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A Santidade do Matrimônio

Depois de Deus ter firmado os fundamentos da terra, e ordenado seus elementos, para
orná-la e embelezá-la, criou nela germens vitais, aos quais ordenou crescer e multiplicar-se.
Crescite et multiplicamini (1). Este curto epitalâmio inaugurou, nas planícies e nos ares, sobre as
montanhas e no fundo dos mares, bodas universais, que precederam durante largas épocas a
aparição da humanidade. Os hinos poéticos das flores, realizados no fundo das corolas; os
amorosos encontros dos animais, impulsionados pelo desejo de renascer e propagar-se em
novas famílias, e a multiplicação da vida, tudo está pleno de admiráveis mistérios, porque nisso
tudo Deus colocou algo de seu infinito poder e de sua eterna vitalidade. Obedecendo ao preceito
divino, os indivíduos se completam um ao outro, para constituir um só princípio de vida; e assim,
associados à fecundidade de Deus, perpetuam o que devia perecer, e prolongam através do
espaço e do tempo a eficácia da Criação.
Deus havia preparado a terra, ornando-a para recebe seu Rei. Façamos o homem, disse
o Senhor. Faciamus hominem, e o façamos para que seja o rei da Criação: e o fez a sua imagem
e semelhança. O fez tão grande, tão belo, tão perfeito, que todos os viventes caíram
prontamente aos seus pés para acatar seu império e receber os nomes que quisesse dar-lhes.
E ainda quando o homem possuía tudo quanto era indispensável para imperar, Deus
disse que não é bom para que ele esteja só, e que era indispensável dar-lhe uma ajuda
semelhante a ele: Faciamus ei adjutorium símile sibi (1). E de onde virá essa companheira? Do
limo de que foi formado o homem? Não. Porque se o homem há de ser semelhante a Deus, o
único e primeiro princípio da vida de sua raça, o ser humano que se lhe associe deve originar-se
dele. “Dorme, filho meu”, diz o Senhor, “dorme”. E sob a influência de um magnetismo divino,
Adão, reclinado sobre as flores do Paraíso, é invadido por um misterioso sonho, durante o qual
Deus lhe tira uma costela, a reveste de carne, e desta pequena parte do homem, informada por
outra alma, surge a mulher, encantadora e pudica companheira do dormente.
Eva, atônita, admirando a vida que acaba de receber, espera... A tuas bodas, rei do
mundo, a tuas bodas! Adão desperta, e ao fixar o olhar na realidade que pressentira em seu
sonho profético, compreendeu que Eva era o complemento de sua perfeição. Ele é a inteligência,
ela o coração; ele é o pensamento, ela o sentimento; ele é a majestade, ela a graça; ele é a força,
ela a doçura; ele é o que ordena, ela a que insinua; ele é o semeador da vida, ela a terra fértil de
onde a vida deve germinar. Adão, admirado, se comove, se exalta, e, de seu coração, pleno de
um novo amor, escapa o seguinte e célebre epitalâmio, que revela às gerações futura a essência
das santas leis do matrimônio: Eis aqui o osso de meus ossos e a carne de minha carne: por ela
o homem deixará a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne. A
esta expansão de amor, respondeu o Criador com uma benção: a qual fez surgir daquela
primeira parceira a humanidade, e submeteu a seu império os seres todos que Ele já havia
abençoado e fecundado: “Crescei e multiplicai. Dominai a terra e sede donos de tudo quanto
ela contém”.
Tal é o primeiro matrimônio, o matrimónio típico. Olhai-o bem em sua essência, porque
dela emanam e por ela se resolvem importantíssimas questões.

Continua...

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