Oral X Escrita
Aquisição da Escrita
+
Não continuidade fala/escrita
n Diferenças e semelhanças
n Fala
e escrita são parcialmente isomórficas
(escrita tenta representar fala num primeiro
momento, mas depois é a fala que vai tentar
simular a escrita)
+
n Masde que modo se opera essa
transformação de/em alguém que passa a
ver o que não e é assim capturado pela
escrita enquanto funcionamento simbólico?
Esta pergunta nos leva ao segundo ponto
desta reflexão. (...)...o pressuposto de não-
continuidade ‘natural’ entre linguagem oral
e escrita leva, no mínimo, à indagação
sobre o que é transmitido (e como).” (De
Lemos, 1998)
+
Etapas evolutivas da história da
escrita
n 1. Inexistência da escrita
n Não
apresenta inicialmente relação direta
com a fala, mas se encaminha aos poucos
para isso, passando a ser um simbolismo
+
2.2 recursos de identificação
mnemônica
n Símbolos
heráldicos e símbolos usados por
indígenas para registrar tempo
+
Escrita plena: fase fonográfica
n Povos
antigos, como os egípcios, tinham o papiro
(extraído do caule de uma planta de mesmo
nome), onde os sacerdotes escreviam os
hieróglifos.
caravela
+ n Estamos apenas usando as propriedades fonéticas e
não semânticas dessas partes, o mesmo acontece
com os ideogramas
n A
passagem para a escrita alfabética acontece pelas
mãos dos gregos que partem do silabário fenício e
normatizam a colocação da vogal depois da
consoante. Essa descoberta acontece no séc. X a. C.
+ n Vygotsky: a grande descoberta: para aprender a
escrever a criança precisa descobrir que ela pode
desenha não apenas coisas, mas a própria fala
n cama
+
Motivação fonêmica e fonética
n Palavra
medicina: poderia ser com “ss”,
“sc” etc.,mas vem da mesma família lexical
(médico, medicando, medicinal etc.)
+
Motivação diacrônica
n Ex. palavra
homem tem “h” porque era
assim em latim
+
A fala e a escrita
n Freire
(1997): o processo de aquisição da escrita tem
início ao nascimento e tem continuidade nas práticas
discursivas orais, fazendo com que a escrita passe a ter
uma função social.
n Dessa
forma, apenas o domínio das regras do
português e do código gráfico não garante o uso
adequado da escrita (KRISTENSEN & FREIRE 2001).
+ n Vygotsky (1979): linguagem escrita como uma
“função lingüística distinta, que difere da
linguagem oral tanto pela sua estrutura quanto
pela sua função”. Quando fala sobre escrita, o
autor diz que até seus estágios mais elementares
de desenvolvimento exigem um alto nível de
abstração.
n Zorzi
(1998) considera a escrita como sendo um
processo de formação de conhecimentos, onde o
aprender a escrever não se reduz a uma simples
associação entre letras e sons ou a fixar a forma
das palavras. Corresponde a um processo de
conceitualização de linguagem.
+
O Processo de desenvolvimento
n As
autoras afirmam que a criança pode ser
considerada alfabetizada quando chega nesta fase,
pois aqui, a mesma já compreende a natureza da
escrita.
+ n Marchesan & Zorzi (1999/2000) foram mais além e
afirmaram que para dominar a escrita a criança
deverá compreender que um mesmo som pode
ser escrito por diferentes letras, que as palavras
necessitam ser escritas separadamente, quantas e
quais letras são necessárias para escrever os sons
das palavras e ainda, dentre outros fatores, a
criança deverá discernir a posição das letras no
interior das palavras e diferenciar letras de formas
gráficas semelhantes.
+ A Produção da Escrita e os Erros Ortográficos
n Alterações
ou erros decorrentes da possibilidade de
representações múltiplas: foram os mais freqüentes e
corresponderam a 47,5% do total; tais erros se devem à
correspondência não estável entre letras e sons que
levam a uma série de erros (“cabesa” e “cabessa”);
n Alterações
ortográficas decorrentes de apoio na
oralidade. Corresponderam a 16,8% e sofrem
influência dos padrões orais (quente por “queinti” ou
dormir por “durmi”); Omissão de letras qu
corresponde a 9,6% do total, estes erros caracterizam-
se por uma caligrafia incompleta (“sague” para
sangue; “deida” para deitada);
+ n surgem
Erros por segmentação indevida, com ocorrência de 7,8%,
devido à insegurança da criança em saber onde a
palavra começa e onde termina (“siperder” para se perder;
“quatro sentos” para quatrocentos);
n Acréscimo
de letras, com um índice de 1,3%. Contrário
ao que ocorre nas omissões, aqui a criança utiliza um
número de letras maior do que deveria usar em
determinada palavra (machucar vira “manchucar”);
n Letras
parecidas, com uma freqüência de 1,3% estão as
palavras escritas de forma errada, em função da
semelhança com a letra que deveria ser usada (medo
por “nedo”; bicicleta por “bicicheta”);
+ n Inversão de letras: 0,6% do total de erros
produzidos pelas crianças e dizem respeito à
mudança de posição da letra dentro da palavra
(acordou vira “arcodou”);
n E
auditiva e visual, que são falhas de dentro para fora e
caracterizam uma disortografia.
Sendo assim,
“Seja quais forem as variantes determinadas pelo
contexto fonético circundante e/ou geográfico e/ou
social e/ou individual, as pessoas pertencentes a
uma mesma comunidade linguística intercambiam
mensagens orais inteligíveis, a não ser que
pertençam a universos especializados” (SCLIAR-
CABRAL, 1994, s/p.
+ Diferenças entre discurso relativamente não-
planejado (DRNP) e discurso planejado
(DP): Mary Kato (1986, p. 24)
DRNP DP
Retificação (correção):