Rios peninsulares
Os rios da Península Ibérica nascem nas grandes cadeias montanhosas onde abundam as nascentes e as neves. Como estão
viradas para ocidente os rios correm nessa direção e vão desaguar no Oceano Atlântico, com exceção do rio Ebro que corre
para o Mediterrâneo.
Principais rios da Península Ibérica:
rio Minho;
rio Douro;
rio Tejo: rio com maior extensão;
rio Guadiana;
rio Sado;
rio Guadalquivir;
rio Ebro.
Clima
O planeta Terra apresenta diferentes zonas climáticas:
zona quente: próxima do Equador;
zonas frias: em redor dos polos;
zonas temperadas: entre as zonas frias e as zonas quentes.
A Península Ibérica tem um clima temperado por isso apresenta quatro estações durante o ano:
Primavera;
Verão;
Outono;
Inverno.
Existem também diferenças regionais distinguindo-se três zonas:
Norte e Noroeste: elevada humidade e precipitação, temperaturas suaves tanto no Inverno como no Verão;
Interior: pouca precipitação, invernos muito frios e verões muito quentes;
Sul: pouca precipitação, invernos suaves e verões quentes.
Estas diferenças devem-se aos seguintes fatores:
proximidade do mar;
ventos dominantes;
relevo.
Vegetação natural
Sobre o tipo de vegetação que existe na Península ibérica podemos distinguir duas zonas:
Ibéria húmida: florestas de folha caduca, prados naturais verdes e matagais com fetos, giesta, urze e tojo. Junto à costa predominam os
pinheiros;
Ibéria seca: florestas de folha persistente, matagais e arbustos. Junto à costa predominam as palmeiras, as piteiras e os catos.
As comunidades agro-pastoris
Há cerca de 10000 anos a temperatura subiu, os gelos fundiram-se e o clima tornou-se quente e seco. Os animais de clima
frio desapareceram e surgiram novas espécies vegetais e animais.
Ficaram assim reunidas condições para os homens abandonarem as grutas e melhorar a sua forma de vida.
As comunidades agro-pastoris vivam da agricultura, da pastorícia e da domesticação de animais. Como viviam perto
das terras que cultivavam deixaram de precisar de se deslocar constantemente, tornando-se assim sedentários.
Começou a haver uma maior abundância e diversidade de alimentos o que originou os primeiros povoados.
Começou-se a praticar a cestaria, a cerâmica e a tecelagem. Novos utensílios foram inventados como a foice, a enxada de
pedra, o arado de madeira e a mó manual, e deu-se maior uso da roda.
Surge também nesta época vários monumentos em pedra como antas, ou dólmenes, e os menires.
Homens dos castros
Há cerca de 2500 anos a Península Ibérica era habitada pelos:
Celtas: povos guerreiros vindos no Centro da Europa, eram altos de cabelo e olhos claros e fixaram-se no Norte e Oeste da Península
Ibérica.
Iberos: homens morenos e de estatura média que se fixaram no Sul e Este da Península Ibérica.
Os Iberos só conheciam o cobre e o bronze. Os celtas trouxeram o ouro e o ferro.
Com o passar do tempo estes povos acabaram por se misturar dando origem aos celtiberos.
Estas tribos viviam nos cimos dos montes rodeados por muralhas nas citânias, ou castros.
A resistência
As populações do litoral sul não ofereceram grande resistência. O mesmo não aconteceu com os povos do Centro e Norte
que lutaram contra os romanos durante quase 200 anos. Um dos povos que se distinguiu na luta contra os romanos foram
os Lusitanos, chefiados por Viriato. Estes montavam armadilhas e emboscadas aproveitando as montanhas e
desfiladeiros.
O império romano
Entretanto não foi só conquistada a Península Ibérica mas sim um conjunto de territórios à volta do Mediterrâneo que fez
com que os romanos construíssem um grande Império. A sua capital era a cidade de Roma e possuíam territórios na
Europa, Ásia e África. O chefe supremo do Império era o imperador.
Era cristã
Este período também ficou marcado pelo surgimento de uma nova religião: o Cristianismo. Esta nova religião expandiu-se
por todo o Império e a contagem do tempo passou-se a fazer pela era cristã, ou seja, a partir do do nascimento de Jesus
Cristo (quem começou a pregar esta religião e que afirmava ser filho de Deus).
Na contagem do tempo podemos utilizar o ano, a década (10 anos), o século (100 anos) e o milénio (1000 anos).
Para fazer corresponder os anos aos séculos há duas regras bastante simples:
quando o ano termina em dois zeros o número de centenas indica o século. Ex: ano 1500, séc. XV;
quando o ano não termina em dois zeros, acrescenta-se uma unidade ao número das centenas. Ex: 1548, séc. XVI.
A ocupação muçulmana
O profeta Maomet e o Islamismo
No séc. VI a Arábia (península da Ásia) era bastante pobre. Foi neste local que Maomet, nascido na cidade de Meca,
anunciou-se em 612 como profeta (enviado de Deus para revelar verdades sagradas aos homens) e começou a pregar uma
nova religião – o Islamismo.
