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A democracia também é a tristeza dos povos.

Há a triste ilusão de que somos


parte integrante e fundamental neste processo político do qual deveríamos fazer parte, mas
não fazemos. Mais parecemos os tristes plebeus a viver sob a sombra das paredes dos castelos
monárquicos. Uns, com habilidades e mais dispostos, pulam os muros para conhecer o castelo,
outros com habilidades para vassalagem entram à corte pelos serviços prestados, vivem à
esperar a passagem da rainha, a comer da comida real.

Os plebeus vivem por aí. Pegam ônibus lotados e muitas vezes fedorentos de um lado
a outro. Passam parte da vida entre rodoviárias espeluncas que cobram 5 reais o café e em
terminais urbanos, aos finais de semana uns enchem a cara de cerveja, pinga, outros vão às
missas, outros assistem televisão, jogam bola, a maioria faz churrasco, a minoria faz sarau, tem
de tudo um pouco dentro do que pode ser o mesmo. Teatro até dá pra ver, mas também
depende. Tem uns barateza, mas é difícil acontecer, ainda mais aqui no interior. Música
também depende. Tudo depende e vai dependendo e assim a gente vai se virando.

Jogaram a ideia da democracia. Minha geração aprendeu sobre ela pela universidade ou pela
internet ou por conversas aqui e ali. Parte de minha geração aprendeu sobre democracia na
Universidade ou lendo entre uma e outras coisas, a maioria aprendeu com o que leu nas redes
sociais, com o que viu na rua, em conversas, por aí. Quem aprende ali, na prática, traz um
brilho difícil de tirar e eles querem mais.

Disseram que somos parte de uma democracia e nos deram um título de eleitor. Agora
queremos um pouco mais e a coisa tá parecendo mesmo década de 10 e 20, aquela melancolia
de uns, aquela raiva de outros. Todos comovidos, uns tentando salvar o mundo pela fé, outros
pela alimentação, outros pela política e eu só observando sem poder falar.

Com quem converso parece sempre estarem dispostos a 2 ou 3 que concordem entre si e
pronto e acabou. É isso, a culpa é de x, matamos x resolvemos o caso. Acho um porre. Até
tenho amigos cheios dessa ideia, jurando estar pelo motivo certo. Porre. Primeiro que não vim
pro mundo pra achar solução, segundo que tenho preguiça dessa salvação mundial. Sei que a
coisa tá feia, faz tempo, não é de agora, mas creio na ideia bem trocada, num terreno bem
posto de terra batida ou concreto.

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