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MÓDULO II - A importância da leitura

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
2. O CONCEITO DE LEITURA E SUA IMPORTÂNCIA .................................................... 4
2.1. ATENÇÃO................................................................................................................. 4
2.2. MEMÓRIA................................................................................................................ 5
2.3. ASSOCIAÇÃO DE IDEIAS .......................................................................................... 5
3. OBTENDO MAIOR APROVEITAMENTO DA LEITURA .............................................. 6
3.1. LEITURA DE RECONHECIMENTO OU PRÉ-LEITURA ................................................. 7
3.2. LEITURA SELETIVA ................................................................................................... 8
3.3. LEITURA CRÍTICA OU REFLEXIVA ............................................................................. 8
3.4. LEITURA INTERPRETATIVA ...................................................................................... 8
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 9
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 10
3

1. INTRODUÇÃO

Car@s alunos, neste Módulo II, vocês serão apresentados mais uma vez a leitura e,
quanto esta é fundamental para a construção do conhecimento. Quando decidimos ampliar
nossos estudos em um curso de pós graduação, trazemos em nossa bagagem uma carga
significativa de leituras acumuladas. Contudo, nesta nova etapa, as leituras são ampliadas e,
por isso não podemos fugir do compromisso de sermos leitores assíduos dos temas que são
tratados em aula e dos acontecimentos que envolvem o meio em que vivemos. Segundo
Afonso Carlos dos Santos, professor de História da UFRJ - já falecido – são necessárias
quatro horas de leituras por dia. Muitos irão dizer: Ah! Este cara estava louco! Acreditem,
ele não estava! O desafio é conciliar toda essa necessidade as outras demandas de nossas
vidas. Mas, vocês já devem ter descoberto isso há algum tempo!
Assim, fica claro que a carga de leitura acumulada é, e será essencial para a
elaboração de seus trabalhos acadêmicos, incluindo aí o temido TCC. E, para que tenhamos
sucesso em nossas produções a assimilação do conteúdo que nos é exposto é crucial. Esta
apropriação do conteúdo é atingida através de muita leitura e externalização1 do que foi lido.
Contudo, nem sempre seremos capazes de gravar tudo o que lemos.
Por isso, nesta primeira parte do Módulo II, trataremos não apenas da fundamental
importância das leituras em nosso cotidiano acadêmico e sócio cultural, mas, também a
maneira mais sistematizada de não perdemos as leituras realizadas ao longo de nossa
jornada. Para tal, na segunda parte do módulo, iremos nos apropriar de um recurso
estratégico: o fichamento. Este mecanismo é utilizado para registrarmos as leituras e ideias
de maneira organizada a fim de facilitar sua busca em um segundo momento; o que é
essencial na produção de textos.
Bons estudos!

1
Externalização: Trata-se de gerar o conhecimento explícito a partir do conhecimento tácito. Exemplo:
Documentar como alguém resolve (de forma singular) um problema.
4

