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Caprinocultura

Fatores e composição do leite

→ Na caprinocultura a produção de leite é a mais utilizada e, apesar de haver também


na ovinocultura, esta se encontra em regiões mais pontuais do Brasil como a região
Sul.

→ O leite de ovelhas e búfalas possuem mais nutrientes do que o leite bovino e


caprino, porém, estes últimos produzem o leite em maior quantidade. Os fatores que
influenciam a produção do leite são descritos a seguir:

1. Raça: ocorrem diferenças entre os grupos genéticos no que diz respeito á


produção de leite mais gordo, cujas raças mais produtoras são: Saanen, Alpina,
Togginburg, Anglo-nubiana. A três primeiras são raças alpinas, ou seja, provém
de climas temperados, onde O Saanem e o Alpino produzem mais leite (em
torno de 3,5 a 4 litros), mas em comparação a Anglo-nubiana é menor rico em
gorduras e proteínas, justamente por esses nutrientes estarem menos
concentrados. Os animais da raça Anglo-nubiana são animais de clima tropical e
por isso exigem menos cuidados quando criados no Brasil em comparação às
outras três.
2. Indivíduo: também diferenças em relação aos indivíduos e é a partir disso que
os animais são selecionados para programas de melhoramento genético. Para
tanto é importante se fazer o controle leiteiro (pesagem do leite e persistência
da lactação de cada indivíduo por 305 dias de cada indivíduo) e a curto prazo,
oferecer uma alimentação de qualidade, para que os animais possam expressar
sua genética.
3. Alimentação: é baseada em dois tipos de alimentos: volumoso e concentrado.
Na falta de alimento volumoso (rico em fibra com mais de 18% de fibra bruta) o
animal morre, uma vez que a manutenção de sua saúde digestiva depende
disso. O alimento volumoso, entre outras funções, auxilia na manutenção do
pH ruminal e serve de substrato para a flora microbiana presente no rúmen
que fornecerá os nutrientes necessários a esses animais. O concentrado
consiste numa suplementação para que os animais possam produzir mais. É
fato porém que os animais que suplementados em excesso por concentrado,
podem ter o pH do rúmen diminuído, diminuição da ruminação, timpanismo,
acidose ruminal, além da toxemia da gestação e morte súbita. Porém
quantidades adequadas, o concetrado leva ao aumento do propionato, que
aumentará a glicose, consequentemente a lactose e a produção do leite. O
aumento do volumoso, leva ao aumento do acetato, que aumentará a
produção de ácidos graxos do leite. É importante salientar que a cabra na sofre
tanto quanto outros animais com a Síndrome da gordura do leite. Além disso,
uma dieta rica em volumoso diminui o custo de produção, fazendo-se
necessário um investimento para melhorar as forragens fornecidas.

→ É importante salientar que durante a escolha de matrizes, se no período final da


gestação e início da lactação, deve-se escolher as fêmeas mais magras. Isso porque
durante esse período a fêmea possui menos espaço para uma alimentação
adequada e logo depois inicia a produção de leite, diminuindo sua condição
corporal. Em verdade o pico na alimentação, que ocorre em 42 dias após o parto,
não é acompanhado do pico de alimentação que ocorrerá alguns dias depois. Logo,
é natural e preferível que a durante esse período a fêmea esteja em baixa condição
corporal, já que é um processo natural e significa dizer que a mãe é capaz de
mobilizar energia para o filhote.

4. Saúde: um contaminado é prejudicial para os animais, uma vez que a energia


para a cura e homeostase está sendo usada quando poderia estar sendo gasta
na produção. Mamite são infecções comuns quando não há controle sanitário
adequado, podendo levar a fibrose e afetando a produção. Para tanto, usa-se
antibióticos durante o tratamento e comumente os produtores não respeitam
o período de carência, fazendo com que o leite contenha doses consideráveis
de antibióticos, quando não vermífugos devido a vermifugação desses animais.
5. Número de ordenhas: isso porque o esvaziamento da teta é um estímulo para
nova produção de leite. A desvantagem é que a mão-de-obra aumentará, assim
como o custo. O uso de ordenhadeiras é comum, onde deve-se fazer a
regulagem adequada da ordenhadeira e bom manejo, evitando assim
sobreordenhas e esgotamento excessivo da glândula mamária. O comum é a
retirada do leite duas vezes ao dia.
6. Número de crias: ocorre uma relação positiva entre o número de crias e a
produção, uma vez que quanto maior for o número de crias, maior a
quantidade de tecido mamário e mais tecido placentário, que leva a produção
do hormônio lactogênico placentário. O resultado é uma maior produção de
leite. Alguns casos permite-se que o cabrito mame na mãe para influenciar a
produção de mais leite, cujas vantagens e desvantagens são: menor mão-de-
obra, custo de alimentação e probabilidade de adquirir mamite e aumento da
relação afeita mãe-filho.
7. Tamanho do animal: quanto maior o animal maior a produção de leite devido a
sua maior capacidade de produção, já que terá maior ingestão de alimentos. A
desvantagem é o custo de produção elevado para a manutenção desse animal.
Em verdade o tamanho elevado do animal é relativo, uma vez que apesar da
maior produção de leite o custo de sua manutenção também é alto. Por vezes,
é preferível um animal pequeno ou médio, cujo custo de produção será menor
e produzirá quantidade igual a um animal maior. O custo e benefício devem ser
analisados neste caso.
→ No que se refere à composição do leite, temos:

