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PROGRAMA: Ciência da Literatura

DISCIPLINA: TEORIAS CRÍTICAS E LITERATURA CÓDIGO: LEL 838


PROFESSOR: André Bueno SIAPE: 367456
PERÍODO: 2018.1 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:
HORÀRIO: 5° Feira, às 10:30h Teoria Literária e Literatura Comparada
NÍVEL: M/D

TÍTULO DO CURSO: O SENTIDO E A FORMA - TEORIA CRÍTICA E LITERATURA

EMENTA:
O objetivo do curso é relacionar linhas de força da Teoria crítica ( dialética de civilização e
barbárie, dominação da natureza, personalidade autoritária, mitologia do progresso,
alienação e reificação, razão e repressão, reprodução técnica e representação estética,
memória e melancolia, monumento e miniatura, metrópole e mundo da mercadoria,etc)- que
se pode ler nos ensaios de Walter Benjamin, Theodor Adorno e Max Horkheimer,etc- e
quatro narrativas de W.G. Sebald ( Vertigem, Os emigrantes, Os anéis de Saturno e
Austerlitz ), analisando, passo a passo, um processo de composição que combina narração,
viagem, exílio, ensaio, documento, digressão, depoimento, biografia, diário e um uso muito
peculiar das imagens- fotografias, filmes, quadros, desenhos, mapas, rascunhos, etc. No
vértice, tentando relacionar, na medida do possível, as constelações críticas da imaginação
dialética à configuração sensível e inteligível das narrativas de W.G. Sebald.

Pré-requisito: não tem

Bibliografia

W. G. Sebald. Vertigem. São Paulo, Cia das Letras, trad. José Marcos Macedo, 2008.
W. G. Sebald. Os emigrantes. São Paulo, Cia das Letras, trad. José Marcos Macedo, 2009.
W. G. Sebald. Os anéis de Saturno. Rio de Janeiro, Record, trad. Lya Luft, 2002.
W.G. Sebald. The rings of Saturn; an English pilgrimage. New York, New Directions Books, trad. Michael
Hulse, 1998.
W.G. Sebald. Austerlitz. São Paulo, Cia das Letras, trad. José Marcos Macedo, 2008.
W.G. Sebald. On the natural history of destruction. New York, The Modern Library, trad.
Anthea Bell, 2004.
W.G. Sebald & Jan Peter Tripp. Unrecounted (poems). New York, New Directions Books, trad. Michael
Hamburger, 2003.
W. G. Sebald. Campo Santo. Barcelona, Editorial Anagrama, trad. Miguel Sáenz, 2007.
SCHWARTZ, Linne Sharon. The emergence of memory- conversations with W.G. Sebald. New York,
Seven Stories Press, 2007.
ADORNO, Theodor W. Notas de literatura I. São Paulo, Duas Cidades/ Editora 34, Coleção Espírito
Crítico, trad. Jorge de Almeida, 2003.
ADORNO, Theodor. Minima moralia. São Paulo, Ática, trad. Luiz Eduardo Bicca, 1992.
ADORNO, Theodor e HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento- fragmentos filosóficos. Rio de
Janeiro, Jorge Zahar Editor, trad. Guido Antonio de Almeida, 1985.
ADORNO, Theodor e Horkheimer, Max. La dialectique de la raison. Paris, Gallimard,
trad. Eliane Kaufholz, 1974.
BENJAMIN, Walter. Passagens. Belo Horizonte, Editora UFMG e São Paulo, Imprensa Oficial, org. Willi
Bolle, 2006.
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I- magia e técnica, arte e política. São Paulo, Brasiliense, trad.
Sérgio Paulo Rouanet, 7a ed., 1994.
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas II-Rua de mão única. São Paulo, Brasiliense, 4a ed., trad. Rubens
Rodrigues Torres Filho e José Carlos Martins Barbosa, 1994.
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas III- Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo. São
Paulo, Brasiliense, trad. José Carlos Martins Barbosa e Hemerson Alves Baptista, 1989.
MARX, Ursula e outros. Walter Benjamin’s Archive- Images, Texts, Signs. London, Verso, 2007.
SONTAG, Susan. Sobre fotografia. São Paulo, Cia das Letras, trad. Rubens Figueiredo, 2004.
SONTAG, Susan. Diante da dor dos outros. São Paulo, Cia das Letras, trad. Rubens Figueiredo, 2003.
JAY, Martin. A imaginação dialética- História da Escola de Frankfurt e do Instituto de Pesquisas Sociais
(1923-1950). Rio de Janeiro, Contraponto, trad. Vera Ribeiro, 2008.
WIGGERSHAUS, Rolf. A Escola de Frankfurt- História, desenvolvimento teórico, significação política.
Rio de Janeiro, Difel, trad. do francês por Vera de Azambuja Harvey, 2007.
PROGRAMA: Ciência da Literatura
PROFESSOR: Beatriz Resende SIAPE: 360503 CÓDIGO: LEL 814
PERÍODO: 2018-1 NÍVEL:
Mestrado/Doutorado
Disciplina: LEITURA DE TEXTOS ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Todas
POÉTICOS CONTEMPORÂNEOS
HORÁRIO: 4ª Feira, às 14h LOCAL: PACC
TÍTULO DO CURSO: Questões do contemporâneo em arte e literatura.

