APRESENTAÇÃO
Sumário
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................6
CAPITULO 1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE INDICADORES ...........................8
1.1 O que são Indicadores .................................................................................................................8
1.2 Propriedades desejáveis de um indicador................................................................................. 10
1.3 Classificação quanto à Tipologia ............................................................................................. 12
1.3.1 Quanto à forma ..................................................................................................................... 12
1.3.2 Quanto à valoração ............................................................................................................... 13
1.3.3 Quanto à objetividade........................................................................................................... 13
1.3.4 Quanto à natureza das variáveis ........................................................................................... 13
1.3.5 Quanto à relação entre as variáveis ...................................................................................... 14
1.4 Indicadores de Gestão do Fluxo de Implementação de Políticas Públicas ............................... 14
1.5 Classificação de indicadores quanto à abordagem de avaliação de desempenho........................ 16
1.6 Como interpretar os resultados apurados .................................................................................... 17
CAPÍTILO 2. ASPECTOS METODOLÓGICOS: CÁLCULO DE INDICADORES,
NOMENCLATURA, FÓRMULAS E OPERAÇÕES, FONTE E DADOS. ........................... 19
2.1 O Processo de geração de Informação ........................................................................................ 19
2.2 Definições conceituais: Dados, população, censo e amostra ...................................................... 21
2.3 Fontes de Dados .......................................................................................................................... 22
2.4 Metadados e Ficha de Metadados do Indicador .......................................................................... 23
2.5 Indicadores e a Matemática ......................................................................................................... 23
2.6 Número e média .......................................................................................................................... 24
2.6.1 Número ................................................................................................................................. 24
2.6.2 Média.................................................................................................................................... 24
2.7 Razão, Proporção e Taxa ............................................................................................................. 25
2.7.1 Razão .................................................................................................................................... 25
2.7.2 Proporção ............................................................................................................................. 26
2.7.3 Taxa ...................................................................................................................................... 26
2.8 Prevalência e Incidência .............................................................................................................. 27
2.8.1 Incidência ............................................................................................................................. 27
a) Incidência cumulativa ........................................................................................................... 28
2.8.2 Prevalência ........................................................................................................................... 29
CAPÍTILO 3. PROCESSO DE ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE INDICADORES ........... 30
INTRODUÇÃO
1
Segundo definição da Wikipédia (2016), “é um termo da língua inglesa que pode ser traduzido para o
português como responsabilidade com ética e remete à obrigação, à transparência, de membros de um órgão
administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados. Outro
termo usado numa possível versão portuguesa é responsabilização. Também traduzida como prestação de
contas, significa que quem desempenha funções de importância na sociedade deve regularmente explicar o que
anda a fazer, como faz, por qual motivo faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir. Não se trata, portanto,
apenas de prestar contas em termos quantitativos mas de auto-avaliar a obra feita, de dar a conhecer o que se
conseguiu e de justificar aquilo em que se falhou. A obrigação de prestar contas, neste sentido amplo, é tanto
maior quanto a função é pública, ou seja, quando se trata do desempenho de cargos pagos pelo dinheiro dos
contribuintes.”
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6
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cálculo de indicadores, entre outros. A forma como a CEI atua no auxílio às Instituições na
elaboração e seleção de seus indicadores é apresentada no terceiro capítulo. Por fim, é
apresentada a Ficha de Metadados para auxílio à seleção e formulação de indicadores, além de
uma relação de sites e bibliografia para consultas.
Um ponto muito importante a ser esclarecido é que, um indicador pode ser composto
por diversas variáveis ou indicadores, neste caso é chamado de indicador complexo e é
utilizado, no setor público, para mensurar impactos e efetividade das políticas públicas, o que
normalmente são obtidos por ações que exigem uma maior amplitude de espaço e tempo para
surtirem efeitos. Um exemplo é o Índice de Desenvolvimento Humano - IDH, este é
composto de variáveis que expressam a longevidade, a renda e a educação de uma população
em nível de União, Estado ou Município.