Os seguidores desta religião são os Muçulmanos e acreditam num único deus – Alá. Os princípios desta religião estão
reunidos num livro sagrado chamado Corão.
Obrigações dos Muçulmanos:
reconhecer Alá como Deus único e Maomet como seu profeta;
rezar cinco vezes por dia virados para Meca;
jejuar no mês do Ramadão;
dar esmola aos mais pobres;
ir a Meca pelo menos uma vez na vida.
A Reconquista Cristã
Foi então a partir das Astúrias e junto dos Pirenéus que se iniciou a Reconquista Cristã, ou seja, os cristãos começaram a
lutar contra os Muçulmanos para voltar a conquistar as terras que perderam para os Muçulmanos.
Com o passar do tempo o reino das Astúrias deu lugar a outros reinos cristãos:
reino de Leão;
reino de Castela;
reino de Navarra;
reino de Aragão.
Cada reino tinha como objetivo conquistar terras a sul aos Muçulmanos de forma a expulsá-los da Península Ibérica.
Foram precisos quase 800 anos para o conseguirem. Entretanto também houve períodos de paz e confraternização. Cristãos
e Muçulmanos foram-se habituando a aceitar costumes e tradições diferentes dos seus.
A herança muçulmana
Influência muçulmana nos povos peninsulares
Os povos que sofreram maior influência da presença dos Muçulmanos na Península Ibérica foram os do sul pois foi aí que
permaneceram mais tempo.
As principais marcas muçulmanas foram:
construção de mesquitas e palácios decorados com azulejos;
casas com terraços e pátios interiores e eram caiadas de branco;
desenvolvimento de indústrias artesanais como armas, carros e tapetes;
desenvolvimento da agricultura com novos processos de rega, a nora, a picota e o açude;
introdução de novas plantas como a laranjeira, o limoeiro, a amendoeira, a figueira e da oliveira;
novos conhecimentos de medicina, navegação, astronomia e matemática;
cerca de 600 palavras, a maior parte começadas por al.
PORTUGAL NO PASSADO
O reino de Portugal
Para a formação de Portugal foram bastante importantes as seguintes batalhas:
1136: batalha de Cerneja onde D. Afonso Henriques vence os galegos.
1139: batalha de Ourique onde D. Afonso Henriques derrota os exércitos de cinco reis mouros.
1140: batalha em Arcos de Valdevez, D. Afonso Henriques vence novamente os exércitos de D. Afonso VII.
Com estas vitórias de D. Afonso Henriques, D. Afonso VII, seu primo agora rei de Leão e Castela, viu-se obrigado a fazer
um acordo de paz – o Tratado de Zamora. Neste tratado, assinado em 1143, Afonso VII concede a independência ao
Condado Portucalense que passa a chamar-se reino de Portugal, e reconhece D. Afonso Henriques como seu rei.
O reconhecimento do reino
Apesar de o rei Afonso VII ter reconhecido em 1143 D. Afonso Henriques como rei de Portugal, o mesmo não aconteceu
com o Papa.
O Papa era o chefe supremo da Igreja Católica e tinha muitos poderes. Os reis cristãos lhe deviam total obediência e
fidelidade. Para a independência de um reino ser respeitada pelos outros reinos cristãos teria de ser reconhecida por ele.
Para obter este reconhecimento D. Afonso Henriques mandou construir sés e igrejas e deu privilégios e regalias aos
mosteiros.
Só em 1179 é que houve o reconhecimento por parte do papa Alexandre III através de uma bula (documento escrito pelo
papa).
Produção artesanal:
O vestuário, calçado, instrumentos e todos os objetos necessários para o dia-a-dia dos pastores, agricultores e pescadores eram feitos por
eles mesmos à mão e através da utilização de produtos retirados diretamente da Natureza ou pelos materiais fornecidos pela agricultura e
pela pastorícia.
Problema de sucessão
Em 1383, D. Fernando assina um tratado de paz com Castela para salvaguardar a independência do reino de Portugal –
o Tratado de Salvaterra de Magos.
Neste tratado D. Fernando deu a mão da sua única filha, D. Beatriz, a D. João I, rei de Castela, e ficou estabelecido que o
futuro rei de Portugal seria o seu neto, filho de D. Beatriz, quando atingisse os 14 anos.
Consolidação da independência
D. João I, Mestre de Avis, recompensou com terras, cargos e títulos os nobres e burgueses que o apoiaram e retirou
privilégios à alta Nobreza que apoiou D. Beatriz e que fugiu para Castela.
Portugal fez ainda um tratado de amizade com Inglaterra onde os dois países se comprometeram a ajudar-se mutuamente.
esta aliança foi reforçada com o casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre em 1387.
Entretanto, só em 1411 o problema com Castela ficou resolvido com um tratado de paz.
Muito do que sabemos sobre o que aconteceu neste período deve-se a Fernão Lopes através das suas crónicas sobre o que
se passava no reino da época.
Técnicas de navegação
Quando navegavam no mar alto orientavam-se pelos astros (estrela polar e sol), utilizando para isso o quadrante,
o astrolábio e a balestilha.