EMENTA:
O curso terá início com discussão em torno do conceito de contemporâneo em arte e
literatura: a partir de quando se fala em arte contemporânea em contrate com arte moderna,
que diferenças se estabelecem e o que significa o conceito contemporâneo.
Focando na literatura, em relação com as artes visuais e as artes da cena, iremos debater as
principais questões que surgem no processo de criação, difusão e recepção da arte
contemporânea. Dentre os principais temas estarão: a questão da autoria; questões de
gênero; arte e ativismo; a presentificação e a condição de efemeridade; relação entre arte,
tecnologia e novos suportes; a globalização da produção e da circulação artística. Será,
ainda, investigada, a solicitação de novas epistemologias por parte da crítica de literatura e
arte contemporâneas de forma a dar conta das questões que serão debatidas.

Bibliografia:
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo e outros ensaios. Santa Catarina: Argos, 2009.
APPADURAI, Arjun. The future as cultural fact. New York: Verso, 2013
BELTING, Hans. O fim da história da arte. São Paulo: Cosacnify, 2006
BELTING,H; BUDDENSEIG, A; WEIBEL, P. The global Contemporary & The Rise of New Worlds.
EUA: MIT Press, 2012
BUTLER. Judith. Quadros de Guerra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,2015
--------- Questões de gênero. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,2015
DANTO, Arthur C. Após o fim da arte. São Paulo: EDUSP, 2006
DUMBADZE, Alexander& HUDSON, Suzane. Contemporary art 1989 to the presente. USA/UK:
Wiley-Blackwell, 2013
E-FLUX JOURNAL. What is Contemporary Art? Sternberg Press: New York, 2010.
GROYS, BORIS. Art power. EUA: MIT Press, 2008
--------- In the Flow.London/NY. Verso. 2016
SMITH, Terry. What is contemporary art? Chicago: Chicago Press, 2009
RUFFEL, Lionel. Qu’est ce que le contemporain? Paris: Édition Cécile Defat, 2010.
BUTLER, Judith e G.C. Spivak. L’Etat global. Paris: Payot, 2007.
LUDMER, Josefina. Aqui América Latina. Una especulación. Buenos Aires: Eterna Cadência, 2010.
SALIH, Sara. Judith Bluter e a teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
SMITH, Terry. What is contemporary art? Chicago: Chicago Press, 2009.
SPIVAK, Gayatri C. Nationalisme et imagination. Paris: Payot, 2011.
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA
DISCIPLINA: TEORIA LITERÁRIA E CIÊNCIAS HUMANAS
PROFESSOR: Danielle Corpas Siape: 3303029 CÓDIGO: LEL 810
PROFESSOR: Siape:
PERÍODO: 2018.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária e Literatura Comparada


HORÁRIO: 4ª Feira, às 10h
TÍTULO DO CURSO: DEBATE SOBRE O REALISMO
O curso se organiza como um mosaico de momentos do debate em torno de modalidades
de realismo literário desde o século XIX. Não se trata de percorrer histórico desse debate,
mas de pôr em articulação propostas e impasses estéticos e teóricos que se mostram
relevantes para o pensamento crítico hoje.
A seleção definitiva dos momentos a serem abordados será feita em conjunto pela turma
nas primeiras aulas, de modo a trazer para a discussão tópicos relacionados às pesquisas em
andamento. No escopo inicial do curso, estão previstas a perspectiva do realismo sério
(Auerbach) e das antinomias do realismo (Jameson), polêmicas (Balzac/Stendhal;
Lukács/Adorno), contestações do “efeito de real” (Barthes) e aspectos do debate sobre o
realismo no contexto brasileiro.