Ao elaborar indicadores sintéticos é preciso tomar certos cuidados para evitar que o
mesmo não perca o sentido no momento da apuração. Nesse sentido, apresenta-se o
posicionamento de um dos mais conceituados autoressobre esses indicadores sintéticos
(índices):
Em síntese, Indicadores são métricas que representam uma dada realidade que se
pretende intervir, num instante de tempo (no caso discreto) ou o seu movimento (no caso
contínuo). No caso da administração pública, são formas de acompanhar os resultados das
ações governamentais ao longo do tempo.
Sintético (complexo)
É constituído por indicadores analíticos ou por muitas variáveis, e permite verificar
comparabilidades pela construção de rankings.
Ex.: Índice de Condições de Qualidade de Vida - ICQV.
Normativo
Reflete critérios que obedecem a alguma norma em sua caracterização.
Ex.:Proporção de pessoas na linha da pobreza. (Indicador depende de uma série de decisões
metodológicas normativas em relação ao próprio conceito de pobreza)
Subjetivo
Registros baseados na interpretação pessoal, na qualificação sobre algo.
Ex.: Felicidade Interna Bruta- FIB.
Qualitativas
Se baseiam em qualidades. Uma variável é qualitativa quando seus possíveis valores
são categorias ou características.
Relativa
O Indicador do tipo RELATIVO utiliza mais de uma variável na sua construção.
Ex.: Proporção de hospitais credenciados. (Nesse caso, há uma relação entre o número de
hospitais credenciados e o total de hospitais)
Conforme Brasil (2012:21), que trouxe uma visão adaptada de Bonnefoy (2005) e
Jannuzzi (2005), essa classificação permite separar os indicadores de acordo com a sua
aplicação nas diferentes fases do ciclo de gestão de uma política pública, quais sejam: antes,
durante ou depois de sua implementação. Assim, nessa visão, os indicadores podem ser de:
• Insumo (antes): são indicadores que têm relação direta com os recursos a serem alocados,
ou seja, com a disponibilidade dos recursos humanos, materiais, financeiros e outros a serem
utilizados pelas ações de governo. São exemplos médicos/mil habitantes e gasto per capita
com educação;
• Processo (durante): são medidas que traduzem o esforço empreendido na obtenção dos
resultados, ou seja, medem o nível de utilização dos insumos alocados como, por exemplo, o
percentual de atendimento de um público alvo e o percentual de liberação dos recursos
financeiros;
• Produto (depois): medem o alcance das metas físicas. São medidas que expressam as
entregas de produtos ou serviços ao público-alvo. São exemplos, o percentual de quilômetros
de estrada entregues, de armazéns construídos e de crianças vacinadas em relação às metas
estabelecidas;
• Eficiência: essa medida possui estreita relação com produtividade, ou seja, o quanto se
consegue produzir com os meios disponibilizados. Assim, a partir de um padrão ou
referencial, a eficiência de um processo será tanto maior quanto mais produtos forem
entregues com a mesma quantidade de insumos, ou os mesmos produtos e/ou serviços sejam
obtidos com menor quantidade de recursos;
• Eficácia: aponta o grau com que um Programa atinge as metas e objetivos planejados, ou
seja, uma vez estabelecido o referencial (linha de base) e as metas a serem alcançadas, utiliza-
se indicadores de resultado para avaliar se estas foram atingidas ou superadas;
Para uma interpretação correta é necessário que o indicador tenha uma periodicidade
de apuração que possibilite análise de sua série histórica a fim de comparar seus resultados
com as metas que foram propostas. O mesmo indicador deve permanecer enquanto o seu
monitoramento for interessante aos gestores. Para uma melhor interpretação da situação
estudada alguns itens devem ser verificados:
➢ A série histórica do indicador nos últimos anos;
➢ As inter-relações com outros indicadores;
Índices
Índice
Índice
Agregação
Agregação
Indicadores
A. Teoria B. Realidade
Fonte: Segnestam (2002)
Para Triola (2005:03), os dados2 são observações que tenham sido coletadas, são
características que podem ser observadas ou medidas de alguma maneira e que serão
utilizados no cálculo do indicador. Pode-se atribuir significado a determinado dado,
transformando-o em um indicador.