Passou-se a utilizar a caravela que era um navio inovador pois possuía velas triangulares que permitiam bolinar, ou seja,
navegar com ventos contrários.
Começaram a ser desenhadas as cartas náuticas com as novas terras descobertas e com informações sobre os ventos para
facilitar as viagens futuras.
Sendo assim, as viagens marítimas feitas pelos portugueses contribuíram para o desenvolvimento das técnicas de
navegação, da cartografia, da astronomia e da matemática.
Em 1474, o infante D. João passa a dirigir os descobrimentos porque as terras descobertas tinham muitas riquezas como o
ouro, marfim e escravos. Em 1488 subiu ao trono e ordenou que nas terras descobertas se colocassem padrões (um pilar de
pedra gravado com uma cruz, as armas reais e a data de implantação). Mandou também afundar os navios de outros reinos
que se encontrassem a sul das ilhas Canárias. foi na sua época que se descobriu o limite a sul do continente africano e a
passagem para o oceano Índico.
Tratado de Tordesilhas
O grande desejo de D. João II era chegar à Índia por mar por causa do comércio das especiarias. No entanto, também
Castela tinha o mesmo desejo. Em 1492, Cristóvão Colombo, ao serviço de Castela, chega à América quando procurava
chegar à Índia navegando para oeste. Esta descoberta criou um conflito entre Portugal e Castela porque segundo o Tratado
de Alcáçovas, assinado em 1480, as terras a sul das ilhas Canárias pertenciam a Portugal. Sendo assim, as terras descobertas
por Cristóvão Colombo deveriam pertencer a Portugal.
Para resolver este conflito foi necessária a intervenção do papa que levou os dois monarcas dos dois reinos a assinar um
novo acordo – o Tratado de Tordesilhas. Segundo este tratado o mundo ficava dividido em duas partes por um meridiano
a passar a 370 léguas a ocidente de Cabo Verde. As terras que fossem descobertas a oriente pertenceriam aos portuguese e a
ocidente seriam para Castela.
Relevo
O relevo das ilhas atlânticas é muito montanhoso e de origem vulcânica. É na ilha do Pico que se encontra o pico mais alto
de Portugal, com 2351 metros de altitude.
Os cursos de água existentes são pouco extensos por isso têm o nome de ribeiras. Nos Açores são famosas algumas lagoas
formadas nas crateras de vulcões extintos.
Clima e vegetação
A Madeira, situada mais a sul e próximo de África, tem um verão quente e seco e um inverno ameno, com precipitações
mais elevadas na montanha e vertente norte.
Estava coberta de densas matas onde predominavam os dragoeiros, loureiros, urzes, giestas, zimbro e jasmim.
Por seu lado, nos Açores não se notam grandes diferenças de temperatura nas diferentes estações do ano. É frequente o
nevoeiro e as chuvas são abundantes, sobretudo nos meses de Outubro a Janeiro.
Nas matas predominavam os cedros, loureiros, faias, urzes, giestas e fetos gigantes.
Colonização
Quando os portugueses descobriram a Madeira e os Açores encontravam-se desabitadas. O clima ameno e as terras férteis
levaram o infante D. Henrique a realizar de imediato a sua colonização, ou seja, o povoamento e aproveitamento dos seus
recursos naturais.
As ilhas foram divididas em capitanias, cada uma com um capitão que tinha como função povoá-las e cultivar as suas
terras. As pessoas que saíram do continente para as ilhas chamavam-se colonos.
Territórios da Ásia
Territórios da América
Colonização
Inicialmente os portugueses deslocavam-se ao Brasil apenas para trazer o pau-brasil e aves exóticas. Em 1530, iniciou-se a
colonização. O rei dividiu as terras em capitanias, tal como nos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Os colonos
portugueses começaram a cultivar a cana-de-açúcar e a bananeira.
Os índios não eram fáceis de escravizar por isso os portugueses levaram para o Brasil muitos escravos africanos.
Movimento de pessoas
- Emigração: muitas pessoas partiram para as ilhas atlânticas, Brasil e Oriente, à procura de melhores condições de vida.
- Imigração: chegaram a Lisboa muitas pessoas vindas de todo o mundo: comerciantes, artesãos, artistas, escravos…
- Migração interna: muitos camponeses abandonaram os campos e foram para a cidade à procura de melhores condições
de vida.
Distribuição da riqueza
- Nobreza:
recebia riquezas
gastava dinheiro em luxos, vestuário e na habitação
as famílias mais ricas tinham todas escravos
- Clero:
foi beneficiado com a construção e adoração de igrejas e mosteiros
- Corte:
das mais ricas e luxuosas da Europa
eram frequentes os banquetes e saraus com músicos, poetas e escritores
o rei realizava ainda cortejos para exibir a sua riqueza, onde desfilavam músicos ricamente vestidos e animais raros
Cultura
- Literatura
Luís de Camões: “Os Lusíadas”
Fernão Mendes: “A Peregrinação”
Pêro Vaz de Caminha: “Carta do Achamento do Brasil”
Damião de Góis e Rui de Pina: crónicas de reis
Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda e Garcia de Resende
- Matemática
Pedro Nunes
- Medicina
Garcia de Orta e Amato Lusitano
- Geografia e Astronomia:
Duarte Pacheco Pereira
- Zoologia e Botânica:
Garcia da Orta
- Arte
Arte Manuelina na arquitetura: decoração com elementos alusivos às viagens marítimas (cordas, redes, conchas, naus, caravelas, esferas
armilares) como no Mosteiro dos Jerónimos e Convento de Cristo.
