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Aula 5 – Lei n. 8.

429/1992
Rodrigo Cardoso

AULA 5

1  DISPOSIÇÕES PENAIS

Se alguém fizer representação contra agente público para prejudicá-lo, ou


seja, sabendo que é inocente, responderá por crime. Essa é a redação do art. 19:
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente
público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indeni-
zar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provo-
cado.

IMPORTANTE!
A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam
com o trânsito em julgado da sentença condenatória, que representa a
impossibilidade de apresentar recurso (art. 20).

IMPORTANTE!
A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o
afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução
processual. Assim, se a autoridade administrativa ou judicial entender que se o
agente público continuar exercendo suas funções no órgão poderá atrapalhar
as investigações, poderá determinar seu afastamento por prazo estabelecido
na própria decisão. A Lei não estabelece prazo máximo, ficará a critério da
autoridade.
 
ANOTAÇÕES

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2  PRESCRIÇÃO

Prescrição é um instituto que visa a regular a perda do direito de acionar,


judicialmente, devido ao decurso de determinado período de tempo. Logo, a
prescrição corre em favor do agente que causou o ato de improbidade. Se a
ação de improbidade não for proposta em determinado prazo, não será proces-
sado, segundo a Lei n. 8.429/1992, ou seja, não terá seus direitos políticos sus-
penso, não receberá multa civil, etc.

IMPORTANTE!
Os débitos contra o erário são imprescritíveis. Isso significa que – ocorrendo
ato de improbidade administrativa, como, por exemplo, desvio de recurso
público a qualquer momento – poderá ser proposta ação de ressarcimento para
reparar o prejuízo ao Estado. Isso não significa que a ação de improbidade
seja imprescritível. Vamos ver, a partir de agora, que a ação de improbidade
prescreve, conforme consta no art. 23.

Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei


podem ser propostas:
I – até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em
comissão ou de função de confiança;
II – dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas discipli-
nares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício
de cargo efetivo ou emprego.
III – até cinco anos da data da apresentação à administração pública da presta-
ção de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1º desta Lei.
Primeiro, o artigo faz referência ao improbo que tiver relação transitória com
o Estado, como os ocupantes de cargo em comissão e ocupantes de mandato
eletivo. Nesse caso, o prazo de prescrição é de cinco anos, contados do rompi-
mento do vínculo com a Administração. Considere que um agente público, que
exerce cargo exclusivamente em comissão, tenha desviado recurso público em
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2010 e que, em 10/03/2012, tenha sido exonerado do cargo. A ação de impro-


bidade poderá ser proposta em até cinco anos da data da exoneração. Ou seja,
até 10/03/2017. Não sendo proposta até a referida data, ocorre a prescrição, que
representa a perda do direito de ação. Não será mais processado, segundo a Lei
n. 8.429/1992, mas a ação de ressarcimento é imprescritível.
Após, o artigo faz referência ao ocupante de cargo efetivo ou emprego.
Nesse caso, o prazo prescricional ficará vinculado ao prazo prescricional pre-
visto no estatuto ao qual o servidor é vinculado, tendo, como base, a prescrição
da demissão. Assim, a Lei n. 8.429/1992 não estabeleceu um prazo fixo, mas fez
menção ao prazo de prescrição da demissão do servidor dos diversos regimes
jurídicos existentes. Nesse caso, a prescrição inicia do descobrimento do fato e
não do dia que o fato ocorreu.
Exemplo: a prescrição da demissão, prevista na Lei n.8.112/90, é de cinco
anos. Assim, considere que o servidor tenha praticado ato de improbidade. Como
é servidor efetivo, a prescrição só iniciará quando a Administração tiver ciência
do ato de improbidade. Considere que a ilegalidade tenha ocorrido em 2009 e
a Administração só tenha descoberto em 20/08/2015. A ação de improbidade
poderá ser proposta até 20/08/2020, não sendo proposta até a referida data,
ocorre a prescrição.

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Chegamos ao fim do curso da Lei n. 8.429/1992. Espero que você tenha


entendido todos os propósitos e que acerte todas as questões nas provas que
for realizar.
Força sempre! Confie em você, sua capacidade é imensa... Felicidades.

Professor Rodrigo Cardoso


ANOTAÇÕES

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QUESTÕES PROPOSTAS

1. (CESPE 2015 / STJ / ANALISTA JUDICIÁRIO) A ação de improbidade admi-


nistrativa só pode ser proposta pelo Ministério Público.

2. (CESPE 2012 / CÂMARA DOS DEPUTADOS / ANALISTA LEGISLATIVO –


TÉCNICA LEGISLATIVA ) Apenas o Ministério Público pode representar junto
à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação
com o objetivo de apurar a prática de ato de improbidade.

Apuração interna realizada descobriu que um empregado público federal de


uma sociedade de economia mista recebeu vantagem indevida de terceiros, em
troca do fornecimento de informações privilegiadas e dados sigilosos do ente de
que ele fazia parte. O relatório de conclusão da apuração foi enviado ao Ministé-
rio Público para providências cabíveis.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue.

