para a elaboração da auditoria
são seguidos objetivos gerais, que geralmente se repetem nos diversos itens do ativo.
Os objetivos gerais são Existência, Avaliação, Autorização, Propriedade, Restrições,
Exatidão de Valores, Utilidade e Apresentação nas demonstrações.
Utilidade - Em muitos itens do ativo a auditoria procura definir sobre seu uso potencial
na entidade. Voltando atenções também para descobrir se o item é obsoleto ou é um
bem usado na produção de um bem que sairá de linha. Essas informações podem
levar a uma baixa nas demonstrações ou apenas a divulgação do fato em notas
explicativas. Os procedimentos para tal objetivo incluem estudos dos registros de
venda de determinada linha de produtos, movimentação de estoques e inspeção física
do bem.
Auditoria de Caixas e Bancos Este ativo é considerado o item mais problemático, com
um alto risco de ser fraudado e de difícil controle, por isso os procedimentos de auditoria
são normalmente maiores e mais complexos. A eficiência do controle interno referente à
Caixa e Bancos determina a extensão e a profundidade dos procedimentos de auditoria.
Na maioria das vezes, o Caixa e Bancos aparece no balanço da empresa na forma de
dois itens, o Encaixe, que são os valores em mãos, e os depósitos em bancos. Encaixe
O encaixe consiste num fundo fixo de Caixa e de recebimentos de clientes, antes de
serem depositados. Os procedimentos mais usados para esses dois tipos de encaixe
são:
• Contagem feita pelo auditor.
• Conferência dos totais obtidos na contagem com os registros contábeis.
• Certificação de que itens como cheques de clientes e comprovantes de Caixa são
corretos.
• Verificação dos depósitos e recebimentos nas contas bancárias.
Projetos e ações de fins ideais: todos os esforços para movimentar e gerir recursos e
patrimônio destinados a resolver problemas ou criar condições de promoção social.
Recursos controlados: ativos em que a entidade mesmo sem ter o direito de
propriedade detém o controle, os riscos e os benefícios deles decorrentes. (Incluído
pela Resolução CFC nº. 1.268/09)
Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no
processo gerador de informações, os Princípios de Contabilidade e as normas
contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. (Redação
dada pela Resolução CFC nº. 1.437/13).
Tem por objetivo fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e
os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da
entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de
decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a
instrumentalização do controle social, e seu objeto principal é o patrimônio público. A
função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve refletir,
sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações
necessárias à tomada de decisões, à prestação de contas e à instrumentalização do
controle social.
Unidade Contábil
A soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor
público resultará em novas unidades contábeis. Esse procedimento será utilizado nos
seguintes casos:
- Registro dos atos e dos fatos que envolvem o patrimônio público ou suas parcelas,
em atendimento à necessidade de controle e prestação de contas, de evidenciação e
instrumentalização do controle social; - Unificação de parcelas do patrimônio público
vinculadas a unidades contábeis descentralizadas, para fins de controle e evidenciação
dos seus resultados;
- Consolidação de entidades do setor público para fins de atendimento de exigências
legais ou necessidades gerenciais.
Definições:
Custo
Mercadorias são os bens que uma empresa adquiri com estoque para poder revender,
são assim chamadas de “bens de venda”.
Para que possamos registrar as Operações com Mercadorias, devemos então utilizar
as contas Compras e Vendas (Método da Conta Desdobrada).
De acordo com as Normas Contábeis existem dois métodos a serem utilizados no
registro das Operações com Mercadorias, que são:
Conta Mista – consiste na utilização de uma só conta para poder ser chamada de
Estoque de Mercadorias (Estoque Inicial e Estoque Final).
Inventário Periódico: acontece quando a empresa efetua uma venda sem um controle
do estoque, deixando assim de registrar o custo das Mercadorias Vendidas naquele
momento, portanto o valor do estoque somente será conhecido no final do período,
após uma contagem física de todas as mercadorias existentes (inventário).
É o custo da mercadoria que fi vendida no período. Para que se possa calcular o CMV
(custo da mercadoria vendida) não é preciso se ter o preço de venda.
Para eu a empresa possa analisar o CMV, apenas soma-se o estoque inicial
juntamente com suas compras e subtrai do estoque final.
O CMV é uma despesa e na apuração do resultado será deduzido da receita líquida de
vendas.