Arte Manuelina na escultura, pintura, ourivesaria, cerâmica e mobiliário: revelam também influências dos Descobrimentos
Pretendentes ao trono
- D. Filipe II, rei de Espanha, apoiado por:
grande parte do clero e da nobreza: porque temiam perder privilégios e aspiravam novos cargos e terras
alta burguesia: porque pretendia novos mercados
1 de Dezembro de 1640
Um conjunto de nobres aproveitou o enfraquecimento da Espanha e a ausência do rei em Portugal para organizar uma
conspiração para matar a vice-rei de Portugal, a duquesa de Mântua. Bem-sucedidos, aclamaram a Restauração da
Independência.
Cortes em Lisboa
D. João, duque de Bragança, é aclamado rei de Portugal com o título de D. João IV.
Guerra da Restauração
D. João IV procurou organizar o exército, fabricou armas e fortalezas junto às fronteiras com Espanha. Durante 28 anos
Portugal esteve em guerra com Espanha, que só terminou com o Tratado de Madrid, assinado em 1668.
Brasil
Neste período Portugal já não obtinha grandes lucros com o comércio do Oriente (Índia) devido à concorrência com
ingleses, franceses e holandeses, por isso interessou-se mais em explorar o Brasil.
O tempo quente e húmido permitiu cultivar grandes quantidades de cana-de-açúcar que depois era trabalhada
nos engenhos para ser transformada em açúcar.
Além do açúcar, o Brasil passou a ser bastante importante por causa da descoberta de ouro e de pedras preciosas.
Bandeirantes: pessoas que foram para o interior do Brasil à procura de ouro, pedras preciosas e de índios para escravizar.
Fundaram cidades e povoações o que permitiu alargar as fronteiras do Brasil para além da linha de Tordesilhas.
Engenhos: conjunto de instalações que moem a cana-de-açúcar e a transformam em açúcar.
Comércio triangular
Neste período desenvolveu-se o comércio entre três continentes: Europa, América e África.
Movimentos da população
Da metrópole (Portugal):
Milhares de colonos partiram para o Brasil em busca de melhores condições de vida;
Missionários também partiram para o Brasil com a missão de expandir a fé católica.
De África:
Milhares de escravos foram levados para o Brasil para trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar, nos engenhos e na exploração do ouro.
Eram transportados em navios negreiros em condições desumanas.
No Brasil:
Os bandeirantes deslocaram-se para o interior do Brasil à procura de ouro, pedras preciosas e de índios para os escravizar;
Os missionários também foram para o interior para evangelizar os índios brasileiros e para os proteger da escravatura.
A SOCIEDADE PORTUGUESA NO TEMPO DE D. JOÃO V
Governo de D. João V
A descoberta de ouro e de pedras preciosas desenvolveu o comércio triangular que trouxe grandes riquezas a Portugal. D.
João V tornou-se num dos reis mais ricos da Europa e concentrou em si todos os poderes passando a governar como um rei
absoluto.
Monarquia absoluta: regime em que o rei concentra em si todos os poderes.
Poderes do rei:
Legislativo: fazia as leis
Executivo: fazia cumprir as leis
Judicial: julgava quem não cumpria as leis
A vida da corte
Vivia em luxo e ostentação
Realizavam-se bailes, teatros, concertos, banquetes e cortejos para mostrar a sua riqueza
A nobreza
Tentava imitar a corte no vestuário, na habitação e nos divertimentos.
O clero
Construiu igrejas e conventos e adornou outras
Tinha um grande poder e criou o Tribunal de Inquisição que perseguia e condenava à morte quem estivesse contra a Igreja Católica, quem
praticasse outra religião ou quem fosse suspeito
Cristãos-novos: nome dado a quem aceitava converter-se à religião católica. No entanto, muitos foram perseguidos e
condenados à morte por suspeita de praticarem outras religiões em segredo.
Autos-de-fé: cerimónias públicas onde os condenados eram torturados e queimados vivos.
A burguesia
A alta burguesia enriqueceu com o comércio e tentou imitar o modo de vida da nobreza
Estes burgueses conviviam em clubes e cafés com artistas, escritores e políticos
Povo
Continuava a viver em grandes dificuldades
Grandes construções
Parte das riquezas obtidas com o ouro brasileiro foi gasta na construção de grandes palácios e conventos.
Por iniciativa régia (do rei):
Aqueduto das Águas Livres
Palácio e Convento de Mafra
Capela de S. Batista
Por iniciativa da nobreza:
Solar de Mateus
Palácio dos Condes de Anadia
Palácio do Freixo
Por iniciativa do clero:
Torre dos Clérigos
Estilo Barroco
O estilo que caracterizava estas construções era o Barroco.
