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Prezado Sr.

(a),  

Diante do início do equacionamento do déficit no Plano Previdenciário e das


muitas notícias, ações judiciais e propostas que têm sido divulgadas, muitos clientes, e
mesmo não clientes,  do Escritório Silva Netto têm solicitado esclarecimentos, bem
como questionam quais procedimentos o Escritório pretende adotar. 

Estivemos analisando nos últimos meses várias opções de atuação e suas


reais possibilidades,   embora em se tratando de resultados dependentes de interpretação
do Judiciário, não seja possível uma previsão mais acurada neste momento, haja vista as
inúmeras tutelas (liminares)  concedidas ou negadas pelos Tribunais do país em ações
idênticas,  ou muito semelhantes,  que têm, basicamente, os mesmos fundamentos e
pedidos.   Em razão disso, utilizamos desta para esclarecer algumas das dúvidas mais
frequentes e informar sobre o que entendemos judicialmente viável. 

Pedimos compreensão pela demora no envio dessa correspondência, pelo que já


fomos inclusive cobrados por alguns clientes, mas, em situações como a atual,
procuramos analisar ao máximo as implicações e possibilidades legais, tentando
oferecer a melhor opção jurídica possível.   

Ademais, como uma possível ação questionará a fórmula e valores adotados para


o equacionamento, isso implica, por exigência legal, atribuir um valor à causa muito
elevado, o que significa custos judiciais proibitivos. Assim, tivemos que realizar estudos
visando encontrar meios de reduzir os custos, o que demandou certo tempo.

  1- Do déficit e da cobrança aos ativos e aposentados - Inicialmente, é


necessário ter em mente que a cobertura do déficit é necessária para a saúde financeira
do Plano e está prevista em lei, devendo ser feita pelos Mantenedores (Participantes e
Assistidos) e pelas Patrocinadoras,  não se enxergando possibilidade legal de excluir
qualquer uma delas do esforço contributivo, embora isso não signifique que deva ser
realizado na forma proposta pela PETROS. 

Há que se lembrar também que boa parte do déficit realmente decorre da situação


econômica à qual o País foi levado, das alterações ocorridas ao longo dos anos na
composição familiar e do aumento da expectativa de vida dos Mantenedores.  

A Lei impõe a contribuição a todos em decorrência de ser esta uma contribuição


extraordinária. A única exceção prevista é para os assistidos que ingressaram
nas Patrocinadoras antes de julho de 1970, pois seus benefícios são de responsabilidade
financeira destas, em razão do acordo celebrado com a PETROS em 1996.  Através dele
as Patrocinadoras assumiram o custo destes benefícios. Assim,  desde que as
Patrocinadoras cumpram com as despesas assumidas para com estes beneficiários,
não se pode cobrar participação deles no custeio do déficit. 
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Muitos têm nos questionado quanto à responsabilidade das Patrocinadoras e do


Governo Federal, que indicaram os gestores do Plano, bem como impuseram alguns
investimentos feitos pela PETROS que se mostraram inviáveis economicamente, alguns
inclusive por má fé, como temos visto no noticiário. 

Não há dúvidas de que esta responsabilidade existe, não só a pessoal dos


gestores responsáveis pelos investimentos desastrosos, como a institucional da
Patrocinadora, que  nomeou estes gestores, e do Governo Federal que direcionou a
realização de certos investimentos duvidosos. Entretanto, embora a justificada
indignação de todos, é bom lembrar que o Poder Judiciário só se move e toma decisões
com base em provas concretas.  

Assim, não basta que se argumente sobre investimentos que se mostraram


danosos, é preciso provar que na época em que foram feitos era possível ao gestor saber
com alguma certeza que não gerariam o resultado econômico esperado. Da mesma
forma, quanto aos investimentos feitos propositalmente para dar prejuízos, em casos de
corrupção; já que, mesmo estando clara a intenção, são necessárias provas concretas,
sendo que muito poucas já foram obtidas pelos Órgãos investigativos. 

Em nossa opinião, dificilmente será obtido algum resultado judicial a curto


prazo com base nestes argumentos, pois demandam estudos econômicos e financeiros,
investigações prévias, inclusive criminais, além da apuração do real tamanho destas
perdas nos resultados econômicos totais do Plano. 

Ressaltamos tudo isso para lembrar que existem possibilidades de atuação


judicial, mas que sua eficácia depende do objetivo que se dá a estas ações e da
disponibilidade de consideráveis recursos financeiros para custeá-las, pela necessidade
de estudos atuariais, econômicos e outros, tornando-as viáveis, a princípio,  apenas para
grupos maiores, como Sindicatos e Associações. 