A. Gordura: assim como na vaca, o teor de gordura gira em torno de 3 a 4%.


Quanto mais gordo o leite maior a produção pois maior será o substrato para a
produção de derivados do leite como queijo, requeijão, etc. No leite de cabra
os ácidos graxos predominantes são ácidos graxos de cadeia curta e média (C 6,
C8 C10). Estes conferem sabor e aroma característicos e disponibilizam energia
mais rapidamente que os AGCL. Os AGs juntos formam os glóbulos de gordura
menores, que torna o leite mais digestível que o leite da vaca, já que por serem
pequenos e dispersos, tornam maior a superfície enzimática. O leite de cabra
PE naturalmente homogeneizado, formando uma camada insignificante de nata
sobre a superfície. Não ocorre B-caroteno (precursor da vitamina A) e por isso
sua coloração é mais branca e a manteiga possui aspecto mais cremoso, não
tão apreciado quanto a da vaca. Para pessoas com Síndrome da má absorção,
problemas articulares, o leite de cabra é indicado. Sua principal indicação está
relacionada com a presença de ácido linoleico conjugado, e Omega 3.
B. Proteína: ocorrem dois tipos principais: caseína e o soro. Dentro da caseína
temos: α-caseína( α-S1 e α-S2), β – caseína e ĸ-caseína. A α-S1 é considerada a
responsável pela alergia ao leite da vaca, onde é a que também predomina).
Dentro do soro temos albuminas e globulinas, sendo consideradas potencias
alergenos. A β-caseína é a principal que ocorre no leite da cabra, responsável
pela formação de uma massa mais macia na produção do queijo. A lactose,
proteína do leite, tem um teor de cerca de 4 – 4,1 %. É o componente que
menos varia e por possuir menos lactose em comparação a outros leites, é o
mais indicado no caso de indivíduos que possuem intolerância à lactose.
C. Minerais: ocorre principalmente o cálcio e o fósforo. Não possui ferro.
D. Vitaminas: fonte de vitaminas do complexo B; Não possui o ácido fólico (um
dos tipos de vitamina B e co-fator importante na produção de hemoglobina).

Reprodução

→Para haver eficiência na reprodução de caprinos, um bom manejo (mão-de-obra),


nutrição, saúde e identificação, são aspectos essenciais.

→ Fêmeas leiteiras das raças alpinas (Saanem, Alpina, e Tuggiburg (?)) são precoces,
ou seja, a puberdade ocorre cedo, com ocorrência do 1°cio e ovulação. Com 40% do
peso adulto a fêmea já entra na puberdade. Os machos também são precoces e os
sinais preponderantes são exposição total do pênis e ejaculada com espermatozoides
viáveis.

→ Apesar disso, é necessário esperar um determinado tempo além do início da


puberdade para realizar a estação de monta, uma vez que as fêmeas não estão aptas a
entrarem em gestação. Comumente espera-se alcançar cerca de 70% do peso padrão
do rebanho para realizar o cruzamento. No caso de gestação em um período anterior a
este, a fêmea provavelmente não dará mais de um filhote, e quando não são menos
desenvolvidos, com peso menor, e a fêmea produz menos leite e se úbere será menor.

→ Os caprinos possuem estacionalidade no ciclo estral, onde quanto mais distante da


linha do equador (ou maior latitude) mais evidente é essa estacionalidade.

(ouvir áudio)

→ O aspecto estacional do ciclo se reflete na duração dos dias. Quanto maior a


duração dos dias, ou seja, quanto maior o tempo de luminosidade, os animais se
tornam poliestros anuais (apresentam o cio o ano todo) como ocorre no Nordeste
brasileiro.