3. O terceiro beneficiado poderá ser responsabilizado nas esferas cível e cri-


minal, mas não por improbidade administrativa, visto que esta não abrange
particulares.

4. (CESPE 2013 / TRT 10ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO


DE MANDADOS) Eventual ação de improbidade administrativa contra o em-
pregado deverá ser ajuizada pelo Ministério Público na justiça estadual.

5. (CESPE 2015 / TJDFT / ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Ain-


da que não haja trânsito em julgado da sentença condenatória em ação de
improbidade administrativa proposta contra servidor do TJDFT, a autoridade
judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do
servidor do exercício da função, sem prejuízo de sua remuneração, quando
a medida se fizer necessária à instrução processual.
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6. (CESPE 2013 / TJDFT / TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA)


O servidor que estiver sendo processado judicialmente pela prática de ato de
improbidade somente perderá a função pública após o trânsito em julgado da
sentença condenatória.

7. (CESPE 2012 / CÂMARA DOS DEPUTADOS / ANALISTA LEGISLATIVO –


TÉCNICA LEGISLATIVA) Tratando-se de crime por ato de improbidade, a per-
da de função pública e a suspensão dos direitos políticos somente se efetivam
com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

8. (CESPE 2010 / ANEEL / NÍVEL SUPERIOR) Considere que Pedro tenha


denunciado o agente público João por ato de improbidade, sabendo que este
era inocente. Nesse caso, Pedro perderá automaticamente sua função públi-
ca e terá seus direitos políticos suspensos, além de ser condenado à pena
de reclusão e ao pagamento de multa.

9. (CESPE / ABIN / DIREITO) Foi proposta, em 5/6/1998, ação civil pública por
ato de improbidade administrativa contra um ex-prefeito, por ilícito praticado
na sua gestão. Na ação, foram requeridos não apenas a sua condenação
por ato de improbidade, mas também o ressarcimento dos danos causados
ao erário. O término do mandato do referido prefeito ocorreu em 31/12/1992.
Nessa situação, de acordo com a Lei n. 8.429/1992 e os precedentes do Su-
perior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-prefeito não poderá ser punido pelo ato
de improbidade, já prescrito, mas não ficará impune da condenação pelos
danos causados ao erário, que são imprescritíveis.

10. (CESPE 2012 / AGU / PROCURADOR FEDERAL) Autorizada a cumulação


do pedido condenatório e do de ressarcimento em ação por improbidade
administrativa, a rejeição do pedido condenatório por prescrição não obsta
o prosseguimento da demanda relativa ao pedido de ressarcimento, que é
imprescritível.
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JUSTIFICATIVA DAS QUESTÕES PROPOSTAS

1. Justificativa: a pessoa jurídica interessada pode propor a ação de impro-


bidade, bem como o Ministério Público.
Gabarito: errado.

2. Justificativa: qualquer pessoa pode representar, junto à autoridade admi-


nistrativa competente, para que seja instaurada investigação com o objetivo de
apurar a prática de ato de improbidade.
Gabarito: errado.

3. Gabarito: errado

4. Gabarito: errado

5. Justificativa: a questão apenas repete o estabelecido em Lei.


Gabarito: certo.

6. Justificativa: a perda da função pública estabelecida pelo juiz só se efe-


tiva com trânsito em julgado da ação de improbidade.
Gabarito: certo.

7. Justificativa: é o que consta na Lei.


Gabarito: certo.

8. Justificativa: Pedro não terá seus direitos políticos suspensos nem perderá
sua função pública, mas será penalizado com detenção – de 6 a 10 meses – mais
multa, como prevê a lei.
Gabarito: errado.

9. Gabarito: errado

10. Justificativa: ocorrendo a prescrição da ação de improbidade adminis-


trativa, a ação de ressarcimento ao erário prosseguirá, pois é imprescritível.
Gabarito: certo.
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JURISPRUDÊNCIAS RELEVANTES

1. STJ, 2ª Turma, REsp 118417: Por exercerem atividade delegada do Poder


Público, mantendo com ele vínculo contratual, os notários e registradores são
sujeitos ativos em potencial dos atos de improbidade administrativa.
2. STJ, 2ª Turma, REsp 723494:  A edição de leis que implementaram o
aumento indevido nas próprias remunerações, posteriormente camuflado em
ajuda de custo desvinculada de prestação de contas, enquadra a conduta dos
responsáveis no art. 10 da LIA, que censura os atos de improbidade por dano
ao erário.
3. STJ, 2ª Turma, REsp 1127143: As pessoas jurídicas também poderão
figurar como sujeito ativo dos atos de improbidade na condição de terceira bene-
ficiária.
4. STJ, 2ª Turma, REsp 1155992: Não figurando, no polo passivo, qualquer
agente público, não há como o particular figurar sozinho como réu em Ação de
Improbidade Administrativa.
5. STJ, 2ª Turma, REsp 414697: A jurisprudência do STJ rechaça a respon-
sabilidade objetiva na aplicação da Lei n. 8.429/1992, exigindo a presença de
dolo nos casos dos arts. 9º e 11 – que coíbem o enriquecimento ilícito e o aten-
tado aos princípios administrativos, respectivamente – e ao menos de culpa nos
termos do art. 10, que censura os atos de improbidade por dano ao erário.
6. STJ, 2ª Turma, REsp 892818: O princípio da insignificância não se aplica
à LIA (Lei de Improbidade Administrativa).
7. STJ, 2ª Turma, REsp 1014161: É punível a tentativa de improbidade admi-
nistrativa nos casos em que as condutas não se realizam por motivos alheios
ao agente, haja vista a ocorrência de ofensa aos princípios da Administração
Pública.
8. STF, 2ª Turma, AgRg no RE 598588:  O fato da LIA ter ampliado o rol
de sanções originariamente previstas na Constituição Federal não apresenta
inconstitucionalidade alguma, pois a Constituição indicou apenas uma  relação
mínima de sanções.
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9. STJ, 2ª Turma, REsp 1186123: A sanção de perda da função pública não


