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A Cidade-Estado de Draj
Por Gabriel Cormier e Jon Sederqvist

Créditos (Versão Original)

Design: Gabriel Cormier, Jon Sederqvist
3E Design: Jon Sederqvist
Editor: Gabriel Cormier
Editorial Assistance: Austin Butcher, Jon Sederqvist
Art Directory: Gabriel Cormier
DS 3 Logo: Robert Adducci
Layout: Gabriel Cormier
Interior Art: Bruno Lopez, Neeva, Yoni Banai, Frédéric Gamache
Maps: Gabriel Cormier, Derek Cabotaje, Austin Butcher
Review: Andrej Damjanovic, Austin Butcher, Mike Ring
Sources: Dragon Crown, Dune Trader, Slave Tribes, Terrors Beyond Tyr, The Complete Gladiator’s
Handbook, The Wanderer’s Chronicle, The Wanderer’s Journal, Valley of Dust and Fire, Veiled
Alliance.

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Edição Brasileira 1.2

COPYRIGHT © http://www.athas.org TRADUÇÃO: Fabrício Madruga Lopes & Fabiano de Oliveira

TÍTULO ORIGINAL: The City-state of Draj REVISÃO: Fabrício M. Lopes, Fabiano de Oliveira e Romeu Filho
COORDENAÇÃO EDITORIAL: Grupo EarthLords EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Fabrício Madruga Lopes

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• À Equipe responsável pelo Athas.org, eles foram fantásticos na
hora de fornecer apoio e informações.
• A todos os fãs do cenário por manterem-no vivo

Fabrício: à minha família, à minha noiva Jeanny e aos meus amigos

de jogo: Kleyner, Barreto, Rafael, Joás, Leonardo, Daniel Kobold,
Daniel Ogro, Marcos Corporation, Danielle, Malhado, Fabiano,
Campoi, Pablo e outros.

Fabiano: à minha esposa Dailza e ao meu filho Felipe.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
CORMIER, Gabriel
A Cidade-Estado de Draj. / Gabriel Cormier e Jon
Sederqvist Tradução: Fabrício Madruga Lopes e Fabiano de
Oliveira – Brasília/São Paulo: EarthLords Editora, 2004.
Título Original: The City-state of Draj.
Vários Ilustradores
1. Jogos de Aventura 2. Jogos de Fantasia
I. Sederqvist Jon. II Título.
01.2892 CDD-793.9
1. Jogos de Aventura: Recreação 793.9
2. Jogos de Fantasia: Recreação 793.9
3. “Roleplaying Games”: Recreação 793.9
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14/12/1973.
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 A Cidade-Estado de Draj

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 A Cidade-Estado de Draj

Índice

A Cidade-Estado de Draj .................................................................................................................................... 5

Ket ....................................................................................................................................................................... 6
Forte Ral ............................................................................................................................................................. 7
Poço Amargo ..................................................................................................................................................... 8
As Montanhas Mastyrials ................................................................................................................................ 8
As Cavernas Proibidas ..................................................................................................................................... 9
Costa Quebrada ................................................................................................................................................ 9
Sociedade Draji .................................................................................................................................................. 10
Cultura Guerreira ........................................................................................................................................... 10
Acalmando o Sobrenatural ............................................................................................................................ 11
Sacrifício ........................................................................................................................................................... 11
O Deus-Rei....................................................................................................................................................... 12
As Duas Luas .................................................................................................................................................. 12
Os Cultos Elementais ..................................................................................................................................... 13
Vestimenta ....................................................................................................................................................... 14
Identidade Cultural ........................................................................................................................................ 14
O Povo de Draji.................................................................................................................................................. 16
Infância do Draji ............................................................................................................................................. 16
Os Cidadãos Livres ........................................................................................................................................ 16
A Nobreza........................................................................................................................................................ 18
Os Escravos ..................................................................................................................................................... 19
Párias e Criminosos ........................................................................................................................................ 20
A Vida Urbana em Draj .................................................................................................................................... 22
Cidadela das Duas Luas ................................................................................................................................ 22
Comércio e Mercado ...................................................................................................................................... 25
A Vida na Corte de Atzetuk ............................................................................................................................. 30
Os Templários ................................................................................................................................................. 30
Os Psions.......................................................................................................................................................... 32
Estrutura de Governo .................................................................................................................................... 33
O Exército de Draj .......................................................................................................................................... 33
A Aliança Velada ............................................................................................................................................ 33
Raças e Personagens em Draj .......................................................................................................................... 35
Raças em Draj .................................................................................................................................................. 35
Classes de Personagem em Draj ................................................................................................................... 35
Um Guia de Viagem para Draj ........................................................................................................................ 37
Sumário do Mestre para Draj .......................................................................................................................... 40
Lições de Pai para Filho .................................................................................................................................... 43
Apêndice ............................................................................................................................................................. 47
Novos Itens Mágicos ...................................................................................................................................... 48
Novos Itens Psiônicos .................................................................................................................................... 48
Classes de Prestígio ........................................................................................................................................ 48
Talentos regionais ........................................................................................................................................... 52
Estatísticas dos PdMs ..................................................................................................................................... 53
Monstros .......................................................................................................................................................... 62
Open Game License........................................................................................................................................ 66

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A Cidade-Estado de Draj
Bem-vindo a Draj, onde os guerreiros reinam! Draj
é onde o guerreiro se sentirá em casa, onde ele
prosperará sob a orientação e tutela de grandes
cidadãos drajis. Draj é o lar do guerreiro; aqui um
verdadeiro guerreiro estará entre semelhantes. Venha,
as Guerras Retóricas esperam. Veja os mestres do arco,
os cavaleiros-flecha, enquanto eles demonstram suas
proezas com o arco. Os ferozes cavaleiros-águia irão
impressionar qualquer guerreiro com sua maestria nas
armas, ao passo que os cavaleiros-jaguar farão mesmo o
mais experiente veterano curvar-se de medo. Para
aqueles que experimentariam outra coisa, um jogo de
raxoc irá acalmar o espírito.
Draj é a grande cidade-estado de nosso maravilhoso
Deus-Rei, Atzetuk. Aqui a divindade é manifestada
pelo espírito de nosso grande Rei, que cuida e protege
todos drajis. É o lar de grandes clãs, que aram e lutam
pelo Deus-Rei. Venha e testemunhe uma cultura tal
que nunca viste antes! Venha e veja os sacrifícios aos
elementos. Venha ver milhares de pessoas catando em
uníssono! Entre na maravilhosa Cidadela das Duas
Luas, a gloriosa Cidadela de nosso poderoso
governante. Fique de pé sobre a força de nossos
obeliscos; os grandes escultores de Draj darão à
obsidiana preta vida com a maestria de sua arte. Vejas
as pinturas de guerreiros, do grande jaguar e dos
cavaleiros-jaguar esmagando os crânios de seus
oponentes. Marche pela Trilha da Serpente e caminhe
na Praça Jaguar, regozijando-se às sombras da Grande
Pirâmide e veja a Grande Prateleira de Crânios.
Apavore-se à base da Grande Pirâmide, pois rios de
sangue correm aos teus pés e assista aos grandes
sacrifícios de nosso povo. Visite milhas e milhas de
terra fértil, tão fértil como não existe em nenhum outro
lugar dos Planaltos.
“Ponderem isto, cavaleiros-águia e jaguar,
Embora esculpidos em jade, vós quebrareis;
Embora feitos de ouro, vós trincareis;
Ainda que sejais uma pena de quetçal, vós
secareis.
Não estamos para sempre nesta terra,
Só pelo tempo que estivermos aqui."
-Rei-poeta Nezahualcoyotl de Texcoco, por volta de
1450 AD
Draj fica numa ilha cercada por um lago de
lodo. O lodo fértil produz grãos e cânhamo de
A Cidade-Estado de Draj
alta qualidade. Dentro de Draj, o complexo
fortificado "Cidadela das Duas Luas" contém a
pirâmide e templos do Rei. O povo draji vive nos
lodaçais ou em estruturas de tijolos chamadas
pueblos. Seus clãs reúnem-se para discutir e agir
em assuntos abaixo da atenção do Rei.
Depois de reinar por dois mil anos em Draj,
Tectuktitlay morreu recentemente, assassinado
pelo Primeiro Feiticeiro, Rajaat. O “filho” de
Tectuktitlay, Atzetuk, substitui-o facilmente como
Deus-Rei. Quando Tectuktitlay morreu, seus
templários perderam suas magias. Estes
templários fizeram um pacto com a Casa da
Mente que escolheu e fez uma lavagem cerebral
em Atzetuk para servir como sua marionete. O
novo rei realmente acredita que Tectuktitlay é seu
pai e o povo draji aceitou sua reivindicação.
Enquanto os cidadãos drajis odiavam
Tectuktitlay, obedecendo-lhe somente por medo
de sua magia e templários, o jovem Atzetuk
ganhou a simpatia do povo, sua admiração e
adoração.
A cultura e a história drajis exigem um Deus-
Rei dominante. Tectuktitlay havia se cercado de
enfeites religiosos e teceu a religião draji ao redor
de si. Mesmo que desprezassem Tectuktitlay, a
população participava completamente entregue
no ritual básico de sacrifício. A localização de Draj
perto do Mar de Areia e totalmente sem a
cobertura de montanhas deixa a cidade
particularmente vulnerável às destrutivas
Tempestades-de-Tyr. Os cidadãos drajis
acreditam que precisam apaziguar os elementos
com sacrifícios humanos. Já que o rei
publicamente realiza semanal ou mesmo
diariamente sacrifícios que se acreditam manter
os desastres afastados, é normal que o povo
passasse a adorar seu rei. Eles também adoram as
duas luas Ral e Guthay. Artistas entalham as duas
luas em obeliscos, estátuas e capelas através da
cidade.
Draj há muito é conhecida por sua produção
de cânhamo. Seus lodaçais são muito férteis e
produzem safras de boa qualidade. Estes
produtos estão em falta nos Planaltos e ajudaram
a Casa Tsalaxa, principal cada mercante de Draj, a
obter pesados lucros. Esta renda estável ajudou a
Casa a aventurar-se em operações mais
arriscadas, tais como obras de arte, armas
5

ornamentais e escravos. A Casa Tsalaxa reflete a
cultura guerreira de Draj. Ela é cruel, gananciosa e
perigosa e recorrerá ao assassinato, seqüestro e
chantagem para conseguir o que deseja. Eles iram
baixar os preços para levar outras casas mercantes
à falência.
Tectuktitlay construiu Draj depois de
exterminar os wemics nas Guerras Purificadoras.
Ele cumpriu sua tarefa com grande entusiasmo e
os wemics foram rapidamente aniquilados.
Quando Tectuktitlay decidiu construir sua cidade,
ele descobriu ruínas de antigas pirâmides
num grande lodaçal a leste de Raam. Se
estas pirâmides eram antigos templos dos
wemics ou resquícios de uma civilização
ainda mais antiga, nenhum ser vivo sabe.
Tectuktitlay construir sua própria
pirâmide em cima de outra antiga. Então
construiu sua própria pequena cidade, a
Cidadela das Duas Luas, ao redor da
pirâmide. Os cidadãos de Draj,
remanescentes de seu Exército
Purificador, então construíram suas
casas fora da Cidadela. Isto ficou
conhecido como Draj.
A cultura guerreira predomina em Draj. Os
únicos cidadãos respeitados são os guerreiros e os
artistas que glorificam a violência. Mercadores
fornecem os serviços necessários, mas não detêm
o mesmo respeito que os guerreiros drajis.
Ladrões são o que há de mais baixo para um draji,
ainda pior que magos. Por toda volta na cidade,
são encontrados obeliscos e várias estátuas que
representam a violência e a guerra em todas as
suas formas sangrentas. Guerreiros ainda lutam
nas Guerras Retóricas, grandes jogos que
acontecem duas vezes ao ano do lado de fora do
Portão da Lua Dourada. Guerreiros lutam com
armas letais e perdedores podem ser rebaixados,
exilados ou mesmo mortos.
A cidade-estado mais próxima é Raam, que
fica a oeste de Draj. Até recentemente, Raam era o
principal parceiro de comércio de Draj, mas desde
que o caos tomou Raam, acesso aos Planaltos via
Raam é perigoso e incerto. As duas cidades-
estados de Kurn e Eldaarich são hoje as principais
parceiras de comércio de Draj. As cidades-estados
gozavam de comércio limitado com Draj até
poucos anos atrás. Mas agora, com a dificuldade
de atingir os mercados nos Planaltos através de
Raam, o comércio com estas cidades-estados ao
norte é muito mais importante. Uma nova rota
através do silte foi estabelecida, para evitar Raam,
permitindo aos mercadores atingir os mercados
A Cidade-Estado de Draj
de Nibenay e o resto dos Planaltos.
A influência Draj se estende além de seus
lodaçais. Umas poucas cidades próximas à
cidade-estado submetem-se ao controle de Draj. A
seguir, uns pontos de interesse sob o domínio
draji.
Ket
O vilarejo de Ket está um pouco além de 160
Km a nordeste de Draj. Foi
usada durante muito tempo
como um patrulha de
fronteira isolada, tendo lhe
sido designado uma pequena
guarnição, por Tectuktitlay,
para vigiar em caso de
problemas oriundos do norte.
Como as cidades-estados ao
norte ficavam nas suas, a designação
era longa e tediosa, com poucas
oportunidades para qualquer um. Ket estagnou,
com pouco mais de 500 residentes. A Casa
Tsalaxa mantinha lá uma pequena representação,
com uma dúzia de empregados, já que havia
poucas oportunidades de negócios para se tratar.
O Consórcio Dedys mantinha um pequeno posto
de troca, na esperança de estabelecer uma base de
operações secundária, na hipótese de as coisas
ficarem muito perigosas em Draj.
Ket fica num pequeno lodaçal, completamente
rodeado por silte, conectado à estrada por uma
pequena trilha elevada sobre o terreno lamacento.
A trilha, de 1,6Km de comprimento, é o único
ponto de acesso ao vilarejo e seus lucrativos
campos de grãos. O excesso de grãos produzidos
no vilarejo é vendido com um bom lucro nos
Planaltos e no Norte, ainda que longas distâncias
separem Ket dos grandes centros de comércio.
Saqueadores e gigantes algumas vezes atacam o
vilarejo, mas ele é facilmente defendido contra
saqueadores, já que a trilha é uma posição muito
facilmente defendida. Gigantes têm um pouco
mais de sucesso, algumas vezes conseguem
atravessar o silte que circunda o vilarejo, mas o
lento passo ao cruzar o silte dá aos moradores
tempo para organizar uma defesa.
Nos últimos anos, todavia, à medida que o
comércio com o norte cresceu, o pequeno vilarejo
atrai novos residentes quase todo o dia. Novas
oportunidades de comércio trazem os desiludidos
pelo fracasso em Draj e os curiosos também.
Rumores de cidades-estados ao norte trazem
aventureiros em busca de fortuna no norte, ou
6

então aqueles que prosperam no mercado de
escravos e artigos ilegais, sempre ávidos por
novas oportunidades. Escravistas freqüentemente
se arriscarão em novas fronteiras, pois isto lhes
permite comprar aqueles que tentaram sua sorte
nestes novos mercados, mas falharam. Longe de
casa, com poucas posses e sem dinheiro, estas
pessoas são presas fáceis para escravistas.
Com uma nova importância achada para Ket,
a Casa Tsalaxa aumentou sua presença,
acrescentou mais guardas, construiu novos
armazéns e quartéis. O Consórcio Dedys,
tentando tomar o mercado, também investiu
pesadamente em Ket. O vilarejo está agora sob
uma pequena guerra comercial, já que os dois
adversários tentam dominar o mercado.
Forte Ral
Forte Ral está estrategicamente localizado na
estrada que vai para o norte depois de Ket. Sua
proximidade ao vilarejo-cliente serve um
propósito duplo. Permite uma rota de
suprimentos rápida e, se atacado por um inimigo
superior do Norte, o forte pode ser evacuado e
suas tropas removidas para Ket, que é facilmente
defendida – e um cerco de longa duração do
vilarejo agrícola é virtualmente impossível a não
ser que o inimigo tenha linhas de suprimento
muito eficientes. Os drajis simplesmente matarão
seus inimigos de fome.
Forte Ral é uma fortaleza única. Construída
sobre as ruínas de uma antiga pirâmide, tem as
paredes reforçadas e barrancos que concedem
cobertura aos arqueiros. O único meio de escalar a
pirâmide fortificada eficientemente é erguendo
um imenso conjunto de escadas, com paredes em
cada lado formando uma calha. As paredes da
calha têm frestas para arqueiros e lanceiros. Perto
do topo da pirâmide, depósitos de rochas e toras
podem ser lançados escada abaixo para esmagar
os atacantes que sobem. A fortaleza geralmente
abriga 200 soldados, dos quais pelo menos a
metade é de arqueiros dos esquadrões dos
cavaleiros-flecha, contudo, a fortaleza tem
acomodações para o dobro deste número.
Forte Ral foi erigida sete séculos atrás, quando
o contato com as cidades ao norte de Kurn e
Eldaarich era proibido por ordem de Tectuktitlay.
Quando Daskinor de Eldaarich demonstrou os
primeiros sinais de extrema paranóia, Tectuktitlay
decidiu que era melhor para Draj cortar relações
com aquela cidade. Tectuktitlay já tinha bastante
com que se preocupar, uma série de conflitos
A Cidade-Estado de Draj
devido ao crescente poder militar de Urik. Se Draj
virasse inimiga do fantasma de Daskinor neste
duvidoso momento de disputa de espadas nos
Planaltos, o resultado poderia ser uma
catastrófica guerra de duas frentes contra Urik e
Eldaarich. Enquanto neutro em relação a Keltis
(Oronis) de Kurn, este relacionamento também
teria de ser interrompido para evitar colocar lenha
na fogueira de paranóia e conspirações
imaginárias de Daskinor. Convenientemente para
Tectuktitlay, Daskinor escolheu isolar sua cidade
e cortar todo o contato com o mundo externo uma
década após a construção do Forte Ral para
impedir que comerciantes e viajantes cruzassem a
fronteira entre Draj e as cidades-estados ao norte.
Inicialmente a fortaleza matinha soldados
patrulhando num raio de 48 quilômetros da
fortaleza e ao longo da estrada norte. Quando a
situação com Urik se estabilizou e Eldaarich
manteve-se isolacionista, as décadas passaram e
os viajantes pararam de vir. As cidades-estados ao
norte foram quase esquecidas pelos cidadãos
comuns. As patrulhas da fronteira foram
transferidas para outras áreas e a importância da
fortaleza diminuiu.
Hoje Forte Ral é mais uma vez uma
importante instalação defensiva. Já que o contato
com Kurn foi restabelecido umas poucas décadas
atrás, comerciantes do norte reapareceram,
trazendo suas coisas para Ket e Draj. A fortaleza
uma vez mais virou uma importante barreira
contra bandidos e saqueadores do Norte que vêm
atacar as caravanas indo e vindo.
Desconhecido por muitos, um elaborado
sistema de túneis existe embaixo do Forte Ral.
Estes túneis são de fato catacumbas, seladas
quando o forte foi inicialmente construído sobre
os resquícios da pirâmide que se tornaria a
fundação da fortaleza. As catacumbas abrigam os
mortos da uma antiga cultura da Era Verde,
aqueles que ergueram as pirâmides sobre as quais
a própria Draj foi construída. Ultimamente
misteriosas visões e estranhas vozes que falam em
uma língua diferente aos soldados em seus
sonhos fizeram os supersticiosos drajis
convocarem a ajuda de seus sacerdotes das luas.
Uma recente investigação levou à descoberta das
catacumbas sob o forte e outra expedição que se
aventurou nos túneis sombrios nunca retornou.
Recentemente houve relatos de estranhas visões
dentro da fortaleza – de criaturas diferentes de
qualquer uma antes vista nos Planaltos hoje em
dia e soldados desapareceram misteriosamente de
seus postos durante a noite sem deixar rastros.
7
 A Cidade-Estado de Draj

Poço Amargo No centro do vilarejo fica o poço, uma grande

peça considerando a natureza do pequeno
córrego que abastece o poço. Os anões que
Poço Amargo fica aproximadamente a 56
construíram o poço achavam que tinham
milhas Leste-sudeste de Draj, na estrada que
encontrado um pequeno lago e construíram uma
eventualmente virará para o norte em direção a
grande bacia de pedra para comportar toda a
Ket e Forte Ral. Fundado uns poucos séculos atrás
água. Ao longo da parede interna da bacia de 15
por um grupo de anões que esperam criar um
metros uma escada de pedra desce, dando acesso
negócio lucrativo com as águas de Poço Amargo.
ao poço. As pessoas devem supor uma espera de
Todavia, os anões descobriram para sua decepção
duas horas para pegar água, que é cuidada de
que o poço era apenas um pequeno córrego e não
perto para evitar que alguém seque o poço. Umas
o lago que esperavam. Os anões se foram,
poucas secas no último Ano-Rei ensinaram os
desiludidos pelo fracasso, mas outros vieram
moradores a protegê-lo ferozmente.
depois e construíram uma pequena comunidade.
Há dois estabelecimentos principais em Poço
O pequeno vilarejo de Poço Amargo fica no
Amargo, a Orbe e o Dragão. A Orbe atende mais a
limite do Mar de Areia, dando abrigo e
parte rica, com melhor comida e bebida, e uns
oportunidade para aproximadamente 100
poucos quartos limpos para aqueles em busca de
pessoas. Uma imensa nuvem de poeira preenche
abrigo para a noite. O Dragão tem uma maior
a atmosfera, devido à proximidade do vilarejo ao
reputação, centro do comércio ilegal no pequeno
limite do Mar de Areia, mas as pessoas já se
vilarejo. Qualquer um procurando artigos do
acostumaram.
mercado negro deveria ir ao Dragão.
As construções em Poço Amargo são todas

feitas de arenito, amontoado para fornecer abrigo.
Entre as construções ficam pendurados grandes
toldos que fornecem proteção do cruel sol
athasiano. Entretanto, os toldos também criam
um ambiente fechado e o fedor de corpos não
lavados paira pesado no ar.
As Montanhas Mastyrials
A solitária cadeia de montanhas na fronteira
do Mar de Areia a sudeste de Raam subindo
nordeste em direção a Draj é conhecida como As
Montanhas Mastyrials. Foi-lhes dado este nome

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pela extraordinariamente grande população de
mastyrials negros. Estas criaturas imprevisíveis
tornam a viajem por estas montanhas um jogo
mortal, salvo se alguém encontrar uma maneira
de viajar flutuando sobre o solo. A topografia das
Montanhas Mastyrials varia dos platôs expostos
aos ventos aos irregulares picos de montanhas.
No lado leste da cadeia de montanhas, encarando
o Mar de Areia, uma camada de pó, trazida pelo
vento, acumulou-se, variando entre o quase nada
até várias polegadas de espessura. Uma fina
neblina de poeira escurece o ar e irrita os olhos.
Nos dias de ventos fortes, a visão torna-se cada
vez pior, à medida que se avança para o leste,
pois a camada de poeira é agitada e misturada
com silte fresco trazido no ar do Mar de Areia.
Nenhum humanóide vive nestas montanhas, pelo
menos ninguém vive na superfície.
As Cavernas Proibidas
Os interessados em desbravar as montanhas e
seus mestres mastyrials encontrarão várias
entradas de cavernas marcadas com pequenos
obeliscos de pedra lisa, em algum lugar das
colinas do norte das Montanhas Mastyrials. Estas
cavernas levam a uma série de túneis e cavernas
que cortam fundo a pedra calcária sob a
montanha. As Cavernas Proibidas, como são
chamadas, diz-se que são o lar de uma cultura há
muito morta. Lendas falam de construções e
grandes tesouros nas profundezas das cavernas.
Outras lendas falam de um grande número de
fontes e lagos subterrâneos sob as montanhas.
Aqueles que de fato encontrarem a entrada para
as Cavernas Proibidas devem tomar cuidado. Um
poderoso guardião raaig morto-vivo ataca
qualquer um que entre nas cavernas sem avisar. É
impossível entrar num acordo com esta sentinela
sem nome, mas uma destas histórias de bardo
supõe que o guardião serve outra entidade – uma
que fala em línguas antigas e comanda a própria
montanha.
Costa Quebrada
A vila mercante de Costa Quebrada fica às
A Cidade-Estado de Draj
margens do Mar de Areia, no lado sul das
Montanhas Mastyrials. Costa Quebrada é uma
comunidade definhando com menos de 100
habitantes, na maioria anões, humanos e muls.
A vila já foi uma vila-cliente Raamin. Vários
Anos-Rei atrás, forças drajis conquistaram a
pequena vila durante o conflito entre as duas
cidades-estados pelos direitos para minerar as
Montanhas Mastyrials. Tem sido uma das vilas-
clientes de Draj desde então. O conflito começou
quando um bando de anões mineiros de Raam
encontrou ouro nas montanhas e montou um
posto de mineração. Tectuktitlay, ávido por
expandir seu império e fortalecer seus recursos,
afirmou que as Montanhas Mastyrials e suas
Minas eram território draji. Isto levou a um curto
confronto e conflitos com tropas de Raam, mas
Abalach-Re logo se rendeu, ao perceber que seu
exército era inferior às legiões de jaguares de seu
rival. A mina de ouro e a vila próxima
prosperaram, mas as tentativas subseqüentes de
minerar nas Montanhas Mastyrials falharam; hoje
em dia o único veio de minério de valor
encontrado na cadeia de montanhas é a mina de
ouro de Costa Quebrada.
Hoje a minha de ouro está quase esgotada e a
população de Costa Quebrada lentamente
diminui. Hocaxolatl (Tem 5/SaL 3), um templário
humano, fiscaliza a atividade da mina e
supervisiona o funcionamento da vila e seus
negócios. Dois sócios leais ajudam-no com suas
tarefas. Sua mão direita é o comerciante anão
Rygor (Lad 3) quem mantém relações com os
comerciantes nibeneses de Cromlin. Gaivotas da
Areia transportam os carregamentos semanais de
suprimentos através dos bancos de areia e silte
entre as duas cidades. A mão esquerda de
Hocaxolatl’s é o mul cavaleiro-águia Txaloc (Gue
5/CaA 1) que comanda trinta guerreiros drajis
responsáveis por defender Costa Quebrada e sua
mina. Vez ou outra os gigantes tentam saquear a
vila ou mastyrials famintos atacam os
mineradores.
9
 A Cidade-Estado de Draj

Sociedade Draji
A vida dos drajis gira em torno de três coisas: superstição diz que o covarde que olha no
a cultura guerreira, a família e o Deus-Rei. A espelho fumegante verá um reflexo negro que
cultura guerreira permeia cada aspecto da vida criará vida, saltará do espelho e estrangulará o
em Draj. É uma parte básica de sua sociedade. covarde, tomando seu lugar na sociedade.
Sem ela, a sociedade draji provavelmente se Guerreiros e artesãos que pintam ou esculpem
desintegraria. Em todas as camadas da sociedade sobre violência recebem o respeito do público.
os drajis valorizam a crueldade, a força e a Cocares indicam o status da pessoa na sociedade
ferocidade ao passo que desdenham a fraqueza draji. Guerreiros usam penas como símbolo de
ou o respeito pelo inimigo. status entre seus pares
A unidade familiar também é importante. e mostra de suas
Famílias são organizadas em clãs com longas e façanhas. Jovens
distintas histórias. Os anciãos são respeitados e guerreiros usam uma
têm autoridade absoluta. Falha em dar pena para indicar sua
atenção às palavras de um ancião geralmente dedicação para
leva ao exílio ou algum tipo de castigo tornarem-se guerreiros.
físico. Clãs vivem em complexos As outras penas devem
familiares com grandes campos de ser ganhas em combate,
cânhamo ou fazendas de grãos. tais como as Guerras
A população venera o novo Retóricas. As Guerras
Deus-Rei com satisfação. A Retóricas, promovidas
morte do velho rei Tectuktitlay duas vezes ao ano,
alegrou muitos em Draj e o são jogos que duram
novo Deus-Rei é visto como uma semana.
uma força de mudança e Guerreiros têm a
elevação em suas vidas chance de ganharem
espirituais. O povo penas nas Guerras
freqüentemente fará ou pior, uma pena
uma pequena oração poderia ser perdida.
ao Deus-Rei quando Uma terrível desonra
pedindo por sorte. Muitos para o draji, pois com
cidadãos a perda da pena
freqüentemente se vem a perda de
reúnem à frente da status. O
Pirâmide do Rei para combate é real,
assistir ao sacrifício na com armas reais.
esperança de dar uma Não há lutas
olhada em seu governante. simuladas nas
Guerras Retóricas. Perdedores de grandes eventos
Cultura Guerreira são exilados, humilhados por seus companheiros.
Impressionantes caudas de lirr, usadas na
O guerreiro é peça central na sociedade draji. cabeça, anunciam o status de um artista. Lirrs são
A glorificação da violência em todas as suas grandes, répteis homeotérmicos que vivem nos
formas pode ser vista em todo o lugar em Draj. Planaltos. Ao redor do pescoço e ao final de sua
Obeliscos e estátuas descrevem os ícones culturais cauda, o lirr possui uma membrana de cores
drajis. Jaguares ferozes representam as atitudes brilhantes. Esta membrana é pintada em berrantes
cruéis da cidade, assim como a serpente de penas. cores vermelhas, laranjas, amarelas e, às vezes,
O espelho fumegante, um emblema tradicional azuis. Artistas recebem esta distinção da cauda de
draji, indica uma placa de obsidiana polida. A lirr como reconhecimento de seu trabalho.
Templários podem usar cocares, embora não
10