→ Os caprinos são animais considerados poliéstricos estacionais, ou seja, o possuem


uma estacionalidade reprodutiva, onde a diminuição do fotoperíodo (dias curtos)
estimulam o cio. O estro ocorre no final do verão e outono e parição costuma ser na
primavera, quando o clima é mais ameno e ocorre maior disponibilidade de alimento.
Isso ocorre principalmente em países temperados, de alta latitude. Países de clima
tropical, onde o ocorre pequena variação da duração dos dias durante o ano, esses
animais se adaptaram, perdendo as características de estacionalidade, podendo ciclar
o ano todo. Assim, o cio costuma ser no outono e, considerando a gestação dos
animais de 5 meses, tendem a parir durante a primavera, onde as forragens são de
melhor qualidade, favorecendo a nutrição do filhote. O cio se repete de 17 a 18 dias e
tem duração de 36 horas, onde a fêmea é extremamente receptiva de 12 a 24 horas.

→ As características da fêmea no cio incluem: vulva edemaciada e avermelhada, com


produção e muco (inicialmente cristalina e depois mais esbranquiçada) a fim de
lubrificar a vagina e ajudar na mobilização dos espermatozoides, agitação, micção
frequente, diminuição da ingestão de alimentos. A ovulação ocorre no final do cio,
momento ideal para o processo de inseminação artificial.

→ A duração do ciclo estral é de 20 a 21 dias.

→ A influência da iluminação ocorre em decorrência da influência da melatonina no


ciclo hormonal da reprodução. Acontece que na ausência de luz há aumento da
secreção de melatonina pela glândula pineal, durante a noite, uma vez que a luz entra
na retina e inibe a secreção de melatonina. A melatonina, por sua vez, estimula a
secreção de GnRH pelo hipotálamo, que estimulará a secreção de FSH (hormônio
folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante), os quais agirão nas gônadas a fim
de estimular o processo de maturação folicular e ovulação. Isso ocorre nas épocas em
que os dias diminuem, onde há menor quantidade de horas com luz.

→ Para tanto esse processo não é economicamente rentável, uma vez que a produção
irá se concentrar em determinadas estações, sendo que há uma procura por produtos
durante o ano todo, principalmente durante o inverno e outono, onde há menor
produção.

→ O controle da estacionalidade, para que haja uma produção uniforme durante o ano
todo é feita de várias maneiras, para que tenha uma estação de monta (que ocorre no
período de dias curtos) e uma contraestação (que ocorre no período de dias longos). O
resultado será um lote de fêmeas cobertas no início da estação e outro no final. Ocorre
de três maneiras:

1. Indução hormonal: Usa-se uma esponja vaginal impregnada de progesterona,


durante dez dias. 48 horas antes do final do tratamento aplica-se uma dose de
300UI de eCG (gonadotrofina sérica de égua gestante), onde há basicamente
75% de FSH e 25% de LH. Aplica-se também protaglandina sintética ou natural.
Juntos o eCG e prostaglandina levarão ao crescimento folicular e ao cio.
2. Manejo de fotoperíodo: indução de luz artificial no galpão com uma adição de 4
a 5 horas de luz artificial no início da noite durante os meses de junho e julho (2
meses), fazendo com que as fêmeas não entrem em cio, devido principalmente
a produção de serotonina no lugar de melatonina. Abruptamente, depois
desses dois meses a luz artificial é cortada e as fêmeas começam a entrar no cio
em 30 a 60 dias.

3. Presença do macho: também chamado de “efeito bode”, onde a fêmea passa


sem o mínimo contato com o macho durante 2 meses (afastamento visual,
auditivo ou olfativo), e depois desse período o macho quando entra em contato
com as fêmeas, ocorre a indução do cio nestas. É uma prática de baixo custo.

→ A sincronização do cio é importante também para o manejo da inseminação


artificial, para que um lote todo de fêmeas possam ser inseminadas de uma só vez.
→ O intervalo de parto é de 1 ano, a monta ocorre no 7° mês e deve-se parar a
lactação 2 meses antes do parto, para que a fêmea se recupere.

→ O diagnóstico da gestação pode ser feito através da percepção da ausência de cio


ou ultrassom, que é usado 21 dias depois da cobertura ou inseminação. Com 31 dias é
possível observar o número de crias.

→ Toxemia da gestação é uma doença comum nas cabras e ocorre devido ao estresse,
mudanças súbitas na dieta.

→ Durante a gestação é dado 600 gramas de concentrado à fêmea. Deve-se evitar a


aplicação de medicamento durante esse período e gestação e trocas de lotes afim de
evitar brigas entre as fêmeas. A fêmea consome menos alimento e menor teor de
matéria seca e portanto, deve-se, no terço final da gestação melhorar a alimentação a
fêmea afim de haver melhor crescimento do filhote e maior produção de leite. É
comum a fêmea perder condição corporal do terço final da gestação até o pico de
lactação, onde o animal também fica mais susceptível às verminoses. Isso porque
nesse período há um crescimento mais acentuado do filhote e produção evidente de
leite. Para tanto o alimento deve ser dado no cocho e/ou evitar a contaminação do
pasto.

