Agosto/2017
Furacão Harvey fez mais de 60 mortos
O número de mortos em consequência da passagem da tempestade Harvey
chegou a 60 nesta segunda-feira, de acordo com autoridades de saúde dos
Estados Unidos.
"Aqui trabalhava em média de 15 a 18 pessoas. Fazia filé, a bolinha, linguiça e a carne moída. Processava aqui o peixe", disse Gonçalves
Rodrigues Saldanha.
O reservatório está com 4% da capacidade. É o menor nível desde a inauguração, 15 anos atrás.
“Diariamente uma altura de três centímetros são perdidos através da soltura para o leito do rio, a captação para Fortaleza e a evaporação”,
afirmou o coordenador do açude, Fernando Pimentel.
Nesse ritmo, até o fim de 2017, o Castanhão vai chegar no volume morto e a água vai ter que ser bombeada.
A prioridade é o abastecimento humano, mas, mesmo as comunidades próximas já não podem mais contar com a água do açude. Um exemplo
está numa pequena adutora que foi instalada pelo governo a um custo de R$ 270 mil para captar água diretamente do Castanhão. Mas o cano
está à toa porque depois de seis anos seguidos de seca o volume do açude baixou tanto que a água está a três quilômetros de distância.
Agora, a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará vai ter que prolongar a adutora para captar água de um poço a quase 1,5 quilômetro
de distância.
"A gente jamais imaginava que o Castanhão estivesse na situação que está hoje."
Enquanto isso, o agricultor José Antônio espera o dia em que morar perto do açude seja garantia certa de água em casa.
"Ficou longe... Não tem condições. Só Deus mesmo", disse.
Perigo na travessia de barcos na Bahia
As causas do naufrágio do dia 24 de agosto, em Salvador, que deixou 18 mortos, estão
sob investigação, na Bahia. O Ministério Público Estadual afirmou que há mais de uma
década alerta sobre os perigos da travessia de passageiros na Baía de Todos-os-
Santos.
A embarcação Cavalo Marinho 1 ainda está na Baía de Todos-os-Santos, presa a
arrecifes.
Dia 24, a embarcação partiu, às 6h30, da Ilha de Itaparica, em direção a Salvador. Dez
minutos depois, virou. Estava com 124 pessoas a bordo.
A Capitania dos Portos começou a investigar as causas do acidente.
O Ministério Público da Bahia, que vai acompanhar a apuração do caso, informou que
há mais de dez anos vem alertando as autoridades sobre condições precárias do
transporte na Baía de Todos-os-Santos.
A Cavalo Marinho 1 foi fabricada em 1973. Pertence à empresa CL Transporte
Marítimo. Em nota, a empresa disse que a embarcação estava com documentação
regular.
Os peritos do Instituto Médico Legal terminaram de identificar os 18 mortos nesta
sexta. Foram dois homens, 13 mulheres e três crianças: dois meninos de dois anos e
um de apenas seis meses.
21 os mortos em naufrágio no Rio Xingu, no
Pará
O barco que naufragou no Pará transportava passageiros clandestinamente. O número de mortos chegou a 21, enquanto 25 pessoas foram
resgatadas com vida.
O local do naufrágio fica a 50 quilômetros da sede do município de Porto de Moz. Às 10h desta quinta-feira (24), a Polícia Militar informou que
equipes da Marinha e do Corpo de Bombeiros encontraram mais nove corpos: quatro homens e cinco mulheres. Entre as vítimas, uma grávida e
duas crianças.
Quando a equipe do JN chegou à região do naufrágio, mergulhadores haviam encontrado outros dois corpos: o de uma mulher e de uma criança. As
vítimas encontradas nesta quinta-feira não estavam presas na embarcação. Foram levadas pela correnteza do Xingu.
Uma balsa rebocou o barco Capitão Ribeiro para perto da margem do rio. O barco naufragou na terça-feira (22) à noite, um dia depois de ter saído
de Santarém em direção a Vitória do Xingu.
Mergulhadores encontraram o barco carregado de mantimentos e, no convés inferior, dá para ver um carro debaixo d’água. Os bombeiros também
disseram que havia 32 redes penduradas, ou seja, muitas pessoas deveriam estar dormindo no momento do naufrágio, o que pode ter dificultado ao
tentarem sair da embarcação.
Mergulhadores fizeram duas varreduras e constataram que não há mais corpos dentro do barco. Na quarta (23), a Secretaria de Segurança do Pará
havia informado que cerca de 70 pessoas estariam a bordo. Mas, depois de ouvir a tripulação e as famílias dos desaparecidos, a nova estimativa é de
que 49 pessoas viajavam no barco quando ele afundou.