lhes seja exigido fazê-lo, já que seus trajes
claramente identificam sua posição. Templários
de maior escalão usam só os cocares, finas peças
de seda com ouro entrelaçado e jóias preciosas.
Quanto maior o posto mais elaborado é o arranjo.
Templários não usarão penas ou caudas de lirr, já
que não querem ser confundidos por cidadãos
comuns.
Escravos usam os arranjos mais simples, tal
como um simples turbante ou grande fita de
cabelo. Alguns irão usar uns quepes para obter
uma proteção limitada do cruel sol athasiano.
Acalmando o Sobrenatural
O povo venera seu Rei e crê em seu poder
divino. Todavia, sacrifícios são conduzidos pelo
Rei para acalmar os elementos. Sacrifícios são
grandes eventos, nos quais grande parte da
população reúne-se na praça da cidade para ver e
vibrar enquanto a vítima é sacrificada. Esta
prática é uma parte de sua sociedade e o povo
freqüentemente deseja um sacrifício,
principalmente depois de uma péssima
Tempestade-de-Tyr.
Sacrifício
Sacrifícios são mantidos no topo da Pirâmide
do Rei. A multidão reúne-se na Praça Jaguar, a
grande praça localizada na Cidadela das Duas
Luas. Por volta de 10.000 pessoas podem se reunir
para assistir as cerimônias. Sacrifícios são
realizados durante o meio-dia, logo após o sol
tenha atingido seu zênite. O povo começa a entrar
na Cidadela das Duas Luas uma hora antes do
sacrifício para ter uma boa vista.
A vítima do sacrifício é chamada de uauantin.
A vítima é geralmente alguém capturado por
grupos de escravistas ou um raro exilado de
Raam. Quando não há escravos capturados
disponíveis, escravos drajis são sacrificados. Em
raras ocasiões, as vítimas são cidadãos drajis que
acreditam que seu sacrifício serve para o bem
maior da cidade. Estes geralmente são indivíduos
que perderam sua família em algum conflito ou
guerra, ou que sentiram que sua luta diária pela
sobrevivência chegou ao fim.
A vítima é pintada com listras azuis e
amarelas, as cores dos templários drajis. A face do
uauantin é pintada de branco, com grandes
círculos pretos ao redor dos olhos e dos lábios
vermelhos. O cabelo da vítima é cuidadosamente
aparado à altura dos ombros. Se a vítima não tiver
A Cidade-Estado de Draj
cabelos pretos, ele é tingido de preto. Se a vítima
não possui cabelo, tal como muls e anões, sua
cabeça inteira é pintada de branco. A vítima
geralmente não é voluntária, assim ela é obrigada
a tomar uma poção especial que a deixa quase
sem ciência do mundo à sua volta. O uauantin,
agora dócil, segue comando simples. Os
templários guardam o segredo desta poção.
Uma vez que todos tenham se reunido na
Praça Jaguar, uma longa procissão começa. Um
grupo de sacerdotes das luas vai à frente,
caminhando lado a lado. Um destacamento de
guardas e soldados segue os templários. Os
soldados são geralmente humanos ou meio-
gigantes, trajando as cores drajis. A vítima e seus
quatro guardas especiais, chamados tecpatlin,
caminham atrás dos guardas. Os tecpatlin,
psiônicos e templários, mantêm controle sobre a
vítima caso ela se recusasse a obedecer aos
comandos. O chefe tecpatlin veste seu traje
amarelo e azul de templário e uma máscara. A
bem confeccionada máscara representa uma
serpente de penas. Dois tecpatlin caminham a
cada lado do uauantin. Aquele à direita usa a
máscara de um jaguar rangendo os dentes. O
tecpatlin à esquerda usa a máscara de um espelho
fumegante. O último tecpatlin caminha atrás do
uauantin e usa a máscara representando o sol
escuro de Athas.
Seguindo os tecpatlin e o uauantin estão os
batedores de tambor. Eles têm tambores especiais
de pele humana que soam alto. Vestem camisetas
sem mangas brilhantes, nas cores verde e
vermelho e, usam saias cerimoniais especiais. As
saias são feitas de cânhamo, especialmente
tingidas para que a cor mude de acordo com o
ângulo. Todos os matizes de cores estão
presentes, do verde claro ao azul, do laranja ao
vermelho. Os batedores de tambor entoam alto
uma canção de guerra em honra ao Rei. A
multidão os acompanha nesta canção de guerra.
Quando a procissão chega à base da pirâmide,
o sacerdote chefe caminha até o topo. O sacerdote
chefe usa um cocar ornamentado, uma
combinação impressionante de penas e peles que
refletem o som e várias cores diferentes. Com
quase 60cm de altura, seu cocar também desce até
seus joelhos. O alto sacerdote também tem um
cajado em sua mão, de agafari polida com o
símbolo das duas luas na ponta. Os batedores de
tambor silenciam ao sinal do sacerdote líder. Ele
então sobe até o topo da pirâmide em silêncio, a
multidão aguardando quieta. Quando o sacerdote
atinge o topo da pirâmide de 60 m. de altura, ele
11

pára e circunda a pedra do sacrifício, uma placa
de obsidiana polida de 3 m. de altura e 1,8m. de
largura. A placa fica em pé, em cima do topo da
pirâmide. Ela reflete o sol e lança uma
assustadora luz no techcatl. Neste ponto, o alto
sacerdote pede que Atzetuk apareça e realize o
sacrifício para o bem de todos os drajis. Assim, o
Rei aparece, sob grande aclamação da multidão.
Os batedores de tambor recomeçam sua
percussão à medida que os tecpatlin e o uauantin
sobem até o topo. O cântico da multidão
acompanha o ritmo dos batedores à medida que
batem cada vez mais na proporção que o
uauantin aproxima-se do topo. Tão logo o
uauantin chegue ao cume, o tecpatlin agarra-o e o
prende à placa de obsidiana. Os braços e pernas
do uauantin são amarrados com cabelo de gigante
endurecido pelo sangue de incontáveis vítimas.
Em seguida, o rei soca seu punho através do peito
do uauantin. O manto do rei geralmente fica
vermelho do sangue do uauantin. Gritos agudos
primitivos são ouvidos do topo da pirâmide.
Então, o rei arranca o ainda pulsante coração e
segura-o alto como se oferecendo ao sol; o sangue
da vítima escorrendo por seu braço.
Feito isto, Atzetuk insere o coração da vítima
dentro de uma estátua oca feita para este
propósito. Na base da estátua há uma pequena
abertura que leva a duas pequenas calhas que
descem por cada lado da escadaria. Quando
muitas vítimas são sacrificadas num só dia, o
sangue de seus corações flui abaixo nestas calhas
para formar uma enorme poça de sangue na base
da pirâmide. A estátua é simples, representa um
guerreiro ajoelhando gritando de dor e raiva.
Após, o corpo da vítima é jogado da pirâmide,
onde os escravos do rei o juntam e usam para
fazer tambores ou outros troféus sangrentos e a
caveira é empalada na Grande Prateleira de
Crânios. No momento seguinte o rei faz seu
discurso usual a seus súditos. Fala-lhes que os
sacrifícios acalmaram os elementos.
Quando Tectuktitlay governava, a cerimônias
de sacrifício eram bem simples; embora houvesse
muito mais cantorias e ritual, o sacrifício em si era
rápido e brutal. Tectuktitlay simplesmente usava
sua força de Campeão para socar um rombo no
peito da vítima e arrancar-lhe o coração.
Agora com Atzetuk realizando o ritual, os
psions precisam improvisar, já que o novo rei não
é forte o suficiente para fazer a cerimônia que seu
“pai” fazia. Para conseguir socar o rombo através
do peito da vítima do sacrifício, os psions
decidiram usar o veneno do pássaro raakle. O
A Cidade-Estado de Draj
veneno do raakle liquefaz os órgãos de sua
vítima, permitindo à ave sugar sua refeição com
bico tubular.
O Deus-Rei
O povo acredita no poder e divindade de seu
Rei. Eles veneram como nunca o fizeram com
Tectuktitlay. Quando Tectuktitlay era rei, os
sacrifícios eram freqüentados pelos cidadãos, mas
sem muito entusiasmo. O dia-a-dia dos cidadãos
era estático e não tinha mudado em centenas de
anos. Mas com o recente tumulto envolvendo os
Planaltos, as Tempestades-de-Tyr destruindo
plantações e a anarquia em Raam os sacrifícios
encontraram um novo significado. Os sacrifícios
exigidos pelo governante são considerados
necessários e uma parte de sua cultura. Muitos
drajis voluntariamente dariam suas vidas se
convocados pelo rei.
O Rei está presente nos eventos importantes,
muito mais do que Tectuktitlay costumava. Os
psions da Casa da Mente são empenhados em
mostrar o jovem novo rei à população, fazendo
Atzetuk muito mais visível. Isto faz dele um alvo
maior, mas o rei é bem protegido com itens
psiônicos e guarda-costas. Os psions e templários
protegem seu rei a qualquer custo, não desejando
que seu segredo torne-se conhecido.
As Duas Luas
Tectuktitlay construiu uma cultura
centralizada na veneração de sua divindade e das
duas luas de Athas, Ral e Guthay. Dois templos
são dedicados à adoração delas dentro da
Cidadela das Duas Luas. Estes templos são
sobrepujados somente pela Pirâmide. Templários
usam estes templos para treinar e como
complexos administrativos. O povo também
comparece lá para adoração em pequenas
cerimônias que os templários realizam quase todo
os dias. Os cidadãos regularmente fazem doações
ao templo.
12

Os Cultos Elementais
Os elementos são venerados em Draj, mas não
tanto quanto as duas luas ou o rei. Um templo ao
elemento do fogo está localizado no subúrbio do
lodaçal. A fumaça da imensa fogueira, que é
mantida ardendo no templo, era muito espessa
para o templo ficar próximo à cidade, então o
templo foi construído no subúrbio. O povo
respeita natureza ofensiva do fogo e algumas
vezes pedirá ao clérigo do fogo local por uma
bênção ou amuleto antes de ir para o combate. O
Alto Clérigo Imotec lidera um pequeno grupo de
clérigos que trabalham no templo. Um homem
grande e musculoso, Imotec raramente receberá
visitantes e sua natureza arrogante e séria
mantém a maioria das pessoas afastada. Imensas
pilhas de óleo e cânhamo são continuamente
queimadas no Templo do Fogo, criando uma
grande nuvem de fumaça sobre os limites a oeste
do lodaçal de Draj. Quando ventos mudam para
leste, a nuvem de fumaça pode pairar sobre a
cidade, mas geralmente se dissipa antes que se
torne um incômodo. Aproximadamente 25
clérigos podem ser encontrados a qualquer hora
no templo.
O Elemento Terra tem um pequeno templo
A Cidade-Estado de Draj
localizado perto, mas fora da Cidadela das Duas
Luas. O povo reconhece a fertilidade de sua terra
e clérigos da terra freqüentemente ajudam na
agricultura. Doações são feitas em troca de
favores e os clérigos da terra prontamente
atendem as necessidades agrícolas dos drajis. Não
obstante, os elementos ocupam um segundo lugar
em relação às duas luas. A Alta Clériga Nahualixi
é a clérigo de cargo mais alto no templo. Bem
respeitada, a idosa anã supervisiona os campos
dos clãs e ajuda a nobreza com suas plantações.
Ela tem estado em Draj por mais de 100 anos.
Quinze outros clérigos estudam sob a tutela de
Nahualixi no templo.
Um clérigo de nome Tanuixtli chefia o
Templo da Água no lado externo do distrito dos
artesãos. O prédio é pequeno e diferente, já que
suas formas arredondadas não combinam com a
típica arquitetura draji. Tanuixtli geralmente
trabalha sozinho, ajudando aqueles em
necessidade quando pode. Ele raramente recebe
clérigos visitantes e quase não consegue fundos
para manter seu pequeno templo.
Uma nova veneração se desenvolveu em
Draj, a veneração das forças da tempestade. O
Elemento Chuva recentemente estabeleceu um
pequeno templo em Draj. Os recentes eventos
turbulentos e subseqüentes Tempestades-de-Tyr
abalaram a população e muitos se voltaram para
novas forças em busca de conforto ou propósito
em suas vidas. O Templo da Tempestade opera
há apenas dois anos, só com um clérigo e um
assistente. Contudo, a população tem
crescentemente se aglomerado no novo templo,
que faz com que os tradicionais templos de Draj
fiquem bem inquietos com esta nova força. A
natureza destruidora das Tempestades-de-Tyr
tem aterrorizado muitos drajis e o novo clérigo
da chuva certamente usou isto a seu favor.
Rugar Arauto da Tempestade passou a maior
parte de sua vida na adoração solitária da chuva
nas colinas das Montanhas Ressonantes, exilado
de sua tribo halfling porque venerava esta força
elemental. Recentes eventos o deixaram curioso e
Rugar deixou sua pequena capela para explorar
os boatos de novas e ferozes tempestades
castigando os Planaltos. Ele fez seu caminho até
Draj, freqüentemente a primeira cidade a sentir a
fúria das tempestades e estabeleceu o Templo da
Tempestade. Em Draj, ele achou pessoas
interessadas em ouvir sua mensagem.
13

Vestimenta
O povo de Draj se veste com camisas folgadas
de cores brilhantes e saias. Saias são
freqüentemente feitas de cânhamo que é
facilmente encontrado em Draj. Mesmo os nobres
se vestem desta maneira, embora algumas vezes
usem mantos.
O povo de Draj usa cocares. Estes cocares são
feitos de cânhamo ou cabelo de gigante para a
maioria da população, mas grandes guerreiros,
nobres ou artesãos ricos usam cocares, mas
sofisticados. Estes maravilhosos cocares podem
ser feitos de seda ou mesmo cânhamo, ornados
com pedras preciosas ou ouro.
Identidade Cultural
A identidade cultural do draji gira em torno de
sua cultura guerreira. Como tal, a cultura do draji
reflete isto. Em todo lugar em Draj se podem ver
símbolos de sua cultura guerreira. Eles estão
presentes na arquitetura da cidade, nas casas dos
cidadãos, nas estátuas e obeliscos e na expressão
de seu povo.
Dança
Os drajis desdenham da dança, drama e
música, vêem-nas como desvios da pureza do
guerreiro. Isto significa que virtualmente não há
herança musical ou de dança em Draj. As únicas
danças são as ritualísticas sob a forma de danças
de batalha, apresentadas durante as Guerras
Retóricas ou antes de entrar na batalha. A música
em Draj existe sob a forma de cantos cerimoniais
de guerra, com tambores de pele humana
retumbando.
Arquitetura
A arquitetura draji é simples e eficiente. As
pessoas constroem pueblos de tetos retos e baixos
com pequenas janelas quadradas e portas abertas.
As construções são feitas de tijolos de argila ou
lodo. Esteiras tingidas ou mandalas de penas
decoram as paredes. Alguns guerreiros fazem
murais com escamas ou penas de feras que
mataram. Pouquíssimos prédios têm mais do que
um andar.
Arte
A arte tem o mesmo status das esculturas.
Somente é respeitada se descreve a guerra ou
violência. Murais nas casas podem ser obras de
A Cidade-Estado de Draj
arte onde cruéis jaguares estão matando os
inimigos de Draj, ou representações de legiões de
guerreiros marchando para o combate. Arte
abstrata não tem lugar na sociedade draji.
Os drajis são excelentes tecelãos. Constroém
teares avançado e tecem motivos sobre morte e
violência em suas tapeçarias. Os artesãos de pena
de Draj são renomados por todo os Planaltos,
atrás somente dos de Gulg.
As esculturas de Draj glorificam a guerra e a
violência. Nenhuma outra escultura é tolerada
nesta cidade glorificadora da guerra. Em cada
esquina, se pode encontrar uma escultura ou
obelisco representando morte ou violência.
Esculturas de serpentes aladas ou jaguares
arreganhando os dentes são comuns. Nos
obeliscos, entalhes de guerreiros matando seus
inimigos ou comendo os corações do
conquistados são freqüentemente encontrados.
Cozinha
A cozinha draji vai além de todas as
expectativas, apesar do que se possa pensar de
uma cultura guerreira. Os escravos nativos drajis
são muito bem-tratados, recebem pão e vegetais
crus. O cidadão comum janta bem, com refeições
bem balanceadas. As refeições são fortemente
temperados pratos de milho, pimenta verde e
vermelha, vários tipos de grãos e carne de
charque de erdlu. Todo mundo bebe uma bebida
fermentada de seiva de cacto chamada pulque.
Pulque
Pulque é feito arranhando-se a base de um
imenso cacto mescal para estimular o fluxo da
seiva. Três ou quatro litros podem ser extraídos
de cada planta, que então passam por um
processo de fermentação. O produto final é um
líquido leitoso, levemente azedo com o qual se
leva um tempo para acostumar. Os drajis
freqüentemente riem dos visitantes quando o
primeiro gole de pulque desce queimando um
pouco mais do que se imaginava.
14

Literatura
Só nobres e templários têm o direito de ler e
escrever em Draj. O resto da população, todavia
possui uma boa história oral. Os drajis são bem
conhecidos através dos Planaltos por suas
narrativas. É claro, estas histórias só são contos
sobre combate e conquista. É comum uma família
se reunir para ouvir o ancião recontar as histórias
de combate.
Astronomia
Os drajis são famosos pelo seu calendário
preciso. O calendário draji numera os anos em
grupos de 90, que era um número sagrado para
Tectuktitlay. Sábios presumem que isto seja
devido à aparição do Mensageiro a cada 45 anos.
A aparição do Mensageiro é momento de grande
celebração em Draj. É visto como um sinal de boa
sorte. Sendo assim o fato dele não ter aparecido
fez muitos astrônomos em Draj se preocuparem.
Eles não conseguem explicar este fenômeno.
Calendário Draji
O calendário draji marca cada grupo de 90
anos num ciclo regular de nove símbolos
retirados do folclore da cidade: Jaguar Branco,
Lua, Príncipe, Jaguar Vermelho, Sangue, Guerra,
Jaguar Preto, Serpente e Espelho. "Príncipe"
refere-se às lendas antigas sobre Tectuktitlay
antes dele fundar Draj. Historiadores dão a cada
ciclo de 810 anos um numeral ordinal, mas o
povo em geral não emprega este ordinal. O
Mensageiro não apareceu no Ano Livre 6,
quando o calendário foi zerado para Lua 1.
Agora é Lua 7 (Ano Livre 12).
Os drajis nomeiam seus dias de acordo
com um calendário de 3 ciclos. O
primeiro nome no dia é um
numeral de 1 a 25 (o número de
A Cidade-Estado de Draj
semanas no ano padrão). Os outros dois nomes
que compõem o dia são escolhidos dos seguintes
dois ciclos.
Tellani Tonala
Preto Areia
Vermelho Lâmina
Amarelo Osso
Garra
Sangue
O primeiro dia do ano é Um Preto Areia, o
segundo é Um Vermelho Lâmina, até chegar a
Vinte e Cinco Amarelo Sangue, o 375º e último
dia do ano.
Feriados
As Guerras Retóricas são grandes jogos de
combate realizados duas vezes ao ano. Os
guerreiros que participam nestes jogos usam
verdadeiras clavas com ponta-de-pedra. Cada
Guerra Retórica é dedicada a uma das duas luas
de Athas. A maior parte do povo comparece aos
eventos que duram uma semana. Guerreiros têm
a chance de aumentar seu status nas Guerras.
Vencedores têm a oportunidade de adicionar uma
pena ao seu cocar, enquanto que perdedores
correm o risco de serem exilados, rebaixados pela
perda de uma pena ou duas de seus cocares.
Nenhum guerreiro quer perder uma pena; isto
representa uma perda de status na sociedade
que tem as façanhas guerreiras em alta
estima.
As Guerras Retóricas começam no Um
Amarelo Areia e no Doze Vermelho
Sangue. O festival sempre dura uma
semana.
15

O Povo de Draji
Um dia na vida de um draji é um dia de medo.
A religião draji é baseada no medo e isto mantém
a classe governante no comando. Os drajis, nobres
ou cidadãos livres, são pessoas supersticiosas e
sua religião governa suas vidas. O sexo é
irrelevante em Draj: homens e mulheres ocupam
as mesmas posições e são iguais perante os olhos
do estado. O povo de Draj tem a pele cor de
cobre, com cabelos e olhos negros. Têm pouco ou
nenhum pêlo no rosto. A maior parte dos drajis
tem o rosto largo, lábios finos e um queixo
saliente. Cidadãos usam camisas folgadas de
cores brilhantes e saias.
Infância do Draji
Infância é virtualmente a mesma para todas as
crianças drajis. Quando nascem, as crianças
recebem o nome de acordo com o dia em que
nasceram, seja ele Sete Preto Osso, Terceiro
Vermelho Garra ou Um Amarelo Areia. Quando
atingem os 7 anos, idade na qual supõem que a
criança sobreviveu aos rigores da infância e
viverá para ser um adulto, à criança é então
devidamente dado um nome. É nesta hora que os
filhos dos nobres são enviados à Cidadela das
Duas Luas para serem educados e treinados na
cultura guerreira.
A cultura guerreira também é ensinada às
crianças em casa. Os pais são responsáveis por
ensinar à criança a importância dos sacrifícios,
religião, o Deus-Rei, cultura guerreira e etc. As
crianças não são protegidas dos rituais violentos
realizados pela sua religião. Eles são levados
juntos quando seus pais vão assistir os sacrifícios.
Às crianças é ensinado a respeitar os mais velhos
e nunca mentir para ninguém. Crianças pegas
mentindo têm seu lábio inferior perfurado por um
espinho que ficará ali por um dia inteiro.
Obviamente a criança aprende rápido a dizer a
verdade (ou fica bem perita em mentir).
Os Cidadãos Livres
Os cidadãos livres de Draj são todos guerreiros
ou artesãos treinados. Há poucos trabalhadores
não treinados em Draj. A classe média de Draj é a
mais poderosa nos Planaltos, ascendente, forte e
A Cidade-Estado de Draj
leal ao Rei. Detêm uma vasta gama de direitos,
mais do que em qualquer outra cidade-estado dos
Planaltos, capazes de comprar terra e aumentar
seu status quase tão facilmente quanto nobres
menores.
Casamento
Cerimônias de casamento para os cidadãos
livres de Draj são relativamente simples. Um
templário preside a cerimônia e registra os nomes
das pessoas casadas num livro mantido no
Templo de Guthay. O marido e a esposa trocam
voto e após a cerimônia a capa do marido é
amarrada com um nó na saia da esposa,
significando o elo de um com outro. Os drajis são
monogâmicos. São implacavelmente fiéis ao par,
mas podem se casar novamente.
O casamento é uma instituição protegida em
Draj. A pena para o adultério é a morte,
independente do status social de ambos
transgressores. Nobres têm sido executados por
dormir com escravas casadas, templários por
assediarem os nobres e etc, embora as acusações
devam ser provadas antes que a sentença seja
aplicada.
Posse de Propriedade
Poucos drajis realmente possuem algo.
Fazendas de Clãs simbolicamente pertencem ao
ancião da família e são passadas de geração para
geração. Qualquer um que vive no território do
clã está lá porque assim deseja o ancião. Artesãos
e mercadores são donos de suas lojas, assim,
cuidam muito bem das construções.
Fazendas de Clãs não podem ser vendidas. O
estado não permite que a terra seja vendida por
razão alguma. Se um clã for totalmente
exterminado (o que já aconteceu na longa e
sangrenta história de Draj), o estado reivindica a
terra. Os templários então administram a terra,
usando escravos para colher grãos ou cânhamo lá
plantado.
Tecnicamente o rei é dono de tudo em Draj.
Ele arrenda pequenas porções de terra aos
artesãos e lojistas locais, os quais pagam a ele
taxas anuais.
O comércio é praticamente irrestrito em Draj.
É claro, como em qualquer outra cidade-estado, a
venda de componentes mágicos é ilegal.
16

Ocupações
Há poucos cidadãos não treinados em Draj. As
principais ocupações são guerreiros e artistas.
Guerreiros são treinados guardas para famílias ou
casas mercantes, ou soldados no exército de
Atzetuk. Artistas ou são escultores ou pintores da
morte e violência. É claro, existem as ocupações
usuais associadas ao dia-a-dia da cidade, tais
como padeiros, oleiros, tecelãos e armeiros.
Diaristas, como cidadãos que trabalham para
os nobres em troca de quarto, comida e algum
trocado no bolso são raros em Draj. O único
trabalho que cidadãos livres fazem para os nobres
é segurança, como guardas ou guarda-costas.
Escravos fazem praticamente todo o trabalho para
os nobres.
Residência Típica
Residências de homens livres são praticamente
todas iguais e seguem o típico estilo draji.
Alguns moradores manterão lagartos de
estimação ou cobras em casa. Raramente as casas
têm jardim ou pátio. Os drajis preferem gastar seu
tempo de lazer treinando ou assistindo a
combates de gladiadores.
Rotina
A rotina diária de um draji é bem simples e
repetitiva. O draji gasta a maior parte do tempo
trabalhando, como guarda ou guarda-costa nas
Fazendas de Clãs, ou como artista ou mercador
em suas oficinas. Eles geralmente gastam, pelo
menos, meia hora por dia praticando combate,
assim, virtualmente todo draji sabe lutar e usar
armas. Em termos de jogo, a maioria dos drajis
tem o Talento Usar Arma Comum ou um nível na
classe guerreiro PdM detalhada no Livro do
Mestre.
Educação
Já que somente templários e nobres podem ler
e escrever, cidadãos livres recebem sua educação
dos mais velhos, oralmente. As crianças
aprendem a história da família quando
adolescentes. Também aprendem o significado
dos vários festivais e cerimônias durante sua
infância. A mentalidade guerreira é incutida nas
crianças antes mesmo que elas aprendam a falar.
A religião draji faz parte da educação de todo
cidadão. É-lhes ensinado a importância dos
sacrifícios, a necessidade de acalmar os elementos
e a magnificência do Deus-Rei. A religião é parte
integrante da vida draji.
A Cidade-Estado de Draj
Diversão e Janta
Embora haja uma boa variedade de comidas à
escolha, a dieta do homem livre varia pouco no
dia-a-dia. Carne temperada de erdlu com alguns
vegetais é a refeição típica, é claro, encerrada com
um copo de pulque.
Cidadãos livres têm tempo para diversão.
Quando procuram se divertir, geralmente o fazem
assistindo um combate de gladiadores ou jogam
entre si. Um jogo popular é raxoc. Raxoc é jogado
com uma bola de borracha maciça de 15cm de
diâmetro. A bola é envolta com pequenos
espinhos e pregos. A cancha, na forma da letra I
maiúscula é rodeada de espectadores que
observam a cancha abaixo. Dois aros de pedra
ficam pendurados (como brincos) nas paredes ao
final da área de cada time. Os aros ficam entre 2,4
e 3,0m de altura do solo e o buraco tem menos do
que 30cm de diâmetro. A bola deve passar pelo
aro.
O objetivo do jogo é passar a bola pelo aro no
outro lado do campo. Dois jogadores ou times
adversários participam do jogo. O lado que
primeiro, passar a bola três vezes pelo aro
adversário ganha. A bola só pode ser tocada com
as coxas, joelhos e cotovelos. A bola deve ser
mantida no ar o tempo inteiro, embora possa ser
jogada para fora da canha. Raxoc é tanto um jogo
de habilidade quanto de resistência. É geralmente
jogado com o sol alto, quando os raios castigam
mais os jogadores. Geralmente termina quando
um jogador desmaia exausto ou desidratado, ou
devido à perda de sangue por causas dos
espinhos na bola.
Raxoc é geralmente usado para resolver
disputas entre famílias ou clãs. Um campeão de
cada lado jogará a partida, o lado vitorioso é
declarado vencedor na disputa. Os perdedores
podem sofrer terríveis conseqüências, podendo
ter seu fracasso castigado com a ridicularização e,
algumas vezes, o exílio.
Funerais
Os funerais para os drajis são um reflexo de
como se viveu e morreu. Cidadãos livres que
morrem em combate receberão um funeral
melhor do que aqueles que morrem de velhice,
estes, por sua vez, recebem um funeral melhor do
que aqueles que morrem doentes ou por acidente.
Os drajis são impressionados pela morte, mas isto
não os assusta. Morrer em sacrifício, em batalha
ou durante o nascimento é a “melhor” maneira de
morrer. Morrer simplesmente de velhice é muito
17

menos digno.
Os corpos são geralmente cremados, as cinzas
guardadas em pequenas urnas como relíquia de
família. Algumas vezes, quando as pessoas
morrem de velhice ou mortes não tão gloriosas
elas são enterradas sob o piso de sua casa. Isto é
feito para dar ao espírito do morto uma
oportunidade para honra, na esperança de que
protegendo seus entes amados eles possam
encontrar a paz.
A Nobreza
Nobres em Draj levam uma vida que é muito
similar à vida dos cidadãos livres. As maiores
diferenças são que nobres recebem educação
formal e não trabalham. Eles também levam a
vida de guerreiros.
Nobres vivem em Fazendas de Clãs
localizadas nos lodaçais de Draj. Eles arrendam
grandes trechos de terra do rei, pelos quais
pagam taxas. As extensões são muito férteis e os
nobres supervisionam seu plantio conforme as
instruções dadas pelos templários. Os templários
provêm os nobres com escravos, todo o dia, para
serem empregados nos campos. Ao final do dia os
escravos retornam às senzalas. Estas grandes
fazendas fornecem a maior parte da comida para
Draj. Os nobres também exportam estes grãos,
através da Casa Tsalaxa, para o resto dos
Planaltos por um saudável lucro.
Os nobres se reúnem em prédios chamados
tecpans para discutir assuntos não merecedores
da atenção do rei. Os tecpans foram construídos
dentro da Cidadela das Duas Luas, à sombra da
Grande Pirâmide, onde Tectuktitlay podia ver de
perto os nobres e seus esquemas. A proximidade
à grande Pirâmide servia também para
lembrá-los de quem detinha o
verdadeiro poder em Draj.
Casamento
Os casamentos dos nobres
são similares aos dos cidadãos
livres, só que numa
escala muito maior.
O templário
conduzindo a
cerimônia será de
um posto maior e
muitas pessoas
comparecerão. Os
convidados trarão
seus presentes ao
A Cidade-Estado de Draj
casal antes que eles troquem seus votos. Marido e
mulher então trocam os votos e suas capas são
amarradas com um nó. Um grande banquete
segue, onde o casal tem a chance de falar e
entrosar-se com os convidados.
Posse de Propriedade
Tecnicamente os nobres não são donos da terra
em que residem. A terra é possuída pelo rei, que a
arrenda para que os nobres cuidem e cultivem
alimentos. Nobres plantam alimentos em suas
terras para o povo de Draj. Qualquer coisa
encontrada na terra será propriedade do nobre.
Coisas com mobília, estátuas e tapeçarias são
todas propriedades dos nobres e templários não
podem confiscá-las.
Os templários de Draj só podem “despejar”
um nobre se houver prova de uma transgressão
grave contra o estado. O não pagamento de taxas
é uma razão válida também, embora a quantia
não paga deva ser bem grande.
Ocupações
Nobres são ricos e, portanto, não trabalham
tanto quando os cidadãos livres. Eles passam seus
dias administrando os escravos a eles
emprestados pelos templários. Eles praticam a
religião, como todo draji e gastam algum tempo
treinando suas habilidades guerreiras.
Residência Típica
As residências nobres são típicas de Draj;
pueblos de teto baixo são o estilo comum de
moradia. Todavia, nobres têm propriedades
maiores, com belas tapeçarias e estátuas que
decoram suas casas. Estas geralmente são
cercadas por muros baixos de tijolo. Guardas
18