Os dados podem ser classificados quanto à forma de coleta, em dois grupos:
a) Dados primários: são dados coletados diretamente do informante.
b) Dados secundários: são dados coletados e disponibilizados por outras instituições. É
importante considerar a credibilidade da instituição fornecedora e conhecer a metodologia de
coleta, para compreender suas limitações e restrições de uso.
Segundo Triola (2005:03), os dados podem ser classificados quanto a sua natureza,
em dois tipos:
a) Dados quantitativos: consistem em números que representam contagens ou medidas. Os
dados quantitativos podem se subdividir em discretos e contínuos.
Dados discretos surgem quando o número de valores possíveis é um número finito ou
uma quantidade “enumerável” e, representam contagem. (Isto é, o número de valores
possíveis é 0, ou 1, ou 2, ou assim por diante.)
Ex.: Número de filhos; Número de ovos que galinhas botam; Número de processos.
Já os dados contínuos resultam de infinitos valores possíveis que correspondem a
alguma escala contínua que cobre um intervalo de valores sem vazios, interrupções ou saltos.
São dados extraídos a partir de um instrumento de medição, como a balança (Kg) e a régua
(cm); são expressos em unidades de medida, tais como metros (m), quilômetros (Km),
hectares (ha), e podem assumir qualquer valor dentro de uma faixa especificada.
Ex.: Peso; Altura, pressão arterial; Salário, etc.
2
A definição de dados de Triola (2005) é a mesma que alguns livros de Estatística aplicam ao conceito de
variável, a exemplo Bussab e Morettin (2013). Algumas variáveis ou dados, como sexo, educação, estado civil,
apresentam como possíveis realizações uma qualidade (ou atributo) do indivíduo ou unidade elementar de
pesquisa, ao passo que outras, como número de filhos, salário, idade, se apresentam como possíveis realizações
resultantes de uma contagem ou mensuração.
Metadados em uma linguagem simplória são dados que descrevem outros dados. Uma
definição mais formal, é dada pelo IBGE (2016):
“Metadados podem ser basicamente definidos como "dados que descrevem os
dados", ou seja, são informações úteis para identificar, localizar,
compreender e gerenciar os dados. Quando documentamos os metadados e os
disponibilizamos, estamos enriquecendo a semântica do dado produzido,
agregando seu significado real, e dando suporte à atividade de
Administração de Dados executada pelo produtor desse dado.”
2.6.1 Número
Indicador cuja definição é iniciada por um número ou população. É o resultado de uma
contagem ou estimativa em valor absoluto. Dado comum que, por ter sido dotado de um
significado ou conceito, passa a ser considerado indicador.
Exemplos:
● População residente no município em julho de 2009;
● Número de vagas em creches públicas em 2010.
2.6.2 Média
É o valor médio de um conjunto de dados. Existem alguns tipos de médias, sendo que
a mais usual é a média aritmética.
Para Bussab e Morettin (2013), a média aritmética é a soma das observações, dividida
pelo número delas.
Ex.: A média aritmética de 3, 4, 7, 8 e 8 é (3+4+7+8+8) / 5= 7,5.
Exemplo:
- Esperança média de vida ao nascer em 2007.
2.7.1 Razão
Segundo Crespo (1999), a razão nada mais é do que o quociente entre duas medidas,
sendo que o denominador não inclui o numerador, ou seja, são duas medidas que podem ser
consideradas separadas e excludentes, e inclusive podem ser de grandezas diferentes.
a0
R0 =
b0
N° de Mulheres Vereadoras 3 1
In = = =
N° de Homens Veradores 9 3
2.7.2 Proporção
Proporção é a divisão entre duas medidas, sendo o numerador o número de casos
específicos e o denominador o número de casos possíveis na população, ou seja, o evento que
se pretende evidenciar faz parte do todo, do numerador. Pode ser usada ainda para estimar a
probabilidade ou as frequências de um evento.