“Somando desparecidos com sobreviventes e com mortos isso nos aponta um total de 49 pessoas na embarcação no momento do naufrágio“, disse
o coronel do Corpo de Bombeiros Andrade Luis Cunha.
Seu Azamor perdeu a nora, que estava grávida de 9 meses, e o filho dele, Alessandro, está desaparecido. “Deus é muito poderosos, mas eu não
tenho aquela fé que ele esteja vivo mais. Mas eu queria encontrar ele mesmo assim. Mesmo morto eu quero encontrar ele”, disse.
Centenas de pessoas lotaram uma quadra esportiva de Porto de Moz durante o velório de sete vítimas.
“Perdi a minha irmã, e a minha sobrinha até agora não encontraram. Muito triste. Nós nunca esperamos uma morte”, disse a dona de casa
Deusarina Gil Chagas
A Arcon, a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Pará, informou que o barco Capitão Ribeiro não estava autorizado a transportar
passageiros. A Arcon também disse que, há mais de dois meses, notificou a empresa Almeida e Ribeiro Navegação, dona do barco, por essa
irregularidade.
O dono do barco, Alcimar Almeida da Silva, prestou depoimento na tarde desta quinta-feira (24) na delegacia de Porto de Moz.
“Dentro da esfera penal, ele incorre no crime de ter colocado em risco a vida dessas pessoas dentro de uma embarcação“, afirmou o delegado
Helcio de Deus.
Herdeiro da Samsung é condenado à prisão
por corrupção na Coreia do Sul
O herdeiro do grupo empresarial Samsung foi condenado à prisão, na Coreia do Sul, por
corrupção.
Ao sair do chamado “julgamento do século” na Coreia do Sul, Lee Jae Yong foi diretamente
para a cadeia. A condenação a cinco anos de prisão é o novo capítulo de um caso que
mobiliza o país e derrubou uma presidente.
Park Geun Hye sofreu impeachment em março e também está presa, acusada de, junto
com uma amiga, ter recebido dinheiro de grandes corporações. Entre elas, a empresa de
Lee, a gigante Samsung que sozinha representa quase 20% da economia sul-coreana.
Depois que ele doou o equivalente a mais de R$ 110 milhões a ONGs da amiga de Park, o
governo sul-coreano facilitou uma fusão de empresas que garantiu mais poder a Lee.
Com uma fortuna estimada em US$ 18 bilhões, ele foi condenado por corrupção e
enriquecimento ilícito, entre outros crimes. A defesa disse que vai recorrer.
A pena foi a maior já aplicada a um empresário da Coreia do Sul. A procuradoria havia
pedido 12 anos de cadeia, mas a condenação a cinco anos já seria, segundo analistas sul-
coreanos, já seria uma grande mudança de que a Coreia do Sul vai ser mais rigorosa na
proximidade, muitas vezes suspeita, entre políticos e grandes grupos empresariais do país.
Itaipu e usinas nucleares vão ficar de fora da
privatização da Eletrobras
O governo anunciou dia 22 de agosto, que a hidrelétrica de Itaipu e as usinas nucleares vão ficar fora da privatização da
Eletrobrás.
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que a conta de luz deve ficar mais barata, com a venda da
estatal.
Deve levar algumas semanas até que o governo decida se a privatização da Eletrobras será feita por meio da venda do
controle da empresa ou por meio da oferta de ações.
As 14 maiores usinas da Eletrobras serão privatizadas. Hoje, o governo e o BNDES detêm 63% das ações da empresa.
O governo vai manter o chamado golden share, quando permanece com o poder de veto sobre decisões estratégicas.
A hidrelétrica de Itaipu e a Eletronuclear - que compreende Angra 1, 2 e 3 - ficam de fora da privatização.
O ministro de Minas e Energia afirmou que neste processo o preço da energia pode oscilar, mas tende a ficar mais baixo a
médio prazo.
Juntamente com a privatização, o governo quer mudar regras do setor elétrico estabelecidas pelo governo Dilma. Um dos
mecanismos baixou artificialmente as tarifas.
As usinas passaram a vender a energia a um preço que não cobria nem os custos de operação e manutenção. A crise foi
agravada pela falta de chuvas.
O governo agora prepara uma medida provisória para permitir que a energia seja vendida a preço de mercado. Os recursos
dessas operações seriam divididos entre Eletrobras, consumidores e União, que poderia usar o dinheiro para diminuir o
déficit das contas públicas.