2. O CONCEITO DE LEITURA E SUA IMPORTÂNCIA

Conceitualmente, o termo "leitura" pode ser extremamente abrangente. Entretanto,


segundo Delia Lerner (2002)2, "a leitura é antes de mais nada um objeto de ensino. Para que
também se transforme num objeto de aprendizagem, é necessário que tenha sentido do ponto
de vista do aluno, o que significa que deve cumprir uma função para a realização de um
propósito que ele conhece e valoriza".
Entre suas várias definições, Martins (1994, p.74)3 sintetiza o conceito de leitura de
duas outras formas:
1. Como decodificação mecânica de signos linguísticos, por meio de aprendizado
estabelecido a partir do condicionamento estímulo-resposta;
2. Como processo de compreensão abrangente, cuja dinâmica envolve componentes
emocionais, intelectuais, fisiológicos, neurológicos, tanto quanto culturais, econômicos e
políticos.
O leitor ideal (aquele que não apenas memoriza mensagens) é identificado quando
consegue passar da decodificação das palavras para a compreensão do que está́ escrito; é
aquele que faz avaliações e questionamentos constantes do que leu.
Independentemente de todos os avanços tecnológicos que tivemos, a leitura ainda é (e
certamente continuará sendo) a forma ideal para o processo de aquisição e externalização do
conhecimento. Esta afirmação é alinhada com o conceito dado por Infante (2000, p.57)4 ,
para o autor a leitura “é o meio de que dispomos para adquirir informações e desenvolver
reflexões críticas sobre a realidade”.
Aprender como ler é uma tarefa que não se limita aos primeiros anos de escola, mas é
uma tarefa continua e permanente, que se enriquece com o hábito e à medida que se vão
dominando adequadamente textos escritos cada vez mais complexos. Desta forma, deve-se
ter como prática uma postura sistemática para um melhor entendimento, pois a compreensão
do texto dará́ subsídios para que a mensagem lida seja transmitida de forma oral e escrita.
Para o melhor entendimento e compreensão da leitura, o hábito é primordial. Para que o
hábito nasça, a assiduidade na tentativa é imperativa, assim, precisa-se reservar tempo para
a leitura.

2
LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.
3
MARTINS, M. H. O que é leitura. 19. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
4
INFANTE, U. Texto: Leitura e escritas. São Paulo: Scipione, 2000.
5

A ênfase em compreensão e entendimento se dá devido a necessidade de desenvolver o


senso questionador do leitor. De acordo com Bastos e Keller (2002, p. 19-32)5 e Galliano
(1986, p. 70-71)6 , enquanto lemos, devemos objetivar a memorização e aprendizagem do
conteúdo a fim de formarmos as bases de um senso crítico sobre um assunto. Espera-se que
o leitor faça mais do que simplesmente ler e absorver.
Para o desenvolvimento do senso crítico no leitor, os mesmo autores recomendam a
consideração de três regras que facilitam este processo:

2.1. ATENÇÃO

capacidade de concentração em um só objeto, sabendo que, a atenção não pode se


manter fixa por longos períodos, sem perder sua eficácia, por isso um período de atenção
requer outro de descanso. Para prender a atenção, o interesse pelo assunto estudado e
necessário;

2.2. MEMÓRIA

Ao contrário de decorar, que só permite repetição, a memorização requere retenção ou


compreensão do que é mais significativo em um conteúdo. A memorização é possível a partir
da observação dos seguintes pontos: repetição, atenção, emoção, interesse e relacionamento
dos fatos com outros conteúdos, já retidos na memória;

2.3. ASSOCIAÇÃO DE IDEIAS

É uma capacidade que possibilita ao indivíduo relacionar e evocar fatos e ideias. É fácil
observar quantos assuntos vêm à tona, por fatos e ideias relacionadas com experiências
anteriores dos interlocutores, na troca de palavras em uma conversa. Para melhor
aprendizagem, podemos usar dessa técnica, para associar o conteúdo.
Sempre quando adota-se uma prática metódica e critica para o ato de ler, o leitor
descobre que a leitura lhe permite viver experiências, sentimentos de alegria, de tristeza, de
medo, de angústia e de encantamento, como também lhe proporciona construir
conhecimentos mais elaborados e significativos da realidade.

5
BASTOS, Cleverson Leite; KELLER, Vicente; MARTIM, Irineu; LENGRAND, Paul. Aprendendo a
aprender: introdução à metodologia científica. Petrópolis: Vozes, 2002. 104 p.
6
GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986. 200 p.
6