a0
Pro0 =
a 0 + b0
Exemplo 1:
Vamos nos reportar ao mesmo exemplo da Câmara dos Vereadores. Se o objetivo é
conhecer a quociente de mulheres eleitas para a Câmara de Vereadores de determinado
município, considerando que esse município tem 12 vereadores, dos quais 9 são homens e 3
são mulheres, deve-se calcular da seguinte forma:
N° de Mulheres Vereadoras 3 1
Pro0 = = = = 0,25
N° de Mulheres Vereadoras + N° de Homens Vereadores 12 4
Ou seja, 1 a cada 4 vereadores é do sexo feminino, ou ainda 0,25 e ainda se tratando
de proporção, alguns ainda preferem apresentar esse valor em percentual e para isso
simplesmente faz-se a multiplicação do valor observado por 100%.
Pro0 = 0,25 ∗ 100% = 25%
Dessa forma se lê que 25% dos vereadores eleitos nesse município são mulheres.
2.7.3 Taxa
É uma proporção utilizada especialmente para acompanhar a variação de determinado
fenômeno em determinado tempo, estando associada com a velocidade e a direção (padrões)
de mudança em processos dinâmicos. Normalmente, é um indicador acompanhado em
períodos bem definidos de tempo, e pode ser expresso da seguinte forma:
a0
Tx1 =
a1
A taxa é regularmente referida a 100 unidades (o valor/100), mas pode ser referida a 1
mil, 10 mil, 100 mil ou 1 milhão.
2.8.1 Incidência
Incidência de acordo com Costa e Kale (2000), é a frequência de casos novos de uma
determinada doença, ou problema de saúde, oriundos de uma população sob risco de
adoecimento, ao longo de um determinado período de tempo, ou seja, o número ou proporção
de novos casos ou ocorrências surgidas numa determinada população e num determinado
intervalo de tempo. Pode avaliar, por exemplo, o ritmo de avanço de determinadas doenças ou
epidemias. Existem duas formas de se medir incidência: a) incidência cumulativa e b) taxa de
incidência ou densidade de incidência.
a) Incidência cumulativa
A Incidência cumulativa segundo Costa e Kale (2000), fornece uma estimativa da
probabilidade de um indivíduo desenvolver a doença durante um período específico de tempo
e, por isso, é também chamada simplesmente de risco. Essa medida assume que todos os
indivíduos identificados no início do seguimento foram acompanhados por todo o período em
questão. O tempo de observação ou seguimento é variável, mas deve sempre ser claramente
indicado. A fórmula proposta para incidência cumulativa (Ic) é:
Nº de novos casos registrados no ano
Ic =
População no ano em risco
2.8.2 Prevalência
A prevalência de uma dada patologia corresponde ao número total de casos, numa
dada população, num determinado tempo. Assim, podemos determinar diferentes tipos de
prevalência, de acordo com o horizonte temporal estabelecido.
Prevalência pontual - número total de casos a dividir pelo número de indivíduos em
risco, num determinado momento.
Prevalência a 1 ano - número total de casos, nesse ano, a dividir pelo número de
indivíduos em risco, durante o ano.
Prevalência a 5 anos - número total de casos, durante os 5 anos, a dividir pelo número
de indivíduos em risco, durante esses 5 anos.
Por exemplo, considerando uma população de 10.000 habitantes (que corresponde aos
indivíduos em risco para uma dada doença) e, sabendo que o número de pessoas que tem a
doença é de 500, a prevalência pontual é de 5%. Se considerarmos que, durante 5 anos, a
população em risco se mantém estável nos 10.000 e que o número de casos nesses 5 anos é de
1.000, então a prevalência a 5 anos é de 10%.
A Prevalência no Período indica que há uma correlação importante entre Incidência e
Prevalência. Mais especificamente, a Prevalência é uma função da Incidência, mediada
pela duração da doença.
𝑃 = I x Tempo de Duração da Doença
se o nome do indicador, sua metodologia de cálculo, que é a forma mais técnica, exata e
lógica de expressar o que o indicador mensura.