Mas o dinheiro da privatização da Eletrobras não poderá ser usado para reduzir o déficit de 2018, de R$ 159 bilhões.
Se a privatização for através da venda do controle da empresa, o dinheiro vai para a União, mas não pode cobrir despesas do
orçamento. Caso a privatização seja pela oferta de ações da Eletrobras, o dinheiro volta para a empresa.
Presidente dos EUA autoriza envio de mais
soldados para o Afeganistão
O presidente americano, Donald Trump, autorizou o envio de mais soldados para o
Afeganistão.
Donald Trump fez o discurso que não queria fazer: “Meu impulso original era ordenar a
retirada das tropas, e historicamente eu sigo meus instintos”, afirmou.
O presidente disse que foi convencido pelos generais de que uma retirada apressada
criaria um vácuo que seria preenchido por grupos terroristas como o Estado Islâmico e a
Al-Qaeda.
Informações ainda não oficiais do Pentágono indicam que o reforço nas tropas deverá ser
de quatro mil soldados, o que poderá levar o total de americanos lutando no Afeganistão
a 12.400. O conflito é o mais longo da história dos Estados Unidos.
A invasão do Afeganistão começou como uma caçada ao terrorista Osama bin Laden após
os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
Dez anos depois, bin Laden foi encontrado e morto no país vizinho, o Paquistão.
Trump disse que o Paquistão, um antigo aliado americano, precisa deixar de ser um
santuário para terroristas e anunciou que vai contar com a Índia para combater o terror
na região.
Paquistão e Índia, que possuem armas nucleares, são inimigos históricos. O grupo talibã,
que governava o Afeganistão quando a guerra começou, disse que vai transformar o país
em um cemitério para o império americano.
Atropelamento em Barcelona: atentado terrorista
deixa vários mortos e feridos
Incidente aconteceu no calçadão La Rambla, uma famosa área turística da capital Catalã
O assassino que matou 13 pessoas e feriu mais de cem em um atropelamento coletivo,
dia 17 de agosto, em Barcelona foi morto, por policiais da Catalunha.
Era o motorista da van usada no atentado.
O terrorista passou quatro dias driblando a polícia da Catalunha. Foi o máximo que
conseguiu. O alerta foi o telefonema de uma moradora.
A mulher viu um homem rondando casas na região de Subirats, a 40 quilômetros de
Barcelona. Quando ela perguntou se ele procurava alguém, o homem saiu correndo na
direção de um vinhedo.
Pouco depois, foi cercado pelos policiais e gritou "Deus é grande", em árabe, antes de
ser baleado. Ele vestia o que parecia ser um cinto cheio de bombas, e os policiais só se
aproximaram do corpo depois de usar um robô para verificar os supostos explosivos.
Eram falsos.
Foi então que identificaram Yunez Abuyakub, o motorista da van que atropelou dezenas
de pessoas em ziguezague por quase 500 metros, até parar em cima do mosaico do
artista catalão Joan Miró. As batidas acionaram o airbag e o sistema de segurança
desligou o carro.
Eclipse total do sol encanta o planeta e é visto
nos EUA de costa a costa
O eclipse total do sol que aconteceu dia 21 foi um episódio raro: a última vez que a Terra teve um eclipse
solar com as mesmas características foi há 99 anos. O fenômeno vai poder ser observado em sua totalidade
do fenômeno, numa faixa de terra de cerca de 270 quilômetros de largura, que cruzará os Estados Unidos.
Serão 2 minutos e 40 segundo de completa escuridão para quem estiver entre as cidades de Charleston, na
Carolina do Sul (costa leste) e Salem, no Oregon (costa oeste).
O fenômeno foi visto em todo o território norte-americano de maneira parcial, no Canadá, Estados Unidos e
México, bem como em vários países da África e da Europa poderão acompanhar o eclipse. No Brasil,
moradores das regiões Norte e Nordeste poderão avistar o fenômeno entre 12h46 e 18h04, horário de
Brasília. No extremo norte, a previsão é que a escuridão chegue a 50%.
Nos EUA, o eclipse tornou-se um grande evento, com venda esgotada de óculos especiais para o fenômeno e
grande fluxo de turistas para as cidades mais expostas, como as já citadas Charleston, na Carolina do Sul, e
Salem, no Oregon.
Em muitos lugares dos Estados Unidos o Eclipse virou um negócio lucrativo. Camisetas com a frase: “Onde
você vai estar no dia 21 de agosto na hora do eclipse?”, foram vendidas em várias regiões. A cidade de
Charleston, que desde ontem começou a receber turistas, espera receber hoje um milhão de visitantes.