patrulham estes muros dia e noite.
Residências nobres geralmente têm pátios
grandes e espaçosos onde demonstrações de
combate são realizadas (nas festas) e se pode
encontrar uma estátua ou fonte.
Rotina
Nobres passam a maior parte do dia
supervisionando escravos que cuidam dos
campos. Boa parte dos nobres também tem outra
atividade, como esculpir ou tecer. Alguns têm
seus jardins privados ou pequenas fazendas.
Educação
As crianças dos nobres drajis recebem uma
educação formal na escola localizada na Cidadela
das Duas Luas, a partir dos sete anos. Os jovens
nobres são instruídos em astrologia e história da
guerra. É também nesta idade que se começam a
ser treinado como guerreiro. Crianças dotadas
com potencial psiônico são enviadas para a Casa
da Mente para treinamento no Caminho.
Estas crianças nobres também são educadas
sobre seu papel na religião draji. A importância
das várias cerimônias religiosas e dos sacrifícios
também é ensinada aos jovens nobres. É aí que os
jovens nobres são transformados em ferozes, leais
e dedicados cidadãos do Deus-Rei.
Diversão e Janta
O jantar é praticamente o mesmo para nobres e
cidadãos livres. Pratos de vegetais, milho e carne
temperada são comuns, todavia festas geralmente
terão comidas exóticas de cidades-estados
distantes.
Nobres freqüentemente se distraem assistindo
guerreiros combaterem, algumas vezes até a
morte. O vencedor ganha uma recompensa.
Embora apreciem ir à arena assistir as luta de
gladiadores, lutas particulares são
freqüentemente promovidas nos pátios espaçosos
dos nobres. Já que os drajis não apreciam a dança
e a música, isto pouco ocorre nas propriedades
nobres.
Uma atividade especial que os nobres gostam
de fazer é chamada de uey. Uma fera selvagem é
amarrada a uma estaca no chão. Três ou quatro
nobres se armam com espada curtas de obsidiana
e lutam contra a fera até ela morrer. Depois que a
fera finalmente morre, aquele que deu o golpe
fatal pode escolher primeiro entre os restos da
fera.
A Cidade-Estado de Draj
Funerais
Os funerais dos nobres, como os dos cidadãos
livres, são antes um reflexo de como alguém
morreu do que como viveu. Embora nobres
possam pagar por cerimônias mais extravagantes,
nobres que morrem de velhice ou doença recebem
os arranjos básicos do funeral e nada mais. Aos
nobres, que morrem em combate, são permitidas
grandes cerimônias de cantos de guerra, fogo e
tambores. De novo, corpos são cremados e as
cinzas guardadas em urnas ou vasos.
Herança
Embora a terra na qual o nobre resida seja
arrendada, clãs escolhem seus próprios líderes.
Os templários não se envolvem nestes assuntos de
herança. O atual cabeça da família escolhe o seu
sucessor, seja homem ou mulher, de acordo com
os feitos e proezas de seus descendentes. O
herdeiro não precisa necessariamente ser filho ou
filha, poderia ser um sobrinho ou uma neta.
Homens e mulheres são igualmente considerados,
baseado em sua sabedoria, proezas em batalha,
perícia em administração, ou em arte.
Os Escravos
Há dois tipos de escravos em Draj:
estrangeiros e domésticos. Escravos estrangeiros
são usados pelos templários para cuidar dos
grandes campos fora dos lodaçais, ao passo que
escravos domésticos servem aos nobres e
templários dentro da cidade. Escravos
estrangeiros ou são estrangeiros capturados
dentro da cidade por variadas razões ou escravos
trazidos de outras cidades-estados. Escravos
domésticos são geralmente cidadãos drajis com
má sorte que se venderam ou foram vendidos
para escravidão. Esta geralmente não é uma
situação permanente para os escravos domésticos;
que podem trabalhar para sair da escravidão.
Escravos estrangeiros
Escravos estrangeiros vivem numa senzala
especialmente construída para eles, nunca
entrando na cidade em si. Uns poucos Anos-Rei
atrás os templários criaram uma senzala,
separado da planície principal de Draj, para
abrigar escravos estrangeiros. Uma ponte de
pedra cruza a o fosso até a senzala dos escravos.
Não há paredes na senzala, já que os escravos não
podem escapar. Navalhas afiadas de obsidiana
permeiam a lama que rodeia a senzala, tornando
19

a fuga lenta e mortal. Os escravos vivem em
condições precárias, amontoados como animais
de rebanho. Eles recebem comida das plantações
no lodaçal principal. Isto impede que os escravos
se revoltem: eles recebem a comida pela ponte
duas vezes ao dia e caso se rebelem, os templários
podem simplesmente esperar que os escravos
rebelados morram de fome.
Escravos estrangeiros não podem casar e não
recebem educação dos templários de Draj. Grande
parte do trabalho que fazem é nos campos, seja
colhendo, irrigando, plantando ou arando a terra.
Os escravos estrangeiros também são usados
como gladiadores para lutar na arena para a
diversão da população draji. Muitos dos escravos
também trabalham para as olarias de Draj.
Escravos são enviados ao lodaçal para coletar
lama, misturá-la com palha, moldá-la em tijolos e
pô-los para secar sob o forte sol. Estes tijolos são
usados para reparar as casas já existentes ou
construir novas, também são vendidos para
outras cidades.
Escravos estrangeiros vivem sob o medo toda
a sua vida. São usados como vítimas de sacrifício
se a população de prisioneiros for insuficiente
para os sacrifícios do dia. Estes escravos
praticamente não têm direitos e geralmente são
explorados até a morte pelos templários. Escravos
estrangeiros mortos são jogados aos abutres, não
são enterrados e seus ossos são deixados para
secar sob o sol quente athasiano.
Escravos estrangeiros são trazidos à cidade ou
por grupos de saqueadores ou caravanas de
escravos de outras cidades-estados. Templários
podem escolher primeiro entre os escravos
estrangeiros, sendo assim, praticamente nenhum
escravo estrangeiro pode ser encontrado dentro
da cidade. Isto ajuda a impedir a miscigenação da
população draji e os protege de contaminação
cultura.
Escravos Domésticos
Escravos domésticos, como dito antes, são
drajis nativos que se venderam ou foram
vendidos pelos pais como escravos, seja para
pagar uma dívida ou simplesmente porque está
numa maré de azar. Eles trabalham dentro da
cidade geralmente nas plantações dos nobres ou
no palácio, seja cuidando do jardim do Rei ou do
palácio. Eles também trabalham nos moinhos da
cidade, ajudando a manter o comércio lucrativo
de Draj com outras cidades-estados. Alguns
escravos domésticos serão gladiadores.
Guerreiros que perderam o valor aos olhos de seu
A Cidade-Estado de Draj
empregador freqüentemente se vendem para a
arena para recuperar a glória.
Escravos domésticos podem casar, mas
permanecerão escravos até que tenham pago sua
dívida. O casamento, mesmo que com um nobre,
não absolverá o escravo de sua dívida. O escravo
doméstico é bem tratado e leva uma vida
relativamente boa. Eles comem bem, ainda que as
refeições sejam simples. Eles vivem na
propriedade de seu mestre num lugar pequeno,
porém, limpo. Estes escravos não possuem
propriedade, j{ que qualquer “renda" que o
escravo receberia vai para pagar sua dívida.
Contudo, guerreiros escravos podem continuar
com sua arma favorita, geralmente um pequeno
macahuitl preferido pelos drajis.
Escravidão e Morte
Como sempre, funerais em Draj são um reflexo
de como alguém viveu. Morrer como um escravo
trabalhando, ainda que como um escravo
doméstico, é morrer sem reconhecimento.
Nenhum funeral é oferecido para aqueles que
morrem trabalhando como escravos domésticos.
Algumas vezes seus corpos são queimados no
Templo do Fogo, mas freqüentemente o corpo é
simplesmente carregado e jogado fora do lodaçal.
Visitantes a caminho de Draj às vezes podem ver
pilhas de ossos ao longo da estrada, parcialmente
enterrados na areia. Drajis que se vendem como
escravos para trabalhar auxiliando na lavoura
devem estar numa situação desesperada, já que
não receberão reconhecimento se morrerem de
exaustão. Eles devem estar certos de que
conseguirão pagar a dívida e morrerem bem.
Aos escravos que morrem gloriosamente em
combate ou na arena é mostrado respeito. Seus
corpos são geralmente queimados e as cinzas
espalhadas nos campos nos quais trabalharam, no
caso dos lavradores, ou espalhados nas areias da
arena para aqueles que morreram no combate.
Párias e Criminosos
Os drajis não toleram estranhos e criminosos.
Estranhos que freqüentem as cerimônias
religiosas drajis e demonstrem abertamente seu
desgosto com a brutalidade e a severidade das
cerimônias devem tomar cuidados. Os drajis não
gostam de covardes e irão ou aprisioná-los ou
escoltá-los até o Portão.
Guerreiros de renome nos Planaltos serão
respeitados, embora a arrogância draji tenderá a
mostrar que os drajis são superiores. Eles serão
20
 A Cidade-Estado de Draj
convidados a mostrar suas habilidades e
freqüentemente morrem se suas habilidades não
estão à altura do desafio.
Criminosos em Draj recebem só uma sentença:
morte. A sentença é aplicada em um dos dois
modos: execução, ou gaiola, que significa uma
morte lenta a não ser que seja resgatado. Cativos
sentenciados à gaiola são levados a gaiolas de
prisioneiros espalhadas ao redor da cidade. As
gaiolas são guardadas por um grupo mínimo,
então um resgate é possível. A Aliança Velada
draji freqüentemente bola distrações para
permitir o resgate de cativos por um taxa.
Contudo, um resgate deve ser organizado bem
rápido porque os cativos raramente duram mais
que uma semana dentro da gaiola morrendo de
fome ou sendo sacrificados antes.
Os templários reforçam a lei em Draj, mas a
ordem raramente é um problema. Estranhos
algumas vezes espalham a discórdia em Draj,
desavisados da cultura da cidade-estado. A
Aliança Velada também causa conflitos, embora
isto não seja freqüente. Chimali é muito indecisa
para arriscar causar muito tumulto. Os drajis são
tão deleitados pela sua religião que o crime é uma
raridade. O roubo é considerado uma das coisas
mais baixa para o draji, então cidadãos numa
maré de azar preferem se vender como escravos a
descer tão baixo para roubar.

21

A Vida Urbana em Draj
A única entrada para os lodaçais de Draj é
através da ponte de pedra que atravessa o fosso
de lama que cerca os lodaçais. Visitantes ficarão,
ao entrarem em Draj, maravilhados pelas
visualmente infinitas plantações de grãos e
cânhamo, conforme cruzam a ponte. Essas
plantações são a principal fonte de exportação de
Draj. Templários fiscalizam a distribuição de
escravos, a colheita, a produção de fibras e a
distribuição de grãos para a população. As
enormes plantações são cuidadosamente
segregadas em lotes e lavradas por escravos.
Na entrada de Draj, nos lodaçais, duas
pequenas torres dão as boas-vindas aos viajantes
para a Cidade Guerreira. As torres gêmeas são
pequenas pirâmides quadradas guarnecidas por
sacerdotes das luas e guardas meio-gigantes.
Nenhuma muralha cerca os vastos lodaçais. A
lama é defesa suficiente para impedir quem tente
invadir a cidade. Depois de passar pelas torres, os
ladrilhos vermelho-sangue da rua intimam o
visitante para a cidade. O campo das Guerras
Retóricas é a primeira coisa que o visitante verá.
Além do campo fica o Portão da Lua Dourada, a
única entrada para a cidade. O Portão da Lua
Dourada é feito de madeira e tem 1 metro de
espessura. É incrustado de obsidianas e adereços
de cobre. Escravos pulem o cobre, mantendo-o na
cor natural e impedindo que o mesmo se oxide e
fique verde. Um corpo de guardas desencoraja o
roubo do cobre.
A cidade é cercada por um fosso de lama e a
pena por entrar em tal fosso é a morte. Depois de
passar pelo Portão da Lua Dourada, visitantes
caminham por sobre uma rua pavimentada com
pedras vermelho-sangue que leva até o Palácio
dos Combates Gladiatórios. Ao longo da rua para
a Cidadela das Duas Luas estão os distritos dos
artesãos e mercante, como também numerosas
celas de madeira exibindo os gladiadores e os
prisioneiros de Draj. A rua central leva para
ambos os distritos. O distrito mercante margeia a
rua central pela direita, enquanto que o dos
artesãos tem suas lojas à esquerda da rua
principal. Ao longo da rua, pouco antes da
Cidadela das Duas Luas, espalham-se centenas de
tendas mercantes de cores claras. Os mercadores
vendem todos os tipos de mercadorias, de vasos
A Cidade-Estado de Draj
de argila a carnes e a cordas de cânhamo. À
direita da rua principal, atrás do distrito
mercante, pode-se ver o topo da Grande
Pirâmide. A Grande Pirâmide está localizada
dentro da Cidadela das Duas Luas, a cidade
interna de Draj.
Fazendas de clãs são encontradas através de
todo o vasto lodaçal, onde nobres vivem com suas
famílias e seus escravos. Nesses complexos os
nobres cultivam grãos para alimentar a cidade e
para exportar. Esse suprimento de grãos também
pode ajudar a cidade em caso de ataque, sempre
que o exército invasor montar cerco contra Draj. O
suprimento de grãos dos lodaçais é suficiente
para abastecer a população durante os tempos de
cerco.
Cidadela das Duas Luas
A Cidadela das Duas Luas é o domínio do rei,
onde os prédios importantes de Draj estão
localizados. Dentro da cidadela um visitante pode
encontrar o Palácio dos Combates Gladiatórios, os
templos para Ral e Guthay, a Casa da Mente, os
tecpans, silos de grãos, o redil dos jaguares do rei,
a Grande Pirâmide e o tlacochcalco, o arsenal do
rei. O arsenal (localizado dentro da Grande
Pirâmide) contém muitas armas e máquinas de
guerra, todas usadas nas numerosas guerras que
Draj travou com seus vizinhos na sua sangrenta
história. Uma parede de pedra de 9 metros cerca a
quadrada Cidadela das Duas Luas. Animais de
carga não são permitidos dentro da cidadela, por
decreto do rei. A única exceção a esta regra são os
animais usados em combates gladiatórios. Nem
mesmo os sacerdotes das luas podem trazer tais
animais para dentro da cidadela.
A única entrada para a Cidadela das Duas
Luas é através da ponte de pedra que passa sobre
o fosso de lama. Na estrada fica o Portão do
Jaguar, com seus 10 metros de altura e 3 metros
de largura. Quando o portão é fechado, ele forma
a face de um feroz jaguar, com dentes e olhos de
jade polida. Rumores dizem que aqueles que
tocam a face do jaguar à noite, quando as portas
estão fechadas, invocam seu guardião e são
devorados. Um conto bem conhecido é a história
22

de um guerreiro que disse não temer o portão e,
durante uma noite, foi até lá e o tocou. Sua cabeça
decapitada, com metade do escalpo faltando,
estava descansando sobre seus braços cruzados.
Sua língua estava para fora da boca e sua face
apresentava um forçoso riso mortal. Uma espiga
de milho também estava próxima de sua boca. É
óbvio que o povo de Draj passa longe do portão
durante a noite.
Ao entrar na Cidadela das Duas Luas, cai-se
na rua chamada Trilha da Serpente, uma larga rua
de ladrilhos que conduzem até a arena. A rua é
margeada por numerosos obeliscos e estátuas de
guerreiros e animais de Athas. Não é possível
olhar para lado nenhum sem notar a glorificação
da guerra e da violência.
No final da Trilha da Serpente está a Praça
Jaguar, uma grande praça que fica em frente da
Grande Pirâmide, onde o povo se aglomera para
assistir os sacrifícios. As extremidades da praça
são marcadas com grandes obeliscos e, no centro,
existe uma bela fonte de mármore. A estátua no
topo da fonte descreve um grotesco dragão
soprando fogo. O dragão é feito de pedra
meticulosamente esculpida.
Os Guardiões Negros
Os Guardiões Negros são três famosos
residentes de Draj. O povo os chama de heróis da
cidade. Os Guardiões Negros são enormes golens
de obsidiana criados por Tectuktitlay. Eles se
A Cidade-Estado de Draj
parecem com seu criador: largos, achatados,
queixudos, lábios grossos e narizes achatados,
com olhos estreitos e zigomas pontiagudos. Um
Guardião Negro guarda os níveis inferiores da
Grande Pirâmide, enquanto que cada um dos
outros dois protegem os tempos de Ral e de
Guthay.
Existem rumores que Tectuktitlay
originalmente criou dúzias destes golens, mas
ninguém sabe o que aconteceu com eles ou se
realmente existiram. Os Guardiões Negros são
agora um símbolo de poder entre a população de
Draj. Eles desfilavam duas vezes por ano para o
rei mostrar seu poder. A parada culminava em
um rito secreto dentro do templo, do qual apenas
o rei e seus altos templários participavam.
Agora que Tectuktitlay está morto, os golens
pararam de responder a comandos e se tornaram
inanimados. Os psions da Casa da Mente têm
sido hábeis em manter a população ignorante
deste fato. Durante as paradas, vários psions
combinam forças e animam os gigantes de
obsidiana. A população acredita que eles ainda
estão sob o controle do rei e, mesmo com os
guardiões se movimentando menos, eles ainda
são adorados como heróis.
A Grande Pirâmide
Dentro da Cidadela das Duas Luas encontra-se
a mais impressionante construção de Draj: a
Grande Pirâmide – ou o Templo Mestre e Pai,

O Portão do Jaguar
Especulações com respeito à natureza das defesas do portão tendem a focar o próprio portão.
Alguns acreditam que o portão é um item mágico de grande poder que é ativado tocando-se nele à
noite. Relatos de testemunhas que clamam que as vítimas do portão pareciam apavoradas e eram
atacadas pelo ar que as cercava levam a rumores de inimigos invisíveis (e invencíveis) guardando o
portão. Outros, psions em particular, ligam o comportamento das vítimas a manifestações de
poderosos arautos, levando a uma teoria de que o portão é consciente e possui poderes psiônicos.
Apesar disso, tentativas de entrar em contato com o portão através de meios psiônicos falharam,
deixando frustrados os psions e a teoria sem evidências suficientes. A verdade é que o portão não é
consciente, nem mágico ou psiônico de qualquer maneira. Enquanto tanto magos quanto psions
acreditam que o portão é protegido por algum tipo de poder sobrenatural que frustra tentativas de
adivinhação, ambos estão errados. A verdade é bem mais sinistra.
Há alguns Anos-Rei, uma poderosa profanadora da corte de Tectuktitlay irritou o Rei-Feiticeiro por
razões hoje desconhecidas. O rei dragão estava tão furioso que a atacou com uma terrível magia que
aprisionou sua alma. Ele então aprisionou o espírito da profanadora no portão, permitindo-a se
manifestar apenas à noite. O isolamento de tantos anos levou o espírito à loucura e sua existência foi
preenchida com ódio pelos seres viventes livres. O espírito já foi capaz de falar e conversar, mas hoje
ele procura apenas a destruição de qualquer um que se aventure por perto à noite. O espírito é etéreo
e, portanto, invisível, mas quem usar magias como ver o invisível ou visão da verdade o discernirá como
um ser encapuzado alto e sem face, com dedos finos. Veja o Apêndice para obter as estatísticas da
Guardiã.

23

como era chamado por Tectuktitlay. A Grande
Pirâmide é uma maravilhosa construção de pedra
e mármore. É o maior prédio de Draj e o mais
impressionante. Mesmo os dois templos
dedicados a Ral e Guthay não chegam perto da
grandiosidade da Grande Pirâmide. O prédio tem
60 metros de altura, com 9 diferentes níveis, e foi
construído sobre os restos de uma antiga e menor
pirâmide que Tectuktitlay encontrou quando
fundou Draj.
Estátuas de vários ídolos da cultura Draj
decoram os cantos de cada nível da pirâmide. Há
estátuas de guerreiros comendo corações de
inimigos derrotados, estátuas de serpentes aladas,
estátuas de jaguares, obeliscos com numerosos
ídolos, alguns com crânios pintados com sorrisos
mortais, alguns com sóis escuros pintados em
todos os lados, alguns obeliscos representando a
lua em várias fases no céu noturno.
Na base da Grande Pirâmide estende-se a
Grande Prateleira de Crânios. Empalados em
numerosas estacas estão os crânios das vítimas
sacrificais que morreram pela faca de obsidiana
do rei. Quando a vítima é sacrificada e o corpo
jogado para fora da pirâmide, escravos a
decapitam e empalam a cabeça com uma estaca
de agafari pondo-a na base da pirâmide. Alguns
crânios recentes ainda têm pedaços de carne por
sobre a ossatura, enchendo o ar com o fedor da
decomposição. Crânios que estão lá há muito
tempo foram desbotados pela fúria do sol.
A Grande Pirâmide também hospeda o quarto
privativo do Rei e algumas salas administrativas.
Os níveis superiores contêm muitos cubículos
administrativos, uma grande cela de prisioneiros,
uma cozinha e salas domésticas. Um dos níveis
possui salas onde o rei faz conferências com seus
templários e generais. Os níveis inferiores da
pirâmide externa contêm salas de tesouro e salas
de estar para o rei. Esses níveis não têm guardas
vivos. Apenas um Guardião Negro, ajudado por
sentinelas mágicas menores, os protegem.
O Guardião Negro não patrulha o nível mais
inferior. Apenas o rei entra nesse nível e ele
contém apenas uma sala: o Jardim de Cristal de
Tectuktitlay. O Jardim de Cristal contém perfeitas
réplicas de plantas em quartzo que os mais finos
joalheiros das Sete Cidades fizeram durante
muitos Anos-Rei. Há samambaias, com cada
minúscula folha sendo uma pedra esculpida;
cactos mescal espinhosos, com suas folhas
serradas separando a luz em arcos-íris;
translúcidas calêndulas, camélias e palmeira altas;
até mesmo plantas cereais altas e algodoeiros,
A Cidade-Estado de Draj
cada galho e folhagem traduzidos em vidro.
A Aliança Velada especula sobre o propósito
do Jardim de Cristal, mas ninguém realmente
sabe para que a sala serve. As plantas foram
construídas por joalheiros convencionais e não
guardam qualquer mágica, exceto maldições que
atacam qualquer um que quebrar as frágeis
folhas.
Os Templos de Ral e Guthay
Os templos de Ral e Guthay são templos
gêmeos dedicados às duas luas de Athas. Os
templos são dirigidos pelos sacerdotes das luas.
Cada um dos templos tem um Guardião Negro
como vigia. Os cidadãos de Draj freqüentemente
vêm ao templo pagar tributos às luas fazendo
donativos e pedindo por boa sorte. Os templos
estão localizados um em cada lado da Grande
Pirâmide.
O Palácio dos Combates
Gladiatórios
Gladiadores lutam em jogos no Palácio dos
Combates Gladiatórios. A arena é um anfiteatro,
distinta das arenas de outras cidades-estados. A
arena de combate fica muitos metros abaixo do
nível do solo, cercada por fileiras de assentos. Os
assentos consomem por volta de dois terços da
construção, com o resto ficando para o palácio.
Em dias de combate, os escravos gladiadores são
exibidos ao longo da rua de ladrilho vermelho
que leva do Portão da Lua Dourada para a arena.
A Casa da Mente
A Casa da Mente é a escola psiônica de Draj. É
lá aonde todos os aspirantes a psions vão para
dominar o Caminho. Tectuktitlay tinha um
interesse especial na Casa da Mente e, portanto,
os psions de lá são bem treinados. A Casa da
Mente é dirigida pelo velho Ixtabai, o Cego. Ele é
o atual governante de Draj. Apesar de terem se
aliado com os Sacerdotes das luas, os psions
detêm o poder real controlando a mente do jovem
Atzetuk.
Os psions de Draj também valorizam sua
cultura guerreira. Portanto, treinamentos nas
artes da psicocinese e do psicometabolismo não
ficam atrás de nada em Draj. Pode ser encontrado
(por um preço) excelente treinamento na
integração de dons psiônicos em combate. Devido
à cultura guerreira, os psions drajis são muito
fracos nos domínios da clarisciência e da telepatia.
Eles vêem essas artes como vis e carentes de
24

glória, artes que apenas covardes usariam.
Comércio e Mercado
O comércio não é uma parte importante da
vida draji, mas é uma parte necessária. Ele tem
sofrido ultimamente, devido à crise em Raam. As
terras férteis ao redor de Draj fornecem os
recursos principais que a cidade-estado exporta,
como o cânhamo e os grãos para alimentar a fome
dos Planaltos (por um preço, é claro). Draj
também exporta arroz e é conhecida pela criação
A Cidade-Estado de Draj
de pequenas caças, como o erdlu. Seus tecidos
também são valorizados nos Planaltos,
alcançando altos preços em outros mercados.
Ouro e mármore podem ser comprados em Draj
por um preço relativamente baixo; o fornecimento
é grande. Armas baratas, ainda que bem
construídas, também podem ser encontradas em
várias lojas através da cidade.
Draj importa muita prata, animais maiores e
escravos. Jóias e animais vivos alcançam altos
preços em Draj, assim como estátuas e escravos.

A Tenda de Tatuagens de Tecaxar

Num muito visitado pueblo do Distrito Mercante, o caolho mul tatuador Tecaxar montou sua tenda
vermelha-clara. Do lado de fora tijolos de barro pintados com vários motivos de tatuagem estão
alinhados para os passantes verem. Dentro clientes são recebidos pelo sempre jovem mul Tecaxar.
Tecaxar usa um tapa-olho da cor da pele com um desenho de olho que parece vivo. Seu musculoso corpo
tem muitas cicatrizes e é tatuado da cabeça aos pés com desenhos de poderosos animais do deserto e
símbolos representando os oponentes derrotados na arena gladiatória durante a juventude de Tecaxar.
Duas cadeiras de madeira estão dispostas próximas a um poço de carvão incandescente. As ferramentas
do tatuador ficam sobre uma pequena bandeja de barro num banco entre o poço e as cadeiras.
Os serviços de Tecaxar incluem a marcação de escravos e crodlus estrangeiros para identificá-los como
propriedade de seus donos. Entretanto, sua maior clientela é de pessoas querendo se tatuar. Tatuagens
em Draj são símbolos de força e são tipicamente prêmios por ter se provado valioso em batalha – na
arena, no campo de batalha ou nas Guerras Retóricas. O status está associado às tatuagens, mas essa
associação só vale para nativos drajis (estrangeiros podem carregar tatuagens sem sentido, não
relacionadas com a valentia dos guerreiros).
Supersticiosos drajis acreditam que a força do tatuador é infundida nas tatuagens que ele cria.
Tecaxar, sendo um antigo gladiador até a perda de seu olho numa batalha com um braxat, é portanto um
tatuador muito popular. Seus preços variam de 3 décimos, pela marcação de um animal ou escravo, até
15 cerâmicas por sua mais elaborada tatuagem.
Para aqueles que sinceramente procuram a força de Tecaxar imbuída em suas tatuagens, ele oferece
um serviço especial – tatuagens psiônicas com motivos de Dragão. Entretanto, elas não são baratas. A
perícia de Tecaxar como guerreiro psíquico é algo que ele mantém em segredo e é uma das razões pelas
quais ele conseguiu se sobressair nas mais brutais arenas gladiatórias da região de Tyr, especificamente
na de Draj. Ele cobra pelas tatuagens psiônicas o preço de mercado listado no Livro dos Psiônicos.
O processo de tatuagem por si só é muito simples: duas varetas, um prego e um preciso revestimento
do prego com uma mistura de açúcar de cana espremida do caule em um pote de cinzas. Assim como na
maioria dos tatuadores Athasianos, não há esterilização. Tecaxar simplesmente inicia a perfuração da
pele e limpa o sangue com um farrapo. Finalmente, uma mistura de água com o látex de uma planta
parecida com a samambaia fazem a pomada que é aplicada sobre a pele.
Em raras ocasiões, um aspirante a sacerdote das luas solicitará os serviços de Tecaxar para as
tatuagens necessárias ao ritual cerimonial que é conduzido ao se juntar ao elitista grupo de sacerdotes.
Apenas sacerdotes das luas podem usar tatuagens com desenhos de Ral e Guthay, as luas gêmeas de
Athas. Quaisquer outros usando tais tatuagens que forem vistos dentro das fronteiras da cidade são
imediatamente delatados aos templários, que irão prender o malfeitor e acusá-lo de blasfêmia – e
prontamente sentenciá-lo a ser sacrificado na Grande Pirâmide.