BIBLIOGRAFIA

ADORNO, Theodor W. Reconciliación extorsionada. Sobre Contra el realismo mal entendido de Lukács.
In: Notas sobre literatura. Madrid: Akal, 2009.
_____. Lukács y el equívoco del realismo. In: PIGLIA, Ricardo (Org.). Polémica sobre realismo. George
Lukacs y otros. Barcelona: Ediciones Buenos Aires, 1982.
_____. Posição do narrador no romance contemporâneo. In: Notas de literatura I. São Paulo: Editora 34,
2003.
AUERBACH, Erich. Ensaios de literatura ocidental. Org. D. Arrigucci Jr. e S. Titan Jr.. Trad. Samuel
Titan Jr. e José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Editora 34; Livraria Duas Cidades, 2007.
_____. Mimesis: a representação da realidade na literatura ocidental. São Paulo: Perspectiva, 1987.
_____. Appendix: “Epilegomena to Mimesis”. In: Mimesis. The Representation of Reality in Western
Literature. Princeton: Princeton University Press, 2013.
BALZAC, Honoré de. Étude sur M. Beyle. Castelnau-le-Pez: Climats, 1989. Disponível em: <<
http://www.oeuvresouvertes.net/spip.php?article101>>. Acesso em: 08/12/2017.
BALZAC, H. de e STENDHAL. Sur la Chartreuse de Parme. s/l: Les Éditions de Londres, 2017.
BARTHES, Roland. O efeito de real. In: O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
BÜRGER, Peter. Teoria da vanguarda. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
CANDIDO, Antonio. De cortiço a cortiço. In: O discurso e a cidade. São Paulo: Duas Cidades, 1993.
_____. Realidade e realismo (via Marcel Proust). In: Recortes. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004.
CARA, Salete. Marx, Zola e a prosa realista. São Paulo: Ateliê, 2009.
CARLI, Ranieri. A estética de György Lukács e o triunfo do realismo na literatura. Rio de Janeiro: Editora
da UFRJ, 2012.
COMPAGNON, Antoine. O mundo. In: O demônio da teoria, Literatura e senso comum. Belo Horizonte:
Editora da UFMG, 2006.
COTRIM, Ana. Literatura e realismo em György Lukács. Porto Alegre: Zouk, 2016.
DURÃO, Fabio et al. Jameson’s The antinomies of realism. Disponível em <<http://nonsite.org/the-
tank/jamesons-the-antinomies-of-realism>>. Acesso em: 08/12/2017.
ENGELS, Friedrich e MARX, Karl. Ideologia e realismo. In: Cultura, arte e literatura: textos escolhidos.
São Paulo: Expressão Popular, 2010.
FLAUBERT, Gustave. Cartas exemplares. Rio de Janeiro: Imago, 1993.
GUINSBURG, Jacob e FARIA, João Roberto. (Org.). O naturalismo. São Paulo: Perspectiva, 2016.
JAMESON, Fredric. The antinomies of realism. Londres; New York: Verso, 2013.
_____. The realist floor plan. In: Ideologies of Theory. Londres; New York: Verso, 2009.
_____. Reflections on the Brecht-Lukács Debate. In: Ideologies of Theory. Londres; New York: Verso,
2009.
JAKOBSON, Roman. Do realismo artístico. In: TODOROV, T. Teoria da literatura: formalistas russos.
Porto Alegre: Globo, 1973.
LUKÁCS, György. Marxismo e teoria da literatura. São Paulo: Expressão Popular, 2010.
_____. Ensaios sobre literatura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.
MACHADO, Carlos Eduardo Jordão. Um capítulo da história da modernidade estética: Debate sobre o
expressionismo. São Paulo: Editora Unesp, 2016.
MORETTI, Franco. O século sério. In: _____. (Org.). A cultura do romance. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
v. 1.
OEHLER, Dolf. Crítica do consumo puro: Flaubert e os iluminados de Fontainebleau. In: O velho mundo
desce aos infernos. Auto-análise da modernidade após o trauma de Junho de 1848 em Paris. São
Paulo: Companhia das Letras, 1999.
OTSUKA, Edu Teruki. Lukács, realismo, experiência periférica (anotações de leitura). Literatura e
sociedade, n. 13, São Paulo, USP, 2010.
RANCIÈRE, Jacques. Le ciel du plébéien. In: Aisthesis. Scènes du régime esthétique de l’art. Paris: Galilée,
2011.
SCHWARZ, Roberto. Adequação nacional e originalidade crítica. In: Sequências brasileiras. São Paulo:
Companhia das Letras, 1999.
SODRÉ, Nelson Werneck. O naturalismo no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1965.
STENDHAL. Réponse à M. de Balzac. In: Correspondence III. Paris: Gallimard, 1969. Bibliothèque de la
Pléiade. Disponível em: <<http://www.maremurex.net/stendhal2.html>>. Acesso em: 08/12/2017.
SÜSSEKIND, Flora. Tal Brasil, qual romance? Rio de Janeiro: Achiamé, 1984.
WAIZBORT, Leopoldo. A passagem do três ao um: crítica literária, sociologia, filologia. São Paulo:
Cosac Naify, 2007.
ZOLA, Émile. Prefácio. Do romance. São Paulo: Edusp, 1995.
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA
DISCIPLINA: TEORIA E CRÍTICA LITERÁRIA
PROFESSOR: EDUARDO Siape: 2478182 CÓDIGO: LEL 819
COELHO
PROFESSORA: Siape:
PERÍODO: 2018.1 NÍVEL:
Mestrado/Doutorado
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária, Literatura Comparada
HORÁRIO: 6a Feira, às 14h LOCAL: PACC
TÍTULO DO CURSO: POESIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
EMENTA: Em 1998, foram publicados dois quadros de época referentes à poesia brasileira
dos anos 90: a antologia Esses poetas, organizada por Heloisa Buarque de Hollanda, e o
ensaio “Pós-modernismo e volta do sublime na poesia brasileira”, de Italo Moriconi. Neste
curso pretende-se discutir os três pontos que foram sinalizados como marcas da poesia
daquele período, tanto por Heloisa Buarque quanto por Moriconi: 1. a “volta do sublime” ou
o retorno à normatização da literatura; 2. a heterogeneidade e 3. a indiferença em relação à
indústria cultural. Tais pontos serão avaliados levando-se em consideração, agora, a poesia
brasileira dos últimos vinte anos (1998-2018).