Os óculos especiais com filtro apropriado para apreciar o fenômeno estavam esgotados em várias cidades. A
associação de pais da Alpharetta High School, uma escola de ensino médio de Alpharetta (região norte de
Atlanta), arrecadou um dinheiro extra, depois de vender, diversos óculos próprios para o eclipse para pais e
alunos.
Segundo as autoridades, as ruas poderiam ficar escuras e sem a iluminação programada para as noites. Além
disso, as escolas teriam que garantir que as crianças e adolescentes olhariam para o sol de maneira segura –
usando os óculos de proteção. O ponto máximo da cobertura do sol pela Lua, acontece por volta de
14h35min em Atlanta e o fenômeno termina por volta das 4h da tarde.
Violentos ataques de neonazistas em
Charlottesville
Na noite do dia 12 de agosto, o governador da Virgínia, Terry McAuliffe,
declarou o estado de emergência após o atropelamento de uma multidão
de antifascistas realizado por neonazistas da chamada direita alternativa
dos EUA.
O incidente resultou em elevadíssima violência, deixando uma pessoa
morta e várias feridas. A manifestação de extrema direita em
Charlottesville foi inicialmente realizada em protesto contra a remoção de
uma estátua em homenagem ao general confederado Robert E. Lee do
parque central da cidade. Na sequência, ela coincidiu com uma
manifestação de um movimento antifascista, o que levou ao confronto
direto.
Donald Trump, alvo de muitas críticas por sua reação morna ao ataque de supremacistas brancos em
Charlottesville neste sábado condenou energicamente o racismo, chamando grupos neonazistas e a Ku Klux
Klan (KKK) de "repugnantes".
"O racismo é o mal", declarou o mandatário da Casa Branca. "E aqueles que provocaram a violência em seu
nome são criminosos e bandidos, incluindo a KKK, os neonazistas, os supremacistas brancos e outros grupos
que disseminam o ódio e são repugnantes a tudo que prezamos como americanos", completou.
Acusado por democratas e republicanos de ser indulgente com a extrema-direita depois dos distúrbios
registrados na Virgínia, que deixaram uma mulher morta e 19 feridos em um enfrentamento entre
supremacistas brancos e manifestantes antirracistas, Trump prometeu "justiça".
"Seja quem for que tenha atuado criminalmente na violência racista deste final de semana será plenamente
responsabilizado. A justiça será feita", afirmou o presidente, após viajar para Washington no meio de suas
férias para analisar o assunto com o procurador-geral Jeff Sessions e o diretor do FBI, Christopher Wray.
Até agora, Trump não tinha condenado diretamente os militantes de extrema-direta pelos ataques de
Charlottesville, alguns deles com bonés ou camisetas com imagens do milionário.
O mandatário, que durante a campanha eleitoral recebeu apoio de proeminentes supremacistas brancos,
tinha se limitado a culpar "ambas partes" envolvidas numa declaração no sábado de seu clube de golfe em
Nova Jersey.
Heather Heyer, de 32 anos, morreu quando um suposto simpatizante neonazista, James Field, de 20 anos,
intencionalmente avançou com seu veículo sobre uma multidão que se opunha à marcha racista.
Field, originário de Ohio, segue preso após um juiz lhe negar a liberdade e enfrenta acusações de assassinato
em segundo grau pelo ocorrido.
O FBI e procuradores federais abriram uma investigação sobre o ocorrido em Charlottesville.
Transferência de Neymar ao PSG é golpe de ‘soft
power’ do Catar a países do Golfo, dizem
especialistas
A transferência do fenômeno brasileiro Neymar ao Paris Saint-Germain (PSG)
representa uma estratégia de marketing e um golpe de ‘soft power’ do Catar contra
os países do Golfo que cortaram relações diplomáticas com o emirado.
Neymar se tornou o jogador mais caro da história do futebol, com o pagamento da
cláusula de rescisão no valor de € 222 milhões (R$ 812 milhões).
O Catar é um minúsculo estado em uma península posicionada no meio do Golfo
Pérsico, com uma extensão territorial que equivale a metade do estado de Sergipe
e uma população comparável ao estado de Rondônia.
Mas esse pequeno emirado é uma das maiores potências energéticas do mundo,
contando com a terceira reserva de gás natural do planeta e importantes jazidas de
petróleo.
Líbia, Iêmen, Egito, Arábia Saudita, Bahrein e os Emirados Árabes Unidos
anunciaram que cortaram as relações diplomáticas com o Catar, acusado de criar
instabilidade na região do Golfo Pérsico, ao apoiar grupos terroristas. O Catar diz
que o rompimento é injustificado.