Draj tem negócios com Kurn e Eldaarich, ao
norte. Essas duas cidades fornecem o grosso do
comércio de Draj desde que o caos alcançou Raam
e tornou as estradas regulares dos Planaltos
inseguras. Kurn vem mantendo comércio com
Draj há décadas, mas os negócios aumentaram
sensivelmente nos últimos anos. Recentemente, a
casa mercante de Azeth conseguiu quebrar os
25
 A Cidade-Estado de Draj
séculos de isolamento de Eldaarich, abrindo um
exclusivo e lucrativo relacionamento mercantil O Jaguar Raivoso
com a cidade-estado que muitos pensavam ser
Localizado no Distrito Mercante, num beco
uma mera lenda.
atrás das principais barracas mercantes, está o
Novas rotas comerciais têm sido abertas
Jaguar Raivoso. De típica arquitetura draji, este
através do silte para chegar ao resto dos Planaltos.
baixo e quadrado prédio abriga um dos bares
Uma frota de gaivotas de areia tem sido
de melhor reputação de Draj. Na entrada, uma
construída para alcançar a vila de Cromlin através
pequena placa com a escultura da face de um
do Forte Primeiro Vigia. De Cromlin, caravanas
feroz jaguar anuncia o estabelecimento. A
ganham acesso ao resto dos Planaltos. A presença
escultura é feita de ossos de mekillot presos
da Casa Tsalaxa em Cromlin dobrou de tamanho
com cabelo de gigante. A face do jaguar foi
para acomodar o aumento do comércio e também
incrementada com pequenas peças de
para proteger mercadorias valiosas.
obsidiana fixadas nos ossos desbotados pelo
O povo guerreiro de Draj vê o comércio como
sol, dando a ele um brilho radiante quando a
algo abaixo do ideal guerreiro. O importante
luz da lua atinge a obsidiana. A única porta é
papel de comerciantes na sociedade é
feita de osso e agafari, novamente presos por
reconhecido, mas sua popularidade é baixa, a não
cabelo de gigante. Ao lado da porta, um
ser, é claro, que tal negociante tenha se mostrado
pequeno obelisco de um guerreiro em pé sobre
um guerreiro decente em ocasiões como as
sua vítima lembra a qualquer visitante que, em
Guerras Retóricas. Poucos querem se socializar
Draj, o guerreiro manda. O guerreiro do
com comerciantes comuns, principalmente se
obelisco tem a cabeça da vítima fincada na
forem estrangeiros.
ponta de sua espada, além de muitas plumas
Comerciantes drajis colocam tanta ênfase no
num cocar em sua cabeça.
ideal guerreiro como qualquer outro cidadão,
O primeiro passo dentro do
mesmo que eles não vivam necessariamente para
estabelecimento será suficiente para marcá-lo
isso. Um comerciante draji formará opiniões sobre
como diferente dos muitos “buracos” de outras
potenciais parceiros e clientes baseado em suas
cidades-estados. A proprietária, uma meia-elfa
aparências. Comerciantes visualmente fortes
chamada Necahual, tornou o bar um lugar
impressionarão os drajis e terão vantagens
para se lembrar de que, em Draj, o caminho do
quando fazendo um negócio. Similarmente, um
guerreiro é supremo. As paredes estão cobertas
comerciante de aparência frágil estará em
de pinturas de guerreiros, descrevendo muitas
desvantagem. Os drajis negociam com a voz
gloriosas batalhas, ora com um guerreiro
alterada, quase aos berros, e tentam intimidar
encarando outro, ora com um guerreiro
àqueles com os quais barganham para curvá-los
matando um animal selvagem. O teto do bar é
aos seus desejos. Se um comerciante draji
enfeitado com crânios desbotados pelo sol,
perceber fraqueza em seu “oponente”, ele
antigas vítimas de Necahual durante seus
explorar{ essa fraqueza até dar um “golpe fatal”
muitos anos como guerreira no exército draji.
nas negociações.
As mesas são condizentes com o estilo draji:
Contratos escritos são raramente utilizados. Os
baixas e cercadas de pequenos bancos de 4 pés.
drajis são habituados a contratos orais e a palavra
Infelizmente, Necahual não atende meio-
tem grande valor em Draj. Aqueles que
gigantes, portanto nada no bar é de seu
dependem de contratos escritos são os muito
tamanho.
fracos para fazer pagar o preço merecido ao não
Ao entrar é-se imediatamente assaltado
cumpridor de sua parte no acordo. Muito ruim
pelo cheiro do pulque, a principal bebida
para eles. Exigir um contrato escrito de um
servida em Draj, além de muitos outros odores
comerciante draji é o mesmo que dizer que tu
incomuns. Os clientes têm permissão para
esperas que ele não cumpra o acordo – uma
fumar, enchendo o ar com o cheiro amargo da
provocação extrema e que colocou muitos
erva petun. Na maioria dos dias, o bar está
comerciantes estrangeiros em problemas.
repleto de mercadores e artesãos que vêm aqui
Os agressivos negociantes drajis encaram seus
para relaxar depois de um duro dia de
oponentes diretamente nos olhos e batem os
trabalho. Ocasionalmente, nobres também
punhos nuns dos outros para enfatizar seus
podem ser vistos, apesar de não pertencerem à
pontos. A cultura draji é de poucas palavras.
clientela regular.
Expressões faciais e alguma agressiva

26

gesticulação complementam a comunicação
verbal na língua draji. Não é necessário estudar a
cultura draji em detalhes para entender o que um
draji está dizendo e qual é seu sentimento a
respeito de um determinado sujeito. Os sinais são
bem claros. Comerciantes drajis têm problemas
em negociar principalmente com comerciantes
Nibeneses e Urikites. A agressiva negociação draji
apavora os Nibeneses, enquanto que a violenta
linguagem corporal e voz alterada – somadas à
tendência de perderem a cabeça – fazem os
Urikites sentirem-se perdidos frente aos
“imaturos” drajis.
As Casas Mercantes
A maioria das principais casas mercantes têm
conseguido manter um empório em Draj, apesar
da situação em Raam. A Casa Wavir, da distante
Balic, também mantém seu empório em Draj,
apesar dos esforços de sua mais cruel rival, a Casa
Tsalaxa, de tirá-la da cidade.
O Consórcio Dedys, uma aliança de três casas
mercantes menores (Terg, Voyan e Shakktur), tem
conseguido sobreviver em Draj devido a sua
extremamente perspicaz natureza e a generosa
assistência da Casa Wavir. O Consórcio Dedys
sobreviveu a muitos ataques e tentativas de
assassinato da Casa Tsalaxa. Seu maior produto é
a seda.
A Casa Shom de Nibenay possui grandes
propriedades em Draj, um sinal de seu antigo
poder. A fortuna da Casa Shom diminuiu nos
últimos anos e a Casa Tsalaxa está procurando
uma maneira de se apossar de parte da clientela
da Casa Shom: os vilarejos ao redor de Draj.
Desde os distúrbios em Raam, o Forte Primeiro
Vigia – na rota de comércio de Cromlin – é
extremamente importante para Draj, já que a rota
é a única rota segura para o resto dos Planaltos. A
Casa Shom controla tanto o Forte quanto Cromlin
e, conseqüentemente, taxa as exportações da Casa
Tsalaxa, apesar de não exceder nas cobranças,
temendo uma retaliação da cidade-estado. Além
disso, a fortuna da Casa Shom tem diminuído nos
últimos anos e eles não querem arriscar uma de
suas mais bem-sucedidas operações. A Casa
Tsalaxa agora tenta controlar tanto o Forte
Primeiro Vigia quanto Cromlin, tornando uma
disputa aberta entre as duas Casas cada vez mais
próxima.
A Casa M’ke de Raam tem um empório em
Draj, empório esse que ganhou muita importância
nos últimos anos. Com Urik restringindo
drasticamente os negócios, a Casa M’ke se voltou
A Cidade-Estado de Draj
para Draj por estabilidade. Com os mercados em
Raam se tornando tão caóticos e inseguros, Draj
se tornou um ponto seguro para a Casa M’ke
armazenar seus despojos e pegar suprimentos
frescos para reabastecer sua guerra em Raam.
Agora que os negócios com Kurn melhoraram
e Eldaarich se abriu para o comércio, a Casa
Azeth ganhou alguma importância para o
comércio do norte, já que Eldaarich negocia
apenas com ela. Como o comércio para norte
precisa passar por Azeth, sua importância a
permitiu aumentar sua presença em Draj.
Casa Tsalaxa
A principal casa mercante de Draj é
vergonhosamente conhecida pelos Planaltos.
Tsalaxa empenha-se em jogos de espionagem e
intriga para conseguir manter seus mais valiosos
contatos comerciais. Ela é bem conhecida por suas
cruéis práticas comerciais. A Casa tem mais de
500 anos de idade e ganhou a reputação de
caluniadora e traiçoeira. Ela é um covil de intriga
e maquinadores cujos espiões e assassinos são os
melhores. A atitude da Casa Tsalaxa para com a
competição é a de que os merecedores
sobrevivam. O resto morre.
As práticas comerciais da Casa Tsalaxa são
cruéis: chantagem, seqüestros e assassinatos
fazem parte de seu arsenal. Eles irão até mesmo
molestar abertamente pequenas casas mercantes
ou tribos élficas. Tsalaxa mantém relações
cordiais com os governantes de outras cidades-
estados, percebendo a importância deles nos
negócios com essas cidades. Mas apenas a Casa
Stel tem o respeito da Casa Tsalaxa. Tsalaxa
também se especializou em descobrir segredos
escusos de suas rivais, como posição política,
negócios ilegais e comércio ilícito. Tais
informações podem ser devastadoras nas mãos
dos templários ou podem ser mantidas em
segredo, por uma alta taxa. Por causa disso,
Tsalaxa guarda seus próprios segredos com
ciúmes. Aqueles que tentam desenterrar itens
secretos do passado de Tsalaxa provavelmente
passarão por dificuldades e podem sofrer
represálias mortais.
A Casa Tsalaxa mudou recentemente sua
liderança. Yarsha Tsalaxa é a neta de Ydris
Tsalaxa (o antigo líder). Ela está em processo de
fortificação de sua liderança na casa depois da
morte de seu avô. Yarsha tem algumas dúvidas
pessoais quanto à legitimidade de Atzetuk como
governador de Draj, mas não usará essa
informação a menos que consiga evidências
27
 A Cidade-Estado de Draj
sólidas. Enquanto esse tempo não chega, ela margem externa do distrito mercante. Alguns
continuará controlando agressivamente a Casa prédios abandonados e pátios abertos servem aos
Tsalaxa e mantendo suas práticas comerciais. elfos como mercado. Eles montaram suas tendas e

O Mercado Psiônico
O mercado psiônico de Draj é muito pequeno,
já que a maioria dos psions são ou muito sábios
ou muito egoístas. Diferente de Nibenay, onde há
comércio entre telepatas e nômades, Draj tem
poucos desses psions. A Casa da Mente treinará
jovens psions em na sua arte, apesar do relativo
alto preço. Guarda-costas também podem ser
empregados por nobres ou mercadores que
desejam ter discípulos do Caminho em suas
comitivas. A Casa fica com uma parte do
pagamento.

Negócios dos Cidadãos

Muitos drajis tem pequenos negócios, já que
existem poucos trabalhadores inábeis em Draj.
Tecelões, escultores e artistas, todos têm pequenas
lojas no distrito mercante ou levam suas
mercadorias até o mercado. Vendedores de
produtos alimentícios também podem ser
facilmente encontrados, já que a abundância de
grãos e condimentos em Draj a torna excelente
para a culinária. Padeiros também são fáceis de
encontrar: o aroma de pão fresco satura o ar do exibirão suas mercadorias para qualquer um ver.
mercado nas primeiras horas da manhã. Quase tudo pode ser comprado nos bazares
élficos, por um preço. Componentes de magia e
O Mercado Élfico de venenos são caros e perigosos de serem
Tribos élficas freqüentemente visitavam Draj procurados. O bazar não é um lugar para os de
nos dias anteriores aos problemas de Raam, mas coração mole. Os elfos irão trapacear e mentir
agora poucas vêm à cidade. Elfos costumavam para conseguir um preço melhor, portanto o
negociar armas de todos os tipos, além de comprador deve ficar atento. Ladrões são um
qualquer outra coisa que alguém estivesse problema, embora a maioria seja de elfos.
disposto a pagar. Elfos Águaclara continuam Nenhum cidadão draji jamais foi pego roubando,
fazendo parte do comércio draji, mantendo sua já que essa é a mais baixa forma de vida da ralé
presença na cidade. para os drajis
Os bazares élficos estão localizados na

28
 A Cidade-Estado de Draj

O Depósito de Estrume de Chao

No subúrbio noroeste de Draj fica uma série de estruturas de tijolo de barro em formato de cúpula,
onde aqueles com olfato aguçado tapam seus narizes. Carroças de diferentes tamanhos e formatos vêm
e vão, transportando toneladas de estrume. Os cidadãos mais finos jamais sonhariam em por os pés a
menos de 1 quilômetro do Depósito de Estrume de Chao – dirigido pelo empresário Nibenese Chao
Chin – e quando um dos infames escravos coletores de estrume se aproxima, puxando sua carroça de
madeira, a maioria dos drajis tapam seus narizes e saem do caminho, deixando o coletor cuidar de seus
negócios tranqüilamente.
Os coletores de estrume carregam grandes e chatas pás de cabeça quadrada, com as quais eles tiram
pilhas ainda frescas de estrume deixadas pelos animais que andam pela cidade. Apesar de vistos como o
mais baixo tipo de escravo pelo povo, os templários responsáveis pela limpeza da cidade reconhecem o
valor do trabalho dos coletores. Chao Chin recebe 1 décimo por carroça carregada de estrume que seus
escravos levam até o depósito. Apesar da miserável remuneração do governo ser suficiente para manter
os escravos alimentados, o lucro do empreendimento de Chao Chin vem de seus clientes que pagam
para ele tirar o estrume de suas “mãos” – o preço depende da quantidade e do tipo de estrume. Os mais
experientes coletores são valiosos devido à sua habilidade em distinguir o estrume de diferentes
criaturas e quanto tempo se passou desde que o estrume foi expelido pelo animal em questão. Esses
coletores são tratados ligeiramente melhor que seus colegas menos experientes.
O estrume é um excelente adubo e, quando misturado com água, é usado pelos cultivadores drajis de
cereais para melhorar os níveis de nutrientes do solo dos verdejantes cintos de lodaçais que cercam a
cidade. Padarias, restaurantes e a maioria das casas drajis usam esterco desidratado de kank como
combustível para os fornos da cozinha (estercos de outros animais às vezes são usados para acrescentar
um certo sabor e cheiro na comida, mas as mais nobres e refinadas cozinhas usam carvão vegetal como
combustível de seus fornos). Trabalhadores de construções dos pueblos de Draj valorizam o fibroso
estrume de inix por suas propriedades impermeabilizantes e de argamassa; e os gigantes montes de
estrume deixados pelos mekillots são usados para a produção de papel. Em áreas de extrema pobreza
eles até usam “estrume de mascar” como um banquete, feito temperando-se muito o quase branco
estrume de erdlu, que tem, definitivamente, o mais suave gosto comparado, por exemplo, ao lamacento
excremento negro do inix.
Trabalhar para Chao Chin é uma tarefa árdua e ele exige eficiência e resultados. Um coletor de
estrumes que não enche pelo menos uma carroça por dia ficará sem comida naquele dia. Esta rígida
prática é aplicada com mão-de-ferro. Chao Chin não vê necessidade de chicotear um escravo até que ele
fique incapaz de cumprir suas tarefas mas, ao invés disso, designa a escravos desobedientes postos de
trabalho isolados, como a coleta dos próprios excrementos dos escravos nas senzalas do depósito. Essa
política rende resultados suficientes e Chao Chin não tem intenção de mudar uma rotina estabelecida
que funciona tão bem. Chao Chin tem uma mente analítica e lógica, e esforça-se para ser tão eficiente
quanto o possível. Ele não é visto como inumano e cínico, mas seu rosto sempre está com a mesma
expressão austera, independente da situação. Nenhum de seus escravos consegue se lembrar de tê-lo
visto sorrindo. Quando seu senhor não est{ por perto, eles se referem a Chao Chin como “cara de
rocha”, um apelido apropriado.
Um fato menos conhecido é o de que Chao Chin é provavelmente uma das pessoas mais informadas
sobre os acontecimentos de Draj. Seus coletores de estrume estão sempre muito atentos enquanto fazem
suas rotas de coleta e reportam suas observações e rumores que ouviram ao seu mestre. Chao Chin, com
seu intelecto superior, junta as pontas soltas das informações. Para aqueles que sabem que questões
fazer e que preço pagar, Chao Chin pode ser uma inestimável fonte de informação. Aventureiros que
negociam com Chao Chin perceberão no homem um sagaz negociador que freqüentemente termina as
frases de seus interlocutores e, de alguma maneira, sempre fica com a melhor parte do negócio,
preferivelmente deixando seus clientes satisfeitos e crentes de que fizeram um bom negócio.

29

A Vida na Corte de Atzetuk
A vida dos templários de Draj ficou bem mais
complicada depois que Tectuktitlay morreu. Os
templários perderam suas magias e o controle da
cidade. Quando a notícia da morte do rei chegou
à cidade e os templários perceberam que não
podiam mais lançar magias, eles correram para a
Casa da Mente pedir por socorro. Os sacerdotes
das luas e os psions, depois de muitos encontros
secretos, concordaram em seguir um plano de
passar o reinado para um jovem psion, Atzetuk,
que seria o “filho” de Tectuktitlay.
Os psions da Casa da Mente alteraram a mente
de Atzetuk, fazendo-o acreditar que ele era o filho
do rei. Eles o instruíram no que dizer para
acalmar a população de Draj, tentando inspirar
confiança e prevenir o pânico dos cidadãos. O
plano funcionou, com Atzetuk, assim como a
população, acreditando ser o filho de Tectuktitlay.
Os psions agora controlam a cidade, instruindo
Atzetuk sobre o que dizer e mantendo os rituais e
cerimônias do antigo rei governante. O
relacionamento entre os psions e os templários é
uma necessidade mútua. Os psions controlam o
jovem rei, mas eles precisam do conhecimento
dos templários para ler e escrever, mantendo os
registros e cuidando da burocracia. Os templários
perceberam que sem seus poderes de conjurar
magias eles não podem controlar o jovem rei e,
portanto, continuam com os planos dos psions.
A troca de comando funcionou perfeitamente,
com o povo acreditando que Atzetuk é agora seu
deus-rei. A ordem nunca foi um problema em
Draj, porque o povo sempre esteve encantado
com todas as artimanhas teológicas e religiosas
das quais Tectuktitlay havia se cercado. Por isso
foi uma tarefa fácil para os templários usar os
rituais de Tectuktitlay para salvar a cidade do
caos e manter o governo funcionando
adequadamente.
Os Templários
Os templários perderam muito de seu poder
desde a morte de Tectuktitlay. Entretanto, a
população geral não sabe disso e os templários
estão felizes por conseguirem manter a fachada. O
poder político agora está nas mãos dos psions da
Casa da Mente, que controlam a mente do jovem
A Cidade-Estado de Draj
Atzetuk.
Embora os templários se ressintam de estar
sob o comando dos psions, sua posição foi
levemente melhorada. Eles não estão mais sob o
comando de um cruel governante, mesmo tendo
agora que dividir poderes com a Casa da Mente.
Perceberam que ainda continuam importantes e
necessários. Usam seus conhecimentos de leitura
e escrita e o fato de que apenas eles conseguem
controlar a enorme burocracia draji, como moeda
de barganha com os psions. Aos olhos da
população, os templários não perderam nenhum
de seus poderes. Embora a população não tenha
notado o fato dos templários não lançarem mais
magias, esses últimos têm medo de que, se esse
conhecimento se tornar público, toda a sociedade
desmorone.
Deveres
Os templários têm o direito de ler e escrever
em Draj e esse é o motivo da maioria deles ter
mantido suas posições. Os sacerdotes das luas,
como são chamados, continuam sendo os
administradores do governo. Não há prazer em
ser um templário draji, entretanto. É uma vida
física, mental e emocionalmente difícil. A única
recompensa por entrar no sacerdócio é o ganho de
respeito, a base da sociedade draji. Os sacerdotes
das luas participam de treinamentos de combate
sem fim, cuidam de numerosas cerimônias
religiosas e mantém a burocracia, tudo ao mesmo
tempo. Eles também aprendem tzalopin, a
linguagem secreta dos templários. Essa
linguagem também ajuda a mantê-los com um ar
de segredo e misticismo.
Entretanto, a população de Draj respeita os
templários por sua devoção ao deus-rei Atzetuk.
Os sacerdotes das luas controlam a enorme
burocracia para administrar as plantações de
cânhamo e grãos nos lodaçais. Eles supervisionam
o cultivo dessas plantações, a colheita, a produção
de fibras e a distribuição de grãos entre a
população. Também são responsáveis pela
distribuição dos escravos lavradores.
Também é de responsabilidade dos templários
manter a Cidadela das Duas Luas limpa. Eles
supervisionam os escravos que limpam a praça e
as ruas. Entretanto, a Grande Pirâmide é deixada
de lado. O sangue nunca é limpo da pirâmide
30

hospedeira da Grande Prateleira de Crânios.
Visitantes da cidadela podem achar o fedor das
cabeças apodrecidas insuportável, mas os drajis
estão habituados a esse cheiro.
Os templários têm presença marcante dentro
da Cidadela das Duas Luas. São responsáveis
pelos templos, pelos os silos de grãos, pela
manutenção da limpeza da praça, etc. Fora da
cidadela, nos distritos dos artesãos e mercante, os
templários têm presença leve, andando ao redor,
apaziguando disputas se necessário, coletando
taxas. São eles também que levam os malfeitores
para as cadeias ou para a arena.
Pessoas pegas roubando ou causando
problemas são levadas para as prisões localizadas
na cidade – isso se não forem executadas no local.
Essas prisões estão espalhadas aqui e ali em Draj e
carecem, normalmente, de guarda. Portanto, as
pessoas têm grandes chances de serem resgatadas
à noite ou com a ajuda da Aliança Velada.
Prisioneiros são deixados para morrer na prisão
ou usados como vítimas sacrificais na Grande
Pirâmide.
Se tornando um templário
Os pais dedicam uma criança recém-nascida a
se tornar um templário e freqüentemente
convidam o templário de recrutamento para um
banquete com o intuito de oferecer sua criança
para os serviços do rei. Se aceita, a criança é
levada para a Grande Pirâmide onde é pintada de
preto e recebe um colar de contas em seu pescoço.
Os pais acreditam que a alma da criança se une às
contas, então criança é devolvida ao lar e o colar é
deixado no monastério como uma promessa.
Aos quinze anos a criança volta para a Grande
Pirâmide e se torna um tlamocazton. O jovem
iniciado é então educado na rígida e cruel rotina
de trabalho, disciplina e abstinência. Depois de
um ano, Tectuktitlay escolhia quais deles seriam
aceitos para continuar seus estudos como
templários. Se bem-sucedido, o jovem era
treinado nos ritos sacerdotais, aprendia a tocar o
teponaztli – o “tambor de madeira” – e a observar
estrelas.
Tectuktitlay fiscalizava pessoalmente a seleção
de novos templários e governou seus templários
com muito zelo. Era impossível para qualquer
espião se infiltrar no templariato. Tectuktitlay
reconhecia e destruía espiões em menos de uma
semana. Conseqüentemente, o povo de Draj tem
fé nas habilidades de seus templários e a recente
mudança de rei não abalou essa fé.
Entretanto, depois da mudança ficou muito
A Cidade-Estado de Draj
mais fácil para espiões se infiltrarem no
templariato. Qualquer tentativa de infiltração
deve iniciar pela base do templariato, escalando
toda a montanha e tornando-se um templário
influente somente depois de anos de serviço. A
pressão sobre os templários para cumprirem suas
tarefas diminuiu um pouco sob o comando de
Atzetuk, mas o jovem rei acredita em sua
legitimidade como filho de Tectuktitlay e
prossegue com as tradições de seu “pai”.
Templários não podem se casar. Sua devoção
ao rei lhes toma todo o tempo. Tectuktitlay não
queria que eles se distraíssem com assuntos
familiares, então os proibiu de se casar.
Concubinas, entretanto, não são proibidas.
A maioria dos templários vivem em quartos
reservados para eles na Cidadela das Duas Luas.
É lá que eles comem e dormem. Normalmente
recebem treinamento em um dos dois templos
dedicados para Ral e Guthay. Templários de
postos mais altos têm propriedades fora da
cidadela onde, às vezes, possuem fazendas.
Posse de propriedades
Templários podem possuir propriedades, mas
todas as suas necessidades são bancadas pelo
estado. Cozinheiros farão suas refeições, o
alojamento é fornecido e eles ainda podem
apropriar-se de fundos do tesouro da cidade. O
abuso desse privilégio coloca o templário em
grandes problemas e, portanto, os exageros são
raros. A maioria dos templários tem armas
favoritas as quais carregam para todos os lados.
Educação
Os sacerdotes das luas recebem educação
formal nos Templos de Ral e Guthay. Especial
ênfase é colocada na agricultura e em assuntos
militares, apesar dos templários serem instruídos
em várias áreas. Astronomia também é
importante para os drajis. Iniciados que
demonstram potenciais psiônicos são enviados
para a Casa da Mente para receber treinamento
básico no Caminho. Todos os templários são
treinados em combate pelo exército de guerreiros
de Tectuktitlay.
Vestimenta
Sacerdotes das luas se vestem de túnicas azuis
com um desenho de uma lua amarela na frente e
outro atrás. A maioria carrega armas de algum
tipo, de macahuitls ou adagas de osso até armas
mais caras, como uma espada de aço. Os
templários também usam cocares, como todos os
31
 A Cidade-Estado de Draj
drajis. Entretanto, eles não o adornam com
nenhum tipo plumagem ou caudas de lirr, por
Os Psions
medo de serem confundidos com cidadãos
Os psions da Casa da Mente agora controlam o
comuns. Os sacerdotes ornamentarão seus cocares
jovem Atzetuk. Forjaram uma aliança com os
com ouro e pedras preciosas.
templários, no intuito de preservar a ordem em
Funeral Draj depois da morte do rei Tectuktitlay. Os
psions controlam o jovem rei enquanto os
Templários mortos normalmente têm seus
templários dirigem as operações do dia-a-dia da
corpos cremados em piras. Novamente, seguindo
cidade e mantém a enorme infra-estrutura
a crença draji, é como o templário morre que
agrícola.
importa. Quanto mais violenta a morte, melhor o
Os psions não estão contentes em comandar a
funeral. Ao invés de morrerem de velhice,
cidade por trás dos panos. Sua posição popular
templários no fim de suas carreiras
não mudou, mas agora eles estão em uma posição
freqüentemente se oferecem como sacrifício aos
onde podem melhorar, subversivamente, a
elementos.
opinião pública com relação à Casa da Mente.
Cerimônias de altos templários envolvem
Apesar de seus planos não estarem
orquestras de tambores e demonstrações de
completamente definidos, estão trabalhando para
combate. Longas marchas são organizadas ao
trocar a burocracia pelos psions.
longo do Caminho da Serpente, culminando em
Os psions entraram em um acordo sobre um
rituais na Praça Jaguar. Algumas vezes um
plano de lentamente desacreditar os templários e,
prisioneiro ou cidadão é sacrificado para acalmar
finalmente, substituí-los como os novos
os elementais ou o Deus-Rei.
administradores da cidade. Estão tentando dividir
os templários em dois grupos, os guerreiros e os
literatos, para finalmente abolir o templariato. Seu
plano é dar aos guerreiros glória no exército e

32

enviar alguns comissários psiônicos para observá-
los. Esses comissários encorajariam alguns a um
novo treinamento na Casa da Mente com vagas
promessas de progresso. Depois do treinamento,
alguns seriam mantidos patrulhando a cidade
mas, ao invés de se reportarem aos templários, o
fariam diretamente aos psions. Os literatos serão
usados como bibliotecários, escribas ou
burocratas. Sobretudo, os psions tentam isolar os
templários uns dos outros e do novo rei.
Estrutura de Governo
A estrutura de governo de Draj se assemelha a
de outras cidades-estados. O alto escalão é
composto de apenas um ou dois templários,
enquanto que os níveis mais baixos têm muitos
recrutas.
Os dois altos templários de Draj, Maxtlixoco e
Nuahatlax, estão sob ordem direta do rei. Eles
têm autoridade completa sobre qualquer coisa em
Draj, apesar da Casa da Mente (e seus membros)
estarem fora do limite. Sob o comando de
Tectuktitlay, os altos templários não tinham
oposição em poder em Draj. Agora, devido a sua
parceria com a Casa da Mente para controlar o
jovem rei Atzetuk, a maioria do poder está nas
mãos dos psions, não dos templários.
Abaixo da autoridade dos altos templários está
o techuatzin, o sacerdote responsável por
assuntos religiosos. O atual techuatzin é
Ahuitzotl. Ele supervisiona todas as cerimônias
religiosas e é o sacerdote encarregado dos
sacrifícios. Também fiscaliza os templos de Ral e
Guthay, delegando operações diárias a dois
subordinados. Cada um dos dois templos tem um
sacerdote encarregado dos afazeres diários, que se
reportam diretamente ao techuatzin, mas não têm
nenhuma autoridade sobre o resto da hierarquia.
Conseqüentemente, apenas o techuatzin e os altos
templários podem interferir nos assuntos de
ambos os templos.
Próximos na fila, sob o comando do
techuatzin, estão o huitznahuoc e o
tepanteotuatzin. Esses dois sacerdotes são
responsáveis pela educação dos iniciados e dos
nobres.
O ometoctzin é o sacerdote responsável pelos
assuntos militares em Draj. Ele (ou ela) fiscaliza o
treinamento do exército de Draj e a manutenção
do tlacochcalco, o arsenal do rei.
A Cidade-Estado de Draj
O Exército de Draj
Draj mantém um exército de 2.000 soldados.
Esses guerreiros, na maioria humanos, são
treinados para defender Draj contra inimigos e
atacar todos que se opõem ao Deus-Rei.
Guerreiros de Draj são eficientes com 4 armas
básicas: o macahuitl (que os drajis apresentaram
aos Planaltos), o arco-e-flecha, a azagaia e a lança.
Macahuitls são feitos de madeira agafari sob as
quais afiadas lâminas de cacos de obsidiana são
presas. Da mesma forma, flechas, azagaias e a
lanças sempre têm pontas de obsidiana.
Tectuktitlay mantinha um arsenal de armas, o
tlacochcalco. Atzetuk continua a enriquecer o
arsenal com numerosas armas.
Os soldados do exército de Draj são divididos
em três grupos: cavaleiros-flecha, cavaleiros-águia
e cavaleiros-jaguar. Os cavaleiros-jaguar são os de
maior prestígio, seguidos pelos águia e, por
último, pelos cavaleiros-flecha. Os cavaleiros-
jaguar trajam uma feroz veste de combate, com
plumagens de muitas cores e crânios de animais
em suas cabeças. Os cavaleiros-águia usam
cabeças de aves em suas cabeças e vestem uma
manta de muitas cores. Os cavaleiros-flecha são
arqueiros de elite, apesar de possuírem a mais
baixa posição dentre as três ordens da cavalaria.
Eles usam cores claras, alguns usando bruneas, e
sempre carregam seus arcos e aljavas com flechas
com pontas de obsidiana. Os cavaleiros-flecha
também são hábeis no uso do atlatl e de dardos,
precursores do arco-e-flecha.
A Aliança Velada
A Aliança Velada de Draj é uma das menos
capazes dos Planaltos. Tectuktitlay fiscalizava a
seleção de seus templários pessoalmente e,
portanto, a aliança nunca foi capaz de se infiltrar
no templariato. Desde a morte de Tectuktitlay, a
indecisão de Chimali atrasou todos os esforços de
infiltração. A assembléia local da Aliança Velada
em Draj é muito jovem, tendo iniciado sua
existência no Ano-Rei passado. Seu quartel-
general está localizado sob a Grande Pirâmide,
desconhecido dos templários.
Quando Tectuktitlay construiu sua Grande
Pirâmide, mais de cinco séculos atrás, ele o fez
por cima de uma pirâmide menor que havia sido
construída muito tempo antes. A pequena
pirâmide foi esquecida e nenhum templário de
hoje sabe dela. Por um acaso, a Aliança Velada
33
 A Cidade-Estado de Draj
descobriu a entrada dessa pirâmide e a usa como
base de sua operação.
A atual líder, Chimali Zaachila, é uma reles
preservadora que finge ser mais poderosa do que
realmente é. Ela blefou para chegar à liderança da
Aliança Velada assim que seu mentor e antigo
líder, Diatlaxi, morreu. Agora apenas seu amigo
Cocoton sabe de seu segredo. Cocoton é um
grande e musculoso escravo mul que também tem
habilidades como psion.

A Aliança Velada de Draj é amplamente

ineficiente. Chimali é relutante em conduzir
planos que exporiam seu segredo. Eles nunca
conseguiram nenhuma vitória importante e ainda
ganharam alguma rivalidade dentro do
templariato, mas a maioria dessas coisas
aconteceria de um jeito ou de outro. A aliança não
tem espiões em posições elevadas, nenhum
programa ativo designado a destronar o rei (e
seus templários) e nenhum objetivo de longo
prazo. Eles nem mesmo suspeitam da verdade
sobre a identidade de Atzetuk. A Aliança Velada
de Draj prestará serviços para outros
preservadores em necessidade, mas raramente
tentarão qualquer coisa que possa expô-los.