Bibliografia básica:

BRITO, Antônio Carlos Ferreira de. Não quero prosa. Organização e seleção de Vilma Arêas. Campinas,
SP: Editora da UNICAMP; Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1997.
CAMPOS, Haroldo de. “Poesia e modernidade: da morte do verso à constelação. O poema pós-utópico”.
O arco-irís branco: ensaios de literatura e cultura. Rio de Janeiro: Imago, 1997. Coleção Biblioteca Pierre
Menard.
CESAR, Ana Cristina. Escritos no Rio. Organização e prefácio de Armando Freitas Filho. Rio de Janeiro:
Editora UFRJ; São Paulo: Brasiliense, 1993.
COELHO, Fred. “Quantas margens cabem em um poema? – Poesia marginal ontem, hoje e além”. In
FERRAZ, Eucanaã (org.). Poesia marginal: palavra e livro. São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2013. p.
11-41.
COHN, Sergio (org.). Poesia.br: 1970. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2012.
______. Poesia.br: 1980. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2012.
______. Poesia.br: 1990. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2012.
______. Poesia.br: 2000. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2012.
HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). 26 poetas hoje. 4a edição. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2001.
______. Esses poetas: uma antologia dos anos 90. 2a edição. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2001.
LEONI, Luciana di. Poesia e escolhas afetivas: edição e escrita na poesia contemporânea. Rio de Janeiro:
Rocco, 2014.
LIMA, Ricardo Vieira (seleção e prefácio). Roteiro da poesia brasileira anos 80. São Paulo: Global, 2010.
Coleção Roteiro da Poesia Brasileira.
MORICONI, Italo. “Pós-modernismo e volta do sublime na poesia brasileira”. In PEDROSA, Celia;
MATOS, Cláudia; NASCIMENTO, Evando (org.). Poesia hoje. Niterói: EdUFF, 1998. p. 11-26.
PINSKY, Jaime; MARTINS, José de Souza et al. (org.). O Brasil no contexto: 1987-2017. Ilustrado por
Sergio Kon. São Paulo: Contexto, 2017.
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA
DISCIPLINA: Textos Psicanalíticos
PROFESSOR: Flavia Trocoli Siape: 2711100 CÓDIGO: LEL 883
PROFESSOR: Siape:
PERÍODO: 2018.1 NÍVEL: M/D

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária/Literatura Comparada


HORÁRIO: 3ª Feira, às 9:30h
TÍTULO DO CURSO: Escrever em uma estreita linha no abismo: Marguerite, Virginia,
Clarice. E Marilyn.
No belo livro intitulado Voir Hélène en toute femme, Barbara Cassin afirma que “A relação
da mulher com a linguagem é não-toda definitiva”. A partir dessa afirmação, o curso buscará
mostrar como a nomeação de uma experiência traumática – o amor, a pobreza, a beleza e a
própria experiência de escrita - não é jamais dada de uma vez por todas. Para uma mulher, a
cada vez, os nomes estão submetidos a um movimento de expulsão e de destruição e a escrita
pode ser pensada como possibilidade de refazer os nomes sem cessar, não entre o abismo e
uma certa salvação, mas sim no abismo e em uma certa salvação. A análise dos textos será
construída em sala-de-aula, através de leitura cerrada de fragmentos selecionados, em três
tempos: 1) leitura do “Caderno rosa marmorizado” [1943] e O amante [1984], de Marguerite
Duras; 2) leitura de Moments of being [1939] e Um teto todo seu [1929], de Virginia Woolf;
3) leitura de “A imitação da rosa” [1960], de Clarice Lispector, e de três fotografias e dos
fragmentos poéticos de Marilyn Monroe.

BIBLIOGRAFIA

ADLER, Laure. Marguerite Duras. Paris: Gallimard, 1998.


