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PÂMELA PRIMO MORENO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA

Londrina

2018
PÂMELA PRIMO MORENO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA

Trabalho apresentado ao
Departamento de Ciências Sociais da
Universidade Estadual de Londrina, para
obtenção de nota referente ao primeiro
semestre da disciplina de Introdução à
Antropologia.

Orientador: Prof. Dr. Martha Célia


Ramirez-Galvez

Londrina

2018
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Moção: Desastre Ambiental Mariana

O rompimento da Barragem do Fundão, no dia 5 de novembro de 2015, que


ocorreu no município de Mariana, no estado de Minas Gerais, ficou conhecido como
o maior desastre ambiental na história do Brasil. Esse rompimento levou ao
derramamento de mais de 60 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos da
produção de minério de ferro no meio ambiente. Como resultado, áreas residenciais,
plantações, pastagens, rios e córregos foram destruídos, além de ter deixado 17
mortos e centenas de desalojados.

Esta moção, criada pelos comitês QUILOMBOS e POVOS TRADICIONAIS,


MEIO AMBIENTE E GRANDES PROJETOS vem denunciar a ineficácia do Estado
não apenas em proteger a população e o meio ambiente, mas também em recompor
a vida das vitimas. Ainda chamam atenção para os riscos de novos rompimentos de
barragens e terminam com a exigência de que órgãos responsáveis tomem as
devidas providencias.
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Mesa Redonda 12: Coleções etnográficas e museus

Coordenador: Renato Monteiro Athias (UFPE)

Debatedor: Luis Donisete Grupioni (IEPE/USP)

Componentes e Título das Palestras:

Lúcia Van Velthem (MCT-Museu Goeldi) - Desconstruir/reconstruir e a interpretação


das coleções etnográficas

Nessa mesa redonda serão discutidas as coleções etnográficas e os museus.


As coleções etnográficas são constítuidas por testemunhos materiais de diferentes
grupos sociais, preservadas em reservas técnicas de museus e universidades. A
atividade humana deixa traços materiais, sejam eles voluntários ou não, esses
traços podem ser representados por objetos ou artefatos. Esses objetos possuem
valor documental, histórico e simbólico por expressarem a realidade material de uma
determinada cultura, além de proporcionarem a leitura das transformações
ocorridas. Os objetos etinográficos provem de trabalho artesanal, produzido em
pequena escala e a partir de especificidades locais.

Uma coleção é resultado de critérios de seleção especificos de cada


colecionador, porém, este precisa se atentar para os riscos de reduzir uma
população apenas a seus traços materiais. Isso acontece quando o objeto material é
desassociado dos aspectos imateriais de sua cultura.

Grande parte das coleções indígenas dos museus brasileiros originaram-se


de doações de militares, viajantes, comerciantes, clero e diplomatas. Portanto, esses
objetos acabam sendo visualizados de maneira ideológica e muitas vezes acabam
sofrendo alteração cultural.

Acredita-se que o que confere autenticidade a um objeto ou artefato é a sua


utilização, logo, existe uma regra em que se prioriza a coleta de objetos que
apresente os seguintes traços: fissuras, remendos, desgaste, etc. Porém, ao serem
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recolhidos, os artefatos acabam por perder sua identidade patrimonial específica,


pois passam a ser também um patrimônio institucional. O Estado pode estabelecer
mecanismos de apreesão e incorporação institucional da produção cultural indígena.

É possível que ao serem recolhidos, os objetos venham a perder seus valores


originais, como por exemplo, quando um objeto, em seu contexto cultural, chega ao
fim do seu ciclo de vida e deve ser destuído mas antes que isso possa acontecer ele
é coletado e levado a uma reserva técnica, ele então perde seu objetivo originário.

No final do sécilo XX, em países como Estados Unidos e Canadá, surgiram


debates sobre o papel a ser desempenhado pelos povos indígenas dentro de
instituições museais. Ao mesmo tempo, no Brasil, aparecem determinados povos
indígenas que buscam por uma (re)apropriação de acervos museais, apoiados na
afirmação identitária e na conexão das coleções com a noção de patrimônio. Com
isso os museus precisariam quebrar certos paradigmas no tratamento das coleções
e passar a enxergar os valores próprios de cada cultura indígena e entender que a
percepção dos objetos variam segundo as culturas. As exposições deveriam
considerar questões como apropriação, propriedade coletiva e individual, sagrado e
profano, gênero, entre outros. É preciso associar os povos às práticas interpretativas
dos objetos, desconstruindo a visão ideológica dos coletores e conferindo a eles um
discurso identitário de povos que, por muito tempo, foram silenciados.
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GT 06 - Direitos humanos, práticas de justiça e diversidade cultural

Mary Alves Mendes; Heline Silva (UFPI) - Violência de gênero: a dimensão


institucional e profissional no atendimento.