Características do estilo barroco:
Grandiosidade
Revestimento em talha dourada, azulejo e mármore
Decoração abundante com curvas
Abundância de estátuas
Verifica se já sabes o essencial: História e Geografia de Portugal 6º | A sociedade portuguesa no tempo de D. João V –
exercícios
Lisboa Pombalina
Governo de D. José I
Em 1750, D. José I sobe ao trono e nomeia Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, como ministro.
Terramoto de 1755
Lisboa ficou praticamente destruída após o terramoto de 1755:
Morreram cerca de 10 000 pessoas
Grande maior parte dos edifícios ficaram em ruínas
Perderam-se muitos tesouros como livros, manuscritos, quadros e objetos de ouro e de prata
Reformas pombalinas
Para resolver a grave situação que enfrentava Portugal, Marquês de Pombal decidiu fazer várias reformas:
Reformas económicas:
Desenvolveu a indústria apoiando fábricas antigas e criando novas
Criou companhias de comércio
Reformas no ensino
Criou escolas primárias
Reformou a Universidade de Coimbra
Extinguiu a Universidade de Évora que era controlada pelos Jesuítas
Marquês de Pombal utilizou a Burguesia como motor de desenvolvimento económico do país, e retirou poder às classes
privilegiadas, ou seja, ao Clero e à Nobreza.
Todas estas medidas, a nível social, político, económico e do ensino, contribuíram para a modernização do país.
AS INVASÕES NAPOLEÓNICAS
Revolução Francesa
Em 1789 aconteceu a Revolução Francesa que pôs fim à Monarquia Absoluta em França. Esta revolução tinha como
princípios a igualdade, a liberdade e a separação dos poderes (liberalismo).
Os reis europeus absolutistas sentiram-se ameaçados com estas ideias liberais, uniram-se e declararam guerra à França.
Napoleão Bonaparte estava à frente do governo francês e conseguiu derrotar os seus opositores e passou a dominar grande
parte da Europa, com exceção da Inglaterra. Para os enfraquecer, ordenou que todos os portos europeus não permitissem a
entrada de navios ingleses – Bloqueio Continental.
Monarquia Liberal
Portugal passou a ter uma monarquia liberal. Foram criadas as Cortes Constituintes que tiveram a função de criar
a Constituição de 1822, onde estavam definidos os direitos e deveres dos cidadãos. Nesta Constituição estava definido que
todos os cidadãos eram iguais perante a lei e estava estabelecida a separação de poderes.
Independência do Brasil
O rei D. João VI regressou a Portugal, ficando o seu filho D. Pedro na regência do Brasil. Durante a permanência do rei o
Brasil teve um grande desenvolvimento e os portos foram abertos aos comerciantes estrangeiros o que favoreceu a
burguesia brasileira. Estes apoiaram D. Pedro que declarou a independência do Brasil em 1822.
O ESPAÇO PORTUGUÊS
Regeneração
No início da segunda metade do séc. XIX, o Reino de Portugal encontrava-se pobre e desorganizado, principalmente devido
a três acontecimentos:
Invasões napoleónicas
Guerra civil entre liberais e absolutistas
Independência do Brasil
As principais atividades económicas (agricultura, criação de gado, extração mineira) encontravam-se bastante atrasadas, por
isso Portugal tinha que importar vários produtos de outros países europeus com maior desenvolvimento. Era importante
nesta altura desenvolver estas atividades económicas para tirar o Reino desta crise.
A 1851 iniciou-se o movimento de Regeneração. Este movimento procurava o “renascer” da vida nacional, pois queria um
novo rumo para Portugal, que se encontrava muito atrasado e pouco desenvolvido.
Durante o período da Regeneração, várias medidas foram tomadas para desenvolver as atividades económicas, o que
permitiram a modernização e o progresso do país.
Este período de desenvolvimento apenas foi possível devido à:
existência de paz no Reino
estabilidade política após o triunfo do liberalismo
Desenvolvimento da agricultura
Para aumentar a produção de alimentos, os governos liberais tomaram várias medidas para o desenvolvimento da
agricultura e para o aumento da área cultivada.
Medidas para aumento da área cultivada:
extinção do direito do morgadio, ou seja, do direito do filho herdar todas as terras da família. As terras passaram a ser divididas por todos
os filhos para assegurar uma melhor exploração das terras
entrega de terras pertencentes a nobres e clérigos a burgueses
entrega de baldios (terras incultas) aos camponeses
Novas técnicas:
utilização de adubos químicos
utilização de sementes selecionadas
alternância de culturas, que pôs fim ao pousio. Desta forma as terras não precisavam de estar um período de tempo sem estarem
cultivadas
introdução das máquinas agrícolas, inclusive a debulhadora mecânica a vapor
Novas culturas:
batata
arroz
Desenvolvimento da indústria
A introdução da máquina a vapor na indústria contribuiu de forma significativa para o seu desenvolvimento. Esta inovação
permitiu aumentar a produção em menos tempo, o que possibilitou o aumento de lucros.