Entretanto, como informaremos a seguir, entendemos ser possível e


aconselhável a atuação no sentido de obter judicialmente algumas alterações na forma
como está sendo proposto o equacionamento do déficit, o seu real tamanho, além
da óbvia inconstitucionalidade na recusa da Receita Federal em permitir o
abatimento das contribuições extras nas declarações de renda anuais. Este último
ponto está  sendo pouco abordado,  diante do enorme  peso provocado pelas obrigações
do custeio do déficit, mas também gera uma perda considerável, como veremos adiante.

2 –  Das ações já propostas e seus limites –  Várias medidas judiciais têm sido
propostas, com resultados iniciais ainda muito divergentes, havendo concessões ou
negativas de tutelas antecipadas (liminares).   
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Como não poderia deixar de ser, a obtenção de uma liminar suspendendo o


início das contribuições extraordinárias é de suma importância para todos, pois é o que
possibilitará aguardar, sem a imediata redução dos benefícios, uma posição concreta do
Judiciário quanto ao real tamanho do déficit e da responsabilidade financeira de cada 
parte no equacionamento.  

Quanto às liminares já concedidas, há muita especulação quanto aos seus 


alcances, com dúvidas se elas atingiriam a todos ou apenas determinado grupo. 
Existem dúvidas também se serão mantidas, após a apresentação de agravos e defesas
pela PETROS e Patrocinadoras. Em nossa opinião, há real possibilidade de
muitas serem caçadas pelas instâncias superiores, ou revistas pelos próprios juízes que
as concederam, já que a maioria das ações trata de questões de difícil mensuração neste
momento, como o volume real do déficit e antigas obrigações financeiras das
Patrocinadoras para com o Plano. É possível que, com as apresentações das defesas das
Rés, ou por meio dos agravos que estas já apresentaram aos Tribunais e ainda vão
apresentar, estas dúvidas, próprias do início de uma ação tão complexa, gerem a
cassação de muitas liminares.  

Já quanto ao alcance destas liminares, somos da opinião que, infelizmente, este


é limitado, pois atingem apenas os participantes das associações ou, no caso de
sindicatos, os que estão em sua área geográfica de atuação, como, aliás, alguns dos
juízes que as vêm concedendo já determinaram.   Assim, infelizmente, muitos não serão
beneficiados neste momento, ou poderão vir a ter caçada uma liminar já concedida.   

É importante lembrar, entretanto, que, se estas ações vierem a ser julgadas


procedentes no futuro, seus resultados beneficiarão a todos,  mesmo os não
sindicalizados ou associados,  pois implicam em redução no tamanho do déficit e,
consequentemente, no esforço contributivo.

3 – Da fórmula do equacionamento do déficit - Muito se tem discutido quanto


à formula adotada pela PETROS, que optou pela mais severa prevista na
legislação. Já há discussão em andamento, inclusive com a concessão de algumas
liminares por diversos Tribunais de Justiça, no sentido de que seja adotada fórmula
menos gravosa aos Mantenedores. O fundamento destas decisões é que a Lei permite
que um percentual do déficit não seja equacionado imediatamente, diminuindo, assim, o
peso do esforço contributivo dos Mantenedores. Exatamente por ter fundamento na Lei
e ser facilmente provado e apurado, a manutenção das liminares já concedidas, ou a
concessão de novas, têm boa probabilidade de ocorrer. 

4 – Das obrigações exclusivas das Patrocinadoras - Outro ponto importante é


quanto à validade das cláusulas do Regulamento e de suas alterações ao longo do tempo.
Muito se tem divulgado sobre o entendimento dos Tribunais de que o Regulamento do
Plano não pode ser alterado depois de assinado. Trata-se de informação
equivocada. Realmente o Regulamento, que é um contrato, deveria ser
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imutável após sua assinatura, pois é um ato jurídico perfeito e goza de


proteção constitucional. Entretanto, não é o que os Tribunais têm entendido mais
recentemente, sendo deles a palavra final. Assim, o entendimento adotado hoje em dia
é no sentido de que as alterações no Regulamento são válidas, desde que feitas até a data
da aposentadoria, ou da reunião pelo Mantenedor ativo das condições para requerê-la.
Desta forma, não são aplicáveis aos aposentados as alterações posteriores.  

