(Módulos I e II)
Edição – 2016
Lucilene Santos Pires Martins
Thiago Henrique Santos Martins
Método de Violino – Mód I e II
APRESENTAÇÃO
Método elaborado e devidamente referenciado com exercícios práticos criados, tendo por objetivo
atender as unidades eclesiásticas vinculadas à Igreja Cristã Maranata no que diz respeito ao aprendizado
de conhecimentos musicais e aperfeiçoamento do louvor.
É de distribuição interna, sem fins lucrativos, para fins educativos e será reeditado sempre que houver
necessidade.
SUMÁRIO
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Método de Violino – Mód I e II
5.7 Harmônicos......................................................................................................................................49
5.8 Glissando.........................................................................................................................................50
5.11 Martelè.............................................................................................................................................52
5.13 Staccato...........................................................................................................................................53
Este método foi elaborado para acompanhar o aprendizado inicial de violino, contendo os primeiros
exercícios básicos e práticos, preparando para próximos estudos mais profundos através de métodos
específicos.
1.1 Os exercícios
Os exercícios estão escritos de forma clara para fácil entendimento, aplicabilidade e execução,
acompanhados por um repertório de hinos e exercícios diversos, que serão adicionados de acordo com o
desenvolvimento de cada lição.
As lições seguem certa sequência e devem ser ministradas, quando possível, na ordem em que estão
apresentadas.
As sequências dos estudos seguirão a seguinte ordem:
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2 Conhecendo a história do violino
Os possíveis predecessores do violino são: O "fiddles" (na Grécia antiga e em Roma), o "Ravanastron"
(na Índia – ainda utilizado atualmente e tem registros de mais de 5 mil anos pelas civilizações
Mediterrâneas e Ásia Menor), o "Kemanghe" e o "Rabad" (utilizados pelos Persas e Árabes), e o
"CRUTH" (utilizado na Europa, introduzido pelos Nórdicos). Os instrumentos antigos mais parecidos com
o violino são: Os "Fiddles" (também chamados de vihuela de arco, fydhele, fydele ou fidula, dependendo
da localização geográfica – o nome Fiddle indica simplesmente instrumentos de corda e não especifíca
forma e tamanho), e a "Rabeca" (ou Rebeca ou violino, que apesar de receber este nome não tem o
timbre e formato do violino atual).
Os primeiros vestígios dos instrumentos tocados com o arco datam apenas do século XI, vindo das
regiões do norte da África, Espanha e da região do Bizâncio. Presume-se que o arco tenha surgido no
início da idade média (século V) na Ásia Central. É nesta localização e período que se pensa ter surgido
o primeiro instrumento com arco, que viria a possibilitar a evolução tecnológica que culminou no violino
atual. É provável que o instrumento tenha partido desta localização em direção à Europa.
As principais alterações tecnológicas realizadas no violino ocorreram entre os séculos XVI e XIX. O arco
igualmente sofreu modificações para acompanhar a evolução do instrumento. Mudanças formais e
estruturais foram necessárias para melhorar a qualidade sonora, cada vez mais exigida para atender ao
repertório evoluído para o instrumento, que exigia registros cada vez mais agudos.
Graças aos Mestres Luthiers italianos no século XVI, a família Amatique desenvolveu e aperfeiçoou a arte
da Luthierie. O Clã Amati estudou e aprimorou a forma do violino, mas a silhueta manteve-se inalterada
desde então. Nicolo Amati produziu exemplares considerados perfeitos pelos especialistas e intérpretes
da época. Foi na segunda metade do século XVI que a escola italiana de luthiers começou a tomar forma.
Gasparo de Sálo foi um dos primeiros mestres da arte de construir violinos durante este período. Alguns
especialistas o denominavam como o "pai do violino", sendo ele o responsável pelas alterações na caixa
de ressonância do instrumento. Mais tarde, Jacob Stainer e Paolo Maggini (aluno de Sálo) construíram
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violinos com a curvatura no tampo superior e inferior maior que a dos instrumentos construídos
posteriormente por Antonio Stradivari e por Bartolomeo Giuseppe Antonio Guarneri, delGésu. A partir dos
aperfeiçoamentos realizados por Antonio Stradivari não houve mais alterações, tendo os luthiers
posteriores seguido os modelos de Stradivari e Guarneri.
Diversas obras foram escritas para violino solo (violino desacompanhado), principalmente nos séculos
XVlll e XlX, quando a valorização de instrumentistas virtuosos atingiu o auge do brilhantismo. A técnica
no instrumento aliada ao virtuosismo do intérprete, culminava num dos principais atrativos dos concertos.