Fórmula do CMV:
CMV = EI + C + CA – DC – EF
Exemplo:
Então:
CMV = EI + C + CA – DC – EF
CMV = 5.000 + 20.000 + 0 – 0 – 12.000
CMV = 13.000
Aqui serão apurados os resultados das Contas Mercadorias para podermos identificar
se a empresa obteve lucro ou prejuízo.
O resultado da negociação com as mercadorias pode ser apurado na DRE
(Demonstração de Resultado do Exercício), onde é chamado Resultado Bruto com
mercadorias e é obtido através da equação:
RCM = V – DV – CMV
Exemplo:
RCM = V – DV – CMV
RCM = 23.000 – 0 – 13.000
RCM = 10.000
Sendo o RCM positivo, significa que o valor das vendas de mercadorias foi superior ao
custo das respectivas Mercadorias Vendidas; isto corresponde a lucro.
Esse lucro apurado nas vendas de mercadorias denomina-se Lucro Bruto do Exercício.
Sendo o RCM negativo, significa que o valor das vendas de mercadorias foi inferior ao
custo das respectivas mercadorias vendidas; isto corresponde a prejuízo. Esse prejuízo
apurado nas vendas de mercadorias denomina-se Prejuízo Sobre Vendas.
Contabilização de algumas Operações que Afetam a Mercadoria nas Compras
Devoluções e Abatimentos
A questão das “devoluções” e dos “abatimentos” pode ser analisada sob ângulos: a
empresa como compradora das mercadorias que revende e a empresa como
vendedora dessas últimas.
Notas:
• Os valores dos fretes e dos seguros calculados sobre as vendas, quando correram
por conta do fornecedor (vendedor), deverão ser contabilizados em contas
representativas de Despesas Operacionais, classificadas no grupo das Despesas com
vendas. Portanto, esses gastos não interferem no valor das vendas de mercadorias.
Lembrando que estamos tratando somente dos fatos que interferem nos valores das
compras e das vendas de mercadorias.
• Como os saldos das contas Vendas Anuladas, Abatimentos sobre Vendas, interferem
no valor das vendas, eles serão transferidos para a conta RCM, no final do Exercício,
por ocasião da apuração do resultado Bruto.
Na Compra
Contabilidade é a ciência que tem por objetivo o estudo das variações quantitativas e
qualitativas ocorridas no patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações)
das entidades (qualquer pessoa física ou jurídica que possui um patrimônio). Através
dela é fornecido o máximo de informações úteis para as tomadas de decisões, tanto
dentro quanto fora da empresa, estudando, registrando e controlando o patrimônio.
Todas as movimentações existentes no patrimônio de uma entidade são registradas
pela Contabilidade, que resume os fatos em forma de relatórios e entrega-os aos
interessados em saber como está indo a situação da empresa.
Através destes relatórios são analisados os resultados alcançados e a partir daí são
tomadas decisões em relação aos acontecimentos futuros. Sendo assim, a
Contabilidade é a responsável pela escrituração (registro em livros próprios) e
apuração destes resultados e é só através dela que há condições para se apurar
o lucro ou prejuízo em determinado período.
Consolidação
Também se faz necessário ler a Norma Contábil para entender com clareza as
circunstâncias que devem ser consideradas para a definição de controladora, porém
não vamos entrar nesse mérito aqui neste artigo, pois ficaria extenso demais e isso não
é crucial para entendermos como fazer a consolidação, que é o objetivo principal, basta
que saibamos que a consolidação é obrigatória para as Controladoras. Fazer a
consolidação de balanços nada mais é do que somar os saldos das contas
semelhantes dos Balanços Patrimoniais da Controladora e Controladas, e eliminar
(zerar) os saldos das contas que representam transações entre elas. Talvez, resumir
em um único parágrafo o que é consolidação torne difícil o seu entendimento, portanto
vamos partir diretamente para um Exemplo para facilitar a compreensão.
Exemplo:
Agora nós temos outro valor a ser eliminado, trata-se do valor do Investimento
contabilizado na Controladora. No caso do nosso exemplo, a Controladora detém 100%
de participação na Controlada, portanto o valor de Investimento contabilizado na
Controladora é exatamente igual ao valor do Patrimônio Líquido da Controlada.
Faremos como no caso anterior, vamos debitar e creditar esses valores zerando os
saldos, conforme está na Figura 3 abaixo
Eliminamos os saldos das contas que representam transações entre a Controladora e a
Controlada, bem como o valor do investimento. Agora resta apenas somar os saldos
das contas restantes para que tenhamos então o Balanço Consolidado, conforme
demonstrado na Figura 4 abaixo