Quanto a essa tese, o Superior Tribunal de Justiça tem sido firme no sentido da


imutabilidade do Regulamento, após a aposentadoria. O Escritório Silva Netto obteve
recentemente Acórdão, excelente em razão da profundidade com que abordou
a matéria e de sua complexidade, em ação que visa evitar que a ARLANXEO -  antiga
PETROFLEX-   descumpra o Convênio de Adesão e o Regulamento do Plano.  Esta
decisão foi proferida em ação contra a tentativa da empresa de trocar a administração do
Plano, retirando-a da PETROS, para entregá-la ao Banco Bradesco. Também neste
sentido, temos obtido Decisões favoráveis quanto à manutenção do Plano
nos atuais termos, ou seja, sem alteração, caso venha a ocorrer uma futura retirada
de patrocínio, pois é isso que o Regulamento e Convênio de Adesão original do Plano
determina, embora em casos semelhantes, a PREVIC, atual Órgão Federal fiscalizador
da previdência privada, que deveria proteger os participantes – é o que diz a Lei -  tenha
determinado que o Plano previdenciário seja extinto (!). 

  

5 - Das medidas judiciais cabíveis – Dadas estas explicações, que esperamos


possam ajudar a reduzir as principais dúvidas, passamos a tratar
das soluções judiciais que acreditamos viáveis, fora da esfera daquelas já
adotadas pelas  Associações  e Sindicatos.  

Como dito mais acima,  há a responsabilidade legal das Patrocinadoras na


cobertura de parte do déficit como o plano de equacionamento já prevê. Entretanto,
além desta obrigação legal há uma outra, esta derivada do contrato (Regulamento do
Plano).  

Em 1984 as Patrocinadoras propuseram a paridade de reajustes de ativos e


aposentados, por meio do Art. 41 do Regulamento. Tal paridade foi criticada
pelo órgão federal fiscalizador, na época a Secretaria de Previdência Complementar, que
apontou a possibilidade de tal medida gerar gastos excessivos para o Plano. Em razão
disso, as Patrocinadoras se comprometeram a assumir tais gastos, caso viessem a
ocorrer, o que foi consolidado por meio de alteração no Regulamento em outubro
daquele ano.  Segundo a PETROS,  estes gastos  representam hoje mais de 6 bilhões no
déficit, ou seja, por volta de 23% do total.  

Vale frisar que há entendimentos de que este valor é muito superior, e já há


questionamento judicial quanto à isso. Concordamos com este entendimento, mas, uma
demanda desta magnitude levará muitos anos para gerar efeitos, pois implica discutir
e analisar a fórmula de apuração destas perdas, que decorrem de milhares de ações
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judiciais e de decisões administrativas.   É claro que são bem vindas as ações que visam
resolver esta questão, e, ocorrendo uma vitória,  seus efeitos serão estendidos para
todos.  No entanto, até por já haver esta mobilização, sendo desnecessária a redundância,
entendemos por priorizar uma outra opção,  que pode gerar resultado em prazo bem
inferior e já proporcionaria uma redução considerável na contribuição mensal devida
pelos Mantenedores, permitindo que tenham fôlego financeiro para aguardar o deslinde
das várias outras ações que já estão em curso.  

Assim, por questão de tática judicial, preferimos nos concentrar no valor que já é


informado e reconhecido pela própria PETROS, por volta de 6 bilhões de reais, em
balanço aprovado pelo Conselho e verificado pela PREVIC, o que aumenta em muito a
viabilidade da ação que pretendemos propor, inclusive, reduzindo bastante sua duração e
custo, pois evitamos, ou ao menos tentamos evitar, a realização de perícias judicias de
alto custo e duração.  

Neste ponto, vale lembrar algumas liminares já concedidas, das quais falamos


acima e que divergem das muitas outras ações em curso, por abordarem outro ponto
importante: o volume do déficit que deve ser equacionado neste momento. Neste
sentido, estas liminares suspendem o equacionamento por entender que ele deve ser
feito pela fórmula menos onerosa aos Mantenedores prevista em Lei. Segundo a
legislação, aproximadamente 6 bilhões de reais não precisariam ser equacionados de
pronto.  

Somado este entendimento, que já reduziria as contribuições em um percentual


considerável, a este outro que estamos propondo - participação exclusiva das
Patrocinadoras nas perdas geradas pelo art. 41 do Regulamento – que alcançam por
volta de outros 6 bilhões de reais, a parte do déficit a ser ainda equacionada poderia ser
reduzida à quase metade da atualmente prevista.  

Assim, caso as demais ações judiciais já em curso não gerem os efeitos que


se esperam, ou venham a demorar muitos anos para uma solução, já se teria garantida
uma redução considerável no déficit a ser equacionado, com a consequente redução da
contribuição mensal do Mantenedor.  

Lógico que pretendemos que a total suspensão das contribuições extras, ou ao


menos sua redução em por volta de 45%,  já ocorra imediatamente, por meio de uma
tutela antecipada (liminar) que pediremos, tendo como trunfo para sua concessão e,
principalmente, para sua manutenção pelos Tribunais, o fato de que uma parte do déficit
não tem que ser equacionada agora (Lei) e uma outra parte, a que cabe exclusivamente
às Patrocinadoras (Regulamento), já está apurada e aprovada pela própria PETROS,
sem gerar dúvidas aos juízes quanto ao seu real montante. 