ANDRADE, Paulo Fonseca de. “Só os loucos escrevem completamente”. Letras e
Letras. Uberlândia 26, 2010.
ANDRÈ, Serge. O que quer uma mulher? Tradução: Dulce Duque Estrada. Rio de Janeiro:Zahar, 1994.
BRANCO, Lucia Castello. Os absolutamente sós – Llansol, a Letra, Lacan. Belo Horizonte: Autêntica;
FALE/UFMG, 2000.
CASSIN, Barbara. Voir Hélène en toute femme. D’Homère à Lacan. Paris: Sanofi-Synthélabo, 2000.
CIXOUS, Hélène. La risa de la Medusa: ensayos sobre la escritura. Prologo y traducción: Ana Mana Moix.
Traducción revisada por Myriam Diaz-Diocaretz. Barcelona: Anthropos; Madrid: Comunidad de Madrid.
Consejera de Educación. Direeción General de la Mujer ; San Juan: Universidad de Puerto Rico, 1995.
DERRIDA, Jacques. O animal que logo sou (A seguir). Tradução: Fabio Landa. Editora da UNESP, 2002.
DURAS, Marguerite. (1950). Barragem contra o Pacífico. Tradução: Eloisa Araújo Ribeiro. São Paulo:
Arx, 2003.
(1984). O amante. Tradução: Aulyde Soares Rodrigues. Rio de Janeiro: O Globo. São
Paulo, Folha de S. Paulo, 2003.
(1991). O amante da China do Norte. Tradução: Denise Rangé Barreto. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2006.
(1993). Écrire. Paris: Éditions Gallimard.
(2006). Cadernos de Guerra e outros textos. Edição estabelecida por Sophie Bogaert
e Olivier Corpet. Tradução: Mário Laranjeira. São Paulo: Estação Liberdade. 2009.
& PORTE, Michelle. Les lieux de Marguerite Duras. Paris: Les Éditions de Minuit,
1977.
FELMAN, Shoshana. What does a woman want? Reading and sexual meaning. Baltimore/London: The
Johns Hopkins University Press, 1993.
FOUCAULT, Michel. Sobre Marguerite Duras. In: Ditos & Escritos III. Organização e seleção de textos:
Manoel Barros da Motta. Tradução: Inês Autran Dourado Barbosa. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2006.
FREUD, Sigmund. (1916). A transitoriedade. In: Introdução ao narcisismo, ensaios de metapsicologia e
outros textos. (1914-1916). Tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
(1931) Sobre a sexualidade feminina. In: O mal-estar na civilização, novas conferências introdutórias à
psicanálise e outros textos (1930-1936). Tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das
Letras, 2010.
LACAN, Jacques. Diretrizes para um Congresso sobre a sexualidade feminina. In: Escritos. Tradução: Vera
Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
(1965). Homenagem a Marguerite Duras pelo arrebatamento de Lol V. Stein. In:
Outros Escritos. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
(1973). O seminário. Livro 20. Mais, ainda. RJ: Zahar, 1985.
LEITE, Nina & AIRES, Suely (organizadoreas). Prática da letra, uso do inconsciente. Campinas: Mercado
de Letras, 2016.
LESSANA, Marie-Magdeleine. Marilyn: retrato de uma estrela. Tradução: André Telles. Rio de Janeiro:
Zahar, 2006.
LISPECTOR, Clarice. (1960) “A imitação da rosa”. In: Laços de família. 21ª ed. Rio de
Janeiro: Francisco Alves, 1990.
(1977) A hora da estrela: edição com manuscritos e ensaios inéditos. Rocco, 2017.
MONROE, Marilyn. Fragmentos. Poemas, anotações íntimas e cartas. Organização: Stanley Buchtal e
Bernard Comment. Prefácio: Antonio Tabucchi. Traduções: Renato Rezende, Aline Tenório Cordeiro,
Marcelo Rede. São Paulo: Tordesilhas, 2011.
MONTRELAY, Michèle. L’ombre et le nome: sur la feminité. Paris: Les Éditions de Minuit, 1977.
POMMIER, Gérard. Féminin, révolution sans fin. Paris: Pauvert, 2015.
WOOLF, Virginia. (1976). Moments of being: unpublished autobiographical writings, J.
SCHULKIND (ed), Brighton, Sussex University Press.
(1929) Um teto todo seu. Tradução: Bia Nunes de Sousa. São Paulo: Tordesilhas, 2014.
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA
DISCIPLINA: Arte, Crítica e História
PROFESSOR: João Camillo Penna Siape: 1311027 CÓDIGO: LEL847
PROFESSOR: Ricardo Basbaum Siape:
PERÍODO: 2018.1 NÍVEL:
Mestrado/Doutorado
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária, Literatura Comparada, Poética.
HORÁRIO: 4a feira, às 14:00h
TÍTULO DO CURSO: Pós-iluminismo, liberalismo tardio e as estratégias de
enfrentamento dos outros modos de viver (Entre arte e ativismo II).
LOCAL: Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. R. Luís de Camões, 68 – Centro.
EMENTA: Testemunhamos, hoje, a crise e os limites do Projeto Moderno, indiciados
dentre outras coisas pela crise climática. O momento atual é definitivamente o pós-
iluminista, se equacionarmos iluminismo e modernidade, quando as noções de sujeito
universal, livre, e autônomo se tornam problemáticas, senão obsolescentes ou até ofensivas.
Ao mesmo tempo, identificamos, também hoje, maciçamente nas artes e na cultura, o
ressurgimento de autoritarismos e moralismos, que obrigam a recorrer como estratégia de
defesa a estas mesmas ferramentas modernas em crise: liberdade de expressão, discurso
emancipatório, direitos humanos, revolução. Em resumo, diante de um impasse, a arte
contemporânea retorna à zona de conforto de sua definição moderna, desinteressada e
autônoma, recorrendo a ferramentas de transformação político-social hoje insuficientes. O
que outrora seria uma posição de resistência, ao chamar para si o direito de dizer tudo
(Sade), hoje parece apenas reforçar um automatismo aceleracionista na era do liberalismo
tardio (ou morto), para usar uma expressão de Elizabeth Povinelli, perpetuando privilégios,
assim como um territorialismo universalista, autoritário. Através de alguns eixos
estratégicos, configurados no interior do programa geral de “descolonização permanente do
pensamento”, trataremos de discutir alternativas, linhas de fuga, ou proposições que
acionam as fontes de uma tradição de enfrentamento que acreditamos transformadora,
apropriada à condição geográfica do pensamento a partir do sul. Curso oferecido em
conjunção com o Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das
Artes (PPGCA) da UFF e com Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGARTES)
da UERJ.