3. OBTENDO MAIOR APROVEITAMENTO DA LEITURA

Conforme dito anteriormente, mesmo com todo o avanço das tecnologias, a leitura
ainda é a melhor forma para a aquisição de conhecimento. Através da leitura, podemos
ampliar e aprofundar conhecimento sobre determinado campo científico ou cultural assim
como comunicar pensamentos de forma mais eficiente.
Pode-se ir além sobre onde podemos chegar através da leitura; leitores assíduos são
capazes de enfrentar de forma mais sabia diferentes posições sobre diferentes assuntos. Solé
(1998)7 por exemplo acredita que "quando um leitor compreende o que lê, está aprendendo;
à medida que sua leitura o informa, permite que se aproxime do mundo de significados de
um autor e que lhe oferece novas perspectivas ou opiniões sobre determinados aspectos..."
Devemos considerar também outro tipo de leitura que é estratégica na busca por
agregar conhecimentos, facilitando os passos do descobrimento das informações, que é a
leitura informativa ou leitura de estudos. Esse tipo de leitura é estrategicamente utilizado nas
escolas, e busca auxiliar na construção de trabalhos e projetos ou para responder questões
específicas. É de extrema importância utilizar as fases da leitura informativa ou de estudo
para se obter uma leitura proveitosa; portanto para uma efetiva leitura, as etapas no processo
de leitura devem ser respeitadas. Cervo e Bervian (2002, p. 96-99)8 dividem este processo
da seguinte forma:

3.1. LEITURA DE RECONHECIMENTO OU PRÉ-LEITURA

Trata-se de uma leitura rápida, apenas para permitir um primeiro contato com o texto.
É também classificada como leitura prévia, de contato ou de reconhecimento que examina a
folha de rosto, os índices, a bibliografia, as citações ao pé da página, o prefácio, a introdução
e a conclusão. Tem como finalidade proporcionar uma visão holística do tema enquanto
permite que o leitor verifique a potencial existência de informações úteis para o seu objetivo
específico. Tratando-se de um livro, recomenda-se percorrer o capítulo introdutório e o final;
no caso de leitura de um capítulo, sugere-se ler o primeiro parágrafo. Quando for um artigo
de revista ou jornal, geralmente, a ideia está contida no título do artigo e subtítulos. Em geral,
os primeiros parágrafos tratam dos dados mais importantes;

7
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Tradução Claudia Schilling. Porto Alegre: Artmed, 1998.
8
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
242 p.
7

3.2. LEITURA SELETIVA

O objetivo é a seleção de informações mais importantes e que interessam à


elaboração do trabalho em perspectiva. Elimina-se o dispensável para nos fixarmos no que
realmente nos interessa de forma que é necessário definir critérios como objetivos do
trabalho. Somente dados que forneçam algum conte15údo sobre o problema da pesquisa
trarão insumos para encontrar respostas;

3.3. LEITURA CRÍTICA OU REFLEXIVA

É a leitura de análise e avaliação das informações e intenções do autor. A reflexão se


dá́ por meio da análise, comparação e julgamento das ideias contidas no texto. Trata de
estimular a escolha das ideias principais, diferenciando-as das secundárias. Desta forma,
diante de uma pesquisa, o estudante faz uma reflexão por meio da análise, comparação,
diferenciação, síntese e do julgamento, levantando similaridades ou não, para formar sua
ideia sobre o assunto.

3.4. LEITURA INTERPRETATIVA

Pode ser considerada a leitura mais completa pois é o estudo aprofundado das ideias
principais. É onde se procura saber o que realmente o autor afirma, quais os dados e
informações ele oferece, além de correlacionar as afirmações do autor com os problemas em
questão. Nesta etapa, o estudante ou pesquisador procura saber o que o autor está realmente
afirmando e que informações este transmite para a solução dos problemas formulados na
pesquisa. Nesta fase se procede à integração dos dados encontrados durante a leitura na
redação do trabalho de pesquisa.
A leitura interpretativa exige uma postura reflexiva, que deve ser tomada diante do
mundo, da realidade e da existência. E por isso, interpretar e fazer inferências compõem o
estágio final do leitor competente. Para alcançar esse nível, o leitor passa por todo um
processo de aprendizagem que tende a ser gradual, porém, lento.
Estas etapas entre outras estratégias de leitura são válidas porque por meio delas
pode-se alcançar um melhor desenvolvimento da capacidade leitora, levando o leitor a tomar
partido sobre um objeto lido e ter uma opinião coerente a respeito. Estratégias de leitura
permitem delimitar o processo de ensino, restringindo cada estratégia para níveis diferentes
8