É importante esclarecer que esta ação pode ser proposta também por aqueles que


já participam das outras ações patrocinadas pelas Associações e Sindicatos, pois são
ações que têm objetivos diferentes ou complementares, não causando impedimento ou
interferindo umas nas outras. 
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6 - Da ação contra a Receita Federal – Pouco se tem falado desta questão, que,
no entanto, causa enorme prejuízo extra aos aposentados e ativos. A Receita Federal já
respondeu a uma consulta, informando que NÃO é dedutível do imposto de renda esta
parcela extra de contribuição. Segundo a Receita Federal a Lei só permite o abatimento
de até 12% dos rendimentos,   o que já ocorre na grande maioria dos casos. Entendemos
que esta posição implica em tributação bis in idem, o que nosso ordenamento jurídico
não permite.  

É o mesmo fundamento jurídico, embora com processamento mais simples e


rápido, utilizado nas ações chamadas de bi-tributação, que a maioria dos aposentados já
conhece, embora neste caso entendêssemos que atinge também os ativos.   

Trata-se de uma perda considerável. Como exemplo, alguém que venha a


contribuir com R$ 2.000,00 extras para o equacionamento do Plano, poderia reduzir o
imposto de renda pago em mais de R$ 550,00 por mês, ou mais de R$ 6.600,00 por
ano. Esta cobrança não é permitida e será questionada judicialmente. 

7- Da forma como as providências serão viabilizadas – Quanto à ação visando


a dedução da contribuição extra da base tributária,  utilizada para o cálculo  do
imposto de renda a pagar, estamos formando grupos para ações a serem propostas
perante a Justiça Federal. Lembramos que, caso venhamos a obter uma liminar
suspendendo o início do equacionamento, ou mesmo para aqueles que já a obtiveram,
por meio de uma das ações já propostas pelos Sindicatos e Associações, esta ação
continua a ser importantíssima, pois, caso as liminares venham a ser caçadas ou a
Justiça determine o pagamento pelos Mantenedores de parte do déficit, a decisão
tomada liminarmente pela Justiça Federal impedirá, imediatamente, o pagamento duplo
de imposto de renda. Maiores informações quanto aos documentos necessários e custos
podem ser obtidos em nosso escritório. 

Já no que se refere à ação que visa suspender ou reduzir a cobrança das


contribuições extras, um grupo de clientes procurou-nos, questionando a possibilidade
de criação de uma associação para atuar como representante processual dos associados.
A intenção é  reduzir os custos,  eliminando pagamentos repetitivos de taxas e custas
judiciais.  

A utilização de uma associação é a melhor forma de defesa dos direitos, mas


temos algumas barreiras, como a exigência legal de que tenha sido criada há mais de um
ano. Embora haja entendimentos jurisprudenciais no sentido contrário, a matéria é
controversa e achamos muito arriscado, em razão de talvez tenhamos que percorrer
várias instâncias apenas para decidir a viabilidade processual. Em uma ação tão urgente
isto seria temerário.
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Assim, entendemos ser a melhor saída o ingresso com ações em grupos e cremos
ter encontrado uma forma legal de reduzir os custos. Em razão disso, estamos
providenciando a finalização dos documentos e estudos e logo poderemos dar início aos
procedimentos judiciais.

Por fim, especificamente para aqueles que tiveram o contrato de trabalho com
a PETROBRAS rescindido em Duque de Caxias ou que tenham trabalhado na BR
Distribuidora, há a possibilidade de utilizarmos as liminares obtidas pelo Sindipetro de
Duque de Caxias e pelo Sitramico. Embora os juízos concessores das liminares tenham
decidido que elas só beneficiam os filiados dos Sindicatos, entendemos que temos
argumentos legais no sentido de que as limares podem beneficiar todos os que
prestavam serviços em Duque de Caxias ou para a BR Distribuidora, independente de
haver filiação sindical ou não.

Esperamos ter contribuído para esclarecer algumas dúvidas e ter apresentado


aos nossos clientes uma solução que seja viável financeira e juridicamente,
independente das demais que já estão em curso.  

Solicitamos que os interessados entrem em contato com o Escritório Silva Netto


do dia 12/04 ao dia 25/04, preferencialmente entre 9:30 às 13:00 hs, horário em que o
Dr. Alexandre estará disponível para atendê-los.

Rio de Janeiro, 11 de abril de 2018.

Silva Netto & Advogados Associados

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