Bibliografia básica:

Butler, Judith. Problemas de Gênero. Trad. Renato Aguiar. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2003.
Chakrabarty, Dipesh. “O clima da história: quatro teses”. Trad. Denise Bottman, Fernando Ligocky,
Diego Ambrosini, Pedro Novaes, etc. Sopro, 91.
Chakrabarty, Dipesh. Provincializing Europe. Postcolonial Thought and Historial Difference. Princeton:
Princeton University Press, 2000.
Dabashi, Hamid. Can Non-Europeans Think? Londres: Zed Books, 2015.
Despret, Vinciane. Angelaki. Journal of the Theoretical Humanities. Volume 20, n.2, junho 2015.
Harvey, Stefano; Moten, Fred. The Undercommons. Fugitive Planning & Black Study. Brooklyn:
Autonomedia, 2013.
Latour, Bruno. “Why has Critique run out of steam? From Matters of Fact to Matters of Concern”.
Critical Inquiry 30 (Inverno 2004).
Latour, Bruno. Jamais fomos modernos. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 2009, 2a.
edição.
Mbembe, Achille. Crítica da razão negra. Trad. Marta Lança. Lisboa: Antígona Editores Refratários,
2014.
Mackay, Robin e Avanessian, Armen (eds.). #Accelerate#. Falmouth/Berlin: Urbanomic Media/The Old
Lemonade Factory, Merve, 2014.
Nodari, Alexandre. Censura: Ensaio sobre a servidão imaginária. Tese de doutoramento. PPG em
Literatura. Universidade Federal de Santa Catarina, 2012.
Povinelli, Elizabeth. Geontologies. A Requiem to Late Liberalism. Durham/Londres: Duke Universty
Press, 2016.
Povinelli, Elizabeth. Economies of Abandonment. Social Belonging and Endurance in Late Liberalism.
Durham/Londres: Duke University Press, 2011.
Preciado, Beatriz. Manifesto contrassexual. Práticas subversivas de identidade sexual. Trad. Maria Paula
Gurgel Ribeiro. São Paulo : n-1 edições, 2014.
Roque, Tatiana et alli. Blog Tempo Livre. https://tempolivre.org/
Shaviro, Steven. No Speed Limit. Three Essays on Accelerationism. Minneapolis: University Of
Minnesota Press, s/d.
Silva, “Niguém: direito, racialidade e violência”. Meritum. Belo Horizonte, v. 9 n.1, jan./jun. 2014.
Silva, Denise Ferreira. “’Bahia pêlo negro’ Can the sulabtern (subject of raciality) speak?”Ethnicities.
Sagepub.com. University of San Diego, Dezembro, 2008.
Silva, Denize Ferreira. Towards a Global Idea of Race. Minneapolis: University of Minnesota Press,
2007.
Stengers, Isabelle. “The cosmopolitical Proposal”. Latour, Bruno; Weibel, Peter. Making Things Public.
Atmospheres of Democracy. Cambridge/Londres: The MIT Press, 2005.
Viveiros de Castro, Eduardo. Metafísicas canibais.Elementos para uma antropologia pós-estrutural. São
Paulo: CosacNaify/n-1 edições. 2015.
PROGRAMA: Letras Neolatinas; Ciência da Literatura
DISCIPLINA: OBRA, INTERPRETAÇÃO E ÉTICA CÓDIGO: LEL 862
PROFESSOR: LUIS ALBERTO ALVES SIAPE:0298259
PROFESSOR: VÍCTOR LEMUS SIAPE: 1525546
PERÍODO: 2018 1 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:
Horário: 2ª Feira, às 14h Teoria Literária, Literatura Comparada
NÍVEL: Mestrado/Doutorado
.
TÍTULO DO CURSO: O intelectual como figura histórica de mediação e as novas formas de
opressão, violência e resignação.