2.1.2 Trios
Trios de cordas normalmente se destinam a um violino, uma viola e um violoncelo. Na época de Corelli,
trezentos anos atrás, a maioria dos compositores escrevia sonata em trio. Algumas obras na maioria das
vezes foram compostas para dois violinos com partes igualmente importantes, que eram, na verdade,
duetos com acompanhamento. Os trios para piano, como o famoso Arquiduque de Beethoven, em geral
utilizava-se a formação de piano, violino e violoncelo, sendo que todos os instrumentos têm papéis
musicais de igual importância.
O quarteto de cordas talvez seja a mais popular combinação de música de câmara (música feita para um
número reduzido de executantes, apropriada para ambientes menores). Haydn e Mozart escreveram
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algumas de suas mais belas obras para quartetos de cordas. No início, os compositores garantiam ao
primeiro violino a linha melódica, mais importante, mas no final do século XVIII era mais comum a divisão
uniforme do material musical entre os instrumentos. O primeiro violino, entretanto, permaneceu como
líder do quarteto.
Em 1825, Mendelssohn, aos dezesseis anos, escreveu um octeto para cordas que permaneceu no
repertório de Concert mais de 150 anos. Em 1827, Schubert compôs um admirável quinteto para cordas –
para dois violinos, viola e dois violoncelos. Os sons de vários instrumentos de corda harmonizaram-se e
funcionaram em praticamente todas as combinações.
Os instrumentos de cordas foram a espinha dorsal da orquestra por quase quatro séculos. Hoje, dois
terços da orquestra são formados pelo naipe de violinos. Estes estão divididos em primeiros e segundos
violinos. O violinista sentado mais próximo do maestro é chamado spalla e é o líder de toda a orquestra.
Em algumas formações, os primeiros violinos podem ficar à frente na orquestra, à esquerda do maestro,
com os segundos violinos atrás. Outra formação é a formação de Haydn, onde os primeiros violinos são
posicionados à esquerda do maestro e os segundos violinos à direita e o spalla fica assentado ao centro,
a partir de 1940-45, a orquestra começou a compor outra formação, sendo, primeiros violinos à esquerda
do maestro e, segundos violinos à esquerda dos primeiros, mantendo-se assim até os dias de hoje. Cada
dois violinistas dividem uma estante para a partitura; sendo que o executante à esquerda é geralmente
quem vira as páginas da partitura.
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Para fazer um violino são necessárias mais de setenta partes. Diversas madeiras são utilizadas e
selecionadas cuidadosamente, levando-se em conta sua resistência e capacidade de transmissão
sonora. O abeto1 é escolhido para o tampo porque é macio e responde bem as vibrações das cordas,
enquanto o fundo é feito de bordo, a madeira mais dura, que ajuda a preservar o violino do desgaste pelo
uso.
Muitas partes da estrutura do violino são difíceis de serem feitas e exigem um conhecimento profundo
dos artesãos que são conhecidos como luthiers.
Os melhores instrumentos ainda são feitos à mão, tomando-se muito cuidado também com a beleza e o
acabamento do produto.
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Região do Talão:
Ombro relaxado;
Cotovelo mais baixo do que o punho;
Não estufa o cotovelo, mantendo-o relaxado;
Forma da mão fica mais redonda do que nas outras regiões;
Dedos relaxados e “deitados” no talão;
Manterpolegar sempre redondo;
Falange do dedo indicador apoiado próximo a nós;
Dedos médio e anelar juntos, apoiados no talão;
Dedo mínimo redondo, antes do parafuso;
Manter as unhascurtas.
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Ombro relaxado;
Forma da mão redonda;
Dedo polegar apenas apoia no braço do violino, ele não sustenta o violino e não se estica;
Dedos relaxados;
Falange do indicador se apoia no braço de forma natural pouco depois da pestana;
Cotovelo mantem-se praticamente na direção do ombro (para dentro);
Punhoreto e relaxado.
Para melhor compreensão, seguem imagens que ilustram a postura correta do instrumento junto ao
corpo.
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Deve ser observada a forma da mão nas mudanças de regiões (talão – meio – ponta).
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Cada exercício deve ser tocado várias vezes, obedecendo ao ritornelo. Iniciamos a leitura pela linha que
corresponde à linha do meio do pentagrama, ou 3ª linha onde na clave de sol representada à nota SI.
Legenda:
Nos exercícios a seguir, o dedo 2 será posicionado de maneira que fique próximo ao 3º dedo.