34

Raças e Personagens em Draj
Raças em Draj
Draj tem representantes de todas as principais
raças, apesar das proporções variarem. Humanos
são os mais comuns, compreendendo 60% da
população. Anões e elfos representam cada um
mais 15%. Os muls são 5%, meio-elfos 3% e meio-
gigantes 2% da população. Alguns poucos
halflings e thri-kreen podem ser encontrados,
apesar de serem raros.
A tolerância racial em Draj é baseada na
habilidade guerreira. Portanto anões, muls e thri-
kreen são as raças inumanas mais respeitadas,
enquanto elfos são vistos com alguma suspeita
devido a sua natureza de enganador.
Independente da raça, qualquer um que tenha se
provado em combate é respeitado. Meio-gigantes
recebem algum respeito, mas devido a sua
ridícula sagacidade, têm muito menos respeito
que um humano mediano. Meio-gigantes que se
provaram guerreiros capazes, entretanto, são
tratados com todo o respeito que merecem.
Classes de Personagem em
Draj
Bardos
Bardos podem, às vezes, serem encontrados
nos bazares élficos, mas eles são tão raros em Draj
quanto as chuvas em Athas. Famílias nobres não
empregam os serviços de bardos, preferindo
confrontar seus rivais diretamente. Os nobres
também não se entretêm com danças,
malabarismos ou contos, a não ser que o bardo
seja hábil em contar histórias de guerra.
Entretanto, o serviço dos bardos sempre é
requisitado em algum lugar, por alguém, então
alguns bardos podem ser encontrados.
A Casa Tsalaxa é bem conhecida por empregar
bardos para assassinatos. Apesar de não ser
valorizado pela sociedade draji, a precisão
requerida para assassinatos merece algum
respeito.
A Cidade-Estado de Draj
Brutos
Brutos são muito comuns em Draj. De fato eles
podem ser encontrados em qualquer lugar, na
companhia de qualquer um. A ferocidade em
combate de um bruto é uma característica
admirável na cultura onde o ideal de guerreiro
está impregnado, portanto os brutos são um
acontecimento natural em Draj. Eles servem como
excelentes capangas e guarda-costas, mas
normalmente são muito indisciplinados para
servirem como soldados no exército da cidade.
Clérigos
Sendo um povo supersticioso, os drajis têm
um saudável respeito por aqueles que lidam com
os elementos. Já que os drajis freqüentemente
sacrificam pessoas para acalmar os elementos, os
clérigos de Draj são ligeiramente diferentes dos
de outras cidades. Clérigos da terra são bem
aceitos por seus conhecimentos sobre agricultura
e freqüentemente solicitados a executar pequenos
serviços para ajudar a melhorar a safra. Clérigos
do fogo são altamente respeitados, porque sua
natureza agressiva é típica entre os drajis.
Clérigos do fogo visitando a cidade encontrarão
cama e comida grátis no templo do fogo de Draj,
localizado na ponta oriental dos lodaçais.
Druidas
Alguns poucos druidas podem ser
encontrados nos campos que cercam Draj. Muitos
cuidam dos campos como suas terras protegidas,
ajudando fazendeiros a cultivar boas plantações.
Dentro da cidade, existem pouquíssimos druidas.
Alguns cuidam do jardim do rei, mas
normalmente esses druidas são escravos.
Guerreiros
Guerreiros não são difíceis de encontrar em
Draj. Virtualmente todo mundo tem experiência
em combate ou, pelo menos, algum treinamento
em armas. A Casa Tsalaxa freqüentemente
emprega mercenários para suas caravanas, assim
como outras casas. Trabalhos podem ser
encontrados guardando propriedades de nobres
ou os campos do rei. Soldados do exército de
35
 A Cidade-Estado de Draj
Atzetuk precisam ser drajis nativos, entretanto. Magos
Estrangeiros não serão contratados por
templários. Magos em Draj recebem muito do mesmo
tratamento que em outras cidades, apesar dos
Gladiadores drajis serem um pouco mais tolerantes. Ainda
assim, demonstrações públicas de conjurações de
Gladiadores são renomados nos Planaltos por
magia normalmente resultam num linchamento
seu feroz estilo de combate. Criados em uma
público, a não ser que o mago consiga disfarçar a
sociedade que promove a cultura guerreira,
conjuração como sendo magia sacerdotal ou
gladiadores drajis demonstram uma ferocidade
psionismo. Poderosos magos são respeitados pelo
em batalha que rivaliza com a dos animais
poder que possuem. Mercadores conhecem o
selvagens do deserto. Eles são encontrados na
valor de um conjurador e freqüentemente
arena ou em propriedades dos clãs, lutando
empregarão um mago em caravanas para algum
contra oponentes ou treinando. Gladiadores livres
serviço especial.
às vezes competem em jogos na arena, enquanto
outros preferem mostrar suas habilidades nas
Guerras Retóricas ou a serviço das casas
mercantes.

Psions
A Casa da Mente é o centro da atividade
psiônica em Draj. Psions e guerreiros psíquicos
adentrando na cidade podem encontrar
alojamento na Casa da Mente por uma pequena
taxa, ou podem até mesmo receber treinamento
nas disciplinas psicometabólica e psicocinética.

Rangers
Rangers podem, às vezes, encontrar trabalho
em expedições de caça que os drajis organizam
para matar lirr selvagens ou outros animais. Os
guerreiros usam os rangers como rastreadores
para encontrar sua caça. Além dessas ocasionais
expedições, há muito pouco uso para rangers em
Draj.

Ladinos
Ladrões devem ter muita cautela em Draj. Eles
são considerados a mais baixa escória e qualquer
um pego roubando é normalmente executado no
local. Os drajis não têm respeito por ladrões.
Entretanto, comerciantes os reconhecem como
necessários para sustentar a economia draji. Eles
exportam produtos drajis e importam certas
mercadorias de outras cidades que seriam muito
caras ou difíceis de produzir domesticamente.

Templários
Templários de outras cidades precisam se
apresentar quando entram em Draj. Eles
normalmente recebem alguma cortesia, mas essa
é limitada. Templários de outras cidades-estados
não podem entrar na Cidadela das Duas Luas e
são barrados de participar de qualquer evento
religioso. Os motivos são óbvios.
36

Um Guia de Viagem para Draj
Aproximando-se da Cidade
À medida que os viajantes se aproximam de
Draj, eles talvez notem ossos ressecados pelo sol
meio soterrados na areia às margens da estrada.
Os ossos são os restos dos escravos que tentaram
escapar da cidade-estado, mas foram muito fracos
para viajar sob o impiedoso sol. Fracos e famintos
estes escravos não foram muito longe antes de
desmaiar à margem da estrada.
Viajantes notarão a forma distinta da Grande
Pirâmide erguendo-se no céu e a longa ponte de
pedra que conecta o lodaçal draji às principais
estradas comerciais, passando por cima do grande
e espesso lodo que rodeia Draj. Campos de
lavouras também atraem os olhos, com escravos
arando incansavelmente sob a afiada ponta do
chicote dos templários.
Os Portões da Cidade
Ao se alcançar a ponte de pedra que passa por
cima do lodo não há portões. Ao final da ponte,
existem duas pequenas torres guardadas por
templários e guardas meio-gigantes. As torres são
pequenas réplicas da Grande Pirâmide. É lá que
os visitantes são interrogados e questionados
sobre seus propósitos em Draj. Os templários
perguntarão sobre os negócios que os viajantes
vieram fazer, o que planejam vender ou comprar
em Draj. Visitantes podem ser revistados por
qualquer motivo a qualquer hora; a posse de
componentes mágicos é ilegal e punida
severamente. O uso de magia também é
estritamente proibido, então os usuários de magia
devem desistir de usar a arte ou escondê-la bem.
Os templários costumam cobrar 5 décimos por
perna para visitantes. Logo, de um anão será
cobrada 1pc, enquanto um kank custará 3pc.
Cruzar a ponte dará acesso somente ao
lodaçal; para entrar na cidade deve-se passar
através do Portão da Lua Dourada. Um poço de
lodo cerca a cidade e a única entrada é pelo tal
Portão.
Onde Ficar
Se tu não tiveres conexões dentro de Draj, a
melhor maneira de encontrar um lugar para ficar
A Cidade-Estado de Draj
é ir para o Distrito Mercante. É claro, é melhor
ficar numa Fazenda de Clã, mas se viajantes não
conhecerem ninguém dentro da cidade, as
tavernas públicas são um lugar para ficar.
Numerosas tavernas podem ser encontradas no
Distrito Mercante, cuidadas por mercadores locais
ou agentes da Casa Tsalaxa. A taxa típica nas
tavernas é 1pc por pernoite, embora o preço possa
variar dependendo da reputação do
estabelecimento ou dos desejos do freguês.
Acomodações para dormir de tamanho meio-
gigante são raras, embora uma taverna, a Taverna
do Grande Cutelo, tenha a capacidade para uns
poucos fregueses de tamanho maior, que pagam
uma taxa extra. A maioria das tavernas está
localizada ao longo da estrada da entrada
principal, ficando fácil de achá-las, apesar de
alguns dos lugares inferiores ficarem fora da
estrada principal em pequenos becos e lugares
sombrios. O Jaguar Raivoso é um estabelecimento
bem conhecido em Draj, apesar de que viajantes
que não queiram chamar a atenção dos templários
devam ficar longe dele. Entretanto, é um bom
lugar para encontrar muitas das pessoas ricas e
importantes de Draj. Para visitantes precisando
de acomodações menos óbvias, mas ainda
querendo um serviço de qualidade, a Estalagem
do Espelho Escuro pode ser encontrada
ligeiramente fora da estrada principal, não longe
do Portão da Lua Dourada.
Onde Amarrar Tua Montaria
Há um pequeno lodaçal entre o lodaçal draji e
a terra firme onde viajantes deixam suas
montarias. Este pequeno lodaçal está conectado à
ponte de pedra e permite aos viajantes mais
pobres deixarem suas montarias fora da cidade e
evitarem pagar a taxa de entrada delas. Se as
montarias forem necessárias dentro da cidade,
todavia, há uma estrebaria para animais não
muito longe do portão de entrada que cobra por
dia. Deve-se lembrar que montarias não são
permitidas dentro da Cidadela das Duas Luas.
Onde Encontrar Algo Para Comer
Muitos lugares servem comida em Draj. Sua
cozinha é renomada nos Planaltos e qualquer um
saindo da cidade sem provar as delícias de sua
37

culinária está perdendo umas das melhores
atrações de Draj. Novamente, o Jaguar Raivoso
serve excelentes refeições, já que os fregueses que
gastam muito exigem comida de boa qualidade.
Por refeições menos caras, mas não menos
deliciosas, a Cauda do Lirr é uma boa opção. Ela é
conhecida em Draj por fazer o melhor cozido de
erdlu e milho defumado.
Se visitantes desejarem comer refeições menos
exóticas (e menos caras), muitas padarias podem
ser encontradas no Distrito Mercante. A cada
manhã, ao nascer do sol, o aroma de pão recém
assado provoca roncos nos estômagos dos
patronos famintos.
Onde Comprar
O Distrito Mercante tem quase tudo que um
comprador quer. Armas são facilmente
compradas, apesar dos templários que costumam
rodear as lojas de armas. Pessoas à procura de
arte devem ir ao Distrito dos Artesãos, onde
tapeçarias e esculturas exclusivamente talhadas
podem ser compradas, embora sejam caras.
Alguma arte sob encomenda pode ser pedida,
apesar dos drajis costumarem recusar fazer
qualquer arte que não glorifique a guerra ou a
violência em uma de suas formas.
A Cidade-Estado de Draj
Onde Encontrar Trabalho
Qualquer um que queira encontrar emprego
deveria procurar ou a Casa Tsalaxa, ou os
artesãos. A Casa Tsalaxa freqüentemente emprega
mercenários para proteger suas caravanas ou
guardar um de seus muitos postos. Artesãos
freqüentemente precisam de ajuda para arrastar
blocos de pedra ou obsidiana para serem
talhados. Aprendizes também são procurados
pelos vários mercadores e artesãos, apesar dos
drajis serem desconfiados de forasteiros. Aquele
que realmente estiver com má sorte poderá se
vender como escravos para trabalhar nas
fazendas, embora isto possa resultar em muitas
semanas ou mesmo anos de serviço; este deveria
ser um último recurso.
Onde Ser Curado
O melhor lugar para ser curado é num templo
elemental. Por uma pequena “doação”, serviços
de cura são realizados. O Templo do Fogo é o
melhor lugar para se obter todos os tipos de cura,

Onde Comprar Componentes

Mágicos
Bardos e elfos são os habituais vendedores de
componentes mágicos em Draj. Alguns magos e
simpatizantes da Aliança Velada também
assumem o risco de vender componentes ilegais.
As raras tribos élficas que acampam por algumas
semanas de vez em quando trazem materiais
exóticos de todos os lugares dos Planaltos,
enquanto os bardos fazem da lida com coisas
ilegais uma profissão. O gueto fica no limite do
Distrito Mercante, onde templários raramente
aparecem a não ser em grande número.

Onde Comprar Veneno

Veneno é território dos bardos, que
dominaram os mistérios de extração de venenos e
tóxicos dos animais e plantas mais perigosos.
Quase qualquer tipo de veneno pode ser
comprado, da simples poção do amor a venenos
complexos que requerem múltipla exposição. já que possui um séqüito de clérigos maior do que
Bardos são raros em Draj, mas quando tribos qualquer outro templo. O Templo da Água é
élficas visitam a cidade comprar veneno é bem geralmente o lugar mais barato para se curar, não
mais fácil. obstante, os serviços são limitados. Entretanto,
este templo é o mais próximo do portão principal,

38

estando localizado no Distrito Mercante. O
Templo da Terra também fornece serviços de
cura, localizado ao lado externo da Cidadela das
Duas Luas.
O novo Templo das Tempestades, devoto ao
elemento da chuva, provê alguns serviços de
cura, apesar de o preço ser excessivo. Rugar
Arauto da Tempestade, clérigo líder, é o menos
escrupuloso sobre quem ele cura e não faz
perguntas. Pessoas em busca de anonimato fazem
melhor pagando o preço extra e visitando o
clérigo da chuva.
A Cidade-Estado de Draj
Costumes Locais
A sociedade guerreira de Draj não tem muitas
leis ou costumes complexos, apesar de alguns
visitantes acharem o aspecto da veneração à
guerra de sua cultura difícil. Onde quer que se
olhe, há estátuas, tapeçarias ou pinturas exaltando
a morte e a guerra em todas as suas horríveis
formas. Os drajis prezam a bravura guerreira e
insultar as habilidades de combate de um draji
traz uma retribuição instantânea.

Onde Treinar
Pessoas em busca de alguma experiência em
combate terão sorte em Draj. Os drajis
regularmente fazem exercícios de treinamento e
nobres são bem dispostos a testar suas
habilidades contra forasteiros. O preço
geralmente é maior do que alguém pagaria no
resto dos Planaltos, mas os drajis são guerreiros
naturais.
Clérigos podem encontrar treinamento no
templo do fogo, da terra ou da água, apesar do
templo da água não estar financeiramente bem e
geralmente não aceitar estudantes. O templo do
fogo é o melhor lugar para se treinar. Imotec, o
alto clérigo, é muito competente e tem uma
grande equipe de apoio. Se algum clérigo da
chuva vier a Draj em busca de treinamento estará
sem sorte. Rugar não está à procura de
aprendizes, não obstante, pregará para qualquer
um que ouvir.
Qualquer um disposto a participar nos Jogos é
bem-vindo na arena. Os templários aceitam
gladiadores de outras cidades-estados e pagam
relativamente bem para que lutem.

Lidando Com Autoridades

Os templários em Draj gozam de grande
autoridade entre a população em geral, apesar de
seu poder em relação aos nobres ser menor do
que nas outras cidades-estados. Mas como
noutras cidades-estados, templários não são
imunes a subornos e geralmente as mesmas
táticas que funcionam por aí são também efetivas
em Draj. Nenhum templário irá arriscar a
segurança de sua cidade-estado nem levará um
forasteiro para dentro da Cidadela das Duas Luas
à noite, por nenhum preço.
O governo emprega telepatas nos portões da
cidade e também durante interrogatórios, assim
transgressores devem ser cuidadosos com
psiônicos.
39

Sumário do Mestre para Draj
Draj
Capital do Império de Atzetuk (era de
Tectuktitlay). Nativos são chamados "draji" (drajis
no plural) ou "o Draj".
Quem Governa
Atzetuk é o atual governante. Ele é adorado e
respeitado por seus súditos.
Quem Realmente Governa
Ixtabai, o cego, é o líder da aliança entre os
psions da Casa da Mente e os templários. Os
templários perderam todas as suas magias desde
a morte do antigo rei, Tectuktitlay. Para manter a
ordem em Draj, eles e os psions concordaram em
passar o governo ao “filho” de Tectuktitlay, um
jovem psion chamado Atzetuk. Sua mente foi
alterada para fazê-lo acreditar que era o filho de
Tectuktitlay. Os negócios da cidade ainda são
mantidos pelos templários, que se curvam às
ordens de Maxtlixcoco.
População
15.000. Raça: 60% humano, 15% anão, 15%
elfo, 5% mul, 3% meio-elfo, 2% meio-gigante, uns
poucos thri-kreens e halflings. Classe: 40%
homens livre, 60% escravos, pouquíssimos
forasteiros.
Emblemas
O feroz jaguar é o principal símbolo de Draj.
Outros símbolos são uma representação da
violenta cultura guerreira da cidade: a serpente de
penas, o espelho fumegante e várias estátuas e
obeliscos representando a morte em todas suas
formas.
Economia
Draj importa principalmente animais
domésticos, escravos (que atingem um preço alto)
e cobre. Exporta trigo, arroz (ambos vendidos
com um bom lucro para outras cidades famintas),
cânhamo e seus derivados, tijolos e linhos caros.
As principais rotas de comércio vão para Kurn e
Eldaarich (Draj é a única cidade dos Planaltos a
negociar com elas), onde o maior volume do
A Cidade-Estado de Draj
comércio de Draj é realizado desde que o caos se
apossou de Raam. Ao sul, atravessando o silte até
Cromlin, fica o único caminho seguro para se
chegar a Nibenay, Gulg e o resto dos Planaltos.
Forças Armadas
Draj mantém um exército de
aproximadamente 2.000 homens bem-armados e
treinados. Estas tropas estão divididas em três
grupos: os cavaleiros-jaguar, maior posto; os
cavaleiros-águia; e os cavaleiros-flecha, arqueiros
de elite, mas a tropa de menor posto. Todas as
tropas sabem usar as armas principais de Draj: o
macahuitl, a azagaia, a lança e o arco e flecha. As
tropas são bem versadas em táticas psicológicas
de guerra, para assustar o inimigo ou causar
confusão. Draj raramente emprega montarias em
combate. Todos os cidadãos drajis sabem usar ao
menos uma das 4 principais armas de Draj e estão
dispostos a dar sua vida pelo rei.
Disponibilidade de Equipamento
Quase tudo pode ser encontrado em Draj, mas
se não for produção local o preço pode ser um
pouco alto. Animais (rebanho ou montaria) serão
caros (de 2 a 3 vezes o custo). Armas terão o preço
normal e são facilmente compradas. Boa comida é
fácil de encontrar, já que a cozinha draji é
excelente.
Magos Notáveis
• Chimali Zaachila é a atual líder da Aliança
Velada em Draj. Ela finge ser muito mais
poderosa do que é e seu segredo a deixa relutante
para se comprometer em qualquer busca que
possa revelar seu segredo. Assim, a AV em Draj
não passa de um clube secreto de magos. (AV)
• Xaltotec é o profanador mais requisitado do
governo. Xaltotec acumulou uma pequena
fortuna enquanto fazia o trabalho sujo para o rei e
possui uma pequena fazenda no lodaçal de Draj.
Um homem alto e forte, ele sabe que sua
segurança baseia-se em seu anonimato, assim
mantém suas práticas profanadoras bem
escondidas.
40
 A Cidade-Estado de Draj
Templos Notáveis Grande Pirâmide.

• Templos de Ral & Guthay; sob a Casas Mercantes Notáveis

administração dos templários. Estes dois templos
A Casa Tsalaxa é a principal casa mercante de
estão situados dentro da Cidadela das Duas Luas
Draj. Tsalaxa é agressiva e cruel em suas práticas
e abrigam os novos recrutas do templariato. É
comerciais, recorrendo a chantagem, seqüestro e
Aqui que os templários em treinamento são
até mesmo assassinato para atingir seus objetivos.
ensinados a ler, onde aprendem a língua secreta
Eles freqüentemente abaixam seus preços para
do templariato e onde aprendem a ser templários.
abalar rivais, elevando-os drasticamente assim
• Templo da Terra, Alta Clériga Nahualixi; o
que a concorrência for eliminada. Tsalaxa mantém
templo está localizado fora da Cidadela das Duas
relações cordiais com os governantes de outras
Luas, perto do portão de entrada. Nahualixi é
cidades-estados. Seu símbolo é uma bandeira
uma clériga anã idosa e bem respeitada que
preta com um par de olhos bestiais amarelos
supervisiona os campos dos clãs e ajuda a
brilhantes. (DT)
nobreza com suas plantações. Ela tem estado em
• Yarsha Tsalaxa é a nova líder da Casa desde
Draj por mais de 100 anos. Quinze outros clérigos
a morte de avô Ydris. Uma mulher muito
estudam sob a tutela de Nahualixi no templo.
inteligente, ela duvida da legitimidade de
• Templo do Fogo, Alto Clérigo Imotec; o
Atzetuk, mas mantém suas dúvidas para si.
templo do fogo está localizado ao limite leste do
Dirige Tsalaxa suave e eficientemente, apesar do
lodaçal de Draj. Imotec é um poderoso clérigo que
comércio ter sofrido devido ao caos em Raam.
opera um próspero templo na cultura guerreira
• Bartis é um ex-gladiador que tem trabalhado
Draj. O templo é responsável pela cremação dos
como guarda e especialista militar para a Casa
mortos, quando famílias assim o desejam.
Tsalaxa por 20 anos. Sua lealdade à Casa Tsalaxa
Imensas pilhas de óleo e cânhamo são queimadas
é inabalável.
ininterruptamente no Templo do Fogo, criando
• Kargash é o líder estrategista, mestre dos
uma enorme nuvem de fumaça sobre o extremo
espiões e especialista em se misturar. Leal à Casa
leste do lodaçal de Draj. Quando os ventos viram
Tsalaxa com um entusiasmo e gosto que beiram o
para oeste, a nuvem de fumaça pode se acumular
diabólico. Ele pode parecer encantador e
sobre a cidade, mas geralmente ela se dissipa
amigável, mas é só encenação. Kargash usa as
antes de tornar-se incômoda. Aproximadamente
pessoas apenas para ganhar mais poder ou glória
25 clérigos podem ser encontrados a qualquer
para si ou para a Casa Tsalaxa.
hora no templo.
O Consórcio Dedys. Esta aliança de três casas
• Templo da [gua, o Alto Clérigo Tanuixtli; o
pequenas (Terg, Voyan e Shakktur) tem
templo de Tanuixtli é um pequeno prédio no
conseguido sobreviver em Draj apesar das
limite externo do distrito dos artesãos de Draj.
intrigas incessantes de Tsalaxa. O consórcio
Tanuixtli geralmente trabalha sozinho, ajudando
sobrevive por causa de sua natureza
os necessitados quando pode. Ele raramente
extremamente astuta e a generosa assistência que
recebe clérigos visitantes e quase não consegue
recebe dos inimigos de Tsalaxa, principalmente a
fundos para manter seu pequeno templo.
Casa Wavir de Balic.
• Templo da Chuva, Rugar Arauto da
Outras casas mercantes. Só Wavir e M’ke
Tempestade. Este é um templo novo em Draj, mas
mantêm um pequeno posto em Draj, apesar das
está ganhando popularidade rapidamente.
riquezas de M’Ke em Draj estarem crescendo nos
Ladinos Notáveis e Guildas últimos anos. A outras casas maiores nunca
conseguiram manter uma presença física em Draj
O roubo é anátema para a cultura draji. com sucesso.
Nenhum nativo draji desceria tão baixo a ponto
de roubar, já que ladrões são considerados o pior Outros Personagens Importantes
tipo de ralé nos Planaltos. A pena por roubar em
• Maxtlixoco é atualmente o templ{rio de
Draj é a morte. Ladrões pegos roubando fora da
maior posto. A despeito de ser subordinado
Cidadela das Duas Luas são mortos na hora ou
apenas a Tectuktitlay, ele agora deve obedecer ao
levados para as jaulas na cidade, onde
velho Ixtabai, já que os templários perderam sua
permanecerão sem comida ou água até morrerem.
habilidade de soltar magias quando seu Rei-
Ladrões pegos roubando dentro da Cidadela das
Feiticeiro morreu. Ter que se curvar a outro não
Duas Luas são sacrificados logo que possível na
combina com Maxtlixoco e ele faz esquemas e
41
 A Cidade-Estado de Draj
intrigas para recuperar sua antiga posição de
poder.
• Chilocotec, Comandante do Exército, recebe
ordens diretamente do Rei. Sua lealdade a
Atzetuk e à cidade é inquestionável e o veterano
velho de guerra se orgulha de ser o guerreiro
mais respeitado de Draj.

Aspectos Importantes na Cidade

Cidadela das Duas Luas: esta é a cidade
murada interna de Draj. Nela estão localizados a
Grande Pirâmide, o Palácio dos Combates
Gladiatórios, os Templos de Ral e Guthay, os silos
de grãos de Tectuktitlay e a Praça Jaguar.
Nenhuma besta de carga é permitida dentro da
Cidadela.
Grande Pirâmide. É onde Tectuktitlay
conduzia todos seus negócios e sacrifícios eram, e
ainda são, realizados regularmente. Medindo
mais de 60m de altura, é com certeza a mais
impressionante estrutura em Draj. Somente
templários e convidados distintos e importantes
têm sua entrada permitida.
O Lodaçal. É onde a cidade-estado foi
construída. Draj não tem muralhas, o lodo garante
que o único acesso à cidade seja a estrada de
pedra cruzando o lodo. Os drajis usam o lodo
para fazer tijolos usados no reparo de suas casas e
vendidos para outras cidades-estados.

42

Lições de Pai para Filho
Esta é uma conversa entre um draji e seu filho,
sobre Draj e sua cultura. Isto deveria ser visto
como o ponto de vista draji. O pai explica a seu
filho o que é a cultura draji e porque ela é melhor
do que as das outras cidades-estados.
Pai, quem somos?
Nós somos drajis, meu filho. Nós somos os
guerreiros dos Planaltos, súditos do Deus-Rei e
vivemos aqui.
Fale-me de Draj.
Tu já viste bastante da cidade, jovem. Nós
vivemos no lodaçal, no lado leste dos Planaltos.
Ao leste de nós está o Interminável Mar de Areia,
um grande corpo de poeira e morte. Ao oeste
ficam os Planaltos. Nosso vizinho mais próximo é
a decadente cidade de Raam. Fique longe de lá,
pois são pessoas que caíram no caos. Anarquia e
ilegalidade são normais; ordem é rara naquele
buraco pestilento. O líder deles morreu e eles
sucumbem ao caos; nosso líder morreu e nós
ainda prosperamos!
Ao norte de nós estão as cidades-estados de
Kurn e Eldaarich, cidades esquecidas que
redescobrimos nas últimas décadas. As histórias
dos mercadores dizem que são pessoas estranhas,
estes nortistas<
A oeste e ao sul de nós estão as cidades-
estados de Tyr, Nibenay, Gulg, e (ptuh!)< Urik.
Além delas estão as Montanhas Ressonantes. E a
bela Draj, meu filho, viste muito dela. A Grande
Pirâmide se põe alta na Cidadela das Duas Luas,
um testemunho da grandeza de nosso povo e do
Deus-Rei. Nós já o levamos lá várias vezes para
presenciar os sacrifícios. Lembra-te da multidão
de pessoas aclamando? Os gritos dos
moribundos? Os sons dos tambores? Lembre-te
destas coisas meu filho. Elas são uma parte do
que somos.
E tu viste o resto da cidade também: o
grandioso Palácio dos Combates Gladiatórios
onde muitos de nós afiamos nossas habilidades
guerreiras; os templos de Ral e Guthay; o Portão
Jaguar, a entrada para a Cidadela das Duas Luas;
e, é claro, os distritos dos artesãos e mercante. Os
grandes campos de cânhamo, trigo e milho que
cultivamos provêem nossa cidade com riqueza.
A Cidade-Estado de Draj
Nós negociamos com nossos vizinhos famintos.
Eles não têm campos nem a vontade de cultivar
tais plantações. Como vês, Draj é o centro dos
Planaltos. O Lodaçal impede invasões. Sobre o
vasto e fértil lodo nós cultivamos nossa própria
comida. Esta localização é um exemplo da
sabedoria e astúcia de Tectuktitlay.
E os Guardiões Negros são uma de nossas
melhores realizações. Estes monolitos de
obsidiana provam o poder de Tectuktitlay. O fato
Dele poder soprar vida em imensas estátuas de
obsidiana inerte demonstra a onipotência de
nosso último rei.
Guerreiros?
Nós somos guerreiros do Deus-Rei meu filho.
Nós marchamos em batalha para encarar a morte
e nossos inimigos. Logo tu aprenderás como se
comportar adequadamente como um guerreiro.
Aprenderás como empunhar o arco e a flecha,
para que possas chover morte sobre nossos
inimigos de longe. Aprenderás a usar a azagaia e
a lança para atravessar a armadura do inimigo. E
aprenderás como empunhar o macahuitl, nossa
espada de ponta de obsidiana. Não se iluda por
sua aparência frágil meu filho. O macahuitl pode
talhar um cacto de 60cm em dois com um único
golpe, ou tão facilmente talhar um mul em duas
metades. Como um guerreiro, aprenderás sobre a
morte.
Morte? O que há para se aprender?
Nunca tema a morte meu filho, pois vida e
morte não são mais que duas metades da mesma
realidade. Nós vivemos para servir o Deus-Rei. E
morremos por ele quando chamados para tanto.
Morte não é para ser temida. É melhor morrer em
batalha, a espada inimiga a atravessar tuas
entranhas, a apodrecer com alguma enfermidade
doentia. É melhor morrer com uma lança
atravessada no coração a definhar como um
ignorado e ignóbil velho desdentado. Então, não
tema a morte, meu filho. Está ao nosso redor. Está
em todo lugar: as feras dos Planaltos, o sol escuro
que bate em nossas cabeças e a selvageria dos
bárbaros nas outras cidades-estados. A morte nos
chama a todos. Mesmo o poderoso Tectuktitlay
deu sua vida para nos salvar.
43