EMENTA: Em meados da década de 1970, duas grandes vertentes teóricas adquiriram rápida
notoriedade. No campo político, o conservadorismo neoliberal, de acordo com Perry Anderson,
se valeu da “grande crise do modelo econômico do pós-guerra”, o Welfare State, para despontar
como único discurso possível em questão econômica. No campo acadêmico, movimentos
associados ao lábil conceito de “pós-moderno”, reivindicaram posição semelhante, apoiando-se
em um super discurso que pairava au-dessus de la mêlée, em cuja altura se imaginavam livres
para regulamentar o debate teórico e criticar seus adversários, principalmente aqueles
vinculados às “esquerdas tradicionais”, que passaram a ser acusados de potencialmente
totalitários. Para os conservadores neoliberais, a crise do Estado keynesiano residia,
essencialmente, no poder excessivo concedido aos sindicatos e, de resto, aos trabalhadores. As
tendências ditas “pós-modernas”, por sua vez, rejeitavam os conceitos de representação, de
utopia e de luta de classes, os quais passaram a ser tomados como historicamente “datados”.
Embora se desconheçam mutuamente, ambos os movimentos renegavam (e continuam
renegando) a figura histórica do intelectual engajado: os neoliberais acusam o intelectual de ser
um “ideólogo” por não tratar de modo cientificamente aceitável as questões do Estado e do
mercado; ao passo que os “pós-modernos” (e sua derivações contemporâneas) acusam o
intelectual de supostamente tomar o lugar dos oprimidos, impedindo assim que estes se
manifestem “livremente”.
O propósito do curso é retomar esse debate, centrando a reflexão no papel do intelectual
como figura histórica de mediação, indispensável à defesa da democracia contra todas as
formas de opressão, de intolerância e de resignação. Serão discutidos: 1 – a ascensão histórica
dos fascismos no século XX vis-à-vis a história contemporânea; 2 - o papel dos intelectuais
latinoamericanos em defesa da democracia e da liberdade contra os golpes de Estado; 3 – o
intelectual como figura histórica de mediação (Antonio Gramsci, Georg Lukács, Theodor W.
Adorno, Pierre Bourdieu, Jesse Souza, Vladimir Safatle, entre outros).

Pré-requisito: não há

Bibliografia básica (a bibliografia completa será apresentada no primeiro dia de aula):

ADORNO, Theodor. Escritos sociológicos II. (Estudios sobre la Personalidad Autoritaria). Madrid: Akal,
2009. [Obra Completa 9/1].
BOURDIEU, Pierre. A distinção. Crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp; Porto Alegre: Zouk,
2007.
______ Pensamiento y acción. Trad. Octavio Kulesz. Buenos Aires: Libros del Zorzal, 2002.
DANTO, Arthur. Após o fim da arte. São Paulo: EDUSP, 2006.
FREUD, Sigmund. O mal estar na civilização. São Paulo: Abril Cultural, (Coleção Os Pensadores).
GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1968.
LUKÁCS, György. El asalto a la razón. México, Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica. 1959.
NEUMANN, Franz. Behemoth. Pensamiento y acción en el nacional-socialismo. México: Fondo de Cultura
Económica, 1943.
______ Estado democrático e Estado autoritário. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1969.
RAMA, Angel. A cidade das letras. Trad. Emir Sader. São Paulo: Brasiliense, 1985
SANTOS, Wanderely Guilherme dos. A democracia impedida: o Brasil no século XXI. Rio de Janeiro:
FGV Editora, 2017.
SOKAL, A. & BRICMONT, J. Imposturas Intelectuais: o abuso da ciência pelos filósofos pós-modernos.
Rio de Janeiro: Record, 2006.
SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão ao Lava Jato. São Paulo: Leya, 2017.
WINOCK, Michael. O século dos intelectuais. Trad. Eloá Jacobina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.
PROGRAMA: CIÊNCIA DA LITERATURA
DISCIPLINA: TEXTO E IMAGEM
PROFESSOR: Marco Lucchesi Siape: 0365916 CÓDIGO: LEL 882

PERÍODO: 2018.1 NÍVEL:


Mestrado/Doutorado
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Teoria Literária, Literatura Comparada
HORÁRIO: 3ª Feira, às 10:30h
TÍTULO DO CURSO: Abordagens Oníricas e Onirocrítica
EMENTA: O sonho na literatura. Malhas da filosofia e da psicanálise. Sonho e Devaneio:
uma estética de rigor na imprecisão. A produção de sonhos e a história. A produção de
sentido e novas abordagens da onirocrítica

Bibliografia básica:

ARTEMIDORO. Il libro dei sogni(trad. de A Giardino). Milano: Rizzoli, 2006, edição bilíngue.
BACHELARD, Gaston. Le droit de rêver. Paris: PUF, 2013.
BERADT, Charlotte. The third reich of dreams: the nightmare of a nation, 1922-1939. Florida:
Aquarian Press, 1985.
COLONNA, Francesco (atrib.) Batalha de amor em sonho de Poliphilo. Tradução de Cláudio Giordano.
São Paulo: Imprensa Oficial, 2013.
FERENCZI, Sandor. Thalassa. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
FREUD, Sigmund. Obras completas. (trad de Luis Lopez-Ballesteros Y De Torres. Madrid: Biblioteca
Nueva, 1973.
HARRIS, William V. Dreams and experience in classical antiquity. Harvard: Harvard University Press,
2009.
JASPERS, Karl. Strindberg Y Van Gogh. (trad. Manuel Vargas). Barcelona: Nuevo Arte Thor, 1986.
SILVEIRA, Nise. Imagens do inconsciente. Petrópolis: Vozes, 2016.
SÎRÎN, Ibn. L’interprétation des rêves. Manuel d’oniromancie musulmane. (trad. de Dominique Penot).
Lyon: Aliph Éditions, 1992.
SWEDENBORG, Emanuel. Le livre des rêves. (tra,d Régis Boyer). Paris: Berg International, 1993.
VON FRANZ. Marie Louise. Os sonhos e a morte. Tradução de Roberto Gambini. São Paulo: Cultrix,
1990.
WINNICOTT , D.W. Playing and reality. Florence: Routledge, 2005.
PROGRAMA: Ciência da Literatura
DISCIPLINA: ARTE E REPRESENTAÇÃO NA CÓDIGO: LEL 812
MODERNIDADE
PROFESSOR: Priscila Matsunaga SIAPE: 2544259
PERÍODO: 2018.1 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:
HORÁRIO: 5ª Feira, às 14h00 Teoria Literária/Literatura Comparada
NÍVEL: Mestrado/Doutorado