Alguns louvores utilizados como referência de estudo nesta sessão sofreram alterações de tonalidade e duração
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Para se executar a ligadura de união, se devem tocar as notas que estão ligadas em uma mesma
arcada sem que haja interrupção do som, somando os seus valores.
A ligadura de expressão tem a função de unir notas com alturas diferentes, as notas serão tocadas na
mesma arcada, sem que haja interrupção do som, porém, observando e respeitando a duração de cada
nota.
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Legenda:
Acrescentando o 4º espaço e a 5ª linha
Em amarelo, as notas que são feitas na corda MI.
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O primeiro padrão se refere à posição dos dedos em relação à execução das escalas maiores, sendo: Lá
Maior, Ré Maior e Sol Maior. Na oitava, observamos a posição dos dedos:
Corda Lá solta (0), 1º (Si), 2º (Dó#) e 3º (Ré) dedos, corda Mi solta (0), 1º (Fá#), 2º (Sol#) e 3º (Lá)
dedos.
Obs.: A posição do dedo “aberto” corresponde à distância de tons inteiros em relação ao posicionamento
do dedo. A posição “fechado” refere-se à distância dos semitons (ST) da escala, nesse posicionamento
os dedos ficam juntos.
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A Clave de Sol caracteriza os timbres agudos, o violino a utiliza escrita na segunda linha do pentagrama
onde localizamos a nota Sol. É ela que nomeia a nota escrita na linha onde foi colocada.
Exemplo:
Nos exercícios que se seguem, utilizaremos a clave de Sol no pentagrama, assim como a notação da
Fórmula de Compasso correspondente aos agrupamentos de tempo.
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Existem outras fórmulas e outros tipos de agrupamentos de tempo, os veremos à medida que
avançarmos nos estudos ou quando necessário.
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F i g u r a N o m e Número Correspondente
S e m i b r e v e 1
M í n i m a 2
S e m í n i m a 4
C o l c h e i a 8
S e m i c o l c h e i a 1 6
F u s a 3 2
S e m i f u s a 6 4
Exemplo:
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Outras explicações:
Observe também que podemos escrever notas em alturas mais agudas nas linhas e espaços
suplementares superiores
riores e notas mais graves nas linhas e espaços suplementares inferiores.
A armadura de clave também contém os acidentes característicos da escala que estiver sendo utilizada.
Exemplo:
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5 acidentes (Fá#, Dó#, Sol#, Ré# e Lá#) 6 acidentes (Fá#, Dó#, Sol#, Ré#, Lá# e Mi#)
Observação: Cada tom maior tem um tom relativo menor, são chamados relativos porque possuem os
mesmos acidentes em suas escalas, por isso a armadura é igual.
Exemplo:
Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá#, Sol = Sol maior
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4 acidentes (Sib, Mib, Láb e Réb) 5 acidentes (Sib, Mib, Láb, Réb e Solb)
A) Escala de Ré maior
B) Arpegio
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Obs.: Quando solamos os louvores é importante que façamos uma respiração entre as frases musicais.
Isso faz com que as frases fiquem melhor articuladas.
O sinal de vírgula ( ) colocado entre as frases representa esta respiração, quando houver pausas
devemos “respirar” no local da pausa.
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*Obs.: Os acidentes que aparecem poucas vezes na partitura e não fazem parte da armadura de clave,
são chamados de acidentes ocorrentes e só altera a nota no compasso em que aparece.
Legenda:
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1º padrão (aberto-fechado/aberto-fechado)
B) Arpegio
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O segundo padrão refere-se à localização dos semitons da escala entre o 1º e 2º dedo, ficando
caracterizado à posição Fechado-Aberto (Fechado entre 1º e 2º dedo e aberto entre 2º e 3º dedo).
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A)
B)
C)
D)
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Arpegio
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No terceiro padrão a localização do semitom fica entre o terceiro e o quarto dedo. Neste estudo
iniciaremos também o uso do 4º dedo.
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A)
B)
C)
D)
Arpegio
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Arpegio
Arpegio
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Arpegio
Arpegio
(Aberto-Aberto-Aberto-Aberto)
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Arpegio
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Arpegio
Sugestão de Estudo para 1ª Posição: Método Hans Sitt – 100 Studies, Op.32, Book 1.
Este exercício contribuirá para o melhor entendimento da posição das notas e abertura de dedos na
escala do violino em relação às 7 posições. Consiste em tocar todas as notas da escala sem alterar
nenhuma nota natural.