A produção artesanal foi assim começando a dar lugar à produção industrial por ser mais lucrativa.
Artesãos Operários
Oficinas Fábricas
A maior parte das fábricas instauraram-se nas zonas do litoral, principalmente na zona de Porto /Guimarães (indústria
têxtil e calçado) e na zona de Lisboa/Setúbal (indústria química e metalúrgica)
Exploração mineira
Com o desenvolvimento da indústria tornou-se necessário desenvolver a exploração mineira por se precisar de matérias-
primas e combustíveis. Os metais mais procurados eram o cobre e o ferro. O carvão também foi muito procurado porque
nessa época era a principal fonte de energia.
Alteração da paisagem
O aumento dos campos de cultivo e o aumento do número de fábricas e de minas provocaram uma profunda alteração das
paisagens. Nas cidades predominavam as chaminés muito altas que enchiam o céu de fumos e maus cheiros.
O fontismo
Para promover o desenvolvimento da agricultura, do comércio e da indústria, era necessário a construção de uma boa rede
de transportes e de comunicações. Com esse fim, em 1852, foi criado o Ministério das Obras Públicas, dirigido
por Fontes Pereira de Melo. Esta política de construção de obras públicas (estradas, pontes, portos, caminhos-de-ferro,
ligações teleféricas, etc…) ficou conhecida por fontismo, devido ao nome do seu principal impulsionador.
Surgiram novos meios de transporte e de comunicação, o que permitiu uma maior mobilidade de pessoas, maior circulação
de ideias e informações e a deslocação de mais mercadorias em menos tempo.
Desenvolvimento dos meios de transporte e vias de comunicação
Caminhos-de-ferro
A rede de caminhos-de-ferro cresceu de forma muito rápida e ao longo da sua extensão construíram-se
várias pontes, túneis e estações.
Em 1856 realizou-se a primeira viagem de comboio, entre Lisboa e Carregado.
Em 1887 inaugurou-se a ligação direta Lisboa-Madrid-Paris. Portugal ficou assim mais próximo do centro da Europa.
Rede de estradas
Iniciou-se também a renovação e construção de novas estradas em todo o país. De forma a facilitar a circulação também se
construíram várias pontes.
A partir de 1855 começou a circular na estrada Lisboa-Porto a mala-posta, uma carruagem que transportava o correio e
algumas pessoas.
No final do século XIX surgiram os primeiros automóveis.
Modernização do ensino
O país encontrava-se em modernização, por isso também era necessário que a população se tornasse mais instruída e
competente para realizar as mudanças pretendidas. Tomaram-se então várias medidas no ensino:
Ensino primário:
Criaram-se novas escola primárias
Tornou-se obrigatória a frequência nos primeiros 3 anos, com mais um de voluntariado
Ensino liceal:
Criaram-se novos liceus em todas as capitais de distrito e dois em Lisboa
Fundaram-se escolas industriais, comerciais e agrícolas
Ensino universitário:
Criaram-se novas escolas ligadas à Marinha, às Artes, às Técnicas e ao Teatro
Direitos Humanos
Também foram tomadas importantes medidas relacionadas com os Direitos Humanos:
Abolição da pena de morte para crimes políticos (1852)
Abolição da pena de morte para crimes civis (1867)
Extinção da escravatura em todos os territórios portugueses (1869)
Os movimentos da população
Contagem da população
Para dar melhor resposta às necessidades da população, tornou-se necessário saber o número de habitantes do país, e onde
se concentravam com maior quantidade.
Já se tinham realizadas contagens da população, mas eram pouco exatas pois tinham como base a contagem de habitações e
não de pessoas. A estas contagens dá-se o nome de numeramentos.
A primeira contagem rigorosa do número de habitantes do país realizou-se em 1864, ou seja, foi quando se realizou o
primeiro recenseamento. Em boletins próprios os habitantes tinham que colocar o nome, o sexo, a idade, o estado civil e a
profissão. A partir dessa data realizam-se recenseamentos, ou censos, de 10 em 10 anos.
Crescimento demográfico
Através dos recenseamentos verificou-se o aumento de população desde que se fez o primeiro censo. De 1864 até 1900 a
população passou de cerca de 4 milhões de habitantes para 5 milhões.
Este facto justifica-se pela melhoria de condições de vida da população:
Período de paz e estabilidade política e social
Melhoria da alimentação, com o aumento do consumo da batata e do milho
Melhoria das condições de higiene, com a construção de esgotos, distribuição de água através da canalização e calcetamento das ruas
Melhoria da assistência médica e hospitalar, com o aparecimento de novos medicamentos, divulgação de algumas vacinas e construção
de hospitais
Distribuição da população
Verificou-se também que o crescimento populacional não ocorreu de igual forma por todo o território. O aumento de
população foi maior no norte litoral, onde se encontravam os solos mais férteis, maior quantidade de portos de pesca e
unidades industriais.
Entretanto, em todas cidades verificou-se aumento de população, principalmente as do litoral.
