Rio de Janeiro
2013
C2013 ESG
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Assinatura do autor
56 f.:
The objective of this work is to treat the subject “Strategic Intelligence: Activity key to
the advice in Decision Making Process in the Brazilian Army". Emphasis was placed
on the Production of Knowledge, the level of coverage and the relationship with the
Decision Making and Strategic Planning of the Army, highlighting their participation in
the prospective analysis. It can also check that the Intelligence Activity, at the
strategic level, it is relevant, particularly when the Brazilian Army plans to transform
itself by adopting a new configuration as a result of execution of the Project Force /
EB 2030, the diffusion of knowledge from the Intelligence System Defense
Intelligence (SINDE) and the Brazilian Intelligence System (SISBIN) may help the
decision-making of commanders who operate at the strategic level of the Brazilian
Army, the update Army System Planning Strategic (SIPLEx) depends on the
determination of the threats and opportunities in the Brazilian Army. The work is
based on facts future carriers (FPF) that can project the EB 2030 (ProForça), and
participation of Army System of Intelligence (SIEx) in the Army Study of Group and
Planning Strategic (GEPEEx), very important to the process because it involves
directly the Army Intelligence Center (CIE), the body that contributes to the General
Staff of the Army (EME) in prospective studies to meet the employment demands of
the Brazilian Army for the future. At the end, it is concluded that the Activity Strategic
Intelligence is critical to the decision-making process in the Brazilian Army, requiring
improvements in the integration and interaction between existing systems and SIEx.
1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 09
2 A ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA........................................................ 12
3 O SISTEMA BRASILEIRO DE INTELIGÊNCIA (SISBIN).................... 18
4 O SISTEMA DE INTELIGÊNCIA DE DEFESA (SINDE)....................... 23
5 O SISTEMA DE INTELIGÊNCIA DO EXÉRCITO (SIEx)...................... 27
5.1 A ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA E O PROCESSO DECISÓRIO....... 27
5.1.1 Processo Decisório no Exército Brasileiro....................................... 30
5.1.2 Cenários Prospectivos........................................................................ 32
5.1.3 O Sistema de Planejamento do Exército (SIPLEx)........................... 36
5.1.4 A Análise Estratégica.......................................................................... 38
5.2 A ORGANIZAÇÃO E AS ATRIBUIÇÕES DO SISTEMA DE
INTELIGÊNCIA DO EXÉRCITO (SIEx)................................................. 41
5.3 O CENTRO DE INTELIGÊNCIA DO EXÉRCITO (CIE)......................... 44
6 CONCLUSÃO........................................................................................ 50
REFERÊNCIAS..................................................................................... 54
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1 INTRODUÇÃO
2 A ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA
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3
Sherman Kent serviu no setor de análise do Office of Strategic Services (OSS) durante a Segunda
Guerra Mundial e, posteriormente, trabalhou na CIA como chefe do Office of National Estimates
(ONE), setor responsável por elaboração de documentos conhecidos como Estimativas. O seu livro
14
mais famoso é Strategic Intelligence for American World Policy editado pela Princeton, University
Press. 1949.
15
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4
O General Washington Platt foi o autor do livro Strategic Intelligence Production. New York:
Frederick A. Praeger, 1957.
17
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5
Operação Conjunta das Forças Armadas Brasileiras em coordenação com outros órgãos federais e
estaduais na faixa de fronteira do Brasil para combater delitos transfronteiriços e ambientais.
21
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6
Teatro de Operações é a porção do espaço geográfico de guerra (mar, terra e ar) que possa a ser
envolvida e que seja necessária à condução de operações militares de vulto, incluído o apoio
logístico.
25
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8
Reunião: considerada a segunda fase do Método para a Produção do Conhecimento de Inteligência.
É a fase da produção do Conhecimento na qual o analista de Inteligência procura reunir
Conhecimentos e dados que respondam ou completem os aspectos essenciais a conhecer.
27
_____________
9
Sherman Kent relaciona Inteligência com produto: A Inteligência como produto trata do resultado do
método apropriado de produção do Conhecimento e tem como usuário o tomador de decisão em
diferentes níveis. Inteligência é, portanto, Conhecimento produzido
28
Marcial (2008) cita que autores como Fahey e Randall (1998) atribuem a
introdução das noções de cenários prospectivos e seu desenvolvimento a Herman
Kahn que criou cenários para a Rand Corporation atender ao governo dos EUA. Em
1964, o método Delphi foi elaborado por Olaf Helmes e consistia no interrogatório
individual, por intermédio de questionários enviados a peritos. Esse método ainda é
muito empregado como ferramenta na elaboração de cenários. A prática de
elaboração de cenários no Brasil tem como referência o ano de 1980, no BNDES
(BUARQUE1998 apud MARCIAL, 2008, p. 31).
No Brasil ocorreram outras iniciativas por parte do CNPQ, em 1989, Finep,
em 1992, e na Seplan-PR com o Projeto Aridas, em 1994. Nos anos de 1996 e 1997
a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), da Presidência da República, gerou os
“Cenários exploratórios do Brasil 2020” e, em 1998, os “Cenários desejados para o
Brasil”.
Marcial (2005) diz que o maior problema de estudar o futuro está na falta de
entendimento das pessoas de como estudar e lidar com os fatos vinculados ao
futuro, em ambientes turbulentos, pois é múltiplo e incerto. Destaca ainda, que uma
das áreas que mais sofre críticas, no que diz respeito à antecipação dos
acontecimentos, é a dos fenômenos da natureza.
permite passar de uma situação de origem à situação futura” (GODET, 1987 apud
MARCIAL, 2008, p. 47).
Para Schwartz (1996), “os cenários são uma ferramenta para nos ajudar a
ter uma visão de longo prazo em um mundo de grandes incertezas” (SCHWARTZ
1996 apud MARCIAL, 2008, p. 48).
Schoemaker e Heijden (1992) complementam esses pensamentos
colocando que os cenários são enriquecidos por assuntos e informações relevantes:
Para Wack, “quando se pretende ‘ver’ o futuro, não se deve fazer uso de
fontes convencionais de informação”. Todos as conhecem igualmente bem e, por
isso, não trazem nenhuma vantagem adicional. É preciso procurar pessoas
realmente diferentes que consigam sentir o pulsar da mudança, que consigam ver
forças significativas, porém surpreendentes, que motivem mudanças” (WACK apud
MARCIAL, 2008, p. 64). Essas pessoas são os especialistas ou os peritos.
Para Brasiliano (2007), a construção de cenários não pode de forma alguma
ter uma visão projetiva, ou seja, levar em consideração somente os fatos e dados
que aconteceram no passado. Segundo Godet (1999), os cenários possuem duas
categorias ou abordagens:
- exploratórias: começando de tendências do passado e do presente e
levando para futuros prováveis;
- desejado ou normativo, ao contrário, é a expressão do futuro baseada
na vontade de uma coletividade, refletindo seus anseios e expectativas e delineando
o que se espera alcançar num dado horizonte.
Entretanto, como deve representar a descrição de um futuro plausível, o
cenário desejado não pode ser a mera expressão incondicionada dos sonhos ou
utopias de um grupo, mas antes um futuro que pode ser realizado como um desejo
viável.
36
_____________
10
Agência Especial de Inteligência: definição constante do Vade-Mécum de inteligência militar.
Brasília, DF: Estado-Maior do Exército, 2011
43
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BÍBLIA de estudo. Tradução de João Ferreira de Almeida. Rev. atual. Barueri, SP:
Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.