Exemplo:
Nome do indicador: Taxa de mortalidade infantil, a cada mil nascidos vivos.
Metodologia de Cálculo: (Número de óbitos de menores de 1 ano de idade por local de
residência durante um certo período de tempo, geralmente um ano / Número de
nascidos vivos de mães por local de residência durante um certo período de tempo,
geralmente 01 ano) x 1.000.
Nesta etapa verifica-se, ainda, a base de dados necessária para cálculo e a definição do
indicador, a fonte da informação e a unidade de medida ou escala para avaliar o alcance dos
objetivos e metas estabelecidos. O período de atualização/divulgação também deve estar
claro, pois juntamente com os dados da fonte de pesquisa tem-se uma base histórica para
apoiar as análises e o monitoramento de indicadores. Esses dados é que determinam onde,
como e quando buscar informações sobre as variáveis que compõem o indicador.
Fonte Dados: Ministério da Saúde - Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM),
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc).
Unidade de Medida: óbitos a cada mil nascidos vivos.
Periodicidade: Anual 1979-2015 (com restrições).
Uma etapa importantíssima é o estabelecimento das metas, onde se quantificam
valores e prazos a serem cumpridos para que o objetivo seja alcançado, a partir dos dados
apurados, conforme metodologia de cálculo do indicador, ou seja, sua série histórica.
Meta: Reduzir em 2/3, até 2017, a taxa de mortalidade infantil.
Quando se define uma meta global para um lapso de tempo, a mesma deverá ser
anualizada para o acompanhamento periódico da realidade que se pretende intervir.
Os itens definição/descrição, interpretação e uso do indicador, facilitam o
entendimento do que está se medindo, pois descrevem o que é, o que faz e para que serve o
indicador, e por isso deve ser informado na elaboração do indicador.
Definição: Número de óbitos de menores de 1 ano de idade, a cada mil nascidos vivos,
por local de residência da mãe.
Interpretação e uso: Estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro
ano de vida. Altas taxas de mortalidade infantil refletem, de maneira geral, baixos
níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico. As taxas reduzidas podem ser
resultado de subnotificações nos registros de óbitos. Por outro lado, taxas exageradas
podem indicar a incidência de um surto epidemiológico. Este indicador pode ser
utilizado para verificar se as políticas de saúde infantil estão na direção correta, bem
como para elaboração de novas políticas públicas para a área.
Alguns exemplos de desagregação categórica: idade, raça, cor, gênero, renda, local
de domicílio, órgão de lotação, profissão, atividade econômica, etc. Desagregação
Geográfica ou Espacialização: nacional, estadual, municipal, regiões geográficas, regiões de
planejamento, etc.
Desagregação Geográfica ou Espacialização:Municípios, Estados e Regiões.
Desagregação Categórica: Neonatal precoce (0 a 6 dias), neonatal (7 a 28 dias) ou
pós-neonatal (de 1 mês a menor de 1 ano).
Assim, todos esses descritores auxiliarão a melhor avaliação do indicador,
evidenciando a capacidade deste em agregar a maior quantidade e qualidade de informações
que garantiram a confiança e o comprometimento do agente formulador das ações e metas
elaboradas. Com o intuito de apoiar nesse processo de identificação de indicadores a CEI
elaborou uma Ficha de Metadados que têm como objetivos principais: 1- auxiliar na escolha
dos melhores indicadores na medida que apresenta de forma didática os descritores e sua
importância, e 2- Mantém o banco de dados do Sistema de Indicadores do Estado de Mato
Grosso atualizado e composto por indicadores confiáveis e disponíveis a entidades e a
sociedade.
3.2 Capacitações
4.1 Importância
4.2 Preenchimento
-PAGE - MT - Parceria para Ação pela Economia Verde em Mato Grosso: Resultado
Geral e Específico; etc.
Órgão ou entidade que se responsabilizará pelo cumprimento das metas e que tenha
governabilidade sobre as mudanças necessárias para atingir os objetivos mensurados pelo
indicador.