Esse trabalho coloca em evidência a violência contra a mulher, a importância


de um atendimento especializado eficiente para combater esse tipo de violência e
sobre como problemas estruturais e profissionais no atendimento podem no
processo de denúncias e investigações.

A desigualdade de gênero é um problema presente em diferentes classes


sociais, raças, culturas, idades, religão etc. Além disso, ele afeta tanto as pessoas
diretamente (vítimas, agressores) quanto indiretamente (famílias, instituições)
envolvidos.

Considerando a importância das Delegacias Especializadas de Atendimento à


Mulher ( DEAM) no enfrentamento eficaz da problemática em questão, esse trabalho
tem por objetivo analisar a operacionalização estrutural e profissional de uma DEAM,
em Teresina, no processo de atendimento aos sujeitos envolvidos em casos de
violência de gênero.

O estudo revelou carêcias materiais, que vão desde a falta de viaturas até a
inadequação estrutural do prédio (falta de água, banheiro etc.), além de apresentar
problemas na área de atendimento profissional, onde muitas vezes o profissional
não possui as capacitações ou conhecimentos necessários sobre a questão de
gênero, o que acaba levando a insinuações, brincadeiras ou desuções que são de
maineira geral machistas e perturbantes para as vítimas e/ou para os sijeitos que se
encontram na situação de agressores.

Apesar de ser um problema antigo, as medidas para o enfraquecimento e


combate à violência contra a mulher são muito recentes, a criação das Delegacias
Especializadas de Atendimento à Mulher, por exemplo, foram criadas apenas na
década de 80. No Brasil, a criação da Lei Maria da Penha trouxe algumas mudanças
para com as leis que tratavam do assunto anteriormente.

No Brasil, existem mais de 415 DEAMs, esse número é considerado pequeno


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para um país com uma extensão territorial tão grande, além disso, essas Delegaciais

Estão desigualmente distribuídas, estando quase metade localizada na região


Sudeste.

Segundo estudos, o tipo de tratamento que os sujeitos atendidos nesses


espeços recebem pode definir sua postura frente aos profissionais. Portanto o
acolhimento e o atendimento são momentos importante para conscientização e a
ação reflexiva das vítimas. Para isso, é preciso que os profissionais dessa área
recebam capacitação na questão de gênero.

O atendimento profissional adequado e capacitado também deve ser aplicado


em relação aos agressores, pois estes sujeitos são elementos importantes no
estabelecimento das práticas de violência de gênero. Quando se trata de gênero e
violência, ainda são poucas as investigações que tratam sobre o sujeito que se
encontra na posição de agressor.

Esta é uma pesquisa qualitativa, realizada na DEAM, zona centro/sul, de


Teresina, nos períodos de maio a setembro de 2008 e outubro e novembro de 2009.

Considerações Finais

Este trabalho mostrou brevemento a complexidade que envolve a violência de


gênero, revelou que condições precárias de infraestrutura e atendimento profissional
incapacitados na área de gênero, no espaço das DEAMs acabam por corroborar
para a continuidade da violência contra à mulher.

Além disso, o estudo mostrou como é difícil desconstruir a cultura machista e


justamente por isso a capacitação obrigatória e frequente na área de gênero é de
fundamental importância para combater esse tipo de violência.
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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA. Moção desastre ambiental


Mariana. 2016. Disponível em:
<http://www.portal.abant.org.br/images/Noticias/5._RevFinal_Mo
%C3%A7%C3%A3o_desastre_ambiental_Mariana.pdf>. Acesso em: 09 jul. 2018.

VAN VELTHEM, Lucia Hussak. Desconstruir/reconstruir e a interpretação das


coleções etnográficas. 2008. Disponível em:
<http://www.abant.org.br/conteudo/ANAIS/CD_Virtual_27_RBA/arquivos/mesas_redo
ndas/mr12/lhvv12.pdf>. Acesso em: 09 jul. 2018.

MENDES, Mary Alves; SILVA, Heline. Violência de gênero: a dimensão


institucional e profissional no atendimento. 2009. Disponível em:
<http://www.abant.org.br/conteudo/ANAIS/CD_Virtual_27_RBA/arquivos/grupos_trab
alho/gt06/mami.pdf>. Acesso em: 09 jul. 2018.

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