→ É aconselhável que o tratador acompanhar o parto para auxiliar a fêmea em casos


de problemas. Os cuidados com o filhote incluem:

 Secagem e limpeza do cabrito;


 Desobstrução das vias aéreas do cabrito;
 Corte e cura do umbigo com iodo 10%;
 Fornecimento do colostro após aquecimento em até 56C em banho Maria e
aguardo de uma hora. Outra opção é a amamentação com leite de vaca

→ O alimento sólido pode ser fornecido já a partir da primeira semana para estimular
o crescimento do rúmen. A desmama do cabrito ocorre quando precoce com 5
semanas e quando normal com 2 ou 3 meses. O intervalo de parto pode ser de 12
meses ou de 8 meses (3 partos em 2 anos).

→ TCM: O Teste Californiano de Mamites é o mais conhecido e mais difundido método


de detecção de mamites subclínicas em todo mundo. Este teste consiste numa reacção
química em que se junta ao leite um reagente (Teepol + Bromocresol púrpura). O
contacto do reagente específico com as células somáticas dá origem à formação de
uma gelatina provocada pela aglutinação das proteínas. É uma prova bastante útil e
rápida, que tem como principal desvantagem a subjectividade na interpretação da
viscosidade da amostra analisada. É feita de cada 15 em 15 dias. No final a mistura
pode se apresentar levemente viscosa, devido às células somáticas que são secretadas
em maior quantidade no leito ao final da lactação. Quanto mais homogêneo e menos
viscoso melhor a qualidade do leite.

→ A contagem de células somáticas “CCS” é outro exame que é usado para o


diagnóstico da mamite, este é feito em laboratório.

→ O teste prático mais eficiente é o teste da caneca telada ou de fundo escuro. Este é
o teste que se deve fazer a cada ordenha. Ele detecta a mamite clínica nos primeiros
jatos de leite. Quando a mamite clínica aparece, há um depósito de leucócitos (células
de defesa) no canal da teta e estes leucócitos formam grumos que são visualizados
logo nos primeiros jatos de leite. Estes primeiros jatos devem ser depositados na
caneca de fundo escuro ou telada onde os grumos serão visualizados com mais
facilidade. Devido ao contraste do fundo da caneca com os próprios grumos estes
ficam mais aparente. Neste caso estamos frente a mamite clínica.

→ A avaliação das mucosas é muito importante no exame geral, pois muitas vezes, as
mucosas podem indicar o estado de saúde atual do animal, bem como revelar a
existência de enfermidades. O ambiente para avaliar as mucosas deve ser bem
iluminado com luz branca ou luz solar.

→ O método Famacha é um recurso importante no controle de H. contortus e sua


vantagem mais significativa é a redução do número de tratamentos aplicados, o que
auxilia na diminuição do desenvolvimento da resistência a antihelmínticos. É um
método de tratamento seletivo, ou seja, objetiva vermifugar somente os animais do
rebanho que apresentam anemia, facilmente visualizada na mucosa ocular dos ovinos.

→ Este exame, chamado de hematócrito, é o método rotineiramente usado como


indicador de saúde animal. Cinco graus de coloração, ilustrados em um cartão,
direcionam a vermifugação dos animais. Os graus 1 e 2 são de animais com coloração
bem vermelha, ou seja, praticamente sem traços de anemia. No grau 3, já é indicada a
vermifugação. Nos graus 4 e 5, a vermifugação é imprescindível, pois a mucosa
apresenta palidez intensa, além do fato de que no grau 5 é indicado que o animal
receba suplementação alimentar.

→Para a verificação da cor da mucosa ocular, o examinador deve expor a conjuntiva,


pressionando a pálpebra superior com um dedo polegar e abaixar a pálpebra inferior
com o outro (foto da capa). Deve-se evitar a exposição parcial da membrana interna da
pálpebra (terceira pálpebra) e do olho. O ideal é observar a coloração na parte
mediana da conjuntiva inferior, comparando-a com as cores do cartão.

→ Score corporal: parâmetro de estado físico em que se encontra um animal. É


identificado através Avaliação da condição corporal através de escores obtidos pela
palpação da região lombar, auxilia no manejo nutricional e reprodutivo do rebanho.
Deve-se localizar a última costela e subir com os dedos até encontrar a vértebra
lombar. Isso porque somente pele e gordura cobrem a espinha dorsal e termina nas
costelas,assim é local ideal para avaliar condição corporal. Varia de 1 a 5, onde:

1. Animal emaciado (muito magro);


2. Animal magro;
3. Animal em condição média;
4. Animal pesado;
5. Animal gordo.

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