tem incidência sobre os agentes aposentados, haja vista não estar prevista na
LIA.
10. STJ, 1ª Turma, AgRg no REsp 1125634: Não há julgamento ultra ou extra
petita quando o juiz acrescenta à condenação do responsável, pelo ato de impro-
bidade administrativa, sanções não pedidas pelo autor da ação.
11. STJ, 2ª Turma, RMS 30510: É admitida a instauração de procedimento
administrativo destinado a investigar a prática de ato de improbidade até mesmo
em caso de denúncia anônima, quando esta for verossímil.
12. STJ, 2ª Turma, REsp 1190846: Em se tratando de pedido de indisponi-
bilidade dos bens, é desnecessária a prova do periculum in mora concreto, ou
seja, de que o réu estaria dilapidando seu patrimônio ou na iminência de fazê-lo,
exigindo-se apenas a demonstração de fumums boni iuris, consistente em fun-
dados indícios da prática de atos de improbidade.
13. STF, AI 556727 AgR/SP: Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, julgado
em 20/03/2012, DJe 26/04/2012, o Supremo Tribunal Federal reiterou a posi-
ção sufragada na ADI 2797/DF ao revelar que “inexiste foro por prerrogativa de
função nas ações de improbidade administrativa”.
14. STF: “a prerrogativa de função para prefeitos em processo de impro-
bidade administrativa foi declarada inconstitucional pela ADI 2.797/DF.” (AI
678927 AgR/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, julgado em
02/12/2010, DJe 1º/02/2011).
15. STJ, 2ª Turma, REsp 1107833: Na hipótese de reeleição, em que o
agente exerce dois mandatos sucessivos, a contagem do prazo prescricional se
inicia a partir do término do segundo mandato.
16. STJ, 2ª Turma, REsp 1060529: Exercendo cumulativamente cargo efe-
tivo e cargo comissionado, ao tempo do ato reputado ímprobo, há de prevalecer
o primeiro, para fins de contagem prescricional, pelo simples fato de o vínculo
entre agente e Administração pública não cessar com a exoneração do cargo em
comissão, por ser temporário.
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17. STJ, 2ª Turma, REsp 1087855: Quando um terceiro, não servidor, pratica


ato de improbidade administrativa, se lhe aplicam os prazos prescricionais inci-
dentes aos demais demandados ocupantes de cargos públicos.
18. STF: Magistrados que se aposentam perdem a prerrogativa de foro (HC
106871/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgado em 27/03/2012,
DJe 11/04/2012).
19. STF: Não se aplica o foro especial por prerrogativa de função a ex-titula-
res de mandatos eletivos. Ex-deputado não tem direito a foro especial por prer-
rogativa de função, em ação civil pública por improbidade administrativa – Pet
3421 AgR/MA, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, julgado em 25/06/2009,
DJe 04/06/2010;[10]
20. STF: O Supremo Tribunal Federal admitiu sua competência para julgar
ação de improbidade administrativa proposta contra um dos seus membros
–  Pet 3211 QO/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. P/ acórdão Min. Menezes
Direito, Tribunal Pleno, julgado em 13/03/2008, DJe 27/06/2008). Recente-
mente, entretanto, o STF decidiu que “inexiste foro por prerrogativa de função
nas ações de improbidade administrativa.” (AI 556727 AgR/SP, Rel. Min. Dias
Toffoli, Primeira Turma, julgado em 20/03/2012, DJe 26/04/2012);
21. STJ: DIREITO ADMINISTRATIVO. REQUISITOS PARA A REJEIÇÃO
SUMÁRIA DE AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (ART. 17, § 8º, DA
LEI N. 8.429/1992). Após o oferecimento de defesa prévia prevista no § 7º do
art. 17 da Lei n. 8.429/1992 – que ocorre antes do recebimento da petição inicial
– somente é possível a pronta rejeição da pretensão deduzida na ação de impro-
bidade administrativa se houver prova hábil a evidenciar, de plano, a inexistência
de ato de improbidade, a improcedência da ação ou a inadequação da via eleita.
REsp 1.192.758-MG, Rel. originário Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para
acórdão Min. Sérgio Kukina, julgado em 4/9/2014
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