de educação e escolaridade, auxiliando na compreensão dos textos lidos, e assim,


incentivando leitores a fazer da leitura um hábito.
Após passado por todas as etapas da leitura, tendo sido feita a análise e julgamento
sobre o que foi lido, o leitor terá́ autonomia para interpretar e debater sobre um texto lido.
Através deste processo o leitor agrega aos seus conhecimentos as novas informações e
opiniões. Sob o olhar de qualquer educador, os alunos deveriam ser guiados de sorte a
aprenderem a maneira correta de se analisar um texto e formar opiniões sobre o conteúdo da
leitura.
Conforme escrito por GIROTTO; SOUZA (2010, p.108)9, trabalhar com estratégias
de leitura permite ao leitor mais do que apenas compreender um texto, mas ampliar e
modificar os processos mentais de conhecimento.

9
GIROTTO, C. G. G.S.; SOUZA, R. J. Estratégias de leitura: para ensinar alunos a compreender o que
leem. In: SOUZA, Renata Junqueira (org) . Ler e compreender: estratégias de leitura. Campinas, SP:
Mercado de Letras, 2010.
9

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Você já sabe que a leitura é essencial a vida! E, como estudante de pós graduação é
preciso que você organize suas leituras. Afinal, para lembrarmos o que lemos,
inevitavelmente precisaremos ordenar e registrar.
A organização e registro depende de uma leitura relevante, e para que isso ocorra o
leitor precisa valoriza-la, e por tanto, entende-la. Desta forma a seção explicou que leitura é
o processo de decodificação e compreensão de textos, sendo o bom leitor aquele não se limita
a decodificação, mas adquiri conhecimentos a ponto de desenvolver e externalizar críticas.
Vimos que o processo de aprendizado da leitura é algo permanente e sistemático,
melhorando constantemente a compreensão do indivíduo. O objetivo deste processo de
constante evolução na leitura se dá para que este indivíduo seja capaz de desenvolver um
senso crítico cada vez mais apurado. No entanto, a busca por este senso crítico exige atenção,
memória e associação de ideias; uma vez desenvolvido e usado metodicamente, este senso
crítico permitirá uma extrapolação de experiências e sentimentos do leitor.
Estudamos como obter maior aproveitamento da leitura com o intuito de ampliar e
difundir conhecimentos. Observamos a importância da assiduidade, pois o leitor assíduo é
capaz de se posicionar com mais facilidade. Também foi apresentado que a leitura é
proveitosa quando se respeitam três etapas desenhadas para momentos diferentes: A pré-
leitura, a leitura seletiva, a crítica e a interpretativa. Cada etapa, forma ou estratégia de leitura
se enquadrará à um tipo de leitura ou leitor.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto


Alegre: Artmed, 2002.

2. MARTINS, M. H. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 1994.

3. INFANTE, U. Texto: Leitura e escritas. São Paulo: Scipione, 2000.

4. BASTOS, Cleverson Leite; KELLER, Vicente; MARTIM, Irineu; LENGRAND,


Paul. Aprendendo a aprender: introdução à metodologia científica. Petrópolis:
Vozes, 2002.

5. GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo:


Harbra, 1986.

6. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.

7. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5. ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2002.

8. GIROTTO, C. G. G.S.; SOUZA, R. J. Estratégias de leitura: para ensinar alunos


a compreender o que leem. (In) SOUZA, Renata Junqueira (org) . Ler e
compreender: estratégias de leitura. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010.

9. SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Cientifico. São Paulo:


Cortez, 1984.

10. MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos,


resenhas. São Paulo: Atlas, 2004.

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