Ex: (Número de acidentes fatais no trânsito, no ano / Número total de veículos no ano)
X 10.000.
4.8 Definição/Descrição
Nesse campo deverá ser informado o que o indicador quer dizer, descrevendo a
fórmula de cálculo.
Ex: O indicador mede o número de acidentes fatais no trânsito em relação ao número
de veículos no ano.
4.11 Fonte (s) e data da disponiblização da (s) variável (variáveis), pela fonte
Qual a instituição e/ou setor responsável pelo registro ou produção das informações
necessárias para a apuração do indicador e qual a data prevista para sua disponibilização.
Ex.:Numerador: IBGE (março)
Denominador: IBGE (janeiro)
Forma como o (s) dado (s), referente (s) ao indicador, é (são) disponibilizado (s) pela
fonte.
Exemplo: relatório de sistema utilizado, link de site consultado, CD recebido, etc.
Forma de coleta de dados. Caso não haja uma pesquisa para obtenção da informação,
considera-se como registro administrativo, ou seja, quando os dados são referentes às
informações da própria instituição.
Ex.: PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio.
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Os itens abaixo deverão ser respondidos de acordo com as suas definições, que
constam nas páginas do manual, indicadas:
·Propriedades do indicador (p.51);
·Tipologia do indicador (p.52);
·Classificação do indicador (p.53);
·Quanto à abordagem de avaliação de desempenho (p.54).
REFERÊNCIAS
Metodologia de Cálculo*
Forma de como calcular o indicador.
Ex.: (Número de acidentes fatais no
ano/Número total de veículos no ano)x10.000.
Fonte (s)*
Órgão(s) responsável(is) pelo registro ou
produção das informações necessárias para a
apuração do Indicador e por sua divulgação
periódica.
Ex.: IBGE.
Periodicidade e período de divulgação Mensal
do indicador pelo Órgão/Setor* Anual Período de divulgação:
Indicar a periodicidade e o período de
Bianual
divulgação do indicador pelo Órgão/Setor.
Ex.:
1) Periodicidade: Anual; Período:
Setembro Outros:
2) Periodicidade: Mensal; Período: Até dia
05
c=1825&z=t&o=3
Previsto/
Meta
Parâmetro
Valor
apurado
Definição/Descrição*
Responde: "O que ele é?" Refere-se
a descrição da fórmula de cálculo.
Ex.: O indicador mede o número de
acidentes fatais no trânsito em relação ao
número de veículos no ano.
Interpretação e Uso/Objeto de
Mensuração*
Responde: "O que ele faz e para
que serve?".
Ex.: O indicador mostra o
percentual de acidentes de trânsito que
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PROPRIEDADES DO INDICADOR*
Cobertura Abrangência territorial ou populacional;
Capacidade de referir à subdimensões territoriais ou
Desagregabilidade
grupos categóricos.
Comparação à um parâmetro e/ou espaço
Comparabilidade
geográfico, bem como séries histórica de acontecimentos.
Estabelecimento de séries históricas estáveis que
Historicidade
permitam monitoramentos e comparações.
Periodicidade na
Capacidade de um acompanhamento periódico.
avaliação
Comunicabilidade Aspectos práticos, claros e de fácil comunicação.
Origem em fontes confiáveis ou que utilizem
Confiabilidade
metodologias reconhecidas e transparentes de coleta.
Replicabilidade de
Reprodução sem perca de confiabilidade.
sua construção
Factibilidade para
Facilidade de obtenção dos dados.
obtenção
Obtenção dos dados sem ou com baixo custo. A
Economicidade relação entre os custos de obtenção e os benefícios
advindos deve ser favoráveis.
Alta Especificidade
Reflete informações estritamente ligadas ao objeto
Média em estudo.
Baixa
Alta Sensibilidade
Capacidade de captar a maioria das variações sobre
Média o fenômeno de interesse, inclusive mudanças de
comportamento durante a execução das atividades.