Tua própria mãe morreu ao dar a luz a ti: uma
morte muito honrada. Uma nova vida nasce e
outra é tomada: um valioso sacrifício de tua mãe
que morria para que tu pudesses nascer. Então,
quando marchares para a batalha, não fique
assustado. Marche adiante, teus pulmões gritando
em provocação aos inimigos de nosso Deus-Rei.
Tua espada em mão ao bater no teu escudo
lançará o medo nos corações de teus inimigos. Os
gritos de teus inimigos caídos irão acender tua
sede por morte. Seja forte e bravo. Covardia é
para os fracos. E os fracos sãos os ossos sobre os
quais subimos à grandeza.
Ainda não estás convencido meu filho? Eu te
contarei a história que meu avô contou-me
quando eu era jovem. Certa vez ele viajou até a
cidade de Tyr, onde conheceu um homem com
quem conviveu por um tempo. Este homem temia
a morte. Ele sempre tomava o máximo de
precauções, comia o melhor que podia e assumia
a menor quantidade de riscos. Ele ia aos templos
regularmente e bebia todas as poções de vida que
podia pagar. Ele vivia para continuar vivendo.
E o que aconteceu com ele?
Ele morreu.
Isto é tudo?
O que há além da morte? Nós todos morremos
um dia. Quando teu avô me disse esta história, ele
já não lembrava o nome do homem. Tudo que
lembrava é que ele tinha morrido. Ninguém mais
lembra o nome daquele homem. Então, quando
marchares para a batalha, se conseguires desferir
um dito golpe, pelo menos tu terás realizado
alguma coisa. É melhor morrer deste jeito do que
viver até a velhice e nunca ser lembrado.
O que é importante na minha vida?
O que é importante? Muitas coisas são
importantes. A vida de um guerreiro é
importante. Seja corajoso e forte, meu amado
filho, pois nós desprezamos os fracos. Não minta
ou roube. Lembra-te das lições que te dei quando
mentiste para mim? Os espinhos do Cacto
Caçador são afiados. E se me mentires de novo eu
vou furar mais do que teu lábio inferior. Nunca
desça tão baixo a ponto de roubar de teus
companheiros drajis. Melhor morrer a isto.
O ladrão é a pior escória. Ele é muito covarde
para trabalhar por suas cerâmicas, por isso as
rouba. Venda-te como escravo antes de se
humilhar e implorar por comida. Apronte-te para
a batalha sempre que o Deu-Rei exigir. Deves
A Cidade-Estado de Draj
estar pronto para dar tua vida por ele sempre que
ele exigir, seja no combate ou em sacrifício para
acalmar os elementos.
Os Elementos?
Sim, os elementos. Nós devemos fazer
sacrifícios para apaziguar os elementos. Eles
exigem o apaziguamento em sangue: o sangue de
pessoas. Geralmente nós sacrificamos escravos ou
prisioneiros, mas algumas vezes devemos
sacrificar um dos nossos para acalmá-los. Não
pense que nos rebelamos quando um de nós é
escolhido. Eu prontamente daria minha vida ao
Deus-Reis. Nós veneramos o Deus-Rei, mas
também adoramos os elementos. As forças da
natureza devem ser respeitadas, bem como
aqueles que dedicam suas vidas a elas. As forças
da Terra, Ar, Fogo e Água exigem que paguemos
tributo com sangue. Tu já viste a devastação
causada pelas Tempestades-de-Tyr. O dia em que
nosso grande rei morreu o céu ficou azul em
respeito ao seu sacrifício. E assim as grandes
calamidades que assolaram nossos vizinhos
decadentes não nos afetaram. Nós acalmamos os
elementos e, em troca, eles têm nos poupado. Os
rios de sangue que escorrem da Grande Pirâmide
mantêm as tempestades ao largo, meu filho.
Entretanto, um novo poder surgiu no último ano,
o pequeno Templo das Tempestades. O que este
novo poder significa eu não sei, mas é melhor
ficar de olho.
Acredite na força do Deus-Rei.
As luas gêmeas de Athas são nossas guardiãs.
Ral e Guthay guardam-nos quando dormimos,
certificando-se de nosso bem-estar. É por isto que
temos dois templos dedicados a elas.
Como é o mundo?
O mundo é um vasto deserto. Alguns lugares
permitem a vida, mas o melhor lugar é aqui em
Draj. As pessoas se acumulam em cidades, como
a nossa, mas que não se igualam à nossa em
ordem e estrutura. Cidades como Raam e Tyr
estão afundando no caos e na anarquia. Em outras
cidades encontrarás imundície e decadência.
Pedintes irão se prostrar e implorar aos teus pés
por algumas peças de cerâmica ou restos de
comida. O próximo fede a lixo, suor e excremento.
Olhe para tua cidade com orgulho, meu filho.
Não há mendigo algum a ser visto nas ruas, ruas
que são limpas. Nós todos seguimos a vontade de
nosso Deus-Rei. Nossa sociedade sobreviveu até à
morte de Tectuktitlay. E por acaso caímos na
anarquia? Não. Nossa sociedade é forte. A
44

vontade do guerreiro está em tudo, garantindo
que sejamos fortes.
Tu encontrarás vastas planícies de areia e
arbustos fora das cidades. Há um tipo de vida lá
fora, mas é mortal. Bestas selvagens vagam pelos
Planaltos e a morte vem de todos os lados, seja o
cacto de areia que drena teu sangue por sob o
solo, o anjo da morte das dunas que rasga tua
carne em pedaços ou o drako do sol que desce
sobre tua cabeça e te engole inteiro.
Tu podes ver o vasto Mar de Areia a leste. É
uma interminável extensão de poeira e morte.
Tempestades de silte e poeira se formam no mar.
Algumas vezes as tempestades chegam ao interior
e algum silte cai em nossa bela cidade. Anciãos
falam de vulcões a leste. Tu já viste as raras
nuvens de cinzas que caem sobre a cidade,
deixando suas marcas negras em nossos belos
prédios. Alguns boatos dizem que há vasta terra
de ouro, aço e água longe ao leste. Mas são apenas
isto meu filho: boatos. São contos falados por
velhos bêbados que desejam ganhar um décimo
ou dois por suas histórias. Não existem cidades
mais gloriosas que nossa Draj.
Que tipo de gente existe lá?
Há muitos tipos diferentes de pessoas, meu
filho. Mas te preocupes principalmente com
aquelas que vivem em Draj. Humanos constroem
a maioria das cidades. Elfos algumas vezes
moram em cidades, mas muitos deles viajam
pelos Planaltos com suas tribos saqueando,
roubando e correndo o dia inteiro. Eles são
criaturas enganosas, esses elfos. Cuidado quando
perto daqueles que não conheces. Eles roubarão
tuas cerâmicas tão suadas. Há raças misturadas,
meio-elfos, muls e meio-gigantes; e também
anões. E também viste o insetóide thri-kreen. Eles
são terríveis guerreiros. Mas principalmente há
dois tipos de pessoas: os drajis e os forasteiros.
Nós cuidamos dos nossos, mesmo nossos
escravos, os forasteiros podem cuidar de si. Seus
escravos não nos importam. Tu talvez os tenhas
visto trabalhar no lodaçal fora da cidade: eles
fazem tijolos e cuidam dos campos de cânhamo.
Estes escravos são forasteiros de outras cidades
que compramos ou capturamos. Escravos de Draj
são cidadãos numa maré de azar que venderam
seus serviços. Eles cuidam dos campos de
cânhamo, milho e trigo, guardam as casas nobres
ou trabalham como servos para os nobres. Com o
tempo eles comprarão sua liberdade e entrarão de
novo na sociedade como cidadãos.
A Cidade-Estado de Draj
Nobres? Quem mais existe?
Nobres cuidam das terras no lodaçal de Draj.
Eles são responsáveis pelo cultivo de milho e trigo
para o rei, além de comercializarem o excedente.
Vivem em grandes propriedades de clãs,
abrigando seus próprios escravos e guardas. São,
na maioria, grandes guerreiros que se destacaram
em combate. Já os viste: eles vestem cocares de
penas. Mais penas indicam que eles têm mais
distinção.
Os artesãos de Draj estão entre os melhores da
Região de Tyr. Viste belas estátuas de guerreiros
enfileiradas na Trilha da Serpente. Os obeliscos na
Praça Jaguar também são obras de nossos
artesãos. Eles também tecem esplêndidas mantas
de cânhamo ou fazem vasos com a lama do
lodaçal; nem todos são escultores. Os artesãos
usam cocares decorados com caudas de lirr. Elas
reluzem nas mais variadas cores ao sol, do azul ao
vermelho e até tons verdes. Tu viste o meu cocar:
apesar de não ser muito grande, eu ainda assim
ganhei a minha distinção de artesão. Meu
trabalho é vendido aqui em Draj e em lugares
distantes como Nibenay.
Alguns do nosso povo são mercadores. Apesar
de não serem guerreiros e muitos trazerem pouca
semelhança com guerreiros, são uma parte
necessária de nossa sociedade. São aqueles que
negociam com os forasteiros, trocando nossas
mercadorias e importando coisas como ferro de
Tyr ou temperos de Gulg e até escravos de outras
cidades.
O que eu serei?
Tu tens muitas opções, meu filho. Depende de
onde o teu tonáli (destino) te levará. Tu podes
escolher ser um guerreiro e servir no exército ou
podes escolher ser um artesão, como eu. Há,
também, o templariato, a devotar sua vida para
servir o Deus-Rei. Também podes escolher servir
a um dos elementos, apesar de que isto te levará a
uma vida de corrupção se viajares pelo deserto. Se
tua mente for poderosa e tiveres a Vontade
poderás até se juntar à fileira de psiônicos. Apesar
de eu não ter poderes psiônicos e ainda não teres
demonstrado nenhum, eles poderão surgir
quando atingires a maturidade. A Casa da Mente
treina os melhores psions dos Planaltos.
O que há no templariato?
Os templários são aqueles que servem o Deus-
Rei. Eles devotam suas vidas a governar a cidade.
Reforçam as leis, mantêm a cidade limpa (apesar
45
 A Cidade-Estado de Draj
de algumas vezes eles mesmos não serem limpos)
e cuidam dos sacrifícios. Tu já viste os templários,
meu filho. Eles trajam mantos azuis, ademais eles
estão geralmente sujos, não se lavam com
freqüência e têm cicatrizes em seus corpos por
causa dos flagelos que se impõem. Ainda assim
deves demonstrar respeito, porque eles deram
suas vidas a serviço do Deus-Rei. Tu até podes
achá-los cruéis em seus julgamentos, mas te
lembre que a rigidez de nossa lei é que mantém
nossa sociedade unida. Ante as adversidades, nós
sobreviemos à morte de nosso rei e a ascensão de
um novo, tudo enquanto mantíamos a ordem, ao
contrário de nossos vizinhos decadentes. Aqueles
que violam a lei são geralmente sentenciados à
morte, seja pelo sacrifício ou de fome nas gaiolas
de prisioneiros. As gaiolas de prisioneiros estão
dentro da cidade. Lá os prisioneiros são deixados
sem comida e água até que sejam sacrificados na
Grande Pirâmide ou morram.

Quem são nossos inimigos?

Nós temos muitos inimigos. Vivemos num
mundo selvagem e brutal no qual somente os
fortes sobrevivem. E os drajis são fortes. Nós
sobrevivemos à morte de nosso rei. As
calamidades dos Planaltos não nos atingiram e
estamos fortes como nunca. Confie no teu povo e
desconfie dos forasteiros. Há um grande mal no
mundo que é a feitiçaria. Magia. Magos drenam a
vida de nossas plantas para energizar suas
magias, uma aberração da natureza. Escolher o
caminho da feitiçaria te levará a uma morte pior
do que possas imaginar. Há muitas histórias de
magos que morreram de dentro para fora porque
passaram a vida inteira a sugar energia das
plantas. Depois de um tempo seus corpos não
conseguem mais conter esta energia e são
corrompidos de dentro para fora. Cuidado para
não escolheres este caminho. Apesar de magos
prometerem poder rápido, é poder com um preço
muito alto para se pagar.

46
 A Cidade-Estado de Draj

Apêndice
Novos Itens Mágicos
Amuleto do Discernimento Arcano
Cinturão da Glória
Diadema do Rei

Novos Itens Psiônicos

Anel do Escudo Mental Psiônico
Dente de Jaguar

Novas Classes de Prestígio

Cavaleiro-Águia (Agu)
Cavaleiro-Flecha (Fle)
Cavaleiro-Jaguar (Jag)
Profanador Real (PrR)
Sacerdote das luas (SaL)

Novos Talentos Regionais

Astrólogo
Cabeça de Mekillot
Magna Arma Psiônica
Magno Punho Psiônico
Rugido de Jaguar

Estatísticas de PdMs
Atzetuk (NB humano Psi6), Rei de Draj
Bartis (NM humano Gla17), Casa Tsalaxa
Chilocotec (LN humano Gue8/Jag5), Comandante do Exército
Chimali Zaachila (LB humana Mag5), Aliança Velada
Guardiã, a (CM elfa meorty F Mag17)
Imotec (NM humano Clr16), Alto Clérigo do Fogo
Ixtabai, o Cego (LN humano Psi12), Casa da Mente
Kael Caçador de Tempestades, (LM elfo Lad3/Mag6/PrR5/Asn1), Caçador de Recompensas Real
Kargash (CM humano Mag15), Casa Tsalaxa
Maxtlixoco (LM humano Tem5/SaL10)
Nahualixi (LN anã Clr10), Alta Clériga da Terra
Rugar Arauto da Tempestade (NM halfling M Clr8), Clérigo da Chuva
Sentinela Inominado, o (LM humano raaig M Gue9)
Tanuixtli (CB meio-elfo Clr10), Alto Clérigo da Água
Tionaca (LN humana Drd8/Psi2), Rainha de Draj
Varoxil Rante (LM humano raaig M Clr10), Clérigo da Chuva
Xaltotec (NM humano Mag5/ArP7), Profanador do Governo
Yarsha Tsalaxa (LN humana Ari2/Lad15), Líder da Casa Tsalaxa

47
 A Cidade-Estado de Draj

Classes de Prestígio
Novos Itens Mágicos
Amuleto do Discernimento Arcano: Este osso Cavaleiro-Águia (Agu)
élfico detalhadamente esculpido concede ao Os cavaleiros-águia estão entre os mais brutais
usuário um bônus de +10 em testes de e fanáticos guerreiros drajis. Estão mais do que
Conhecimento (Arcano). Nível do Conjurador: 5º; prontos para entrar em carga à frente na batalha
Pré-requisitos: Criar Item Maravilhoso; Preço de pela glória de Draj e seu Deus-Rei. Os cavaleiros-
Mercado: 2.000pc. águia estão graduados em segundo entre as forças
Cinturão da Glória: Este cinturão é feito de guerreiras de elite de Draj, abaixo somente dos
placas hexagonais de ouro entrelaçadas. Concede mais supremos guerreiros de batalha – os
ao usuário um bônus de melhoria de +6 na Força, cavaleiros-jaguar.
Destreza e Constituição. Nível do Conjurador: 18º; A maioria dos cavaleiros-águia é de guerreiros
Pré-requisitos: Criar Item Maravilhoso, Força do ou brutos com uma devoção fanática ao Deus-Rei
Touro, Agilidade Felina, Vigor do Urso; Preço de e a sua cidade, apesar poderem vir de qualquer
Mercado: 180.000pc. classe. A maioria vem das fileiras de guerreiros,
Diadema do Rei: Este diadema dourado mas um ocasional bardo fanático ou membro de
representando poderosos guerreiros e jaguares alguma outra classe não é incomum.
concede ao usuário um bônus de melhoria de +6 Dado de Vida: d10
na Inteligência, Sabedoria e Carisma. Nível do Requisitos
Conjurador: 18º; Pré-requisitos: Criar Item
Para se tornar um cavaleiro-águia o
Maravilhoso, enfeitiçar monstros, lendas e histórias,
personagem deve preencher os seguintes
sexto sentido; Preço de Mercado: 180.000pc.
quesitos.
Ataque Básico: +5
Novos Itens Psiônicos Talentos: Ataque Poderoso, Trespassar.
Perícias de Classe:
Anel do Escudo Mental Psiônico: Este anel
As perícias do cavaleiro-águia (e a habilidade
funcional como o seu equivalente mágico anel do chave de cada) são Escalar (For), Ofício (Int),
escudo mental, exceto que ele protege seu usuário Adestrar Animal (Car), Intimidar (Car), Saltar
das tentativas de leitura de pensamento psiônicas, (For), Conhecimento (Tecnologia de Guerra) (Int).
não as m{gicas. (Desde que a regra “Psionismo é Pontos de Perícia a Cada Nível: 2 +
diferente” esteja em vigor. Se não, este anel Modificador de Inteligência.
funciona exatamente como seu equivalente
Características de Classe:
mágico – oferecendo proteção tanto contra efeitos
Armas e Armaduras: O cavaleiro-águia sabe
mágicos quanto psiônicos).
usar todas as armas simples e comuns, bem como
Nível do Manifestante: 3º; Pré-requisitos: Criar
todos os tipos de armaduras (leve, média e
Item Universal, dificultar detecção; Preço de
pesada) e escudos.
Mercado: 8.000pc.
Força de Ral: O cavaleiro-águia soma este
Dente de Jaguar: Estes macahuitls +1 são
bônus às suas jogadas de ataque ou dano, ou
criados na Casa da Mente para uso dos mais
distribui como lhe convier. Como o bônus é
importantes oficiais militares de Draj. O portador
distribuído é declarado no início do turno do
de um Dente de Jaguar é imune a efeitos de medo e
cavaleiro-águia e não pode ser mudado até que
compulsão e goza de um bônus de +3 nos testes
seja seu turno novamente.
de resistência contra poderes psiônicos
telepáticos.
Tabela A-2: O Cavaleiro-águia
Nível do Manifestante: 6º; Pré-requisitos: Criar Nvl da Bônus Base Teste Teste Teste
Armas e Armaduras Psiônicas, negar psionismo; Classe de Ataque Fort Reflexo Vont Especial
Preço de Mercado: 12.315pc. 1 +1 +2 +0 +0 Força de Ral +1
2 +2 +3 +0 +0 Poder de Guthay +2
3 +3 +3 +1 +1 Força de Ral +2
4 +4 +4 +1 +1 Poder de Guthay +4
5 +5 +4 +1 +1 Ataque Descuidado

Poder de Guthay: Afetar o fanático cavaleiro-

águia com poderes de ação mental torna-se cada

48

vez mais difícil. O cavaleiro-águia recebe um
bônus de +2 contra habilidades sobrenaturais,
magias e poderes psiônicos de ação mental. Este
bônus aumenta para +4 no 4º nível.
Ataque Descuidado: No 5º nível, o cavaleiro-
águia pode entrar num imprudente frenesi de
batalha. Quando usando a opção de ataque ou
ataque total, o cavaleiro-águia pode subtrair um
número de sua Classe de Armadura e somá-lo ao
dano causado nos ataques bem-sucedidos. Este
número não pode exceder o bônus básico de
ataque do cavaleiro-águia. A penalidade na
Classe de Armadura e o bônus no dano duram até
a próxima ação padrão do cavaleiro-águia.
Cavaleiro-Flecha (Fle)
Os cavaleiros-flecha formam o corpo de
arqueiros de elite de Draj. Ocupando o terceiro
lugar entre as forças guerreiras especiais de Draj,
o poder desses arqueiros com o arco talvez seja
inigualável nos Planaltos.
Apesar de formarem um grupo de elite, os
cavaleiros-flecha são os menos respeitados das
três forças guerreiras de elite de Draj. Como
atacantes à distância, eles não gozam da honra
que a cultura draji dá ao combate corpo-a-corpo.
Entretanto, seu lugar no exército draji lhes
garante algum respeito e a importância de seu
papel militar não é questionada.
Cavaleiros-flecha vêm exclusivamente dos
postos de guerreiros e guerreiros psíquicos multi-
classe ou não.
Dados de Vida: d10
Requisitos
Para se tornar um cavaleiro-flecha o
personagem deve preencher os seguintes
quesitos.
Bônus Básico de Ataque: +5
Talentos: Tiro Certeiro, Foco em Arma: Arco,
Especialização em Arma: Arco.
Especial: Deve ser treinado no exército draji.
Perícias de Classe
As perícias do cavaleiro-flecha (e a habilidade
chave de cada) são Escalar (For), Ofício (Int),
Adestrar Animal (Car), Intimidar (Car), Saltar
(For), Conhecimento (Tecnologia de Guerra) (Int).
Pontos de Perícia a Cada Nível: 2 +
Modificador de Inteligência.
Características de Classe
Armas e Armaduras: O cavaleiro-flecha sabe
usar todas as armas simples e comuns, armadura
leve e escudos.
Atirador: Cavaleiros-flecha passam por um
A Cidade-Estado de Draj
rigoroso treinamento. Antes de treinar com
arqueirismo de longo alcance, devem primeiro
dominar o tiro de curto alcance. No 1º nível eles
recebem um bônus de +1 no ataque e no dano
para alvos até 9m quando usando o arco, além
dos bônus concedidos pelo talento Tiro Certeiro.
Tiro Longo: O domínio do tiro de longo
alcance torna um arqueiro militar ainda mais
mortal. Enquanto uma companhia de arqueiros
costuma sempre acertar algo quando todos atiram
ao mesmo tempo, uma companhia de cavaleiros-
flecha experientes acertará muito mais. No 2º
nível os cavaleiros-flecha ignoram os dois
primeiros pontos de penalidade por incremento
de alcance quando usando um arco.
Mira Mortal: A precisão do cavaleiro-flecha
aumenta em todos os alcances. O intervalo de
crítico dobra (i.e. de 20x3 para 19-20x3) quando o
cavaleiro-flecha atinge o 3º nível.
Achar Fraqueza: O cavaleiro-flecha pode usar
uma ação equivalente a movimento para estudar
o alvo e identificar um ponto fraco. O próximo
ataque simples com o arco contra o alvo ignora
metade de seus bônus de armadura e armadura
natural (ambos arredondados para baixo).
Tabela A-1: O Cavaleiro-flecha
Nível da Bônus Base Teste Teste Teste
Classe de ataque Fort Reflexo Vont Especial
1 +1 +0 +2 +0 Atirador
2 +2 +0 +3 +0 Tiro Longo
3 +3 +1 +3 +1 Mira Mortal
4 +4 +1 +4 +1 Achar Fraqueza
5 +5 +1 +4 +1 Tiro Letal
Tiro Letal: Executar um Tiro Letal é uma ação
padrão. Um ataque bem sucedido causa um
terrível ferimento que além do dano normal
continuará a sangrar por dez rodadas se não for
tratado, causando um ponto de dano a cada
rodada de sangramento. Um teste de cura CD 15
ou a aplicação da magia cura parará o
sangramento instantaneamente. Tiro Letal pode
ser usado em conjunto com Achar Fraqueza.
Criaturas imunes a efeitos de sangramento,
acertos críticos ou ataques furtivos também são
imunes ao Tiro Letal.
Cavaleiro-Jaguar (Jag)
Os cavaleiros-jaguar são os melhores
guerreiros de elite de Draj. Eles passam por um
treinamento intenso, aprendendo a causar medo
em seus oponentes antes de atacarem. Suas
perícias como guerreiros de batalha são
inigualadas em Draj, já que são imunes ao medo e
podem avançar por um monte de inimigos,
49

abrindo caminho. Cavaleiros-jaguar são perfeitos
aos próprios olhos e aos olhos de cada draji
também – resistentes aos covardes ataques
mentais e poderosos o bastante para atacar
qualquer inimigo tolo o suficiente para ficar em
seu caminho.
Cavaleiros-jaguar vêm quase que
exclusivamente da classe dos guerreiros ou
guerreiros psíquicos. Ocasionalmente um
membro de outra classe particularmente
determinado torna-se um cavaleiro-jaguar, mas
estes personagens são raros.
Dado de Vida: d10
Requisitos
Para se tornar um cavaleiro-jaguar o
personagem deve preencher os seguintes
quesitos.
Ataque Básico: +7
Talentos: Vontade de Ferro, Ataque Poderoso,
Trespassar, Trespassar Aprimorado.
Perícias de Classe
As perícias do cavaleiro-jaguar (e a habilidade
chave de cada) são Escalar (For), Ofício (Int),
Adestrar Animal (Car), Intimidar (Car), Saltar
(For), Conhecimento (Tecnologia de Guerra) (Int).
Pontos de Perícia a Cada Nível: 2 +
Modificador de Inteligência.
Características de Classe
Armas e Armaduras: O cavaleiro-jaguar sabe
usar toda as armas simples e comuns, bem como
todos os tipos de armaduras (leve, média e
pesada) e escudos.
Intrépido: Cavaleiros-Jaguar são imunes ao
medo.
Trespassar Supremo: Cavaleiros-Jaguar
podem dar um passo de 1,5m antes de desferir
seu golpe Trespassar ou Trespassar Aprimorado.
Espelho Fumegante: O cavaleiro-jaguar goza
dos benefícios da habilidade Mente Escorregadia
(ver LdJ). Parte de seu intenso treinamento
envolve afiar suas capacidades de defesas mentais
contra ataques de telepatas e o resultado de
exercícios dolorosamente repetidos é a habilidade
de rechaçar ataques mentais.
Rugido de Jaguar: O cavaleiro-jaguar pode
desmoralizar seus inimigos com um rugido feroz,
como o talento Rugido de Jaguar. O cavaleiro-
A Cidade-Estado de Draj
jaguar pode usar o rugido mesmo que não
preencha pré-requisitos normalmente exigidos
para obter o talento. Se o cavaleiro-jaguar já tem o
talento Rugido de Jaguar, a CD aumenta em 2.
Ataque de Jaguar: O atestado da maestria do
guerreiro draji, o ataque de jaguar é lendário.
Quando usando o talento Ataque Poderoso, o
cavaleiro-jaguar multiplica o número subtraído
de seu ataque básico por 1,5 e soma este número
(arredondado para baixo) a jogada de dano. Por
exemplo, se ele subtrai 4 pontos de seu ataque
básico, ele soma 6 pontos ao dano.
Tabela A-3: O Cavaleiro-Jaguar
Nível da Bônus Base Teste Teste Teste
Classe de ataque Fort Reflexo Vont Especial
1 +1 +2 +0 +2 Intrépido
Trespassar
2 +2 +3 +0 +3
Supremo
3 +3 +3 +1 +3 Espelho
Fumegante
4 +4 +4 +1 +4 Rugido de Jaguar
5 +5 +4 +1 +4 Ataque de Jaguar
Profanador Real (PrR)
Os Profanadores Reais são magos poderosos e
temidos tradicionalmente a serviço dos Reis-
Feiticeiros.
Freqüentemente são treinados nas artes
arcanas por profanadores mais poderosos a
serviço do rei ou rainha e algumas vezes
pessoalmente pelo Rei-Feiticeiro. Profanadores do
Rei podem exercer a mesma autoridade que os
templários dentro dos limites da cidade-estado de
seu monarca. Nas cidades que perderam seus
Reis-Dragões, alguns profanadores ainda servem
aos novos regentes das cidades, aberta ou
secretamente. Ao contrário dos templários, os
profanadores não perderam sua habilidade de
lançar magias. Estes profanadores podem chegar
a poderosas posições na hierarquia templária e
alcançar grande poder pessoal.
Dado de Vida: d4
Requisitos
Para se tornar um Profanador Real o
personagem deve preencher os seguintes
quesitos.
Talentos: Qualquer talento metamágico.
Perícias: 2 graus em Intimidar, 2 graus em
Diplomacia.
Especial: Aceite do Rei/Rainha. Habilidade

Tabela A-4: O Profanador do Rei

Nível BBA Fortitude Reflexos Vontade Especial Magias por Dia
1 +0 +0 +0 +2 Biblioteca Real, Autoridade Secular +1 nível de conjurador
2 +1 +0 +0 +3 +1 nível de conjurador
3 +1 +1 +1 +3 Talento Bônus +1 nível de conjurador
4 +2 +1 +1 +4 +1 nível de conjurador
5 +2 +1 +1 +4 Medo +1 nível de conjurador
50
 A Cidade-Estado de Draj
para lançar magias arcanas de 3º nível. uma vez ao dia como uma magia lançada pelo seu
Perícias de Classe: mais alto nível de mago.

Sacerdote das Luas (SaL)

As perícias do Profanador Real (e a habilidade
chave de cada) são Blefar (Car), Concentração
(Con), Ofício (Int), Diplomacia (Car), Disfarce
(Car), Obter Informação (Car), Intimidar (Car),
Conhecimento (todos, pegos individualmente)
(Int), Ler e Escrever (nenhuma), Profissão (Sab),
Sentir Motivação (Sab), e Identificar Magia (Int).
Pontos de Perícia a Cada Nível: 2 +
Modificador de Inteligência.
Características de Classe
Armas e Armaduras: Profanadores Reais não
ganham o uso em nenhuma arma, armadura ou
escudo adicional.
Biblioteca Real: Profanadores Reais têm
acesso a Biblioteca Real, uma vasta fonte de
magias e conhecimento mágico. O Profanador
Real ganha quatro novas magias para cada nível
ganho na classe Profanador Real (inclusive no 1º)
ao invés de dois a cada nível.
Autoridade Secular (Ext): Uma vez ao dia por
nível o profanador real pode usar autoridade
secular dentro de sua cidade-estado. Dependendo
do grau que tiver na perícia diplomacia um
profanador real pode ordenar aos escravos que
cumpram suas ordens, entrar na casa de nobres
ou homens livres e prendê-los. Não cumprir as
exigências do profanador real geralmente implica
em multas, prisão e status de ilegalidade e até
execução. Esta habilidade funciona exatamente
como descrito na classe templário no DS 3.5 Livro
Básico, incluindo as regras para disputas de
Autoridade Secular.
Talentos Bônus: No 3º nível o profanador real
ganha um talento adicional que pode ser qualquer
talento metamágica ou de criação de item para o
qual o profanador real preencha os pré-requisitos.
Alternativamente, o profanador real pode
escolher um talento que tenha Autoridade Secular
como pré-requisito.
Medo (SM): O profanador real pode usar medo
Os sacerdotes das luas são os altos templários
e administradores de Draj. Eles representam a
hierarquia superior do templariato, aqueles que
conquistaram grande influência e poder político
em Draj. Vestidos em trajes azuis, com uma lua
amarela na frente e atrás de suas vestes, os
sacerdotes das luas são responsáveis pela
administração dos Templos de Ral e Guthay, bem
como pela organização dos sacrifícios na Grande
Pirâmide. Os sacerdotes das luas têm
considerável poder em Draj. Sua habilidade para
julgar e sentenciar escravos e algumas vezes até
nobres os torna uma força significante. Fora de
Draj, a influência dos sacerdotes das luas é muito
menor e é muito raro mesmo encontrar um
sacerdote das luas fora da cidade, a não ser numa
das cidades clientes de Draj. Por mais de mil anos
os sacerdotes das luas serviram Tectuktitlay, o rei
de Draj. Com o novo rei em Draj, perderam sua
habilidade de soltar magias, mas seu domínio dos
rituais ligados à adoração das luas ainda concede-
lhes poderes substanciais. Ademais, seu
conhecimento da mecânica interna de Draj faz dos
sacerdotes das luas inestimáveis para administrar
a cidade.
Dado de Vida: d8
Requisitos
Para se tornar um sacerdote das luas o
personagem deve preencher os seguintes
quesitos.
Talentos: Astrólogo, Cabeça de Mekillot.
Perícias: 8 graus em Diplomacia, 5 graduações
em Intimidar, 5 graus em Conhecimento
(Astronomia).
Especial: Aceite do templariato de Draj.
Perícias de Classe:
A perícias de classe do sacerdote das luas (e a
habilidade chave de cada) são Avaliação (Int),

Tabela A-5: O Sacerdote das luas

Nível da Bônus Base Teste Teste Teste
Classe de ataque Fortitude Reflexos Vontade Especial Magias por Dia
1 +0 +2 +0 +2 Autoridade de Sacerdote das luas +1 nível de conjurador
2 +1 +3 +0 +3 Revelação de Guthay +1 nível de conjurador
3 +2 +3 +1 +3 +1 nível de conjurador
4 +3 +4 +1 +4 Convergência de Ral +1 nível de conjurador
5 +3 +4 +1 +4 +1 nível de conjurador
6 +4 +5 +2 +5 Presença de Jaguar +1 nível de conjurador
7 +5 +5 +2 +5 +1 nível de conjurador
8 +6 +6 +2 +6 Serpente Emplumada +1 nível de conjurador
9 +6 +6 +3 +6 +1 nível de conjurador
10 +7 +7 +3 +7 Eclipse +1 nível de conjurador