Nestas escalas modais começaremos pela escala de Sol natural na 1ª posição e terminaremos na 7ª
posição (Sol natural).
Este sinal indica a localização dos semintons naturais, os dedos devem estar juntos.
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Este exercício pode ser bastante explorado. Começando com cada nota durando 4 tempos,
posteriormente aumentando a velocidade para 2T, 1T, 1/2T, 1/4T, etc.
Também pode ser trabalhado com ligaduras a cada 2 notas, depois 4, 8, 16, 32, 64, e 128... Em
execução com arcadas diversas (detachê, staccato, spiccato, martelato, etc.).
Podemos também tornar este exercício de escalas modais em exercício de escalas tonais, acrescentando
os acidentes característicos em cada tonalidade, basta colocar na armadura de clave e obedecer à
estrutura do modo escolhido.
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Obs.: Ao fazer o deslocamento de uma à outra posição, leve toda mão no movimento.
Sugestão de Estudo para 2ª Posição: Método Hans Sitt – 100 Studies, Op. 32, Book 2 – Páginas de 01 à
04, estudosr 21, 22, 23, 24 e 25.
Iª para a IIIª posição
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Sugestão de Estudos para 3ª Posição: Método Hans Sitt- 100 Studies, Op. 32, Book 2 - páginas de 05 à
09, Estudos 26, 27, 28, 29 e 30.
Iª para a IVª posição
Sugestão de Estudos para 4ª Posição: Método Hans Sitt- 100 Studies, Op. 32, Book 2 - páginas de 10 à
14, Estudos 31, 32, 33, 34 e 35.
Iª para a Vª posição
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Sugestão de Estudos para 5ª Posição: Método Hans Sitt- 100 Studies, Op. 32, Book 2- páginas de 15 à
18, Estudos 36, 37, 38, 39 e 40.
Continuidade de Estudos
Sugestão de Estudos com mudança de posição: Método Hans Sitt- 100 Studies, Op. 32, Book 3.
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5 Técnicas de Execução
5.1 Pizzicato
Os violinistas nem sempre usam o arco quando tocam, de vez em quando beliscam as cordas, o que é
chamado de “pizzicato” (pronuncia-se “pitzicato”). Raramente pizzicato se estende pela melodia inteira.
Podemos executar esta técnica de duas maneiras e utilizamos sinais distintos para representa-las.A
primeira técnica para execução ébeliscando a corda com o indicador da mão direita na região do espelho
e executando a nota com a mão esquerda, já a segunda técnica é com um dos dedos da mão esquerda
beliscar a corda enquanto se dedilha com outro dedo da mesma mão. Os sinais para esta técnica pode
ser o tempo escrito de forma abreviada"pizz." ou também pode-se sinalizar com o sinal "+" colocado
acima da cabeça da nota. Exemplo:
Fixando-se um grampo de madeira sobre o cavalete do violino, reduz-se a força das vibrações que
alcançam a caixa de ressonância. Isso funciona como uma surdina, ou abafador de som. Violinos em
surdina soam muito distantes de delicados. Os compositores usam os termos italianos “consordini” (“com
surdina”) e “senzasordini” (“sem surdina”).
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Expressão italiana que significa “na pontezinha”. Em partitura para violino indica que o violinista deve
passar o arco próximo ao cavalete, o que origina um som de timbre agudo, de arranhadura.
5.4 ColLegno
O arco é seguro de lado (a forma mais utilizada é com a crina voltada para o rosto do instrumentista), de
tal maneira que a cada nota tocada a madeira do arco bata na corda, pode ser tocada também com
madeira do arco voltada para o rosto do violinista e com a madeira sobre a corda e a crina para cima. É o
que e chama de collegno. Exemplo:
5.5 Vibrato
Uma das mais importantes técnicas de instrumentos de cordas. O dedo da mão esquerda que prende a
corda oscila levemente, causando uma flutuação no tom e enriquecendo o som. O vibrato é usado,
sobretudo em notas longas. Alguns violinistas preferem não usá-lo quando tocam músicas muito antigas.
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“Corda dupla” significa tocar duas notas de uma só vez. Alguns compositores pedem acordes de três e
até quatro notas, mas no violino não é possível tocar simultaneamente mais do que duas notas.
5.7 Harmônicos
São notas suaves, semelhantes as da flauta, produzidas pelo toque muito leve sobre a corda (sem
pressionar a nota) e a delicada passagem do arco. São usadas com mais frequência na música moderna.
É indicado por um símbolo semelhante ao número “zero”.