Baixa
TIPOLOGIA DO INDICADOR*
Quanto à forma
Analítico Indicador de tipo ANALÍTICO, também chamado de
simples, permite avaliar aspectos diretos da realidade.
Sintético Ex.: População de 15 anos ou mais alfabetizada.
Quanto à valoração
Descritivo Indicador de tipo DESCRITIVO não é fortemente dotado de
significados valorativos, pois apenas "descreve" características e aspectos da
Normativo realidade empírica.
Ex.: Taxa de evasão escolar.(Evasão escolar é um conceito simples e é
um registro com metodologia única para qualquer desagregação).
CLASSIFICAÇÃO DO INDICADOR*
( ) NÃO VALIDADO
( )VALIDADO Este indicador NÃO foi VALIDADO, pelo(s)
seguinte(s) motivo(s):
Este indicador é adequado para ( ) não é adequado para medir o objetivo
medir o objetivo proposto e possui as proposto;
propriedades mínimas exigidas. ( )não possui as propriedades mínimas
exigidas para um indicador
DATA:
Funcionário/ Órgão/Setor:
Funcionário/ Órgão/Setor:
ANEXO
DEFINIÇÕES EXEMPLOS
MÉDIA
- Esperança de vida ao nascer.
É o valor médio de um conjunto de dados. Se for
- Média da idade dos alunos do ensino
média aritmética, esta é definida pela soma dos valores
fundamental.
de um determinado conjunto dividido pela quantidade
dos valores que foram somados.
RAZÃO
- Razão entre o número de leitos
A razão entre dois números é a divisão entre duas
ocupados e não ocupados nas unidades de
medidas de interesse, sendo que o denominador não
emergência.
inclui o numerador, ou seja, são duas medidas separadas
- Razão entre a quantidade de homens
e excludentes.
e de mulheres no serviço público.
PROPORÇÃO
É a divisão entre duas medidas, sendo o - Percentual de leitos ocupados nas
numerador o número de casos específicos e o unidades de emergência.
denominador o número total do conjunto. Pode ser usada -Proporção de mulheres no serviço
para estimar a probabilidade de um evento. público.
TAXA
É uma proporção utilizada especialmente para
acompanhar a variação de determinado fenômeno em - Taxa de mortalidade infantil (a cada 1
determinado tempo, estando associada com a velocidade mil nascidosvivos).
e a direção (padrões) de mudança em processos - Taxa de crescimento de vítimas fatais
dinâmicos. O termo taxa também é empregado quando no trânsito (%).
no cálculo do indicador são utilizadas duas variáveis de
fenômenos distintos. A taxa pode ser referida a 100
unidades (%), ou a 1 mil, 10mil, 100 mil, 1 milhão, etc.
http://www.previdencia.gov.br/2015/01/estatisticas-anuario-estatistico-de-acidentes-do-
trabalho-2013-ja-esta-disponivel-para-consutla/
http://www.aneel.gov.br/estatisticas-lai
http://www.anatel.gov.br/dados/
http://www.antaq.gov.br/anuario/
http://anuariodotransporte.cnt.org.br/
https://www.anac.gov.br/assuntos/dados-e-estatisticas/anuario-do-transporte-aereo
http://www.anp.gov.br/wwwanp/dados-estatisticos
http://www.anp.gov.br/wwwanp/noticias/3138-anp-divulga-anuario-estatistico-2016
http://www.mme.gov.br/web/guest/publicacoes-e-indicadores
http://www2.camara.leg.br/transparencia/dados-abertos/dados-abertos-legislativo
https://www12.senado.leg.br/institucional/datasenado
http://www.saude.mt.gov.br/informacao-em-saude
http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/home.html
http://www.anuariodemarcas.com/
http://www.seade.gov.br/
http://pdet.mte.gov.br/
http://www.transparencia.mt.gov.br/
http://www.seplan.mt.gov.br/-/3934855-pib-mato-grosso-e-municipios?ciclo=cv_gestao_inf
https://www.sefaz.mt.gov.br/portal/Tributario/ReceitaPublica.php
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