51

Blefar (Car), Concentração (Con), Ofício (Int),
Diplomacia (Car), Falsificação (Int), Obter
Informação (Car), Cura (Sab), Intimidar (Car),
Conhecimento (todos, pegos individualmente)
(Int), Ler e Escrever (nenhuma), Profissão (Sab),
Sentir Motivação (Sab), Falar Idioma (nenhuma) e
Identificar Magias (Int).
Pontos de Perícia a Cada Nível: 2 +
Modificador de Inteligência.
Características de Classe
Armas e Armaduras: Sacerdotes das luas não
ganham o uso adicional em nenhuma arma. Eles
sabem usar armaduras leves e médias e escudos.
Autoridade de Sacerdote das luas (Ext): Os
Sacerdotes das luas são temidos, respeitados e
envoltos por uma aura de autoridade onde quer
andem. Recebem +2 de bônus nos testes de
Intimidar. Os Sacerdotes das luas recebem +2 de
bônus nos testes resistidos de Diplomacia no que
diz respeito a disputas de Autoridade Secular.
Revelação de Guthay (SM): Por meio de
rituais misteriosos conduzidos pelos Sacerdotes
das luas, os templários da elite de Draj ganham a
habilidade sobrenatural de ver o que olhos
comuns não vêem. O Sacerdote das luas pode
usar Ver o Invisível uma vez ao dia como na
magia.
Convergência de Ral (Sob): Os Sacerdotes das
luas sabem melhor do que qualquer um como as
luas influenciam a vida em Athas. Seu estudo das
luas e os rituais que conduzem eventualmente
lhes concedem o poder de alterar seu próprio
destino para melhor ou pior. Uma vez ao dia, o
Sacerdote das luas pode rolar de novo uma
jogada que acabou de fazer. Ele deverá ficar com
o segundo resultado, mesmo que seja pior que o
original.
Presença de Jaguar (SM): No 6º nível o
Sacerdote das luas dominou rituais horripilantes e
pode incitar o medo em outros apenas olhando
em sua direção. Presença de Jaguar funciona
exatamente como a magia medo. A CD é 14 + o
modificador de Carisma do Sacerdote das luas. O
Sacerdote das luas pode usar esta habilidade
similar à magia 3/dia.
Serpente Emplumada (Sob): O quatl, ou
serpente de penas, têm um papel chave na
mitologia draji. Alguns sábios alegam que existe
um elo entre o verme da seda e o quatl da lenda e
contos élficos afirmam que os vermes da seda
nascem na face da lua Guthay. Independente de
ser verdade ou ficção, no 8º nível, o Sacerdote das
luas dominou os rituais que lhe permitem gerar
imensas asas com penas de suas costas uma vez
A Cidade-Estado de Draj
ao dia. Com estas asas, o Sacerdote das luas pode
voar na sua velocidade básica normal com
manobrabilidade média. Se o Sacerdote das luas
sofrer penalidade na velocidade por estar usando
armadura média ou pesada ou devido a sua
capacidade de carga, sua velocidade de vôo
também é reduzida. As asas desaparecem depois
de 1 hora.
Eclipse (Sob): Só uns poucos escolhidos dentre
os mais poderosos Sacerdotes das luas de todos os
tempos dominaram o ritual do Eclipse. Envolto
em segredos e natureza evasiva, o ritual é
praticamente impossível de ser extraído em si das
mentes daqueles que o dominaram. Suas mentes e
a própria existência estão encobertas pela
mortalha das luas. Sacerdotes das luas de 10º
nível são tratados como se tivessem Limpar a
Mente lançada permanentemente neles. Se o
Eclipse for dissipado, o Sacerdote das luas pode
reativá-lo com uma ação livre.
Talentos regionais
Astrólogo [Geral]
Astrólogos têm um importante papel em suas
cidades. Famílias nobres freqüentemente
contratam esse tipo de especialista para planejar
colheitas e outros projetos, enquanto mestres de
caravanas contratam teus serviços como
navegadores.
Regiões: Draj, Nibenay
Benefícios: +2 de bônus para Conhecimento
(astronomia) e +4 para testes de Sobrevivência
feitos para evitar ficar perdido quando puderes
ver o sol, a lua ou as estrelas.
Cabeça de Mekillot [Geral]
Teu povo é obstinado e conhecido por seu
temperamento teimoso e difícil.
Regiões: Draj, Mul
Benefícios: +1 de bônus para testes de
Vontade e +2 para testes de Intimidar.
Magna Arma Psiônica [Geral]
O psions drajis, voltados para o
psicometabolismo e a psicocinese, aperfeiçoaram
a Arma Psiônica.
Regiões: Draj
Pré-requisitos: Ataque Poderoso, Arma
Psiônica
Benefícios: Igual à Arma Psiônica (veja o
Livro dos Psiônicos), mas se paga 2 pontos de
poder para causar 2d4 pontos de dano extras.
52

Magno Punho Psiônico [Geral]
Os psions drajis usaram séculos para dominar
a união do corpo com a mente e aperfeiçoaram a
técnica de Punho Psiônico.
Regiões: Draj
Pré-requisitos: Punho Psiônico
Benefícios: Igual a Punho Psiônico (veja o
Livro dos Psiônicos), mas se paga 2 pontos de
poder para causar 2d4 pontos de dano extras.
Rugido de Jaguar [Geral]
Tu podes canalizar tua força e emitir um
assustador rugido que desmoraliza inimigos.
Regiões: Draj
Pré-requisitos: Intimidar 9, Carisma 13+
Benefícios: Tu podes, como uma ação livre
uma vez por rodada, usar o Rugido de Jaguar.
Todas as criaturas inteligentes num raio de 9
metros que puderem ouvir o rugido precisam ser
bem-sucedidas em um teste de Vontade (CD 10 +
nível + modificador de Carisma) ou ficarão
abaladas (-2 de penalidade por moral para
jogadas de ataque e testes de resistência e perícia)
por 2d4 rodadas. Se bem-sucedida, a criatura
ficará imune ao Rugido de Jaguar durante aquele
dia.
Estatísticas dos PdMs
Atzetuk, Rei de Draj, Humano, Psi(telepata)6;
ND8; Humanóide Médio; DV 6d4+30; pv 52 (76);
Inic +5; Desl 9m(12m); CA 26 (toque 26,
desprevenido 20); Atq +11 corpo-a-corpo (adaga
de bronze, 1d4+5; 19-20x2) ou +11 à distância; AE
Psiônicos; QE Psiônicas; TR Fort +10, Reflex +10,
Von +14; TD NB; For 19, Des 20, Con 21, Int 20,
Sab 22, Car 23.
Perícias e Talentos: Concentração 9 (+14),
Conhecimento (psionismo) 9 (+15), Identificar
Psionismo 9 (+15), Diplomacia 9 (+17), Obter
Informação 9 (+15), Sentir Motivação 9 (+15),
Visão Remota 9 (+14); Foco Psiônico (telepatia),
Inquiridor Psíquico, Pensamento Rápido,
Psicanalista.
Poderes Psiônicos (4+d/2+d/1+d/d; PP 30): 0 –
detectar psionismo, intuir direção, missiva, projeção
telempática, queda felina; 1 – desativar, enfeitiçar
pessoas, ocultar pensamentos; 2 – detectar
pensamentos, sugestão; 3 – fissura
Equipamentos: amuleto de catapsi, anel de refletir
magias, botas da velocidade, braçadeiras da armadura
+8, cinto de glória**, diadema do rei**, grande adaga de
bronze deslocadora +1, pele de ferro, pele do herói*
A Cidade-Estado de Draj
* Pele ativa padrão
** Veja a seção Novos Itens Mágicos do
apêndice
História/Descrição: O jovem rei de Draj
iniciou sua vida como um órfão sob os cuidados
da Casa da Mente. Seus pais foram encontrados
mortos em um beco, com a pequena criança
deixada para morrer. Um iniciado na Casa da
Mente encontrou o menino e o trouxe para o
complexo.
Atzetuk foi criado pelos psions da Casa da
Mente, sendo instruído no Caminho ainda bem
jovem. Apesar de não possuir grandes
habilidades inatas, o jovem praticante se tornou
um bom psion através dos anos.
Quando a Casa da Mente precisou de um
substituto para Tectuktitlay, seu jovem órfão foi
uma escolha perfeita. Sem família (além dos
psions), não havia necessidade de eliminar
qualquer fonte de controvérsias, e o jovem psion
foi facilmente modelado e dominado para seu
papel. Os psions entraram em sua mente e
fizeram-no acreditar que ele era filho de
Tectuktitlay. Atzetuk acredita cegamente na Casa
da Mente e prontamente aceitou os conselhos de
seus membros. Todavia, o novo rei está
começando a acreditar em sua própria divindade,
o que pode ser um problema no futuro.
Bartis, Humano, Gla17; ND17; Humanóide
Médio; DV 17d12+34; pv 150; Inic +3; Desl 9m; CA
22 (toque 13, desprevenido 19); Ataque
+26/+21/+16/+11 corpo-a-corpo (Maça estrela de
ferro, 1d8+9; 19-20x3) ou +20/+15/+10/+5 à
distância; AE Ataque Desarmado; QE Aparar,
Arma Exótica (Chatkcha), Arma Exótica (Espada
Longa Élfica), Arma Exótica (Gythka), Arma
Exótica (Macahuitl), Arma Exótica (Trespassa-
Corações), Clemência, Esquiva Sobrenatural,
Esquiva Sobrenatural Aprimorada, Finta
Aprimorada, Finta Criteriosa +4, Finta Superior,
Otimizar Armadura (Peitoral de Aço), Otimizar
Armadura (Corselete de Couro Batido), Otimizar
Armadura (Loriga), Sem Clemência, Trapaça +8;
TR Fort +12, Reflex +13, Von +4; TD NM; For 24,
Des 16, Con 15, Int 11, Sab 9, Car 8.
Perícias e Talentos: Acrobacia 10 (+13),
Conhecimento (tecnologia de guerra) 10, Escalar 5
(+12), Intimidar 13 (+12), Saltar 10 (+17); Ataque
Desarmado Aprimorado, Ataque Poderoso,
Barreira de Escudos, Barreira de Lanças, Corrida,
Investida Poderosa*, Quebrar Aprimorado, Saque
Rápido, Sucesso decisivo aprimorado (maça
estrela), Trabalho de Equipe, Trespassar, Usar
armadura (média).
53

Equipamentos: cinto da força +4, escudo grande
de madeira +1, maça estrela de ferro defensora +2,
peitoral de aço +1
* Para aqueles que não possuam o acessório
Punhos e Espadas, substituam Investida Poderosa
por Reflexos de Combate.
História/Descrição: DSR2 Dune Trader p. 28:
Desde que Ydris Tsalaxa foi substituído na Casa
Tsalaxa, Bartis tem visto sua importância para a
Casa diminuir drasticamente. Como um antigo e
leal servo de Ydris, Bartis é visto como uma
pequena ameaça por Yarsha Tsalaxa, a nova
comandante da Casa. Bartis é bem conhecido por
muitos membros da Casa e um assassinato rápido
traria suspeitas sobre Yarsha. Além disso, sua
sabedoria militar ainda é necessária, então Yarsha
decidiu mantê-lo ao seu lado, embora com uma
função menor, até que ele não seja mais
necessário.
Chilocotec, Humano, Gue8/Jag5; ND13;
Humanóide Médio; DV 13d10+52; pv 128; Inic +1;
Desl 9m; CA 21 (toque 12, desprevenido 20);
Ataque +17/+12/+7 corpo-a-corpo (macahuitl,
1d8+7, 17-20x2) e +16/+11 (escudo grande, 1d8+3;
20x2) ou +14/+9/+4 à distância; AE Ataque de
Jaguar, Rugido de Jaguar, Trespassar Supremo;
QE Espelho Fumegante, Intrépido; TR Fort +14,
Reflex +4, Von +9; TD LN; For 18, Des 12, Con 18,
Int 11, Sab 12, Car 13.
Perícias e Talentos: Cavalgar +12,
Conhecimento (tecnologia de guerra) +16, Escalar
+10, Profissão (engenheiro de cerco) +6, Saltar +14;
Ataque Poderoso, Combater com Duas Armas,
Combater com Duas Armas Aprimorado,
Especialização em Arma (macahuitl),
Especialização em Escudo*, Foco em Arma
(macahuitl), Sucesso Decisivo Aprimorado
(macahuitl), Trespassar, Trespassar Aprimorado,
Vontade de Ferro.
Equipamentos: armadura de batalha cegante +1,
escudo grande do esmagamento +1, macahuitl do
aparar +1, tatuagem psiônica de Afinidade Animal.
* Para aqueles que não possuam o acessório
Punhos e Espadas, substituam Especialização em
Escudo por Esquiva.
História/Descrição: Chilocotec é o antigo
comandante das forças drajis. Depois de três
décadas no exército, duas das quais como
comandante, Chilocotec é bem conhecido em
Draj. Ele comanda as forças com grande disciplina
e não tolera falhas. É rápido para rebaixar postos
daqueles que cometem erros, mas lento para
promover – a não ser que atos de extrema bravura
ou precisão tática sejam feitos.
A Cidade-Estado de Draj
Chilocotec foi um firme crente na divindade
de Tectuktitlay. Com a morte de seu Supremo
Comandante, a fé de Chilocotec na divindade de
seu governante foi gravemente abalada, e ele está
começando a suspeitar que Atzetuk não é quem
clama ser. Entretanto, nem sonha em se erguer
contra o governante de sua grande cidade.
Chimali Zaachila, Humana, Mag5; ND5;
Humanóide Médio; DV 5d4+10; pv 24; Inic +1;
Desl 9m; CA 13 (toque 13, desprevenido 12);
Ataque +3 corpo-a-corpo (tetraosso, 1d6+1) ou +3
à distância; AE Magias; QE Magias; TR Fort +3,
Reflex +2, Von +5; TD LB; For 12, Des 12, Con 14,
Int 20, Sab 13, Car 21.
Perícias e Talentos: Blefar 8 (+13),
Conhecimento (arcano) 8 (+25), Diplomacia 4
(+11), Observar 8 (+13), Identificar Magias 8 (+13),
Concentração 8 (+9), Sentir Motivação 4 (+5); Criar
Item Maravilhoso, Dom (controlar a luz), Escrever
Pergaminho, Foco em Perícia (Conhecimento
(arcano)), Magia Temática (brilhantes globos
amarelos cercam o alvo e fazem barulho)*.
Magias (4/4/3/2; CD 15 + nível da magia): 0 –
detectar magia, luz, pasmar; 1 – apagar, armadura
arcana, leque cromático, sono; 2 – agilidade felina,
confundir detecção, despedaçar; 3 – flecha de chamas,
imobilizar pessoas
Equipamentos: amuleto do discernimento
arcano**, anel de proteção +2, grimório, manto do
carisma +2, tetraosso, tiara do intelecto +2
* Para aqueles que não possuírem o acessório
Magia de Faerûn, substituam Magia Temática por
Dominar Magia.
** Veja a seção Novos Itens Mágicos do
apêndice.
História/Descrição: DSR3 Veiled Alliance p. 43:
Chimali ainda é a líder da Aliança Velada draji,
mesmo sua perícia mágica não sendo tão grande
quanto a de alguns de seus subordinados. O
poder mágico dela não cresceu muito depois de
anos. Como ela tem estado muito ocupada
liderando a pequena assembléia da Aliança e
mantendo sua falta de habilidade em segredo,
não consegue experimentar muito em público.
Mesmo sofrendo muito para manter seu segredo,
os rumores sobre a falta de amostras de poder
tem crescido. Entretanto, ninguém ainda ousou
desafiar a liderança de Chimali.
A Guardiã, Elfa Meorty, Mag17; ND21;
Morto-vivo Incorpóreo Médio; DV 17d12; pv 116;
Inic +3; Desl 12m; CA 23 (toque 13, desprevenido
20); Ataque +10/+5 corpo-a-corpo (garras 1d6+2)
ou +11/+6 à distância; AE O Caminho; QE Cria,
Expulsar Mortos-vivos, Imune a efeitos de ação
54

mental, Imunidade (frio, eletricidade e magias de
enfraquecimento e metamorfose), Morto-vivo, RD
15/+1, RM/RP 25; TR Fort +7, Reflex +8, Von +11;
TD CM; For 14, Des 17, Con -, Int 23, Sab 12, Car
20.
Perícias e Talentos: Blefar 20 (+25),
Concentração 20 (+25), Conhecimento (arcano) 20
(+26), Diplomacia 4 (+11), Identificar Magias 20
(+26), Intimidar 10 (+15), Observar 12 (+19), Ouvir
8 (+19), Procurar 8 (+24); Acelerar Magia,
Aumentar Magia, Foco em Magia (Evocação),
Foco em Magia (Necromancia), Grande Fortitude,
Magia sem Gestos, Magias em Combate,
Maximizar Magia, Potencializar Magia.
Magias (4/6/6/5/5/5/5/3/2/1; a CD é 16 + nível
da magia para necromancia e 18 + nível da magia
para evocação): 0 – mãos mágicas, raio de gelo (x2),
som fantasma; 1 – armadura arcana, causar medo,
mísseis mágicos, raio do enfraquecimento, toque
macabro, ventriloquismo; 2 – aterrorizar, cegueira,
escuridão, névoa, toque do carniçal, ver o invisível; 3 –
dissipar magia, imobilizar pessoas, lentidão,
relâmpago, toque vampírico; 4 – assassino
fantasmagórico, drenar temporário, escudo de fogo,
tempestade glacial, tentáculos negros; 5 – bola de fogo
potencializada, conjuração de sombras aprimoradas,
névoa mental, praga sem gestos, sonho; 6 – bola de fogo
maximizada, campo antimagia, corrente de
relâmpagos, círculo da morte, sombras; 7 – cone glacial
potencializada, cubo de força, dedo da morte; 8 –
animação ilusória, evaporação; 9 – grito da banshee.
O Caminho (Sob): O meorty ganha os
seguintes poderes à vontade: âncora dimensional,
chamar bando, clarividência/clariaudiência, crise de
respiração, elo mental forçado, teletransporte exato e
toque dissolvente. Poderes em uso contínuo:
ajustamento corpóreo, detectar visão remota, equilíbrio
corpóreo, navegação ancorada (fixada ao portão),
queda felina, senso psiônico, ver aura e visão élfica.
Morte Sufocante (Sob): A Guardiã possui uma
forma única de ataque utilizável 3 vezes por dia.
Um único alvo na linha de visão precisa ser bem-
sucedido em um teste de Fortitude com CD 23 ou
cairá inconsciente como pela regra de
sufocamento no LdM, resultado de uma espiga de
milho fincada em sua garganta. A vítima é tratada
como que morrendo, a não ser que alguém possa
assisti-la (teste de Cura com CD 15). Nesse caso, o
alvo permanece inconsciente, mas não está mais
morrendo. Executar o ataque Morte Sufocante é
uma ação padrão.
História/Descrição: A Guardiã, cujo nome
verdadeiro Tectuktitlay removeu da memória, é
um meorty preso ao Portão do Jaguar guardando
A Cidade-Estado de Draj
a Cidadela das Duas Luas. O espírito, incorpóreo,
pode apenas se manifestar durante a noite,
quando guarda o portão com prazer. Os longos
séculos de isolamento tornaram-na louca e ela não
consegue mais distinguir entre o certo e o errado.
Sua única fome é por proteger o portão,
alimentando-se do terror que ele se regozija em
causar nas vítimas. A Guardiã, sendo incorpórea,
não tem forma, mas aquele que tentar usar
magias de adivinhação ou observação, verá o
espírito como uma figura negra encapuzada, com
as garras manchadas de sangue. O meorty tem a
habilidade de contagiar os sonhos daqueles que
tentam desmascarar a Guardiã, fazendo com que
eles tenham terríveis pesadelos repletos de corpos
sacrificados, garras afiadas manchadas de sangue
e crânios risonhos.
Imotec, Humano, Clr(fogo)16; ND16;
Humanóide Médio; DV 16d8+16; pv 91; Inic +0;
Desl 9m; CA 23 (toque 11, desprevenido 23);
Ataque +13/+8/+3 corpo-a-corpo (clava, 1d4+1; 19-
20x2) ou +12/+7/+2 à distância; AE Fascinar
Mortos-vivos, Magias; TR Fort +11, Reflex +5, Von
+15; TD NM; For 13, Des 10, Con 13, Int 12, Sab 18,
Car 15.
Perícias e Talentos: Concentração 19 (+20),
Conhecimento (religião) 19 (+20), Identificar
Magias 19 (+20), Intimidar 9 (+13), Sobrevivência 1
(+5); Acelerar Magia, Cabeça de Mekillot, Criar
Cajado, Esquiva, Liderança, Maximizar Magia,
Rugido de Jaguar.
Magias (6/7/7/7/6/5/4/4/3; CD 14 + nível da
magia): 0 – amaldiçoar elemento, detectar magia,
detectar venenos, ler magias, luz x2; 1 – bênção, curar
ferimentos leves x2, invisibilidade contra mortos-vivos,
mãos flamejantes*, remover medo, santuário; 2 –
augúrio, curar ferimentos moderados, despedaçar, força
do touro, pirotecnia*, silêncio, vigor do urso; 3 – chama
contínua, dissipar magia, esfera flamejante*, falar com
mortos, rogar maldição, roupa encantada, símbolo de
proteção; 4 – chama cegante*, curar ferimentos críticos,
enviar mensagem, imunidade à magia, movimentação
livre, proteção contra a morte; 5 – auxílio divino
acelerada, coração de urso**, escudo da fé acelerada,
escudo de fogo*, resistência à magia; 6 – cúpula de
proteção contra vida, doença plena, palavra de
recordação, tempestade de fogo*; 7 – blasfêmia, bola de
fogo controlável*, destruição, proteção contra energias
acelerada, ressurreição; 8 – coluna de chamas
maximizada*, cura completa em massa, poder divino
acelerada.
Domínios: *Magias de domínio; Espírito
Incandescente (ganha poder dedo de fogo;
fascina/comanda criaturas elementais de fogo
55

como um clérigo maligno fascina mortos-vivos),
Ira do Senhor do Fogo (quanto segurando uma
tocha em chamas, ganha um bônus de +2 para a
CA).
Equipamentos: cajado do fogo, clava, escudo
espinhoso, meia armadura +3
** Para aqueles que não possuam o acessório
Defensores da Fé, substituam Coração de Urso por
Destruição Rastejante.
História/Descrição: Imotec é uma figura
imponente. Ele tem quase 2 metros de altura e
uma vigorosa estrutura muscular. Arrogante e
autoconfiante, alcançou sua posição através de
cuidadosas manobras e trabalho duro. Apesar de
estar na casa dos quarenta, Imotec é bem
respeitado pelo povo de Draj, e muitos atendem
seus comandos com uma devoção medonha. Seus
jovens sacerdotes, apesar de respeitosos de seu
poder, ofendem-se com sua natureza arrogante.
Eles raramente são bem tratados e Imotec não se
preocupa em esconder seu desprezo por seus
pupilos menos treinados. Apesar de arrogância e
de sua natureza circunspecta, sua devoção ao
elemento do Fogo é completa. Imotec comanda o
maior templo de Draj, com muitos cidadãos vindo
ao mesmo pedir favores, fazendo Imotec acreditar
que isso é prova da superioridade do Fogo sobre
os outros elementos.
As origens de Imotec permanecem obscuras.
Apesar de ser um cidadão draji, ele não tem
nenhum parente na cidade, e ninguém nunca
conseguiu descobrir nada de seu passado. Ele não
discute sua vida antes do templo, dizendo a todos
que o que ele é agora é mais importante do que
ele foi ou de onde ele veio. Especula-se que ele
veio de Ket, crescendo naquele pequeno vilarejo,
mas nenhum rumor jamais foi sustentado.
Ixtabai, o Cego, Humano, Psi(egoísta)12;
ND12; Humanóide Médio; DV 12d4+36; pv 67;
Inic +1; Desl 9m; CA 25 (toque 11, desprevenido
24); Ataque +9/+4 corpo-a-corpo (garras 1d8+3 ou
mordida 2d8+3) ou +7/+2 à distância; AE
Psiônicos; QE Psicrystal, Psiônicos; TR Fort +10,
Reflex +8, Von +14; TD LN; For 16, Des 12, Con 16,
Int 15, Sab 13, Car 12.
Perícias e Talentos: Autohipnose 15 (+18),
Concentração 15 (+18), Conhecimento (psionismo)
15 (+17), Identificar Psionismo 15 (+17),
Estabilizar-se 15 (+18), Obter Informação 7 (+8),
Ouvir 7 (+8), Sobrevivência 1 (+2); Acelerar Poder,
Estender Poder, Magno Punho Psiônico, Poder
Persistente, Punho Psiônico, Toque de Poder.
Poderes Psiônicos (7+d/3+d/3+d/2+d/2+d/2+d/
1+d/d; 80 PP): 0 – controlar sombras, detectar
A Cidade-Estado de Draj
psionismo, explosão, missiva, mãos distantes, projeção
telempática, queda felina, visão élfica; 1 – biocorrente,
controlar a luz, leitura de objetos, ouvir a luz; 2 –
afinidade animal, ajustamento corpóreo, detectar
pensamentos, prisão cerebral; 3 – deslocamento,
mordida do tigre, garras do vampiro; 4 – armadura
natural, barreira inerte, toque dissolvente; 5 –
armadura ectoplasmática, barreira de energia; 6 – sopro
de dragão.
Seqüência de Ativação de Poderes: mordida do
tigre estendida (24 horas, PP 7), garras do vampiro
estendida (24 horas, PP 7), armadura ectoplasmática
estendida (24 horas, PP 11), armadura natural
estendida (24 horas, PP 9), ouvir a luz persistente (24
horas, PP 9)
Equipamentos: anel do escudo mental psiônico*,
manto da resistência +3, olhos do parasita psiônico,
Psicrystal (resoluto), psionatrix do psicometabolismo
* Veja a seção Novos Itens Psiônicos do
apêndice
História/Descrição: Ixtabai, apesar de velho e
cego, é um confiante e muito competente líder.
Ele está no comando da Casa da Mente há anos e
foi o primeiro a contatar os templários sobre o
novo plano quando ficou sabendo da morte de
Tectuktitlay. Ele é agora o verdadeiro governante
de Draj, dirigindo o novo rei, em coordenação
com os templários, nos assuntos da cidade.
Ixtabai tem confiança de que o plano deles pode
funcionar, mas sabe que o caos se instalaria na
cidade se a verdade sobre as origens Atzetuk
aparecesse. Apesar de não gostar de enganar a
população sobre Atzetuk, ele acredita que esse é o
único jeito de proteger a cidade da morte e
destruição que aconteceu em Raam quando
Abalach-Re morreu.
Ixtabai é um homem pequeno, medindo pouco
mais de 1,5 metros, e curvado, ainda que possua
uma vitalidade que alguns jovens psions não
conseguem superar. Qualquer um achando que
ele é um velho desamparado perceberá
rapidamente seu erro se desafiar Ixtabai.
Nota: Ixtabai, apesar de cego devido à idade,
enxerga perfeitamente através do uso do poder
psiônico ouvir a luz.
Kael Caçador de Tempestates, Elfo,
Lad3/Mag6/PrR5/Asn1; ND15; Humanóide
Médio; DV 11d4+22 e 4d6+8; pv 84; Inic +9; Desl
12m; CA 21 (toque 15, desprevenido 16); Ataque
+13/+8 corpo-a-corpo (espada longa élfica, 1d8+2;
15-20x2) ou +12/+7 à distância (arco longo
composto, 1d8+1; x3); AE Ataque Furtivo +3d6,
Ataque Mortal, Magias, Medo; QE Achar
Armadilhas, Autoridade Secular, Evasão, Sentir
56

Armadilhas, Usar Venenos; TR Fort +6, Reflex
+13, Von +11; TD LM; For 13, Des 20, Con 14, Int
18, Sab 12, Car 13.
Perícias e Talentos: Avaliação 4 (+8), Blefar 14
(+8), Concentração 14 (+16), Conhecimento
(arcano) 14 (+18), Diplomacia 14 (+15), Disfarce 4
(+5), Esconder-se 7 (+12), Observar 14 (+13),
Falsificação 9 (+11), Furtividade 7 (+12),
Identificar Magias 14 (+18), Intimidar 7 (+8), Obter
Informação 3 (+4), Ouvir 7 (+8), Sentir Motivação
7 (+8); Acuidade com Arma (espada longa élfica),
Ataque Poderoso, Desarme Aprimorado, Escrever
Pergaminho, Especialista, Iniciativa Aprimorada,
Negociador, Observar 7 (+8), Potencializar Magia,
Rugido de Jaguar.
Magias (4/5/5/5/4/2/1; CD 14 + nível da magia):
0 – cheiro de escravo, detectar magia, mãos mágicas,
som fantasma; 1 – ataque certeiro, enfeitiçar pessoas,
escudo arcano, mísseis mágicos, raio do
enfraquecimento; 2 – agilidade felina, despedaçar,
esfera flamejante, reflexos, ver o invisível; 3 – bola de
fogo, deslocamento, imobilizar pessoas, lentidão,
velocidade; 4 – escudo de fogo, metamorfosear outros,
observação, pele rochosa; 5 – bola de fogo
potencializada, teletransporte; 6 – transformação de
tenser
Equipamentos: arco longo composto
(reforçado +1), bolsa com componentes de magia,
braçadeiras da armadura +6, chapéu do disfarce, espada
longa élfica afiada +1, faixas de ferro de bilarro,
frutapoção de força do touro, grimório (tatuagens
arcanas negras), pergaminho com armadilha
(runas explosivas), pergaminho: dedo da morte (nível
13), pergaminho: globo de invulnerabilidade (nível 7),
pergaminho: mísseis mágicos potencializada (nível 9),
pergaminho: olho arcano (nível 7), variados venenos.
História/Descrição: Uma imponente e alta
figura vestida de preto, chefe inquiridor de
Tectuktitlay e caçador de recompensas, a presença
de Kael Caçador de Tempestades ou a simples
menção de seu nome reclamam por respeito e
medo onde quer que ele vá dentro dos limites de
Draj. Respeitado por ser perspicaz, cruel e
eficiente; odiado por seus métodos de conjuração
e por sua arrogância. Entretanto, Kael jamais
fugiu de um desafio ou confronto, fato que o
coloca em alta estima e aqueles que blasfemam
contra ele raramente vivem muito. O passado do
elfo é desconhecido, mas rumores dizem que ele
já fez parte da rede élfica Sombra, com a qual ele
tem contato.
Ao receber a notícia da aparente morte de seu
mestre, o ambicioso Kael se aproximou dos agora
impotentes (pelo menos no que diz respeito à
A Cidade-Estado de Draj
conjuração de magias) templários com a oferta de
se tornar o próximo rei de Draj. Os templários não
se impressionaram com a oferta e, contrariando
Kael, se aproximaram da Casa da Mente. Quando
se tornou evidente que o filho aparente de Tec,
Atzetuk, seria coroado Rei de Draj, Kael
desapareceu, mas resolveu permanecer nas
sombras de Draj, se passando por um mercador
élfico. Para sua amargura, o povo aceitou Atzetuk
como seu novo rei.
Kael percebeu que a Casa da Mente e,
particularmente, Ixtabai, o Cego, têm muita
influência sobre o Rei, o que o levou a suspeitar
que há mais sobre o novo rei do que pode ser
visto. Assim, ele recentemente ressurgiu e
ofereceu seus serviços ao novo rei, com a
esperança de descobrir o que está acontecendo
por trás do trono. Os templários e Ixtabai
aconselharam Atzetuk a não aceitar os serviços do
antigo servo de seu “pai”, mas o jovem est{
intrigado com o elfo que conhece seu pai melhor
que qualquer um que ele já tenha encontrado.
Portanto, Kael agora serve Atzetuk, mas na
verdade o elfo procura encontrar provas de
manipulação pelos templários e pela Casa da
Mente, para expor o suposto Deus-Filho e usurpar
o trono.
Kargash, Humano, Mag15; ND15; Humanóide
Médio; DV 15d4+0; pv 39; Inic +1; Desl 9m; CA 15
(toque 11, desprevenido 14); Ataque +7/+2 corpo-
a-corpo (adaga, 1d4;19-20x2) ou +8/+3 à distância
(adaga, 1d4;19-20x2); AE Magias; TR Fort +8,
Reflex +9, Von +14; TD CM; For 10, Des 13, Con
10, Int 19, Sab 12, Car 17.
Perícias e Talentos: Blefar 18 (+21),
Concentração 18 (+18), Conhecimento (arcano) 18
(+22), Conhecimento (religião) 18 (+22), Observar
18 (+22), Identificar Magias 18 (+22), Intimidar 9
(+14); Acelerar Magia, Cabeça de Mekillot, Criar
Item Maravilhoso, Dom (queda felina), Escrever
Pergaminho, Estender Magia, Magia sem Gestos,
Magia Silenciosa, Maximizar Magia, Profanação
Destruidora, Rugido de Jaguar.
Magias (4/5/5/5/5/4/3/2/1; CD 14 + nível da
magia): 0 – detectar magia, detectar venenos, ler
magias, luz; 1 – cerrar portas, enfeitiçar pessoas, patas
de aranha, queda suave, salto; 2 – armadura arcana
estendida, aterrorizar, esfera flamejante, invisibilidade,
névoa; 3 – bola de fogo, lentidão, proteção contra
energias, toque vampírico, vôo; 4 – globo de
invulnerabilidade menor, medo, muralha de fogo, pele
rochosa, tempestade glacial; 5 – criar mortos-vivos
menores, escudo arcano acelerada, invocar criaturas V,
pedra em lama; 6 – círculo da morte, toque vampírico
57