TÍTULO DO CURSO: Pelos dias da Comuna: ingenuidade como categoria estética

EMENTA: Em “A descoberta de uma categoria estética”, Manfred Wekwerth, colaborador


no Berliner Ensemble, afirma que a atuação solicitada por Bertolt Brecht para Os Dias da
Comuna (1948-1949) era a “ingênua”. O curso pretende refletir sobre a “ingenuidade” como
uma expressão da dialética teatral proposta pelo dramaturgo. Para Sérgio de Carvalho “a
ingenuidade se dá no corpo: é o gesto de quem é ao mesmo tempo determinado e
indeterminado pela ideologia dominante”. As leituras do curso buscarão mapear a
“ingenuidade” em termos conceituais e a especificidade de seu uso em Brecht. Se, como
afirma Carvalho, a “ingenuidade dialética nas peças de Brecht não é um véu racionalizante
que envolve o todo da forma”, é possível pensarmos a razão cínica (Peter Sloterdijk) ou a
razão neoliberal (Pierre Dardot e Christian Laval) como uma racionalidade dramatúrgico-
cênica e a ingenuidade como sua negação? Análise/discussão das peças: Os Dias da Comuna
(Bertolt Brecht, 1948-1949), O pão e a pedra (Companhia do Latão, 2016) e Cidade Correria
(Coletivo Bonobando, 2016).

Pré-requisito: não há

Bibliografia

ADORNO, Theodor . Notas de literatura I. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2003.
ALCURE, Adriana; Florencio, Thiago. Procedimentos dramatúrgicos em Cidade Correria:
ocupações urgentes, corpos insurgentes. In: O Percevejo, vol. 9, n.1, p. 89-104 | jan. / jun. 2017.
BRECHT, Bertolt. Diario de trabajo. Tradução: Nélida Mendilaharzu de Machain. Buenos Aires: Nueva
Visión, 1979.
____. Estudos sobre teatro. Tradução: Fiama Pais Brandão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
____. Diário de trabalho, vol. 1: 1938-1941. Tradução: Reinaldo Guarany e Jose Laurenio de Melo. Rio
de Janeiro: Rocco, 2002.
____. Diário de trabalho, vol. 2: América, 1941-1947. Tradução: Reinaldo Guarany e Jose Laurenio de
Melo. Rio de Janeiro: Rocco, 2005.
CARVALHO, Sergio e MARCIANO, Marcio. Companhia do Latão: 7 peças. São Paulo: Cosac Naify,
2008.
CARVALHO, Sergio (org.). Introdução ao teatro dialético: experimentos da Companhia do Latão. São
Paulo: Expressão Popular; Companhia do Latão, 2009a.
______ Atuação crítica: entrevistas da Vintém e outras conversas. São Paulo: Expressão Popular;
Companhia do Latão, 2009b.
CARVALHO, Sérgio. Brecht e a dialética. In: ALMEIDA, Jorge e BADER, Wolfgang (orgs.). Pensamento
alemão no século XX: grandes protagonistas e recepção das obras no Brasil, vol. III. São Paulo: CosacNaify,
2013.
DARDOT, Pierre, LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São
Paulo: Boitempo, 2016.
DORT, Bernard. Leitura de Brecht. Lisboa: Forja, 1980.
JAMESON, Fredric. O método Brecht. Tradução: Maria Silvia Betti; revisão técnica Iná Camargo Costa.
Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1999.
PASTA, José Antonio Pasta. Trabalho de Brecht: breve introdução ao estudo de uma classicidade
contemporânea. São Paulo: Ática, 1986.
ROSENFELD, Anatol. Brecht e o teatro épico. Organização Nanci Fernandes. São Paulo: Perspectiva,
2012.
SCHILLER, Friedrich. Poesia ingênua e poesia sentimental. São Paulo: Iluminuras, 1991.
SAFLATE, Vladimir. Cinismo e falência da crítica. São Paulo: Boitempo, 2008.
SZONDI, Peter. Teoria do drama moderno (1880-1950). Tradução: Luiz Sérgio Repa. São Paulo:
CosacNaify, 2001.
WEKWERTH, Manfred. Diálogos sobre a encenação. Um manual de direção teatral. Tradução: Reinaldo
Mestrinel. 3ª ed. São Paulo: Editora Hucitec, 1997.
______ El descubrimiento de una categoria estética. In: Teatro y política. Buenos Aires: Ediciones de La
flor, 1969.
ZIZEK, Slavoj. Como começar do começo. New Left Review, n. 57.
Peças
Os Dias da Comuna, Bertolt Brecht/O pão e a pedra, Companhia do Latão/Cidade Correria, Coletivo
Bonobando

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