Harmônico
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5.8 Glissando
A palavra indica ao executante que deve escorregar o dedo sobre a corda, de uma nota a outra (o que
permite que todos os sons interpostos sejam ouvidos). Outro tipo de glissando consiste em escorregar o
dedo extraindo o som cromaticamente, ou seja, com sons consecutivos de intervalos de semitons, à este
chamamos "glissando cromático".
Outra importante técnica de arco é o tremolo (ou trêmulo). Consiste em movimentar rapidamente o arco
(para cima e para baixo) em uma determinada área (normalmente utiliza-se a ponta do arco, mas pode
ser feito em outras regiões). Este movimento produz um efeito de
“tremor” e pode gerar um som mais eletrizante e pesado, quando
executado na região entre o meio do arco e o talão. Ao ser executado na
ponta, normalmente produz um som mais suave.
Pode ser indicado pela sigla “trêm.” e é acompanhado por traços junto à
nota que deverá ser executada com tal técnica.
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Método de Violino – Mód I e II
A quantidade de traços indicará a velocidade de execução - quanto mais traços, mais rápida será.
Observe esta diferença no exemplo anterior.
5.10 Detachè
O Detachè é um golpe de arco básico, caracterizado por pressão e velocidade contínua aplicado no
movimento do arco. Esta técnica deve ser trabalhada em todas as regiões do arco, sendo a mais indicada
para o início dos estudos no violino.
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5.11 Martelè
O Martelè é caracterizado pela aplicação de pressão no arco antes do ataque da nota, produzindo um
som inicial forte que perde a potência em relação ao final, como o som do golpe de um martelo. Sua
notação é representada por um pequeno ponto triangular sobre a cabeça da nota.
5.12 Spiccato
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5.13 Staccato
O staccato corresponde a golpes precisos executados verticalmente e são muito semelhantes ao martelè,
porém seguidos de interrupções pausadas com duração correspondente à nota tocada. Esta técnica é
obtida através de movimentos musculares específicos aplicadas no arco. Alguns autores se referem ao
staccato como notas separadas por pausas e não como técnica, no entanto, é considerada um desafio
entre estudiosos de suas variações. É representado por um ponto colocado na cabeça de sua nota,
também conhecido como ponto de diminuição (assim como no spiccato3).
O que diferencia o staccato do spiccato é a intenção do autor. Normalmente o spiccato é utilizado em notas mais
3
rápidas.
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6 Estudo de Escalas
Podemos considerar as Escalas Musicais como sequências ordenadas de notas, com intervalos bem
definidos entre tons e semitons e sendo elas maiores ou menores, naturais ou diatônicas. As escalas
podem ser feitas em qualquer instrumento e para o estudo destas no violino, usaremos a seguinte
referência:
Observações:
a) Para estudo inicial pode-se alternar o valor das figuras, começando por notas mais longas
(semibreve, mínima, por exemplo) até chegar em notas com durações mais curtas (como
colcheias, semicolcheias, por exemplo);
b) Evitar fazer vibrato durante a execução da escala, para o som saia o mais puro possível e o aluno
aprenda a afinação correta;
c) As escalas podem ser executadas antes de qualquer exercício. Ao treinar o repertório e os
louvores, é importante treinar a escala de referência antes, principalmente para que ajustes em
relação à afinação sejam feitos.
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7 Referências Bibliográficas
BARDER, Bárbara.Scales for advanced violinista. Editora Alfred Music, Ano 2005.
BURROWS, John. WIFFEN, Charles et al. Guia Ilustrado Zahar Música Clássica. Tradução: André
Telles. 4ª Edição. Jorge Zahar Editora. Rio de Janeiro. RJ. 2010.
DAMAS, Carlos Alexandre Mourão de Carvalho e. Violino e tecnologia entre os séculos XV e XXI.
Lisboa: 2011-2012.
PRIOLLI, Maria Luísa de Mattos. Princípios básicos da música para a juventude. 51 ed. Lisboa: 2011-
2012.
“COMO TOCAR VIOLINO”, Nomenclatura do Violino (imagem violino parte 1). Disponivel em:
https://comotocarviolino.wordpress.com/nomenclatura-do-violino/>. Acesso em 01 de Janeiro de 2016.
WIKIPEDIA, Arco (Musica) – Imagem Violino Parte 02. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_(m%C3%BAsica)/>. Acesso em 01 de Janeiro de 2016.
WEISS, William M. Basic Recorder Method. Editora MELBAY PUBLICTIONS INC, Ano 1981.
(Sugestões de Estudo)
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