Êxodo Rural
Apesar do desenvolvimento da agricultura, a produção continuava a ser pouca. A mecanização originou despedimentos e as
dificuldades no meio rural intensificaram-se. Sendo assim, muitas pessoas decidiram abandonar os campos para ir para as
cidades à procura de melhores condições de vida. A este fenómeno dá-se o nome de Êxodo Rural.
Emigração
Entretanto, devido ao aumento da população, não havia postos de emprego para todos nas cidades. Muitos dos trabalhos
eram mal pagos apesar de se trabalhar duramente muitas horas diárias.
Sendo assim, muitas pessoas decidiram procurar melhores condições de vida no estrangeiro, sobretudo para o Brasil, pois
falava-se a mesma língua e porque havia necessidade de mão-de-obra devido à extinção da escravatura. Muitos emigrantes
enriqueceram e ao regressar a Portugal compraram terras, palacetes e vestiam-se luxuosamente. Eram chamados os
«brasileiros».
Além do Brasil, foram destinos dos portugueses países da América Central e os Estados Unidos da América.
A VIDA QUOTIDIANA
No campo
Atividades económicas:
As principais atividades do meio rural na segunda metade do século XIX continuavam a ser agricultura, a criação de
gado e a pesca nas zonas do litoral.
Na sua maioria, os camponeses não eram donos das terras em que trabalhavam. As terras pertenciam sobretudo à antiga
nobreza, proprietários burgueses e a alguns lavradores mais abastados.
O trabalho no campo era muito duro e os rendimentos eram poucos, por isso, os camponeses viviam muito pobremente.
Com a introdução da máquina na agricultura, aumentou-se o desemprego por já não ser precisa tanta mão-de-obra,
dificultando ainda mais a vida dos homens do campo.
Alimentação:
Os camponeses alimentavam-se sobretudo do que cultivavam. Dos produtos que mais consumiam destacam-se
a batata, pão de centeio ou de milho, sopas de legumes e sardinhas. A carne, mais cara e de difícil conservação, era
apenas consumida em dias de festa.
Vestuário:
O vestuário dos camponeses variava de região para região, de acordo com o clima e com as atividades predominantes.
No interior, era frequente os homens usarem calças compridas, coletes ou jaquetas, e calçavam botas ou tamancos de
madeira. As mulheres vestiam saias compridas e usavam lenços coloridos na cabeça.
No litoral, os homens usavam calças curtas ou arregaçadas e geralmente andavam descalços, tal como as mulheres que
vestiam saias mais curtas do que as do interior, devido às suas atividades relacionadas com o mar.
Divertimentos:
Os divertimentos das pessoas do campo estavam associados sobretudo às atividades do campo (vindimas e desfolhadas) e à
religião (feiras, romarias e festas religiosas).
Nas grandes cidades
Atividades económicas:
A modernização do país influenciou mais a vida quotidiana das pessoas que viviam nas cidades.
O grupo social dominante era a burguesia, constituído
por comerciantes, banqueiros,industriais, médicos, advogados, professores, oficiais do exército e funcionários
públicos.
No entanto, a maior parte da população pertencia a grupos de menores recursos. As pessoas do povo trabalhavam sobretudo
como vendedores ambulantes, empregados de balcão ou criados nas casas de pessoas ricas.
Com o desenvolvimento da indústria, formou-se um novo grupo social: o operariado. Os operários eram homens,
mulheres e até crianças, que trabalhavam duramente nas fábricas muitas horas a troco de pouco dinheiro. Em caso de
acidente, não tinham qualquer proteção. Eram despedidos sem qualquer indemnização.
Alimentação:
A burguesia e a nobreza tinham uma alimentação abundante e variada. Faziam quatro refeições por dia: pequeno-almoço,
almoço, jantar e ceia. Comiam carne, peixe, legumes, cereais, frutas e doces. Surgiram neste período vários restaurantes
que trouxeram do estrangeiro novas receitas, como o pudim, a omelete, o puré, o bife e o soufflé.
As pessoas das classes menos privilegiadas alimentavam-se sobretudo de pão, legumes, toucinho e sardinhas.
Vestuário:
As pessoas mais ricas das cidades vestiam-se de acordo com a moda francesa. As mulheres vestiam saias até ao chão com
roda, com uma armação de lâminas de aço e batanas – a crinolina. Passou também a usar a tournoure, uma espécie de
almofada sobre os rins que levantava a saia atrás. Os homens vestiam calças, camisa, colete, casaca e chapéu.
As pessoas mais pobres vestiam roupas bastante simples, adaptadas às tarefas que desempenhavam.
Divertimentos:
Os nobres e os burgueses frequentavam os grandes jardins onde passeavam, conversavam e ouviam a música tocada nos
coretos. Reuniam-se também nos cafés e clubes, jantares, festas e bailes, iam à ópera, ao teatro e ao circo.
Os divertimentos dos populares era semelhante aos do campo: feiras, festas religiosas e passeios ao campo domingo à tarde.
Ultimato inglês
Portugal apresentou o Mapa Cor-de-rosa na tentativa de ocupar os territórios entre Angola a Moçambique.