maximizada, visão da verdade; 7 – desejo restrito,
velocidade acelerada; 8 – evaporação
Seqüência de Ativação de Magias: armadura
arcana estendida (sempre ativa), pele rochosa, visão da
verdade
Equipamentos: adaga de obsidiana, broche do
escudo, grimório (cordões com padrões de contas
coloridas), manto da resistência +3.
História/Descrição: DSR2 Dune Trader p. 29:
Kargash tem sido o profanador chefe da Casa
Tsalaxa há anos, e continua a servir a Casa mesmo
depois da mudança de liderança. Kargash apoiará
qualquer líder da Casa Tsalaxa, desde que sua
importância não seja diminuída. Ele é o principal
maquinador da Casa, responsável pelo
planejamento e execução de muitos planos
maquiavélicos. Apesar de não ser confiável para
ninguém fora da liderança da Casa Tsalaxa, sua
devoção para com ela beira o fanatismo e sua
utilidade nunca foi posta em dúvida. Embora use,
às vezes, sua posição para proveito pessoal (como
a maioria em posições elevadas fazem), ele
continua um importante membro da Casa
Tsalaxa.
Maxtlixoco, Humano, Tem5/SaL10; ND14;
Humanóide Médio; DV 5d8+10 e 10d8+20; pv 101;
Inic +5; Desl 9m; CA 21 (toque 11, desprevenido
20); Ataque +13/+8 corpo-a-corpo (macahuitl
1d8+3/19-20x2) ou +11/+6 à distância; QE
Autoridade de Sacerdote das luas, Autoridade
Secular, Convergência de Ral, Eclipse, Presença
de Jaguar, Revelação de Guthay, Selo, Serpente
Emplumada; TR Fort +17, Reflex +9, Von +19; TD
LM; For 14, Des 13, Con 15, Int 14, Sab 16, Car 18.
Perícias e Talentos: Conhecimento
(astronomia) 15 (+19), Diplomacia 18 (+24),
Observar 12 (+14), Falsificação 10 (+12), Intimidar
26 (+25), Obter Informação 15 (+18), Sentir
Motivação 18 (+21); Astrólogo, Ataque Poderoso,
Cabeça de Mekillot, Iniciativa Aprimorada,
Liderança, Rugido de Jaguar, Trespassar.
Equipamentos: brunea +3 (cerimonial), macahuitl
+1, manto da resistência +4, pequeno escudo cegante de
aço +2, selo templário.
História/Descrição: Como alto templário de
Draj, Maxtlixoco é muito inteligente e sagaz.
Homem de meia idade, ele mantém um corpo
bem torneado que não mostra sinais da vida
mimada que construiu para si.
Maxtlixoco foi apresentado ao templariato por
seus pais, ainda bem jovem, e se agarrou ao
treinamento como seu tivesse sido criado
especificamente para essa tarefa. Subiu
rapidamente de posição no templariato,
A Cidade-Estado de Draj
estabelecendo-se como um respeitado oponente
para todos que ficassem em seu caminho.
A recente revolta de sua nativa Draj chocou o
alto templário, terminando bruscamente com
esquemas e planos de toda uma vida. Temeroso
de perder a cidade para o caos e, talvez, perder
sua vida também, Maxtlixoco foi à Casa da Mente
com um plano de manter a ordem em Draj e
estabelecer um novo rei. Entretanto, ele agora
sente sua base de poder ruir aos seus pés, mas
ainda planeja trazer de volta a glória aos
templários.
Nahualixi, Anã, Clr(terra)10; ND10;
Humanóide Médio; DV 10d8+20; pv 68; Inic -1;
Desl 6m.; CA 16 (toque 9, desprevenido 16);
Ataque +8/+3 corpo-a-corpo (machado de guerra
de ferro, 1d12+1) ou +7/+2 à distância; AE Fascinar
Mortos-vivos, Magias; TR Fort +9, Reflex +2, Von
+10; TD LN; For 13, Des 8, Con 14, Int 10, Sab 17,
Car 12.
Perícias e Talentos: Concentração 13 (+15),
Conhecimento (religião) 13 (+13); Ataque
Poderoso, Expulsão Adicional, Liderança,
Trespassar.
Magias (6/6/6/4/4/3; CD 13 + nível da magia): 0
– amaldiçoar elemento, consertar, detectar magia,
detectar venenos, guia, resistência; 1 – arenito*, causar
medo, desespero, detectar mortos-vivos, escudo da fé,
pedra encantada; 2 – amolecer terra e pedra*, curar
ferimentos moderados, força do touro, imobilizar
pessoas, remover paralisia, tornar inteiro; 3 – dissipar
magia, mesclar-se às rochas, moldar rochas*, rogar
maldição; 4 – arma mágica aprimorada, chuva ácida*,
curar ferimentos críticos, verme gigante; 5 – infligir
ferimentos leves em massa, lama em pedra*, muralha
de pedra
Domínios: *Magias de domínio; Dança da
Decadência (nenhuma penalidade por
envelhecimento ou envelhecimento aparente;
resistência a ácido: 10), Pedra Forjada (teste de
Procurar quando, num raio de até 3 metros,
existirem construções incomuns de pedra, como
armadilhas ou portas secretas).
Equipamentos: armadura de carapaça, escudo
grande, incenso de meditação, machado de guerra
de ferro, pedra de alerta, pomada de pedra.
História/Descrição: Dirigente do Templo da
Terra há muito tempo, Nahualixi é uma bem
quista presença em Draj. Ela controla o templo à
moda anã, com a dedicação tendendo a obsessão,
mas serve bem a seu elemento. Medindo menos
de 1,4 metros, seu corpo tem a forte estrutura dos
anãos, duro como rocha, assim como seu
elemento patrono. Careca como todos os anãos,
58

Nahualixi tem um saliente maxilar, pálpebras um
pouco caídas e uma tatuagem de um feroz
elemental de terra no crânio. Ela também tem
piercings nas orelhas, com anéis de madeira, e um
pequeno espinho de agafari azul atravessado no
seu nariz.
Nahualixi fiscaliza os campos e jardins da
nobreza. Ela tem administrado para Draj por
quase uma Era-Rei, e alcançou sua posição com
trabalho duro e cuidadosas manobras. Nahualixi
se mantém fora dos esquemas políticos de Draj o
máximo possível, criando para si uma reputação
de anã leal e honesta.
Rugar Arauto da Tempestade: Halfling M
Clr(chuva)8; ND8; Humanóide Pequeno; DV
8d8+8; pv 47; Inic +3; Desl 6m; CA 14 (toque 14,
desprevenido 11); Ataque +7/+2 corpo-a-corpo
(1d4/20x2, pequeno tetraosso elétrico +1) ou
+11/+6 à distância (1d3-1/20x2, funda pequena);
AE Fascinar Mortos-vivos; TR Fort +7, Reflex +7,
Von +9; TD NM; For 8, Des 16, Con 12, Int 13, Sab
16, Car 9.
Perícias e Talentos: Concentração +12,
Conhecimento (planos) +5, Diplomacia +9,
Identificar Magias +9, Ouvir +8; Foco em Perícia
(Diplomacia), Liderança, Reflexos Rápidos.
Magias de Clérigo Preparadas (6/6/5/5/3; CD
13 + nível da magia): 0 – curar ferimentos mínimos,
detectar magia, infligir ferimentos mínimos, ler
magias, luz, resistência; 1 – abençoar elemento, arma
mágica, curar ferimentos leves, névoa obscurecente,
olho do furacão*, toque macabro*; 2 – cativar, força do
touro, imobilizar pessoas, lufada de vento*, zona da
verdade; 3 – curar ferimentos graves (2), dissipar
magia, drenar temporário*, rogar maldição; 4 – andar
no ar, envenenamento, tempestade glacial*.
Domínios: *Magias de domínio; Malícia Fria
(resistência ao frio: 8), Fúria das Tempestades
(expulsa/destrói tempestades conjuradas como
clérigos bondosos fazem com mortos-vivos).
Equipamentos: bolsa de vime com
componentes de magia, funda pequena, manta,
mochila de vime, odre com capacidade para 4
litros, pequeno tetraosso elétrico +1, peça amarela de
quartzo valendo 15 pc.
História/Descrição: Rugar foi exilado de sua
tribo quando descobriram que ele estava
adorando o elemento Chuva. A tribo era devota
do elemento Terra há muito tempo e, para Rugar,
a troca por um elemento como a Chuva foi
imperdoável. Quando ele deixou a tribo, vagou
por muitos meses até que encontrou o lugar ideal
para continuar a adoração a seu elemento de
maneira apropriada. Construiu um pequeno
A Cidade-Estado de Draj
santuário nas colinas das Montanhas Ressonantes
e viveu solitariamente até ouvir sobre as
Tempestades-de-Tyr, que estavam devastando os
Planaltos. Ele, então, se dirigiu para Draj, a
primeira cidade a sofrer com as tempestades, e
fundou um pequeno templo. Vem ganhando
muitos novos seguidores nesses dois anos que
tem estado em Draj.
Rugar tem a altura padrão de um halfling,
medindo pouco mais de 90 centímetros. Sua pele
é coberta com muitas tatuagens coloridas
descrevendo tempestades, raios e água. Este
astuto halfling não tem planos de longo prazo
com respeito a sua estada em Draj mas, se mais
fiéis se juntarem ao seu templo, ele pode decidir
desenvolver uma mais aberta e menos secreta
presença em Draj. Por hora, está contente de
deixar as pessoas virem, enquanto aguarda uma
chama de inspiração.
O Sentinela Inominado, Humano Raaig, Gue9;
ND11; Morto-vivo Médio; DV 9d12+0; pv 64; Inic
+1; Desl 9m; CA 28 (toque 11, desprevenido 27);
Ataque +16/+11 corpo-a-corpo (espada larga de
aço 2d6+8/17-20x2) ou +10/+5 à distância; QE
Código de Honra, idiomas, Imune a efeitos de ação
mental, invisibilidade, Morto-vivo, Preso a uma
área, RD 10/+1, Vôo 15m(bom); TR Fort +6, Ref +6,
Von +5; TD LM; For 21, Des 12, Con —, Int 13, Sab
14, Car 12.
Perícias e Talentos: Cavalgar +9, Escalar +17,
Ofício +10, Ouvir +7, Saltar +17; Ataque Poderoso,
Encontrão Aprimorado, Especialização em Arma
(espada larga), Foco em Arma (espada larga),
Prontidão, Reflexos de Combate, Reflexos
Rápidos, Sucesso Decisivo Aprimorado (espada
larga), Trespassar, Trespassar Aprimorado.
Equipamentos: Armadura de batalha, escudo
pequeno, espada larga congelante +1.
História/Descrição: O Sentinela Inominado já
foi um orgulhoso guerreiro do povo vivendo nas
Cavernas Proibidas com o juramento de proteger
suas águas de intrusos. Ele atacará quem se
aproximar dessas cavernas, tentando emboscar
qualquer aventureiro antes que ele saiba o que
está acontecendo. O Sentinela Inominado não
pode falar e obedece apenas a Varoxil Rante.
Tanuixtli, Meio-Elfo, Clr(água)10; ND10;
Humanóide Médio; DV 10d8-10; pv 38; Inic +2;
Desl 9m; CA 16 (toque 12, desprevenido 14);
Ataque +8/+3 corpo-a-corpo (lança longa, 1d8+1;
20x3) ou +9/+4 à distância; AE Expulsar Mortos-
Vivos, Magias; TR Fort +6, Reflex +5, Von +11; TD
CB; For 12, Des 14, Con 8, Int 11, Sab 16, Car 14.
Perícias e Talentos: Conhecimento (religião)
59

13 (+13), Cura 5 (+8), Identificar Magias 8 (+8);
Cabeça de Mekillot, Criar Varinha, Escrever
Pergaminho, Expulsão Adicional.
Magias (6/6/6/4/4/3; CD 13 + nível da magia): 0
– consertar, detectar venenos, luz, purificar alimentos,
criar água x2, virtude; 1 – abençoar elemento, abóbada
refrescante, comando, escudo entrópico*, névoa
obscurecente, visão da morte; 2 – acalmar emoções,
cativar, despedaçar, escuridão, poeira ofuscante*, vigor
do urso; 3 – criar alimentos, maldição das areias
sufocantes*, remover cegueira/surdez, remover doença;
4 – capa de névoa*, infligir ferimentos críticos,
neutralizar venenos, poder divino, restauração; 5 –
armadilha de água*, penitência, reviver os mortos
Domínios: *Magias de domínio; Miragem do
Deserto (usa as tentativas de expulsar/fascinar
para dissipar ilusões), Desespero do Afogado
(penalidades por usar armadura e equipamentos
não são aplicadas para natação, desde que as duas
mãos estejam livres; fascina/comanda criaturas de
água como um clérigo bondoso expulsa/destrói
faz com mortos-vivos.).
Equipamentos: botas de caminhar e pular, brunea
obra-prima, lança longa, varinha de criar água (nível
de conjuração 1; 32 cargas restantes).
História/Descrição: Como único membro do
templo da água em Draj, Tanuixtli trabalha muito
e ganha pouco para manter seu templo
funcionando. Como muitos meio-elfos, ele prefere
sua solidão e, assim, não treinou nenhum pupilo
nos poucos anos que está em Draj. Para ser justo,
poucos pupilos bateram à porta de Tanuixtli. Sua
atitude melancólica não ajuda muito a atrair
pessoas.
Tanuixtli cumpre suas obrigações para com a
Água com fervorosa devoção, tomando a
fertilidade da região como um sinal de que a
Água é tão importante para o mundo quanto os
outros elementos. Entretanto, o povo de Draj não
tem muito respeito por Tanuixtli e convencê-los
de que a Água é tão poderosa quanto o Fogo, por
exemplo, é uma tarefa árdua.
Tionaca, Rainha de Draj, Humana,
Drd8/Psi(profeta)2; ND10; Humanóide Médio;
DV 8d8+0 e 2d4+0; pv 48; Inic +1; Desl 9m; CA 15
(toque 15, desprevenido 14); Ataque +8/+3 corpo-
a-corpo (bordão 1d6+1/x2) ou +8/+3 à distância
(pela arma); QE Caminho da Floresta,
Companheiro Animal, Empatia Selvagem, Forma
Selvagem 3x/dia, Psicrystal, Rastro Invisível,
Resistir à Tentação da Natureza, Senso da
Natureza; TR Fort +6, Reflex +6, Von +12; TD LM;
For 12, Des 13, Con 11, Int 14, Sab 17, Car 16.
Perícias e Talentos: Adestrar Animal 7(+10),
A Cidade-Estado de Draj
Concentração 11(+11), Conhecimento (natureza)
6(+8), Identificar Psionismo 5(+7), Cura 11(+14),
Identificar Magias 11(+13), Observar 11(+14),
Obter Informação 3(+6), Ouvir 6(+9), Sentir
Motivação 6(+9), Sobrevivência 11(+14), Visão
Remota 3(+5); Armadura Inerte, Estender Magia,
Magia sem Gestos, Magias em Combate, Rastrear.
Magias (6/5/4/4/2; CD 13 + nível da magia): 0 –
criar água, detectar magia, detectar venenos, ler
magias, luz, purificar alimentos; 1 – arma abençoada,
bom fruto, constrição, névoa obscurecente, presa
mágica; 2 – amolecer terra e pedra, esfera flamejante,
restauração menor, suportar energia; 3 – convocar
relâmpagos, crescer espinhos, dominar animais, praga;
4 – coluna de chamas, curar ferimentos graves.
Poderes Psiônicos (2+d/1+d; 4 PP): 0 – detectar
psionismo, queda felina, soco distante; 1 – concussão
menor, desarmonia do destino.
Equipamentos: nenhum.
História/Descrição: Tionaca não é nativa de
Draj. De fato, seu nome de batismo é Niobe. Seus
pais eram foragidos de Balic e ela cresceu em
Raam. Foi capturada pelos guerreiros drajis,
durante uma das muitas guerras entre Draj e
Raam, e trazida para Draj para ser sacrificada na
Grande Pirâmide. Tectuktitlay viu a beleza da
ruiva entre os prisioneiros de guerra e a tomou
como sua concubina. O rei-feiticeiro acabou se
casando com Niobe e deu a ela o nome de
Tionaca, que significa “luz do fogo”. Para os
drajis ela passou a ser conhecida como a Senhora
das Chamas, mas não era adorada como um ser
divino como era Tectuktitlay. Ela nunca foi uma
figura pública e raramente era vista fora da
Grande Pirâmide. Depois da morte de
Tectuktitlay, ela nunca mais foi vista em público.
A história oficial é a de que a Rainha Tionaca
se suicidou devido à tristeza que sentia pela
morte de seu marido e Atzetuk é seu legítimo
herdeiro, assim como o é de Tectuktitlay. A
verdade é que ela rejeitou o plano dos templários
e da Casa da Mente de programar o jovem
desconhecido como um rei-marionete. Os
templários e os psions, entretanto, não ousaram
matá-la, temendo a maldição lançada por
Tectuktitlay no dia do casamento deles, que dizia:
“\queles que ferirem um único fio de cabelo dela,
furarem a pele de seu corpo ou mentalmente
injustiçarem-na, que sejam subjugados a
dolorosas chamas sem fim, percam a visão e a
audição, e que seus ossos se enfraqueçam”.
Ao invés de matá-la, os templários e os psions
decidiram aprisioná-la em uma câmara secreta
que fica sob a localização da Casa da Mente. Lá
60

ela é vigiada por um guarda mul cujo nome é
desconhecido e cuja língua foi arrancada. Tionaca
possui o segredo da ascendência de Atzetuk ao
reinado, levando os templários e a Casa da Mente
a medidas extremas para garantir a presença dela
em segredo.
Varoxil Rante, Humano Raaig, Clr10; ND12;
Morto-vivo Médio; DV 10d12+0; pv 70; Inic +3;
Desl 9m; CA 28 (toque 11, desprevenido 27);
Ataque +9/+4 corpo-a-corpo (maça pesada de aço
1d8+1/x2) ou +11/+6 à distância (pela arma); QE
idiomas, Imune a efeitos de ação mental,
invisibilidade, Morto-vivo, Preso a uma área, RD
10/+1, Vôo 15m(bom); TR Fort +7, Ref +6, Von +11;
TD LM; For 11, Des 16, Con—, Int 16, Sab 18, Car
19.
Perícias e Talentos: Concentração +13,
Conhecimento (planos) +11, Cura +15, Diplomacia
+17, Identificar Magias +16, Observar +17, Ouvir
+6, Sentir Motivação +6; Acelerar Magia,
Aumentar Magia, Foco em Arma (maça pesada),
Magia Silenciosa, Maximizar Magia, Reflexos de
Combate.
Magias (6/6/6/5/5/3; CD 14 + nível da magia): 0
– criar elemento, detectar magia, guia, infligir
ferimentos mínimos, ler magias, luz; 1 – causar medo,
desespero, escudo entrópico*, maldição menor, névoa
obscurecente, santuário; 2 – lufada de vento, poeira
ofuscante*, profanar, silêncio, suportar energia, zona
da verdade; 3 – dissipar magia, infligir ferimentos
sérios, maldição das areias sufocantes*, rogar maldição,
roupa encantada; 4 – capa de névoa*, discernir
mentiras, força do touro potencializada, infligir
ferimentos críticos, tempestade glacial*; 5 – comando
aprimorado, controlar os ventos*, matar.
Domínios: *Magias de domínio; Miragem do
Deserto (usa as tentativas de expulsar/fascinar
para dissipar ilusões), Fúria das Tempestades
(expulsa/destrói tempestades conjuradas como
clérigos bondosos fazem com mortos-vivos).
Equipamentos: Armadura de batalha, escudo
pequeno, maça pesada profana +1.
História/Descrição: Varoxil é o protetor das
nascentes das Cavernas Proibidas. Ele não
permite a ninguém se aventurar próximo das
nascentes, considerando sua tarefa sagrada
proteger as águas sagradas. Antigo sacerdote de
um povo esquecido há muito tempo, Varoxil
acredita que alguns de seu povo ainda estão vivos
no fundo das cavernas, e irá protegê-las a todo
custo. Não há como lhe trazer de volta a razão;
defender as águas de ladrões é seu único
propósito.
A Cidade-Estado de Draj
Xaltotec, Humano, Mag5/ArP*7; ND12;
Humanóide Médio; DV 12d4+24; pv 55; Inic +2;
Desl 9m; CA 12 (toque 12, desprevenido 10);
Ataque +5 corpo-a-corpo (puchik; 1d4) ou +7 à
distância; AE Magias; QE Magias, Aura
Maculada*, Metamagia em Tempo de
Lançamento* 2/dia, Círculo Doloroso*; TR Fort +7,
Ref +5, Von +11; TD NM; For 10, Des 15, Con 14,
Int 17, Sab 14, Car 11.
Nota dos Tradutores: * (ArP) –
Arquiprofanador. As Habilidades Especiais
marcadas com (*) pertencem a essa classe de
prestígio. A descrição completa dessa classe
encontra-se ao final do livro, na seção “Anexo –
Arquiprofanador.”
Perícias e Talentos: Concentração 15 (+17),
Conhecimento (arcano) 15 (+17), Conhecimento
(religião) 15 (+17), Disfarce 15 (+25), Observar 15
(+17), Identificar Magias 15 (+17); Caminho das
Trevas, Criar Varinha, Círculo Agonizante,
Dominar Magia (dissipar magia, invisibilidade
aprimorada, teletransporte), Escrever Pergaminho,
Grande Fortitude, Magia sem Gestos, Magia
Silenciosa, Potencializar Magia.
Magias: (4/5/5/5/3/3/2; CD 13 + nível da
magia): 0 – detectar magia, detectar venenos, luz, raio
de gelo; 1 – armadura arcana, capacidade ilusória,
patas de aranha, servo invisível, ventriloquismo; 2 –
agilidade felina, invisibilidade, mão espectral, ver o
invisível, vigor do urso; 3 – idiomas, lentidão, toque
macabro potencializada, toque vampírico, velocidade; 4
– enfeitiçar monstros, invisibilidade aprimorada, medo;
5 – recipiente arcano, toque vampírico silenciosa sem
gestos; 6 – círculo da morte, teletransporte silenciosa
Seqüência de Ativação de Magias: agilidade
felina, armadura arcana, vigor do urso
Equipamentos: carrilhão de abertura (17 cargas),
chapéu do disfarce, grimório, pergaminho: escrita
ilusória, pergaminho: obscurecer objeto, puchik,
varinha: drenar temporário (14 cargas), varinha: raio
do enfraquecimento (27 cargas).
História/Descrição: Como principal
profanador de Tectuktitlay, Xaltotec era
responsável por muitos feitos malignos e
misteriosas mortes. Com a recente troca do
comando, Xaltotec se tornou ainda mais
importante, já que os templários perderam suas
habilidades mágicas. Ele agora executa, conforme
lhe é possível, muitas das obrigações mágicas,
antes dos templários, com o intuito de manter o
segredo da subida do novo Rei ao poder. É
benéfico a Xaltotec manter esse segredo, mas se
ele perceber vantagens para ele próprio na
divulgação do segredo, não tardará a fazê-lo. Ele
61

sabe que a Casa da Mente o está vigiando
atentamente e, até agora, não tem planos de traí-
la.
Yarsha Tsalaxa, Humana, Ari2/Lad15; ND16;
Humanóide Médio; DV 2d8+4 e 15d6+30; pv 113;
Inic +3; Desl 9m; CA 17 (toque 14, desprevenido
14); Ataque +13/+8/+3 corpo-a-corpo (machadinha
de ferro, 1d6+1;20x3) ou +15/+10/+5 à distância;
AE Ataque Furtivo +8d6; QE Achar Armadilhas,
Esquiva Sobrenatural, Esquiva Sobrenatural
Aprimorada, Evasão, Língua de Prata,
Notoriedade, Sentir Armadilhas +5; TR Fort +10,
Ref +15, Von +15; TD LN; For 11, Des 17, Con 14,
Int 16, Sab 18, Car 19.
Perícias e Talentos: Acrobacia 20 (+18),
Avaliação 20 (+13), Blefar 20 (+24), Diplomacia 20
(+28), Falsificação 20 (+18), Observar 20 (+22),
Obter Informação 20 (+24), Ouvir 20 (+22),
Procurar 20 (+23), Profissão (comerciante) 20
(+19), Sentir Motivação 20 (+24); Dom (detectar
venenos), Especialista, Especialista Tático*,
Esquiva, Iniciativa Aprimorada, Liderança, Saque
Rápido.
Equipamentos: corselete de couro batido do toque
espectral +1, machadinha de ferro da energia brilhante
+1, manto da resistência +3
* Para aqueles que não possuam o acessório
Punhos e Espadas, substituam Especialista Tático
por Mobilidade.
História/Descrição: DSR2 Dune Trader p. 28:
Yarsha Tsalaxa é a nova líder da Casa Tsalaxa,
subindo ao comando depois que seu avô morreu.
Apesar de alguns verem essa morte com suspeita,
ninguém ousa questionar a nova líder, porque a
retribuição seria rápida e mortal. Apesar de não
ser responsável pela morte de seu avô, Yarsha
vem planejando, há alguns anos, tomar o controle
da Casa, juntando um grupo de leais conselheiros,
colocando servos confiáveis em posições de
autoridade e desenvolvendo uma rede de espiões,
de dentro e fora da Casa.
Uma mulher alta, Yarsha é uma líder muito
inteligente e capaz, além de uma negociante
extremamente competente. Seu sucesso nos
negócios também aumentou seu valor como líder
para a Casa e ninguém questiona sua competência
como líder, apesar de alguns resmungarem um
pouco sobre a forma como ela chegou lá.
A Cidade-Estado de Draj
Monstros
Jaguar
Animal Grande
Dados de Vida: 4d8+8 (26PV)
Iniciativa: +4
Deslocamento: 18m.
CA: 15 (-1 tamanho, +4 Des, +2 natural), toque
13, desprevenido 11
Ataques: Mordida +6 corpo-a-corpo, 2 garras
+1 corpo-a-corpo
Dano: Mordida 1d6+4, garras 1d3+2
Face/Alcance: 1,5m por 3m/1,5m
Ataques Especiais: Bote, agarrar aprimorado,
rasgar 1d4+1
Qualidades Especiais: Olfato
Testes de Resistência: Fort +6, Ref +8, Von +2
Habilidades: For 19, Des 18, Con 15, Int 2, Sab
12, Car 6
Perícias: Equilíbrio +7, Escalar +5, Esconder-se
+5, Furtividade +5, Observar +4
Talentos: —
Clima/Terreno: florestas tropicais
Organização: Solitário ou par
Nível de Desafio: 2
Tesouro: Nenhum
Tendência: Sempre neutro
Progressão: 5-8DV (Grande)
O jaguar normalmente tem 1,8 m de
comprimento e pesa por volta de 125 quilos. Esse
peso é bem distribuído por musculosos pescoço e
ombros, um corpo cilíndrico e curtas e vigorosas
pernas. Suas poderosas garras também guardam
uma poderosa pancada. Sua pele marrom-
amarelada brilha como que recentemente pintada.
O tom dourado do jaguar se torna um vermelho
brilhante devido ao castigo do sol. Seu peito, face
e barriga ficam com um tom levemente
bronzeado. Esse esguicho de cores é compensado
por padrões irregulares de marcas negras por
todo o corpo do animal.
Combate
Bote (Ex): Se um jaguar der carga, ele poderá
fazer um ataque total (incluindo uma tentativa de
rasgar, veja abaixo) mesmo tendo se
movimentado.
Agarrar Aprimorado (Ex): Se um jaguar
atingir um oponente, de seu tamanho ou menor,
com seu ataque rasgar, ele causa dano normal e
uma tentativa de Agarrar como ação livre sem
62

provocar um ataque de oportunidade (bônus de
+11 para Agarrar). Se ele for pego, pode usar seu
ataque rasgar na mesma rodada. Desde então, o
jaguar tem a opção de conduzir o agarramento
normalmente, ou simplesmente usar suas garras
para segurar o oponente (penalidade de –20 no
teste de agarrar, mas o jaguar não é considerado
agarrado). Em ambos os casos, cada teste bem-
sucedido de agarrar feitos nas rodadas sucessivas
causam, automaticamente, dano pela mordida e
pelo rasgar.
Rasgar (Ex): Um jaguar que conseguir agarrar
pode fazer dois ataques de rasgar (+6 corpo-a-
corpo) com suas pernas anteriores causando
1d4+2 de dano com cada. Se o jaguar der um bote
em um oponente, ele também pode rasgar.
Perícias: Jaguares recebem um bônus racial de
+4 para testes de Equilíbrio, Escalar, Esconder-se e
Furtividade.
Korinth
Animal Colossal
Dados de Vida: 32d8+288 (432pv)
Iniciativa: -1
Deslocamento: 6m.
CA: 13 (-8 tamanho, -1 Des, +12 natural), toque
1, desprevenido 13
Ataques: Rabada +31, mordida +26
Dano: Rabada 4d10+15, mordida 2d10+7
Face/Alcance: 24m/7,5m
Ataques Especiais: Pisotear 10d10+22
Qualidades Especiais: Visão No Escuro 18m,
visão na penumbra, olfato.
Testes de Resistência: Fort +27, Ref +17, Von
+10
Habilidades: For 40, Des 9, Con 29, Int 1, Sab
10, Car 13
A Cidade-Estado de Draj
Perícias: Ouvir +6, Observar +6
Talentos: -
Clima/Terreno: Colinas
Organização: Solitário
Nível de Desafio: 12
Tesouro: Nenhum
Tendência: Sempre neutro
Progressão: 33-64 DV (Colossal)
Korinths são gigantes lagartos cinzas, com
enormes espinhos de 7,5 metros saindo de suas
costas. Esses grosseiros quadrúpedes têm um
longo pescoço e uma relativamente pequena
cabeça. Eles servem como montarias de patrulha
dos drajis, que usam-nos para patrulhar a
vastidão de areia ao redor de Draj.
Essas enormes criaturas são difíceis de
encontrar e não se sabe onde os drajis os
capturam. Eles têm mente fraca e são facilmente
controlados por condutores psions.
Combate
Essas feras são muito grandes para ter
predadores naturais. Eles preferem atacar usando
a cauda, usando sua mordida somente em caso de
extrema necessidade.
Pisotear (Ex): Como uma ação padrão durante
seu turno em cada rodada, um korinth pode
pisotear oponentes de pelo menos uma categoria
de tamanho menor que a deles. Esse ataque causa
10d10+22 pontos de dano por concussão. Um
oponente pisoteado pode tentar um ataque de
oportunidade com uma penalidade de –4 ou um
teste de Reflexo (CD 41) para receber somente
metade do dano.
63
 A Cidade-Estado de Draj

Mapa da Cidadela das Duas Luas

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 A Cidade-Estado de Draj
Mapa de Draj

65

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A Cidade-Estado de Draj

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