Grã-Bretanha não aceitou porque queria os mesmos territórios para ligar Cabo a Cairo, e então fez um ultimato a Portugal
para abandonar aqueles territórios.
O governo português cedeu ao ultimato, o que agravou o descontentamento da população. Muitas pessoas passaram a apoiar
o Partido Republicano pois pretendiam um governo forte.
Revoltas republicanas
A 1ª REPÚBLICA
Primeiras medidas republicanas
A Constituição republicana
Assembleia Constituinte
Depois de criado o Governo Provisório fizeram-se eleições para formar a Assembleia Constituinte que tinha como função
elaborar a nova constituição – a Constituição de 1911.
Nesta constituição ficou estabelecido que:
o chefe de estado de Portugal passa a ser um Presidente da República em vez de um rei;
é eleito por um período de 4 anos;
tem o poder de escolher o governo;
o congresso tem o poder de eleger e demitir o Presidente da República.
Divisão de poderes
Poder legislativo: pertence ao Congresso ou Parlamento – deputados.
Poder executivo: pertence ao Presidente da República e o seu governo – presidente e ministros.
Poder judicial: pertence aos Tribunais – juízes
Principais medidas
Na Educação
criação dos primeiros jardins-escola para crianças dos 4 aos 7 anos;
ensino obrigatório e gratuito dos 7 aos 10 anos;
criação de escolas primárias, de um liceu em Lisboa (liceu Passos de Manuel) e de universidades (de Lisboa e do Porto);
criação de escolas para formação de professores;
criação de bibliotecas.
O principal objetivo destas medidas era acabar com o analfabetismo.
No Trabalho
direito à greve;
direito a oito horas de trabalho e a um dia semanal de descanso;
criação de um seguro obrigatório para doença, velhice e acidentes de trabalho.
Sindicato: associação de trabalhadores de uma mesma profissão que defendia os direitos dos trabalhadores.
Greve: forma de luta mais utilizada pelos trabalhadores em que se recusavam a trabalhar para que o Governo e os patrões
cedessem às suas reivindicações.
CGT: Confederação Geral do Trabalho – união de vários sindicatos.
UON: União Operária Nacional
Dificuldades da I República
No entanto, a 1ª República atravessou vários problemas que fez crescer o descontentamento da população.
Instabilidade política
Os governos mudavam frequentemente e os presidentes ou se demitiam ou eram demitidos. Só entre 1910 e 1926 houve 8
presidentes e 45 governos.
Oposição política
A GUERRA COLONIAL
Depois da II Guerra Mundial, os países como a Bélgica, a Inglaterra e a Holanda reconheceram a independência da maioria
das suas colónias. Entretanto Salazar não fez o mesmo e a União Indiana e a população africana das colónias portuguesas
começaram a revoltar-se contra Portugal.
1961: União Indiana ocupou Damão, Diu e Goa
1961: revolta da Angola
1963: revolta da Guiné
1964: revolta de Moçambique
Salazar respondeu com o envio de muitos militares para as colónias. Esta Guerra Colonial, que durou 13 anos (1961-1974),
teve como principais consequências o ferimento e morte de muitos soldados portugueses e uma grande despesa com os
gastos militares.
Fim da ditadura
A falta de liberdade, o aumento do custo de vida e as despesas militares e muitas mortes durante a Guerra Colonial
contribuíram para o aumento do descontentamento da população, o que levou ao fim da ditadura.
25 de Abril de 1974
Golpe militar organizado pelo MFA – Movimento das Forças Armadas – apoiado pelos populares. Várias cidades foram
dominadas sem grande resistência.
Marcelo Caetano refugiou-se no quartel do Carmo que foi cercado pelas tropas do capitão Salgueiro Maia e aceitou render-
se perante um oficial superior: general António de Spínola. Acabou por ser preso, tal como Américo Tomás (presidente da
República).
Colónias africanas
O novo presidente da República, António de Spínola, reconheceu o direito à independência dos povos africanos e assim se
formaram cinco novos países:
1974 – Guiné-Bissau
1975 – Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde
Colónias do oriente
As colónias do continente asiático tiveram outros destinos:
1999 – Macau passou a ser território chinês
2002 – Timor-Leste tornou-se independente depois de ter sido invadido pela Indonésia e passou a chamar-se Timor-Lorosae
Constituição de 1976
Em 25 de Abril de 1975 – realizaram-se eleições para eleger os deputados para a Assembleia Constituinte que tinha como função elaborar
uma nova constituição
Em 25 de Abril de 1976 – foi aprovada a Constituição de 1976 que garantiu a separação dos poderes e os direitos e liberdades dos cidadãos
Democracia
o governo voltou a governar segundo um regime democrático, ou seja, respeitando os direitos e liberdades dos cidadãos
assim os cidadãos voltaram a ter o direito de escolher os seus governantes – direito de voto
Poder Central
conjunto de órgãos que exercem o seu poder sobre todo o território nacional e que abrange toda a população:
Presidente da República
Governo (1º ministro e restantes ministros)
Assembleia da república (deputados)
Tribunais (juízes)